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domingo, 14 de outubro de 2018

Ex-combatentes - apoio em estudo no Parlamento

Comissão de Defesa do parlamento ouviu dois projectos para apoiar ex-combatentes no Ultramar

“É como se o pai se esquecesse do filho.” Foi com esta comparação que o major-general Cristóvão Avelar de Sousa, de 74 anos, caracterizou o que se está a passar com os ex-combatentes da Guerra do Ultramar.
A Associação do Movimento Cívico dos Antigos Combatentes e a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG) foram ontem ouvidas na comissão da Defesa Nacional, no âmbito da apresentação de dois projetos de apoio aos ex-combatentes.
“Estas pessoas estão a passar momentos difíceis no campo das psicoses porque passaram momentos dolorosos, porque viram companheiros mortos, feridos gravemente, e muitas vezes tiveram de os transportar para as unidades militares”, conta Augusto Freitas, de 66 anos, presidente nacional da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra.
Por isso, as duas associações apresentaram projetos diferentes aos deputados que compõem a comissão de Defesa. Joaquim Coelho, de 78 anos, presidente da Associação do Movimento Cívico de Antigos Combatentes, trouxe ao parlamento um projeto autossustentável que aumenta o rendimento dos ex-combatentes que recebem menos de 300 euros por mês, o que abrange mais de 110 mil pessoas.
“Aqueles que ganham agora 174 euros – que é o mínimo – até aos 300 e tal iriam receber, se for aprovado este projeto, de 74 euros até 109 euros por mês de acréscimo”, explica o presidente, acrescentando que estão também incluídos no projeto “assistência médica mais adequada, liberalizar as isenções em todas as baixas de medicação, exames médicos, análises e também consultas médicas.”
Joaquim Coelho explica ainda que este projeto não está dependente do Orçamento do Estado. À semelhança do fundo dos combatentes que existia antes do 25 de Abril, defende que o orçamento deverá provir do imposto de selo nacional, com uma taxa de 6%, juntamente com “uma migalha” dos “jogos da Santa Casa”, bem como uma pequena percentagem de 0,5% das comissões bancárias e dos seguros. “Um bocadinho de cada lado dá para juntar mais de 400 milhões de euros”, acrescenta Joaquim Coelho, o dobro do necessário por ano para sustentar o projeto.
Por outro lado, o projeto apresentado pela APVG, além das questões de saúde dos ex-combatentes, foca-se também na vertente social. “Pedimos que os nossos governantes entendam o sentido dessas pessoas, que deem outras condições sociais para que eles possam viver”, explica Augusto Freitas, acrescentando exemplos: “Que haja o cartão do combatente, o dia nacional do combatente, porque estas pessoas deram mesmo tudo pela pátria.”
Para o major-general Avelar de Sousa, mais do que o dinheiro, o importante nesta situação é o gesto. “Este mundo está como está, a perigosidade aumenta, e qualquer dia, infelizmente, podemos ter de novo de chamar a juventude ao cumprimento das suas obrigações de defesa da liberdade”, disse, para acrescentar: “Seria muito saudável que eles soubessem que a montante, em situações idênticas, houve por parte das entidades governamentais um determinado carinho relativamente a indivíduos nas mesmas circunstâncias.”



terça-feira, 10 de julho de 2018

Ex-combatentes no Ultramar recebem medalhas - Caldas da Raínha

Ex-combatentes no Ultramar recebem medalhas

Teve lugar na Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha, no dia 28 de junho, uma cerimónia de imposição de medalhas comemorativas das campanhas a 16 ex-combatentes no Ultramar entre 1961/1974, residentes na região.

Cerimónia na Escola de Sargentos do Exército 
Após o acolhimento dos ex-combatentes e convidados foi realizada uma visita às instalações, seguida de uma missa de homenagem a todos os militares e civis que morreram na guerra de África entre 1961 e 1974. 
No auditório 2.º Sargento José Paulo dos Santos foi realizada a cerimónia de imposição de condecorações, tendo sido presidida pelo comandante da ESE, coronel Gonçalo Azevedo, que aproveitou a ocasião para salientar o simbolismo do ato realizado e a sua importância para a formação dos alunos.
Terminada a sessão seguiu-se um almoço, no qual os ex-combatentes e respetivos acompanhantes participaram.
Foram condecorados os seguintes ex-combatentes: Ex-tenente Joaquim Sanches (Angola 1967-70), ex-furriel José Morim (Angola 1968-71), ex-furriel Carlos Cordeiro (Angola 1967-69), ex-1º cabo Armando Alves, a título póstumo (Angola 1961-63), ex-1º cabo António Pereira da Silva (Angola 1962-63), ex-1º cabo José Sousa (Moçambique 1963-65), ex-1º cabo Américo Sousa (Angola 1965-67), ex-1º cabo Arcolino (Guiné 1973-74), ex-1º cabo Carlos Martins (Moçambique 1971-73), ex-2º cabo António Oliveira (Angola 1961-63), ex-soldado Guilherme Oliveira (Angola 1966-69), ex-soldado Carlos Machado (Angola 1968-70), ex-soldado Henrique Pedro (Moçambique 1970-72), ex-soldado Guilhermino Fortes (Guiné 1971-72), ex-soldado Adriano Mendes (Moçambique 1971-73) e ex-soldado Mário Abrantes (Moçambique 1972-74).


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quinta-feira, 5 de julho de 2018

2018 - Confraternização anual III - Ementa


Estamos a escolher a ementa para o almoço de confraternização.

Os pratos a apresentar e tudo o resto, desde as entradas, as sobremesas, as bebidas, o bolo de aniversário, etc,  estão em linha de conta com o preço.

Logo que tenhamos novidades, daremos conhecimento

domingo, 13 de maio de 2018

Memórias das Guerras Coloniais



Miguel Cardina, investigador do Centro de Estudos Sociais de Coimbra, venceu uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação para estudar a evolução das memórias das guerras coloniais e de libertação. (05-09-2016)

Uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação no valor de 1,4 milhões de euros foi atribuída ao investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) de Coimbra Miguel Cardina para estudar a evolução das memórias das guerras coloniais e de libertação.
A bolsa do Conselho Europeu de Investigação foi atribuída a Miguel Cardina para concretizar o projeto de investigação “Memórias cruzadas, políticas do silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais”, que terá uma duração de cinco anos, anunciou esta segunda-feira o CES da Universidade de Coimbra, em nota de imprensa.
O projeto vai ser realizado em Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, propondo-se fazer uma “história das memórias das guerras coloniais e das guerras de libertação”, disse à agência Lusa o investigador Miguel Cardina.
A guerra e a luta pela independência deixaram “marcos e legados de diferentes naturezas” e que “têm uma história que se prolonga até aos dias de hoje”, sublinhou.
“Vamos analisar as marcas desse passado e a sua evolução ao longo das décadas, fazendo uma história das inscrições memoriais”, bem como “das políticas do silêncio”, analisando aquilo que poderá ter sido “seletivamente” lembrado e o que foi esquecido “em cada um dos países”.
Para isso, será feita uma análise a material tão diverso como manuais escolares, discursos políticos feitos ao longo dos últimos 40 anos, monumentos ou notícias.
Serão também feitas “entrevistas a antigos combatentes das diferentes forças que estavam no terreno” e será analisado “material disponível na internet”, visto que com o surgimento das redes sociais e blogues “democratizou-se a possibilidade de as pessoas contarem a sua história e articularem memórias”, afirmou Miguel Cardina.
O objetivo será fazer “um retrato detalhado de como a memória foi evoluindo ao longo destas quatro décadas” e analisar a relação de cada sociedade com o seu passado, em torno de “fenómenos tão marcantes que acabaram por construir nações e remodelar relações de nações com o território”, realçou o investigador.
Neste concurso para a bolsa “Starting Grant” do Conselho Europeu de Investigação, que procura apoiar jovens cientistas europeus, contabilizaram-se “3.000 candidaturas”, informou o CES.
Miguel Cardina era à data vice-presidente do conselho científico do CES, tendo recebido o prémio CES para Jovens Cientistas e o Prémio Victor de Sá de História Contemporânea pela sua tese de doutoramento Margem de Certa Maneira. O maoísmo em Portugal: 1964-1974.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Angola - Lista das Unidades envolvidas na Guerra


A Wikipédia faz um detalhe pormenorizado em listagem, das unidades Militares envolvidas na Guerra do Ultramar, que pode ser consultada aqui.
Desde o início da guerra ao até ao seu fim, como resultado da revolta dos Capitães, pode verificar-se o enorme contributo das unidades da Metrópole com centenas de milhares de homens na defesa das antigas províncias ultramarinas.

Que fique para a História o contributo heróico da grande maioria desses militares.
Muitos morreram, outros regressaram incapacitados e muitos outros ainda hoje continuam a "saborear" os resultados da guerra.

segunda-feira, 31 de março de 2014

BCAC2877- Confraternização de 2014

Ultimas

Actualizado em 02 ABRIL4 - às 15 horas



Na data aniversário do nosso embarque -  45 anos depois

Não vai ser nos Combatentes em Coimbra
Não houve consenso sobre este local e sobre a ementa

Estamos a aguardar preços e ementas para o evento
Estamos a tentar na  zona da mealhada



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quiende - Angola -1971




Aquartelamento do Quinde - confraternização
(Foto cedida pelo nosso companheiro José da Silva: Envio-lhe estas fotos do quiende, que me foram endereçadas por um companheiro da companhia que fomos substituir quando saímos de Zauevua ,se achar que ajuda nalguma coisa para o bloog utilize, eu só quero colaborar. Um abraço do JSilva "