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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lufico - testemunho

Testemunhos das terras por onde andámos...

"Recuar ao ano de 1966, para me situar naquele dia 9 de Maio na pequena mas linda cidade do Ambrizete, ali mesmo junto do Atlântico! Parecia um dia como tantos outros, não fosse ter na mão uma credencial passada pela minha Companhia de Engenharia, para logo pela manhã incorporar uma grande coluna de carros militares e civis, que daqui abalaria até à cidade de S. Salvador do Congo, lá mais no interior do norte de Angola. Era uma coluna de abastecimento para civis e militares, coisa já rotineira neste conflito, que era a guerra colonial.

Seguia comigo um outro camarada e grande amigo da Engenharia de nome Manuel Neto e que sempre me acompanhou desde a recruta em Paramos, até à mobilização e com quem fazia equipa nos trabalhos de electricidade, que haveria de ser necessário executar pela companhia durante os dois anos da comissão de serviço naquela colónia.
Era a primeira vez que iríamos deixar a nossa tropa da Engenharia, para um trabalho temporário, algures mais a norte, num local para nós desconhecido e que se chamava Lufico... Lembro-me perfeitamente, que ocupamos um lugar no mesmo carro, porque não conhecíamos ninguém da nossa tropa e até me recordo de ter aconselhado o Neto a não aceitar um melhor lugar num jipe, que, fora oferecido a um de nós pelo alferes - naquele dia sem divisas - da tropa do Lufico, um pouco antes da coluna arrancar do Ambrizete...
Esta grandiosa coluna seguiu intacta até ao Tomboco, e, aqui, a tropa do Lufico composta de cinco carros, separou-se para seguir rumo ao seu objectivo, que distava cerca de cem quilómetros, ou um pouco mais...
Faltaria pouco mais de trinta quilómetros para atingir o nosso objectivo e aconteceu um ataque-surpresa, montado bem perto da picada pelos guerrilheiros de um dos Movimentos de Libertação, que, no caso, seriam da FNLA ou MPLA, possivelmente, e que atingiu o jipe e um unimog, que eram a frente da nossa coluna militar. As baixas do lado da nossa tropa cifraram-se por alguns mortos e vários feridos, e, era a primeira vez, que tanto eu como o Neto, tomávamos contacto com a guerra de guerrilha e duma forma trágica para alguns daqueles jovens, e, vem-me sempre à memória, que, uma das baixas, foi precisamente o jovem maqueiro que aceitara o lugar que fora oferecido ao meu bom amigo Neto!..."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Zau Évua

Foto de um antigo companheiro da Ccaç105/72 a tomar banho no rio M'Pozo onde era feita a captura da água.
Algumas vezes, umas granadas  lançadas para a água resultavam na captura de algum peixe.
Só que peixe de rio, só dava para "provar" uam vez.  Aconteceu connosco

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Stress prós-traumático da Guerra de África

Calculam-se mais de 150.000 antigos combatentes da Guerra de África que sofrem deste "mal".  Não só eles, mas tambem uma grande parte de suas esposas ou companheiras foram apanhadas pelo mesmo mal - depressão, falta de concentração, instabilidade emocional e de controle de impulsos.
Temos conciência que muitos dos nossos antigos companheiros, podem ter assumido como "naturais" este tipo de comportamento, quando tal assim não acontece.  A razão e a causa desse tipo de distúrbios, pode estar mesmo no tal "mal" que vai minando a saúde, o bem estar e a qualidade de vida dos antigos combatentes.
Convem recordar que passados todos este anos após o nosso regresso poderemos ter ficado "picados" popr esse bichinho e não convem nunca descurar ou omitir a sua existência.
Consultar um médico,  ajuda certamente.

Zau Évua - panoramica

Vista do aquartelamento de Zau Évua, em foto tirada da torre da Capela ou seja da torre de vigia. Ao fundo veem-se os morros de Zau Évua, a caminho do Quiende e de S. Salvador. Ve-se parte da picada Ambrizete-SSalvador ao fundo
Estas caserna foram cosntruidas pelos Sapadores do BCAC2877 e são em alvenaria de tijolo, ao contrario de todas as outras - onde estava  a Ccac105,  que eram em madeira (barracas).  Existia um poço e uma horta do lado de cá da picada. O Sarg Valério era o responsável pela horta. O poço foi aberto depois da prospecção de um Sarg da Ccac2543 que tinhas dotes excepcionais de vedor.  Primeiro foi aberto um poço junto à caserna dos Civis, atrás do alojamento do Cmdt, do 2º Cmdt e do Of de Oper. e Inf.  Esse poço, na altura das chuvas transbordava e foi essa a razão porque se  procedeu à abertura de novo poço.
Antes a agua era transportada por um tubo enterrado no solo desde o rio que passava ainda a alguma distância do aquartelamento. Ocasionava problemas de segurança a quem se deslocava para reabastecer de gasóleo o motor Listar que era utilizado para a bombagem da àgua. Uma secção de GComb fazia esse serviço. Quando acabava o gasóleo, o motor parava. Existia outro problema que resultava do facto de que qaundo chovia a agua ficava turva durante dias seguidos, obrigando assim a ser bombada a àgua barrenta o que dificultava o seu  posterior consumo para confeccionar a alimentação, banhos, lavagens de roupa e consumo.
Como curiosidade, aconteceu que foi pré-construida uma tampa para o poço e foi feita uma aposta - uns companheiros  conseguiram colocar a tampa em betão, a força de braços. Ganharam umas boas cervejolas.
Estranha-se que nesta foto não se verjam vesdtigios do poço e da horta que ainda era grande.
Por outrolado foi limpa toda a vegetação (capim alto e sempre verdejante) junto ao aramer farpado. Vê-se a  vala com água. Do lado contrário, na época das chuvas, tambem por lá ficava durante alguns meses ,uma pequena lagoa junto do arame farpado. Fazia-se uma jangada com bidões vazios e havia quem por lá fizesses umas viagens de circum-navegação.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Zau Évua - acidente com avião da FA

Numa das nossas procuram sobre temas da Guerra de África, deparámos com esta publicação:


Uma recordação da morte do Piloto Aviador da DO 27 que se acidentou perto de Zau Évua e que todos  recordamos com mágua. No mesmo avião seguia  mais um elemento da FA e o Sargento de Informações e Operações.  Para alem da morte do piloto, que vimos carbonizado dentro dum Heli da FA, o Sargento ficou muito mal, assim como o outro elemento. Foram evacuados para Luanda e depois para o Puto.  Soubemos mais tarde que o Sargento do Exercito, que era de Lagos, se terá suicidado.
Temos ainda na nossa posse um par de auscultadores desse avião.
Por curiosidade, recordo que quando da visita aos destroços do aparelho por uma comissão de inquérito ao acidente, essa comissão apenas fez transportar consigo a antena e as rodas do aparelho.
Para se fazerem uns bancos de bar giratórios na messe de sargentos, utilizaram-se uns rolamentos do avião.

domingo, 26 de dezembro de 2010

BCAC1903 - Zau Évua 1967 a 1969

http://www.facebook.com/pages/Batalhao-de-cacadores-1903/156612124360546?v=photos#!/pages/Batalhao-de-cacadores-1903/156612124360546?v=info#info_edit_sections

Zau Evua - Testemunhos

Dum nosso companheiro da CCAC105 que esteve em Zau Évua em 1972, aqui fica um seu testemunho, desde Luanda a Zau Évua.

"Após umas duas/três semanas de permanência naquele regimento, aguardando o meu próximo destino, incorporo, em Março desse mesmo ano que em regime de rendição individual ia render a CCAÇ 105/71 instalada em Zau-Évua.
Munido da respectiva guia de marcha eis-me a caminho da desconhecida Zau-Évua. Nunca dela tinha ouvido falar, nem sabia onde se localizava. Assim, num Sábado desse mês de Março, pelas 04h00 da manhã, apresentei-me de arma e bagagem na Manutenção Militar sita na Estrada de Catete onde o MVL [Movimento de Viaturas Logísticas] era formado.
O M.V.L. era constituído por diversos camions civis fretados, para além das próprias Berliets do exército. A logística consistia no transporte de víveres, combustíveis diversos, madeiras, vário tipo de equipamentos, maquinaria, etc., etc., a fim reabastecerem os diversos interesses civis e militares instalados nas rotas de cada M.V.L.
Apresentei-me ao graduado que comandava a escolta militar de protecção ao M.V.L., tendo perguntado como é que iria. Após uma resposta que no contexto me pareceu estúpida, acabei por ir na cabine de um dos camions civis. Mais tarde fiquei a saber que esse era o “procedimento normal”, ou seja, ir ou vir à boleia.
Os preparativos não me foram estranhos, pois já tinha visto os mesmos quando me enviaram para Ambriz. A novidade era a “boleia”, pois na ida e vinda de Ambriz foi sempre num Unimog.
Escolta pronta, um Unimog à frente, seguido de uma Berliet já preparada com sacos de areia na carroçaria para que quando entrássemos a sério na zona de guerrilha e nas chamadas “estradas/picadas” ela pudesse entrar em acção no rebentamento de minas anti-pessoal, caso as houvesse, camions civis, mais um Unimog, mais camions, Unimog, camions e a fechar mais um Unimog. Pelo meio iam mais duas Berliets carregadas. Refiro que o Unimog da frente e o de trás iam reforçados com artilharia mais pesada que os do meio, para o que "desse e viesse".
Tudo pronto saimos tendo como destino Ambrizete onde ficaríamos aquartelados até a noite/manhã de Domingo.
Passamos Cacuaco, Quifangondo, Porto Quipiri e após a Fazenda Tentativa o M.V.L. e a protecção militar dividiram-se. Uma pequena parte do M.V.L. seguiu para Ambriz e a outra para Ambrizete - via Caxito. De Freitas Mornas, um posto avançado do exército, veio um grupo de combate que reforçava a escolta para Ambrizete, considerando que uma parte da que saiu de Luanda acompanhou o M.V.L. com destino a Ambriz.
Ambrizete distava de Luanda cerca de 300 km e era uma Vila bem simpática, arejada, limpa, já de mim conhecida quando da minha permanência em Ambriz.
De vez em quando, aproveitando a saída de uma patrulha, “desenfiava-me” até lá, pernoitava num hotel perto das instalações militares e depois regressava no anonimato. Como relato nos temas dedicados a Ambriz, não tinha controlo e era-me fácil sair, mas sabia que na retaguarda tinha o apoio dos meus camaradas da vivenda do comando, major Santiago Maia.
Chegamos a Ambrizete ao fim da tarde, mas ainda com o Sol a aquecer as águas límpidas do Atlântico. Enquanto a escolta e outros militares rumavam para o aquartelamento, eu instalei-me no tal hotel onde já algumas vezes tinha ficado nos “desenfianços" de Ambriz. Não me recordo do nome do hotel, apenas lembro-me que a proprietária era tratada de “madrinha”. Porquê não sei, nem nunca me interessou, pois entrava e saia sem querer saber de pormenores.
Depois de um bom banho retemperador e de me ter trajado à civil, desloquei-me até ao restaurante Brinca n’Areia que ficava no areal perto da praia, a fim de degustar uma boa lagosta ou os famosos lagostins de Ambrizete. Já antes tinha recebido a informação de que retomaríamos a marcha no dia seguinte, Domingo, por volta das 04H/04H30.
No Brinca n’Areia havia um empregado bem simpático que chamávamos de “Carlinhos”, pelos motivos óbvios, e era um bom auxiliar nas escolhas dos clientes mais indecisos. Na altura um bom profissional, digo eu.
Após estabelecer posteriormente contacto com uma das minhas conhecidas de um dos bairros, regressei ao hotel enquanto Ambrizete começava a preparar-se para mais uma noite de rebita, de farra na sanzala, ao som de um grupo musical num dos clubes existentes, ou de um gira discos num dos muitos quintais de aduelas fechado, nos quais alguns “vaidosos” iriam exibir a sua banga na passada.
Bons momentos passei em Ambrizete quando deslocado em Ambriz e depois em Zau-Évua.
Na noite/madrugada de Domingo retomamos a marcha e após termos passado por Tomboco e Quiximba eis que surge Zau-Évua. A tabuleta fixada na estrada assim o dizia.
Penso termos chegado por volta das 14H00.
Tinham-se percorrido cerca de 500 km, distância de Luanda a Zau-Évua e gasto umas 34/35 horas a percorre-los.
A escolta foi refrescar-se com umas cervejas e eu apresentei-me ao comandante da companhia. Deram-me a conhecer as instalações das transmissões (posto rádio e quartos de dormir), verificando, a exemplo de Ambriz. que ficávamos isolados das casernas existentes e, neste caso, também do comando.
Não me lembro de quem fui substituir. Apenas sei que fomos, os “maçaricos”, bastante ovacionados pelos “veteranos de um ano” que esperavam a rendição. Foi uma festa para os que receberam o seu substituto e uma desilusão para os que teriam que aguardar que no próximo M.V.L. chegasse o seu. Se nesse chegasse.
Daquilo que rapidamente vislumbrei Zau-Évua era um aglomerado de barracas militares, com uma capela no alto de uma elevação relativamente perto do Posto de Transmissões. Em redor do aquartelamento não se via vivalma. Apenas éramos nós, os militares, os que davam vida humana àquela imensa zona geográfica.

Nenhuma sanzala, nenhuma aldeia, nenhuma povoação. À vista desarmada era um autêntico deserto [comprovei quando instalado], ou seja, estávamos completamente isolados. Para além da pista de aviação, no exterior, existia bastante capim alto e algumas montanhas.
Mas de pormenores e estórias sobre a minha estada em Zau-Évua debruçar-me-ei em próximos temas.

Este tem apenas como objectivo dar a conhecer como passei o meu 2º Natal fora do seio familiar, já que o anterior tinha sido passado em Ambriz.
Entretanto no decurso dos meses mais camaradas foram chegando até a rendição ter ficado completa.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal na Guerra de África

O Natal era assim na Guerra de África.  Juntava-se todo o pessoal e comia-se o bacalhau com batatas, azeite e alho.
Muitos anos passaram, mas fica a recordação, a amarga recordação dos dias passados por aquelas paragens, sempre na expectativa e na esperança de que a hora do regresso chegasse depressa sem que nada de mal acontecesse a cada um.
Muitos foram os que já não passaram o primeiro Natal ou o segundo Natal mesdmo longe da família querida e dos seus melhores amigos.
Sendo difícil recordar esses tempos, queremos deixar aqui esta singela recordação a esses novos companheiros e a tantos mais, que mesmo depois do seu regresso, nos dias de hoje, já não nos fazem comnpanhia.
Assim, fizemos a  Àrvore de Natal do BCAC2877, colocando os nomes de todos os companheiros na Guerra, muitos deles que mais tarde viraram e continuam grandes amigos.  Mas não nos esquecemos de lá colocar tambem, aqueles que já nos deixaram. Assim, recordamos a sua memória.
Noa dias que passam, onde se notam grandes dificuldades nos que estão "encarcerados" com todas as comodidades na "casa dos Segredos", pomos em reflexão, o que lhes poderia acontecer se estivessem como  nós, nas condições em que estivemos, dois anos. 
A todos os companheiros que sofreram nas frente da Guerra de África,  aqui lhes deixamos os votos de Festas Felizes.
Para o Ano de 2011 sempre com a esperança de que nos possamos volçtar a encontrar.
Um abraço

terça-feira, 23 de novembro de 2010

BAC3849

Foi este o brasão do batalhão que tomou parte da nossa posição no Norte de Angola.
A sede do batalhão passou para Noqui (nada mal) e em baixo estão descritas as areas da sua intervenção.

in Panorâmio
Jose castilho, em December 28, 2009, disse:


"Era este o guião do Batalhão de Caçadores 3849, sediado em Noqui, de Agosto de 71 a Agosto de 73. Com a CCS em Noqui, a CCaç 3389 no Cabeço da Velha,a CCaç 3390 em Mpala e a CCaç 3391 em Mpozo. O Batalhão foi constituído no RI2 em Abrantes, com o IAO em Stª Margarida, e o seu lema era " Cremos e Queremos". Em Angola, dependiam deste Batalhão, também as Cªs Oper. localizadas em Lufico, Canga, Zau Évua e Quiximba. Hoje o RI2 desapareceu e em seu lugar está a Escola Prática de Cavalaria."

 

Nelson Ned - Domingo à tarde


Recortamos estes comentários, com a graça que eles comtêm e publicados no Panorâmio

In Panorámio
jose castilho, em February 1, 2010, disse:
No varandim da Messe de Oficiais de Noqui, à civil, e numa altura em que a comissão de 2 anos estava a chegar ao fim. Naquela altura, cantaria o Nelson Ned " o que é que eu vou fazer domingo à tarde"! Mas o que é que o Nelson Ned, tem a ver com o assunto? Nada! Apenas a circunstância de que,tal como na canção, seria domingo de tarde ...

S. Ribeiro, em April 4, 2010, disse:
O Nelson Ned tem e muito. Na M´Pala, em dois meses que lá estive destacado, era todos os dias que o punham a cantar. Não sei de quem era o malfadado do disco, mas era horrível: Num descampado daqueles alguém perguntar todo o santo dia: "O que é que você vai fazer Domingo à tarde?".

Guerra de África - pedaço de história no Norte de Angola

Um pouco de historia, para se compreender o que se passou antes e depois de nós por lá termos passado.

In Panoramio.

"Companheiros de jornada: pode ler-se no livro Angola – As Brumas do Mato, do Alf. Milº Capelão Leal Fernandes, a pág. 203. “(…) O BCaç 1930 em Novembro de 1968, iniciou encontros com elementos do exército zairense e que a 19 de Novembro, meteram mesmo um coronel e noutro a 25 do mesmo mês, os contactos foram efectuados com um major(...)”. Este tipo de informação, coincide com aquilo que já se disse relativamente ao BART 1922, que nessa altura estava em Noqui. Na altura, já lemos algures, que o Com. de Compª do Cabeço da Velha, até se terá deslocado ao Loango, numa missão de boa vontade e de diálogo. Parece deduzir-se que o exército zairense, na altura, temia que as acções de elementos da FNLA, sobre os aquartelamentos na zona de fronteira com Angola, motivasse reacções das NT, que destabilizassem a vida nas Sanzalas zairenses na região. Boas intenções parecia ser um sentimento mútuo. No entanto a partir de finais de 70, coincidindo com o período de “zairização” da economia de Mobutu, que levou à saída de mais uma leva de europeus, a situação foi-se agravando progressivamente e cessaram os contactos. A FNLA crescia e as suas acções começaram a colocar o norte de Angola em estado de alerta permanente. Castilho"

S Salvador

jose castilho, em May 4, 2010, disse:

São Salvador, em 1970. Estava ali sediado o Comando do Sector, e funcionava como o pivot dos Batalhões de Noqui, Cuimba a Maquela do Zombo. Era em São Salvador que o MVL- Movimento de Viaturas Logísticas - se separava, seguindo uma parte até Maquela do Zombo, enquanto a parte restante vinha até ao MPozo. O Fur. Milº Coutinho, noutros posts no Panorâmio, já nos descreveu a sua experiência de MVL. Eu só digo: quando chegavam a São Salvador, uma vez estava por lá e vi, metiam respeito. Camuflados repletos de pó, barbas cerradas, as costas moídas nos taipais dos Unimogs... Talvez alguém queira acrescentar mais algumas palavras ao tema MVL.

Zau Évua - testemunhos in Panoramio

Esta foto foi tirada depois do BCAC2877 ter sido de Zau Évua.
Pelon que Jose Castilho abaixo escreve, quando o BCAC2877 deixou Zau Évua, o batalhão que nos foi substiuir ficou com as suas companhias distribuidas conforme este nosso antigo companheiro abaixo descreve

jose castilho, em June 13, disse:


O BCaç 3849, sediado em Noqui, além das CCaç,s Oper. localizadas no Cabeço da Velha, na Mpala e no Mpozo, coordenava também a actividade oper. das Compªs de Tomboco,Lufico,Canga,Quiximba e Zau Évua.Era um sub-sector de vasta área.

Tomboco - testemunhos de Panoramio


Jose castilho, em June 13, disse:

O Tomboco onde estava a CART 2643,foi o local, quando do deslocamento do BCaç 3849 para Noqui, onde passámos a noite.Em más condições, diga-se de passagem. Também chegámos já noite fechada, e eu até creio que dormi deitado numa mesa. A CART 2643 ficava a depender oper. do BCaç 3849, a partir da entrada em quadrícula deste Batalhão. O Tomboco era sede de circunscrição, com cerca de 2.200 hab.Possuía uma pista, em terra batida, de 960 x 20 m. Da ida ficaram estas recordações. No regresso, fizemos uma directa Noqui - Grafanil.

QUIXIMBA - testemunhos de Panoramio


jose castilho, em June 13, disse:


Em Quiximba, estava sediada a CART 2644, que ficou a depender operacionalmente do BCaç 3849. Povoação com cerca de 1.200 habitantes, pode dizer-se que era uma Sanzala grande. Ficava no denominado IPR do Sul, que ia de Ambrizete, Tomboco,Quiximba, Zau Évua, Quiende e São Salvador. Por aqui transitava o MVL, quinzenalmente. Tinha uma pequena pista, também em terra batida, de 500x25 m. Creio que o Com. de Compª da Quiximba, foi um dos que tive ouvir sob a forma de deprecada, na sequência do Auto, que o tal Major do Serviço de Material, levantou por causa dos paióis. O tal que deixou umas noites o Henriques a dormir mal em Noqui, devido à mesma natureza da infracção.

Zau Évua - testemunhos in Panoramio

jose castilho, em June 30, disse:

Caros companheiros de jornada: uma foto de Zau-Évua, um espaço isolado, por onde passaram durante a Guerra Colonial, milhares de militares. Dos militares e das construções que ali deixaram, haverá apenas vestígios. A Guerra Civil que posteriormente assolou Angola e que por ali lavrou forte, terá levado quase tudo. Hoje será um espaço deserto, banido do mapa. E não deverá ser fácil, aqueles que por ali passaram, imaginar isto. Castilho.

jose castilho, em July 1, disse:
Caros companheiros de jornada : do livro, As Brumas do Mato,do Alf. Milº Capelão Leal Fernandes, pertencente ao BCaç 1930 / RI2, que teve a sede de Bat. na Mamarosa, e cuja comissão terá decorrido de finais de Dez. de 1967,a finais de 69,refere a págs. 299, um detalhe que foi tetemunhado em Zau-Évua. Alguém do BCaç 1930, lhe diz, "(…) Certa vez vindo de Luanda para São Salvador,integrado no periódico MVL, testemunhara em Zau-Évua, o seguinte : andavam a fazer um desaterro na zona,provavelmente a tentar melhorar o IPR do Sul, e sempre que a escavadora metia a pá na terra e levantava, eram dezenas e dezenas de cobras no ar. O operador teve que parar com a máquina… Aquilo deveria ser um enorme covil de cobras, de muitas gerações(…)".

Não refere como a obra prosseguiu, mas não me admirava, que tivessem sido utizados uns quantos petardos de Trotil, ou umas granadas ofensivas…

Definitivamente,Zau-Évua não seria um lugar muito saudável para habitar 2 anos. Castilho.

sábado, 25 de setembro de 2010

Instantaneos do convivio de 2010

Dizia o antigo "padeiro" da CCS para um antigo companheiro quando o antigo vago-mestre se aproximava:
- Este é que me estava sempre a dizer: faz os pães mais pequenos

domingo, 19 de setembro de 2010

Confraternização 2010

Actualização efectuada
 em
 19/09/2010
























































































CONCENTRAÇAO
e
M I S S A
Caldas da Rainha  - 11 horas
Igreja Nossa Senhora da Conceição, junto do edifício do Tribunal
Praça 25 de Abril

Cartas devolvidas

    1.  Antonio Feliciano Gomes Miranda - R Poço Novo -Azenhas dos Tanoeiros - Encarnação - 3640 -201MAFRA (reexpedida)
    2. Julião A F Matos - Tourigo - 3465 - Tourigo
    3. Jorge Martins Fernandes - R Escola - Lageosa 3460- Lageosa do Dao

    4. Bernardino Morgado Silva - Carapinhal - Cortegaça - 3450-033 Cortegaça MRT

    5. Armindo Marques da Silva - Bolembre - S Joao das Lampas 2705-568 S Joao das Lampas

    6. Eduardo Barbosa Dionisio - Urb Jardim do Sol - 66 - 3º Esq - 2675 -     Odivelas

    7. Agnelo Gomes Melancia - Reexpedida

    8. Miguel Ribeiro Batista - R Caminho da Cruz  447 BP 7  1º Dtº-Gulpilhares  - Santarem (?)

    9. Manuel Pinto Silva - R Casal - S Vicente de Pereira - Jusã - 3880-842 Ovar

    10. Gualdino Silva Almeida - Fajões -3700- Oliveira de Azemeis

    11. Jose Joaquim Soares Teixeira - Lugar da Plaina - Figueiros - 4620-  Lousada

    12. Manuel Marques Andrade - R Couto - 3720 - Cucujães - (Faleceu)

    13. Jose Mendes - Quintã - 3060-111 Cadima

    14. Manuel Gomes Gaspar - Leceia

    15. Manuel Jesus Taipina - 3060 Cantanhede

    16. José Costa - R Bica - Tovim do Meio - 3030 Coimbra

    17. Alvaro Jesus Baião - Tv Banha - 7800-332 Beja

    18. Jose Francisco Figueiredo - Bº Santa Cruz - 6270 - Seia

    Por razões imprevistas a data do encontro passou para  19 de Setembro
    LOCAL
    Restaurante: A Lareira
    Estrada Caldas da Rainha Foz do Arelho

    PROGRAMA
    Carta a ser enviada a 16 de Agosto

    Em 1992 era assim a carta para o convite do almoço