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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Recordações do Natal em África - Jose Fernandes da Silva


Desejando a todos os ex. combatentes do batalhão 2877,um fim de ano, e um ano de 2010 muito feliz, envio estas fotos para recordar, temos em cima o José Fernandes, em baixo da esquerda para a direita,Aderito Martins,1º Cabo Nogueira,e Fernando Conceição. Um abraço para todos. JSilva

A redacção do Blog diz:
Com um abraço do nosso Blog para o nosso antigo companheiro que vai sempre rebuscando no seu bau de recordações umas fotos que nos vai remetendo, que nós agradecemos e vamos publicando.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mensagens de Natal – Adeus até ao meu regresso





Este pequeno filme, é dedicado a todos os que tiveram a felicidade de não sofrerem os dois anos passados na Guerra de África, muitos dos quais, infelizmente, opinam sobre o temas com o mais profundo desconhecimento do que por lá se passou e com uma frieza de espírito e até de desprezo quando emitem opiniões desabridas sobre o sofrimento dos que lá estava e daqueles que por cá ficaram. Todos na esperança do regresso.
Quem por lá passou, ficou com a amarga experiência de 2 Natais passados fora das famílias, não por ser emigrante, por estar de férias ou por qualquer outra razão ou motivo de interesse pessoal, mas, porque para tal foi obrigado.
Infelizmente, tal regresso não aconteceu para muitos.
Ao contrário dos dias de hoje, em que o profissionalismo está instalado nas forças armadas e as idas para os teatro de guerra são compensadas com gordos salários, existindo até listas de espera para voluntários, naqueles tempos, existia a obrigação de ir para a guerra, a troco de um miseros escudos.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pensamentos


Cada vez que "chego" ao nosso Blog, olhar para o seu cabeçalho, passam pela minha mente alguns pensamentos, que por serem estranhos umas vezes, racionais outros, outras tantas vezes, nem sei como os hei-de qualificar.
A morte do companheiro Pimenta, veio avivar a mémoria dos momentos mais tristes e deprimidos que cada um por lá passou.
Cada um, os viveu à sua maneira. não temos dúvidas, mas na base dessa pirâmide dos muitos maus momentos, certamente que ainda hoje, mesmo que remotamente e a espaços cada vez mais distanciados, esses pensamentos retornam á nossa mente.
Olho para a foto do Blog e penso como foi possível passar ali os 2 anos da nossa estadia em África.
Eramos prisioneiros daquele arame farpado que envolvia o quartel.As saídas para o mato, o "recreio" das prisões.
A chegada do "Correio" , de um ou outro avião civil ou militar, o MVL, e as idas a SSalvador, serviam para camuflar, para esconder a odionda frustação que nos ia na alma.
A falta de contacto com alguem que não fosse militar adensava essa frustação.
O Natal aproxima-se.
Foram dois os natais que passamos emigrados e a descon´tento naquelas paragens e naquela situação.
São tempos já longinquos, mas sempre vão rondando os nossos pensamentos

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Comentários e Visitas

Temos desde sempre constatado que muitos dos nossos visitantes, mesmo os que tendo sido nossos companheiros de Batalhão. se remetem a uma languida preguiça, não comentando os temas que colocamos ou as fotos que publicamos.

Temos feito algum esforço no sentido de cativar os nossos antigos companheiros para nos remeterem as suas "velhas histórias" paassadas em Àfrica.

Louvamos e agradecemos o contribuito em prosas e as fotos que alguns nos tem remetido. Não é do nosso feitio nem seria bom que recriminássemos todos os outros.

No entanto, anotamos uma vez mais o pedido inconsequente da remessa de fotos e temas para publicar.

Venham as fotos e as prosas que nós providenciaremos a sua publicação.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Josué Vermelho - procura-se paradeiro

Manuel Pinto deixou um novo comentário na sua mensagem "Convite":


Manuel Pinto cripto da Ccac2543 (zau Évua e Quiende) gostava de saber o paradeiro do Josué Vermelho também cripto na companhia(CCAC2542) que estava no Lufico.

Um abraço amigo para todos do bloque.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CCAC2542 – LUFICO - Angola

Continuamos a procurar informações de antigos companheiros nossos que estiveram no Lufico.

Desde a concentração do BCAC2877 no Porto Brandão para os preparativos do embarque que a Companhia 2542 ficou sempre afastada do resto do Batalhão.

Rumou a Setubal e ficou lá para os lados de Albarquel onde fez o seu IAO ( Intrução de Adapatação Operacional) sem o contacto com as outras companhias do Batalhão. Lá nos encontramos no Vera Cruz e pouco mais.

O Lufico ficava fora da movimento habitual do MVL que fazia o percurso de Luanda a SSalvador, passando pelo Tomboco. Era aí que uma parte era desviado para o Norte a caminho do Lufico e então voltava para trás, pois à data não havia saída do Lufico mais para Norte a caminho do Congo.

Assim foi acontecendo e ainda houve algum contacto até ao dia que parte dos elementos da CCS sairamm definitivamente do Tomboco e rumaram a Zau Évua. Mais uma razão para que a CCAC2540 ficasse ainda mais isolada dos resto do nosso Batalhão.

À data, o Exercito já preparava psicológicamente bem os seus militares para algumas situações que iriam acontecer em futuro muito próximo o isolamento emm especial.

Todos sabemos que a única coisa que se sabia quando saímos de Lisboa, era que íamos directos a Angola. O Norte ou o Sul de Angola, seriam desconhecidos de todos ou da sua grande maioria.

Terá sido natural que o Comando do Batalhão soubesse do nosso destino e, pouco mais.

É esta uma das razões porque noso nossos almoços aparecem poucos elementos daquela companhia. Sabe-se que habitualmnete fazem um almoço anual e pouco mais.

Aqui fica mais um apelo para que alguem da CCAC 2542 contacte connosco e nos remeta algumas fotos do aquartelamento.

Convite

CONVITE

Um convite para que nos contem mais historias

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Antonio Fernandes

António Fernandes (a) diz:

"O meu agradeciemnto ao Dr José Niza e ao nosso Comandante por me terem mandado para o hospital para ser operado. Nunca tive a oportunidade de o fazer pessoalmente derivado a ser um pouco timido nessa época, mas hoje aqui, lhes dizer do fundo do coração após ter contado a história da cabra,  aproveitando para agradecer o qauanto fizeram por mim.
A todos os meus companheiros que me ajuadaram em toda a minha estadia em Angola a eles devo muito, pois fui para lá como um rapaz da provìncia, sem quase nada saber do Mundo e quase todos me ajudaram a superar as dificuldade de uma vida que para mim era muito dificil.
Há nomes de muitos deles que com o tempo se vão evaporando da nossa memória.
Obrigado a todos.
O Blog vái-nos dando a oportunidade de contar umas histórias e manter o contacto entre muitos de nós"

(a) -Para quem não sabe, o António Fernandes passado pouco tempo do regreeso de Angola, emigrou. primeiro para a Alemanha e posteriormente para a Suiça, onde ainda agora se encontra. Vem de férias a Portugal.  E tem uma esposa e um neto espectaculares.


Zau Evua - Angola - Histórias de encantar

Uma história das muitas que todos nós temos para contar.




António Fernandes conta assim:


Um pequeno epísódio de tantos que se passaram nas nossas vidas em Angola aquando da nossa estadia ou passagem por aquelas lindas terras, as quais para muitos deixam saudade, não pela razão que nos obrigava defender um território que para os nossos governantes da época era apenas uma parte de Portugal. Para os jovens que tinham de partir, era apenas  ou melhor, obrigados a ir para lá.


“Foi num Fim de Ano que mais uma vez se repete a dor do apêncice, a qual é muito desagradável e nas terras de Zau Evua, longe de tudo e de todos, quando de momento sinto uma dor forte e não fui jantar nessa noite. E assim no dia seguinte o nosso médico, Dr José Niza Mendes, como sempre muito atencioso a todos os problemas dos seus homenspede para eu ser enviado de

Numa dessas noites a seguir tive vontade de ir fazer um xixizinho por volta das 2 ou 3 da madrugada. Como a casa de banha era fora da caserna  e a porta ficava aberta toda a noite (tambem de dia), qual não foi o meu espanto quando tentava entrar, vi dentro um grande vulto tentado beber água. Fechei a porta rápidamente com medo de levar uma cornada, pois tratava-se  de uma enorma  cabra do mato.

 Fui dentro da caserna e gritei rindo: quem que comer carne de cabra hoje?!?!?

Fui vaiado por estar a acordar todo o pelotão, repousando de mais um dia de trabalho e do calor que se fazia sentir nesse fim de  mês de Janeiro. Eu repeti, venham ver. Mas não fou preciso repetir mais vezes porque as marradas que a cabra dava contra a porta acordou todo o Mundo e correram todos para ver o que se passava.

O nosso Comandante dormia mesmo em frente da dossa caserna veio pedir para todos irem dormir porque não eram horas para estar a fazer algazarra, quando alguem lhe disse que o Fernandes tinha fechado uma cabra na casa de banho.  Ele rindo disse: Ide ver o que podem fazer.  Mas para entrar pela porta era dificil, pois podiam levar uma cornada o que não seria muito agradável. Foram então pela casa de banho do comandante de pelotão e tiveram a sorte de que ela com tanta marrada que deu na parede e na porta, desmaiou e assim foi só tirala de lá e após a sua morte definitiva e a sangria, nesse mesmo dia fazer dela um bom petisco, o qual nos deliciou a todos”




Jose Niza escreve

Pandemia do fato azul
Como a gripe, tudo isto começou com um caso isolado, aos domingos à noite, na Sic Notícias. Ou, mais concretamente, num monólogo de mais de uma hora sobre a fenomenologia do futebol, “a verdade desportiva”, o “bas-fond” das arbitragens, as histórias escabrosas dos vários apitos, os amores e desamores do senhor Pinto da Costa com a menina Carolina, sei lá que mais. O protagonista do “Tempo-Extra”- assim se intitula o dito programa – chama-se Rui Santos. Mas também já ouvi tratá-lo por “palhacinho”.
Fixei-me neste programa, não porque aprecie as palestras do prolífero jornalista, mas por causa do seu espampanante casaco azul às riscas brancas. Aquele esplendoroso terno assertoado tornou-se para mim numa obcessão, numa fixação azuliforme, numa dependência visual cromática. E, também, num suspense hitchcockiano de domingo em domingo, por causa da angustiante possibilidade de o palestrante poder surgir perante as câmaras com um vulgar e reles fato cinzento. Deixando – por isso – de ser ele próprio.
Durante um prolongado tempo, as virusais moléculas azuis dos casacos às riscas não contaminaram viv’alma. Mas, de repente, eis que tudo mudou.
E foi tudo tão rápido que nem sequer houve ensejo de fabricar vacinas.
Hoje, um cidadão liga para o telejornal da RTP e José Rodrigues dos Santos – o nosso próximo Nobel da literatura – lá está piscando o olho e perorando desgraças dentro do seu fato azul às riscas. Mas, se mudarmos para a Sic, surge-nos Rodrigo Guedes de Carvalho – o nosso próximo Nobel da escrita – engalanado com o seu azulado fato às riscas brancas a desvendar os escândalos do dia. Se fizermos “zapping” para a TVI, lá temos o escritor Júlio Magalhães – provavelmente o nosso segundo Nobel literário – envergando briosamente o seu fato azul às riscas, a perorar contra o Sócrates sob a protecção divina da liberdade de imprensa. O último reduto – julgava eu – seria o refúgio na RTP2. Mas, qual quê? Mal carreguei no comando – e explodindo no pequeno ecrã – surgiu, reluzente, João Adelino Faria, o único que ainda não ameaçou escrever qualquer livro e que tem um terno de listas brancas largas que até parecem pranchas de wind-surf a sulcar o mar azul da praia do Meco. Esperançado em melhores dias, voltei à Sic Notícias. Mas aconteceu o que eu receava: um Mário Crespo fardado de azul às riscas, ali no seu posto, e, para variar, dizendo cobras e lagartos do governo.
Milagrosamente – saiba-se lá porquê – esta pandemia ainda não chegou, nem aos ministros, nem aos deputados. E, se chegou a Belém – ou não chegou – é coisa que só saberemos através de escutas.
Uma preocupante notícia de última hora refere que a Organização Mundial de Saúde entrou em alerta máximo por causa da previsível propagação da pandemia a toda a Europa. É que, numa rua de Bruxelas – e vestindo um fato azul às riscas brancas – foi identificado um cidadão baixinho e anafado, de nacionalidade portuguesa, que declarou chamar-se Paulo Rangel.
Bem dizia a minha avó que, contra fatos, não há argumentos…
O Ribatejo

domingo, 22 de novembro de 2009

Angola - 40 anos depois

Pensamentos
Se estivessemos em 1970 estaríamos a pensar que ainda faltariam mais de ano e meio para voltarmos a casa.
Bem, e quando estavamos em 1971, já íamos riscando nos calendários os dias que faltavam para o regresso.














12 JULHO 1969


40 ANOS


PARTIDA


ANGOLA- Tomboco-Lufico-Quiximba-Zau Evua - Quiende

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tomboco - férias





A iniciativa privada dá mostras de vitalidade.  Aqui lhes deixamos um contacto para quem quizer ir passar umas férias ao Tomboco.
Passados todos estes é interessante para quem por lá andou ou passou, ler este pedaço de prosa que dá uma ideia de como as coisas se estão a passar por aquelas bandas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Confraternização de 2008 - Slideshow

Antonio Fernandes e Bras Gonçalves


O Antonio Fernandes com o editor do Blog do BCAC2877

Um encontro entre dois antigos companheiros de guerra é sempre agradável. Contaram-se algumas histórias das muitas passadas em Angola  - umas agradáveis, outras nem tanto.  Sempre vem a lume alguma desgraça passada.  Durante a nossa estadia não foram muitas, mas sempre aconteceram algumas e, passadas com companheiros mais próximos, a sua recordação não deixa de aparecer.
Na companhia da esposa do Fernandes e do seu neto, passamos um bom bocado do dia de S. Martinho, recordando com umas castanhas e um vinho, ambos genuinamente portugueses, aquele dia de tanta tradição em Portugal. Ficou combinado para novo encontro quando da sua visita a Portugal, porque isto de ir à Suiça, mesmo para visitar um antigo companheiro de guerra, sai muito mais fácil e barato, fazendo-o em Lisboa, na Suiça ( mas na pastelaria situada no Rossio)

Antonio Vargas - BCAC2877 - Angola

PROCURA-SE

António Vargas

O nosso antigo companheiro António Fernandes pede a que souber do paradeiro e morada do António Vargas o favor de nos contactar

sábado, 14 de novembro de 2009

Zau Évua - Pelotão da "ferrugem"


Com um abraço de agradecimento ao António Fernandes que nos "ofereceu" esta foto e que com muita alegria a colocamos no Blog, para revermos a cara (ao tempo) de muitos dos nossos antigos companheiros.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Agradecimento

Na saida de Geneve onde o editor do Blog passou uns dias, o agradecimento ao Antonio Fernandes e sua esposa pela cordialidade que colocaram na recepcao em sua casa, onde comemos umas castanhas e bebemos um vinho, no dia de S Martinho.
Houve ainda oportunidade para reviver algumas historias passadas em Äfrica o que fez com que esses momentos ainda tivessem sido melhor passados.
A ajuda que nos deu nos transporte de para o Aeroporto, significa a entreajuda que estä presente a todo o momento entre os antigos companheiros.
Uma abraco de agradecimento ao Antono Fernandes, antigo Condutor do "pelot$ao da Ferrugem" em Zau Evua.
Tivemos pena de nao terencontrado aui outro nosso antigo companheiro - O SOBA, como era conhecido e que por aqui em Geneve continua a trabalhar
Voltaremos a falar sobre as historias que nos contou em proximos postes.
Um abraco

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quiende - Angola -1971




Aquartelamento do Quinde - confraternização
(Foto cedida pelo nosso companheiro José da Silva: Envio-lhe estas fotos do quiende, que me foram endereçadas por um companheiro da companhia que fomos substituir quando saímos de Zauevua ,se achar que ajuda nalguma coisa para o bloog utilize, eu só quero colaborar. Um abraço do JSilva "

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zau Évua

Zau Évua - quem passou por lá, (1972) conta assim algumas das suas vivências

""Pois bem mano, irei seguindo as pisadas que neste teu blog vais deixando. E ao verificar mais este caminho, não poderei de nele deixar de caminhar. Como bem o sabes o meu percurso geográfico militar foi bastante diferente do teu. Não estive em Cabinda e na frondosa e quase inexpugnável floresta do Maiombe, como bem o relatas, mas sim em Zau-Évua, que na linguagem indígena local queria dizer 9 ELEFANTES, nº esse de elefantes que numa grande caçada em tempos bem remotos tinham sido abatidos pelos habitantes que outrora tinham habitado aquela zona e o local foi, devido a essa grande façanha, baptizado com o nome de Zau-Évua. Pois Zau-Évua ficava na linha Ambrizete/S.Salvador do Congo e ERA uma TERRA de ninguém. Um autentico deserto de vivalma, completamente isolada e com bastantes montanhas e capim. Um aquartelamento feito para acolher um batalhão ( 4 companhias mais o restante pessoal auxiliar) e apenas a CCAÇ 105/72 lá estava. Um autentico degredo. Contarei tb um episódio que agora considero "pitoresco", mas que na altura não foi. » Na primeira saída voluntária que fiz para uma patrulha de quatro dias, levei comigo, entre outras coisas, um cambalhotas ( aquele desdobrável em três e de espuma que por vezes se levava para a praia), dois alvos lençois e um pequeno travesseiro. Ainda não tinha perfeita consciência da razão da vida militar, da razão de para ali ter sido mandado, o que é que lá estava a fazer, etc.,etc.. Então logo que a noite "desceu" e tivemos ordem para acampar, aqui o rapaz, todo lampeiro, "escolhe" o melhor sitio possivel, abre e estende o cambalhotas, lençol por baixo, lençol de branco imaculado por cima, e toca a pensar em deitar-me (todo vestido e calçado). Ainda estava eu a pensar no deleite de uma noite deitado no mato com as estrelas por cima quando reparei que o pessoal estava com os "olhos esbugalhados" (embora fosse noite "via-se" o espanto nos seus olhares), a chamar o alferes que comandava o grupo e foi o bom e o bonito. Lançaram-se em cima dos lençois, rasgando-os em tiras, o cambalhotas andou aos trambolhões e eu feito "parvo" a ver aquela "fúria" toda. Conclusão, fiquei de castigo com dois turnos seguidos de guarda, embora mais tarde soubesse que aquilo havia sido apenas diversão, pois tinha um outro de guarda no segundo turno para o caso de eu adormecer. Ou seja, eu tinha estado a preparar-me para ser um perfeito alvo nocturno, sem que o "IN" precisasse de binóculos infravermelhos para localização. Foi um pagode nos dias que se seguiram e quando chegamos ao aquartelamento «. Mas Zau-Évua também foi um sitio de vivências. Um abração.   " Posted by: Leão.Verde at maio 16, 2005 11:20 PM

domingo, 1 de novembro de 2009

O Ribatejo - Jornal onde o Dr José Niza tem uma coluna de opinião

Aqui deixamos a quem possa interessar um t4exto de opinião que pessoa amigo e ribatejana nos fez chegar, sabendo que Jose Niza tinha sido nosso médico em Angola



Praxes académicas: Quando, em 1949 – já lá vão uns anitos! – entrei como caloiro para o liceu de Santarém, fui recebido pelos veteranos com a terna autoridade dos brandos costumes: inocentes brincadeiras, pequenas malandrices e nada de humilhações ou violências.
Mas quando em 1956 fui estudar medicina para Coimbra, as praxes académicas humilhavam, ofendiam e violentavam. Entre outras sevícias havia as trupes, o rapar dos cabelos, o levar com uma colher de pau nas unhas e nos dedos. Sempre achei estas praxes uma estupidez, um abuso e uma violência dos mais velhos sobre os mais novos.
Do pôr do sol até ao nascer do dia os caloiros não podiam andar na rua. E, se a isso se aventurassem, arriscavam-se a ficar carecas. Lembro-me de uma vez em que fui ao cinema à noite e, lá fora, uma trupe aguardava os caloiros desprevenidos. Para não ficar sem cabelo abriguei-me no cinema até ao raiar do sol.
Na minha República, a Baco, quando ascendi a Baco-Mor (o mais antigo da casa) acabei com as praxes. Uma das “brincadeiras” que antes lá se faziam aos caloiros era esta meiguice: o Higino Faria – que depois foi médico por estes ribatejos – era caçador. E, com a sua espingarda de calibre 12, apontava à caloirada e disparava. Só depois do gigantesco susto é que eles percebiam que os cartuchos eram de pólvora seca!
Há tempos, na Escola Superior Agrária de Santarém, uma caloira foi humilhada e conspurcada com fezes de animais. Tudo acabou em tribunal. E, ao que julgo, com uma justa condenação. O que, mesmo assim, não impediu que alguns docentes da instituição achassem naturais e pedagógicas as violências a que a rapariga tinha sido submetida.
Mais recentemente foi conhecido o que em matéria de praxes, tradições e maus costumes, se passava no Colégio Militar. Alunos agredidos pelos mais velhos. Castigos corporais. Públicas humilhações. Um aluno com um tímpano furado por um murro. O director do Colégio confessou que, só no ano lectivo de 2008, tinham sido aplicadas 600 punições!
Como é que tudo isto é possível no século XXI?!
Como é que “isto” ainda é aceite por uma significativa percentagem de pais que acham ser esta a melhor maneira de educar os seus filhos para a vida?
Como é que directores de escolas e professores pactuam com estas práticas e até em alguns casos as defendem e estimulam?
Praxes políticas: Mas há também as praxes partidárias. Muito em voga, sobretudo no PSD.
Como é sabido – e neste partido é tradição – os seus presidentes mudam com maior frequência do que os treinadores do Benfica. Uma vez eleitos, a todos acontece o mesmo: são transformados em “presidentes- caloiros”. E, sobre eles, começam a abater-se as praxes mais estapafúrdias e verrinosas: ainda não aqueceram o lugar e já lhes estão a fazer a cama.
Chega um qualquer Pacheco, barbudo e desgrenhado, e logo prediz que “aquilo” não tem ponta por onde se lhe pegue, e que ele é que sabe.
Chega o Marcelo e proclama que ele é que sabe, e que “aquilo” não tem ponta por onde se lhe pegue.
Chega o Santana – que ainda não percebeu que já não é Primeiro Ministro – e ameaça que vai andar à espreita.
Chega o Coelho, com pequenos passos, e avisa que ele é que vai ser, só não sabe é quando.
E chega, de Gaia, o Menezes aos gritos. E o Marques Mendes aos sussurros. E o João Jardim aos urros!
À caloira Manuela não deram descanso nem sossego: desde o momento inicial até ao dia dos exames, foi “praxada”. Não com bosta de boi, ou carecadas, mas com palavras, gritos, intrigas, traições, peixeiradas e protestos. Obrigaram-na a fazer comícios que ela não queria. Obrigaram-na a ir ao cabeleireiro todos os dias. E a aprender a sorrir para as televisões. Forçaram-na a aparecer nos cartazes a dizer “chegou a hora da verdade”. Mas a verdade que chegou não era a dela.
Agora querem pô-la de castigo. No quarto escuro onde já estão Nogueira, Mendes, Marcelo, Santana, Menezes, Relvas e Passos Coelho. Mas a cela está a ficar demasiado exígua para tanta gente. E o ar escasseia.

É a asfixia democrática.

Pensões



Carta anexa publicada no JN de 24.10.09

domingo, 25 de outubro de 2009

Guerra de África


Uma imagem extraida  do Suplemento do CM de Domingo 25 de Outubro de 2009. Um militar de carreira pretende justificar a continuidade da Guerra nun seu livro. Curioso é que este militar da arma da Força Aérea, terminou o seu curso na Força Aerea em 1976 depoia da Guerra acabada.
Não tem experiência, nem como ofical do que foi a guerra de África. Opina apena baseado em estudos e teorias que muito mais honestas que possam parecer não podem nunca relatar o que por lá se passou.  Nem podem relatar o sentimento de quem por lá andou.
Não queremos aqui no Blog opinar mais sobre este tema.  Publicamos a foto, porque foi tirada numa das zonas por onde muitos de nós passamos. Apenas como documento fotográfico.
Todavia chamamos a atenção para este facto que tambem achamos relevante - no mesmo suplemeto do CM a áginas 40 e seguintes, Dinis Frade, outro nosso combatente da Guerra de África mas na Guinê, com a sua comuissão entre 1967 e 1969 diz no título -" Uma mina matou o meu melhor camarada"
Talvez o autor do livro que diz que a Guerra nunca deveria ter acabado, nunca lhe passou a experiência de lhe ter morrido um camarada  junto de si.^
Pode ser que ainda hoje possa dar o seu contributo á Guerra - optando por se oferecer como "voluntário" de infantaria para uma das muitas guerras que proliferam e são alimentadas por todo o Mundo.  Experimente, pondo à  prova e em prática a sua teoria da manutenção das guerras.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

BCAC2877 - 2009 - Batalha


Faltam muitos companheiros - os que foram directamente para o almoço

Antigos Combatentes - Suplemento Especial de Pensão

Com data de Setembro e para crédito em conta bancária no Mes de Outubro, recebemos uma carta do Instituto de Segurança Social - Centro Nacional de Pensões que nos informava do seguinte:

 Com a pensão do més de Outubro ser-lhe-á pago o Suplemento Especial de Pensão (SEP) a que se refere o artigo 8º da lei nº 3/2009, de 13 de Janeiro, no valor de 150,00 € e relativo ao ano de 2009.

Estes 150,000 e referem-se a uma atribuição de acordo com o escalão de 150,00 € para os antigos combatentes que tenham uma bonificação de tempo de serviço militar igual ou superior a 24 meses ( que foi o nosso caso)
O valor processado foi determinado com base em 25 meses de bonificação de tempo de serviço militar certificado pelo Minisatério da Defesa Nacional, face ao tempo de serviço militar prestado por ntigos combatentes em condições especiais de dificuldade ou perigo. ( aquilo a que nós chamásvamos de Zona Operacional a 100% que foi o nosso caso)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

                                                Contas da confraternização de 2009

 

Finalmente este ano, foi possível acertar as “contas” dos almoços de confraternização de 2008 e 2009.

 Tem sido preocupação dos organizadores dos almoços deixar claro que a organização dos amoços das nossa confraternizações não têm qualquer interesse de lucro para cada um.

Pelo contrário, como certamente todos compreenderão, há despesas que cada umde nós vái fazendo que não podem ser contabilizadas. Estão para o caso, a efectuadas com as dezenas de telefonemas, efectuados por telefone ou telemóvel.

Assim,  logo que estejam coligidos e conferidos todos os documentos, faremos a sua apresentação no  Blog.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Confraternização de 2009

A todos os companheiros que estiveram presentes, mas em especial aos que não nos acompanharam em mais uma confraternização deixamos registado o agrado e a alegria que sentimos por termos passado umas horas bem agradáveis juntos.
Embora não tendo um número de presenças tão significativo como em anos anteriores,  não foi por isso que não se sentiu uma enorme alegria entre todos os presentes.  Notámos, sem haver explicação para tal, no ambiente que envolveu todo o momento da confraternização, uma grande satisfação dos presentes na sua participação.
Porque tudo decorreu da melhor maneira possível, os "habituais" organizadores querem tambem eles deixar expresso o seu contentamento por essa e por outras razões.
Otrabalho que desenvolveram nos diversos contactos que efectuaram, não só este anos, mas em anos anteriores, tem dado os seus resultados, razão pela qual, tem comparecido em todos os anos, sempre companheiros novos, que nunca tinham comparecido aos almoços.
Registamos a dificuldade de trazer ao nosso convivio o pessoal do LUFICO, da CCAÇ2542.  Será que para o ano teremos mais alguns elementos daquela Companhia?  Esperemos que sim.
A todos os companheiros que visitarem o Blog, pedimos que nos comentários ou por envio de email, nos informe dos seus contactos pois assim, em futuro próximo, por esta via, poderemos contactá-los com mais facilidade.
Um abraço a todos