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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

José Niza oferece direitos de autor

A família de José Niza ofereceu os direitos de autor do seu livro Golden Gate,  à Associação de Deficientes das Forças Armadas, uma atitude que se louva

Jose Niza e o livro Golden Gate -um quase diário de guerra

O representante do editor
O Presidente da Ass Def Forças Armadas

 Estivemos presentes na apresentação do livro "Golden Gate" - um quase um diário de Guerra, de José Niza.
Estiveram presentes, para alem da viúva, os três filhos, familiares, amigos de vários quadrantes políticos e o presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas com quem trocamos impressões e nos convidou a visitar a associação, a quem a família dou os direitos de autor do livro.
Tomaram a palavra um representante da editora, a viúva de José Niza que comovida agradeceu, a presença de todos o que encham a plateia da Livraria e ajuda dada por Manuel Alegre e de José Freire para  a publicação da obra.  Manuel Freire, o da Pedra Filosofal, que  bem ao seu estilo, apresentou  o livro, teceu considerações sobre o estilo irónico da escrita de José Niza e no final leu alguns poemas do autor.
Destacamos :
Dedico este livro aos que morreram na guerra e aos que sofreram por causa dela.
Pelos que morreram nada há a fazer. A não ser a recordação, a medalha póstuma e a magra pensão parta as viúvas.
Para os que sobreviveram há o apelo de que não permitam outras guerras como esta.
Sendo o Homem o único animal que fala, a sua espingarda deve ser a palavra e a sua estratégia militar o diálogo.
Tudo o resto é responder aos apelos da irracionalidade.
Só quem viveu uma guerra pode saber, verdadeiramente, o que é a PAZ.
                                                                                             José Niza

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jose Niza - novo livro a título póstomo



José Niza fazia anos as 16 de Setembro, faleceu no ano passado a 23 de Setembro e é lançado este anos, no dia de hoje um novo livro com as memórias da sua (nossa) passagem pela Guerra de África em 1969 e 1971.
Tínhamos estado em Santarém em 21 de Abril de 2008 no lançamento do seu livro Poemas da Guerra, que tem prefácio de Pinto Balsemão.
José Niza foi o médico do nosso Batalhão - BCAC2877 deixou um enorme lastro de amizade com todos os que com ele partilharam os dois anos de passagem por Zau Evua Angola, era um conviva assíduo aos almoços de confraternização, onde à viola acompanhou um outro nosso companheiro em muitos fados e baladas de Coimbra, no convívio do ano passado, poucos dias antes da sua morte, esteve connosco e era dia de aniversário da sua esposa que o acompanhou e que foi convidada a partir o bolo de aniversário que por tradição serve de ponto final na confraternização.
Hoje, vou estar na apresentação do livro que no ano passado nos tinha confidenciado que estava a ultimar.
Estarei lá, com uma enorme encomenda de livros para muitos dos seus antigos companheiros de armas que não podem estar presentes.
Um amigo, merece sempre estar acompanhado, mesmo quando já não está
junto de nós, sabem porquê?  Porque "aquela inútil guerra fez com que nos tornássemos amigos para sempre", na dedicatória ao BCAC2877 no seu anterior livro.

Há quem mereça ser sempre recordado, José Niza bem o merece.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

José Niza - novo livro


Livro publicado em Abril de 2008
Escreveu assim a dedicatória:
À memória de minha mãe, que sofreu a ausência de dois filhos, um na guerra e
outro no exílo
À minha mulher, que deu sentido à minha vida
"a coisa mais linda" que me aconteceu
Aos meus filhos, Titia, Isabel e Zé Nuno, que
me fazem feliz e são o meu orgulho.
À Maria, minha neta, que quando ler este livro
vai pensar que o avô andava a inventar coisas.
Ao Mário Soares, que denunciou esta guerra ao
mundo e teve a coragem de a combater.
E ao Salgueiro da maia,  que acabou com ela.
 
                                                                      Abril de 2008


Depois da passagem pela Guerra de África a política


O novo livro a apresentar quarta-feira - 26 de Setembro de 2012


Terá a ver com a nossa passagem por África

Jose Niza


A política depois da Guerra de Africa e no intervalo das cantigas

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A lagarta na salada

Há muitas histórias que passaram por nós e que por vezes, sem razão
nenhuma aparente, voltam à nossa memória, umas por simples, outras
dignas de riso, outras mais graves.
Ontem apareceu no ecram da minha memória o que se passou à hora de
jantar a bordo do Vera Cruz, quando o paquete saia da Ilha da madeira
a caminho da Ilha Terceira, para desembarcar mais uma companhia de
Caçadores.
Foi assim: havia salada a acompanhar o "rancho". No meio da alface,
uma lagarta passeava descontraidamente. Alguém reparou na passeata da
bicha ali mesmo nas nossas barbas. Alguém reclamou. Alguém ripostou:
calma, passaste estes 10 dias a comer salada de frigorífico e logo
hoje que comes salada fresca, estás todo zangado ? Ou achas que a
lagarta já vem de Luanda?
Assim foi. A salada foi toda comida

domingo, 16 de setembro de 2012

Jose Niza

"Niza, médico psiquiatra, político, poeta, escritor e compositor, ilustre cidadão de Santarém, faria este domingo, 16 de Setembro, 74 anos de idade. Faleceu em 23 de Setembro de 2011, num hospital de Lisboa, vítima de doença.

O seu nome ficou também ligado ao 25 de Abril de 1974 uma vez que uma canção de sua autoria "E depois do Adeus" com música do também já falecido maestro José Calvário, cantada por Paulo de Carvalho, foi uma das senhas da revolução, a par de "Grândola Vila Morena" de José Afonso.

No prefácio do livro “Poemas de Guerra – Angola 1969/1971” (edição O MIRANTE), Francisco Pinto Balsemão escreve que o mundo precisa de poetas como José Niza para ser mais suportável. E quem não estará de acordo com aquela afirmação depois de ler poemas como “A Festa da Vida” que ele escreveu em 1972 e que recordamos em jeito de memória. (omirante.pt)

"A Festa da Vida
Que venha o sol o vinho as flores
Marés canções todas as cores
Guerras esquecidas por amores;
Que venham já trazendo abraços
Vistam sorrisos de palhaços
Esqueçam tristezas e cansaços;
Que tragam todos os festejos
E ninguém se esqueça de beijos
Que tragam prendas de alegria
E a festa dure até ser dia;
Que não se privem nas despesas
Afastem todas as tristezas
Pão vinho e rosas sobre as mesas;
Que tragam cobertores ou mantas
O vinho escorra pelas gargantas
E a festa dure até às tantas;
Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos"

2012 - Videos do convíveo

 
Momento dos parabéns
 
Guerreiro com a "Marcha de despedida de Zau Évua"

Guerreiro mostra fotos antigas com camaradas da CCA2543