Visualizações

sexta-feira, 23 de março de 2007

BCAC 2877 - Foto -

Voltarei mais tarde para legendar esta foto
Aqui fica a legenda desta foto.
Ao nosso companheiro, as desculpas pelo atraso na publicação da legenda, mas a falta de tempo de vez em quando não nos deixa que o "serviço" fique em dia.
Um grande abraço para o nosso antigo companheiro que sabemos, visita o Blog com muita assiduidade.
Pela maneira como nos escreve, verificamos como se sente bem em recordar, na companhia dos seus antigos companheiros, os tempos da guerra de Africa.
" Agradeço do fundo do coração,estava a sentir-me excluido, não calculam como me fez bem ver aqui no munitor a minha fotografia e, por variadissimas razões, a primeira tem a ver com a herança de tudo o que nós passamos. Eu estou muito empenhado em conviver convosco porque eu acho que são só voçês que me compreendem,eu aqui para as pessoas e, principalmente para a familia, excluindo as minhas filhas, genros, esposa. Somos 8 irmãos e todos são unânimes em afirmar, que sou maluco porque é dos gases da guerra não chega aquilo que por lá passamos, ainda temos que levar com isto. Deus dar-lhe-á a reconpensa. Camaradas eu sei que me compreendem, se calhar não sou o único que está a passar por esta situação alguns colegas nossos já morreram, o que é muito pior. abraço para todos até breve. José fernandes da Silva cª caç 2543 bat. 2877. "

quarta-feira, 21 de março de 2007

A Caça - Bcac 2877 - Angola 1969 1971


Hoje falamos, em meia duzia de palavras, sobre a caça. A caça grossa e a caça miuda.

Recordo que o Dr José Niza, na altura era o único que tinha uma espingarda de cartuchos, uma dita caçadeira e que, dando umas voltas de jeep, após as habituais chuvadas, caçava umas tantas perdizs que, pela picada fora, se entretinham, distraidamente a debicar as pedras lavadas pelos fortes aguaceiros que caíam com frequencia.

Mas vamos hoje falar das pacaças, dos burros do mato, dos javalis, das gazelas e das poucas palancas que se encontravam já em vias de extenção e que eram o motivo das caçadas.

Um tipo de caça que aqui no Puto, na altura não tinha quaqluer tipo de comparação e, para além disso, disparar com uma arma de bala, a G3 ou com as lindissímas FN, para quem gostava, dava um enorme gozo e, tambem convem dizer que poderia oferecer algum perigo.
Convem não esquecer que a carne de caça era a base de muita da dieta alimentar que por aquelas bandas se fazia.
Aqui lhes deixamos uma foto, para recordar a ida ao mato, para trasportar a caça morta, por alguns caçadores "furtivos"

terça-feira, 20 de março de 2007

Envelopes e selos



Os envelopes e os selos

Uma das maiores motivações para a manutenção dum bom estado psicológico dos militares em campanha, é o recebimento e o envio de correspondência para os familiares e amigos.
Na guerra de África, e quem por lá passou, sabe que tal aconteceu.
A tantos milhares de quilómetros de distância, quando nem se pensava ainda nas comunicações via Internet ou telemóvel, onde o telefone fixo não existia e até o sistema de transmissões militares via rádio, por vezes funcionava mal, a transmissão de notícias por via da escrita, embora muito morosa, era a base da comunicação particular para os militares.
A alegria e a tristeza era recebida ou enviada por carta, bate-estradas ou postal.
Já em tempo falámos do momento de receber o correio. Da chegada do avião ou do MVL com aquelas notícias que todos ansiavam receber, da família, da namorada ou dos amigos.
Hoje, vamos falar desses pormenores, mas antes do veículo transportador ou da embalagem das notícias. Falaremos apenas dos envelopes e dos bate-estradas, dos aerogramas.
Eram afinal, a embalagem que servia para alojar as trocas de informação de todos.
Dos envelopes, nada vamos acrescentar de novo.
São iguais aos de hoje, ou pelo menos parecidos, quer na dimensão, tipo de papel ou no grafismo incluído.
Também os havia de artesanato. Isto é, houve quem fizesse, e não era preciso muito engenho e arte, um modelo em chapa ou em cartão forte e, a partir daí, por recorte com faca ou tesoura, fabricasse com papel normal ou de cor, o dito envelope personalizado. Mas relativamente aos envelopes o que queríamos anotar, eram os belíssimos selos que à data eram utilizados. E é sobre esse tema que hoje estamos a publicar o espécimen de um desses envelopes e os lindíssimos selos.
Quanto aos bate-estradas, que eram uma “dádiva” sem qualquer custo para o “utilizador”, para além da sua leveza, tinha o inconveniente de neles não se poder escrever muito, por falta de espaço. Compensava o preço.
Quanto aos postais ilustrados, a sua grande maioria, eram fotos de muita beleza, que à data contratava com a maneira bastante pobre e atrasada dos “nativos” das diversas e vastíssimas áreas geográfica de Angola, com a curiosidade de que a sua grande maioria era produzida em Espanha e Itália

quinta-feira, 15 de março de 2007

Adelino Martins, finalmente escreveu algo

Estas fotos foram durante anos utilizadas como propaganda
Recordam-se de que está aqui ? Aceitam-se apostas !!!

Não ficamos babados, porque quem lidou ou lida connosco o sabe bem.

Saudamos, finalmente uma participação, mesmo que seja em " Comentário ", outras mais surgirão, mas não nos façam pensar que somos importantes por fazermos com gosto este pequeno "desporto"

Estamos apenas a brincar, a utilizar um pouco do nosso tempo, em proveito de muitos.


" Homenagem

Pois é .

Chegou a hora de dizer algo .

Eu . E quem sou eu .

Para quem não se lembre , sou Adelino Martins , - então que fui , Furriel Radiomontador , desse nosso saudoso Batalhão de Caçadores 2877 , saudoso ? Sim ,claro , apesar de tudo , que de menos bom passamos , penso que todos nós , sentimos uma grande saudade do Batalhão , dos amigos que fizemos , dos momentos que passamos , das terras que calcorreamos , e pricipalmente da juventude que lá deixamos . E a prova , é ver-mos , a alegria que sentimos , e , bem demonstrada nos nossos encontros anuais . Mas , se repararem bem , a primeira palavra que escrevi neste texto , foi HOMENAGEM . E é exactamente , Homenagem , que eu aqui quero prestar , a duas pessoas .

Em primeiro lugar , ao nosso companheiro e amigo , que ao fim de vinte anos , após o nosso regresso , ou seja em 1991 , com todo o seu esforço , trabalho e perseverância , conseguiu , que nos voltássemos a encontrar , e ano após ano , convivamos em encontros salutares . Já descobriram a quem me refiro . Pois claro . Esta primeira Homenagem , é para ti , João Oliveira . Obrigado .

Em seguida , eu quero prestar homenagem , - atrás mencionei duas pessoas - , a outro companheiro e amigo . Àquele que também com o seu esforço , - e conhecimento informático - , criou , este blogue , lá escreve , comenta , ou reproduz fotos de momentos ou amigos nossos , e que nos permite um melhor e mais fácil relacionamento entre nós . E que saudade , e prazer , tal situação nos dá . Sabem a quem me refiro ? Ao nosso companheiro e amigo Braz Gonçalves . Também para ti , Braz , Obrigado . Amigos , por hoje , fico-me por aqui . Mas voltarei . Prometo . Não quero no entanto terminar , sem desejar a todos os componentes do Batalhão , e respectivas famílias , tudo de bom . Um abraço amigo .Adelino Martins . "

quinta-feira, 8 de março de 2007

Do Diogo, um poema

Fui soldado Português
De sangue,raça e altivez
E quando guerra houver
Alerta gritarei:Presente

Na direita levarei a espada
Na esquerda o fiel coração
Lutarei pela linda e amada
Pátria portuguesa, minha nação

Á sombra da linda bandeira
Bicolor e das celebres quinas
O verde será minha esperança
E o vermelho minha pujança

Oh! Meu querido Portugal
Teu filho é soldado a valer
Lutará para vencer e morrer
Em defesa do teu ideal.

********************
Resumindo o meu pensamento:

Amando o meu PORTUGAL
aprendi muito em ser seu servidor
de carne para canhão,
Mas para essa maldita guerra fui empurrado
Privado de LIBERDADE
Estragaram-me a SAÙDE
E parte da juventude
Em proveito de QUE e de QUEM?

Fernando Diogo

sexta-feira, 2 de março de 2007

Recordações

Aqui vos deixo, cópia duma Msg que o DIOGO nos enviou:

" LEMBRO A PRIMEIRA NOITE EM QUE ERA UMA DA MANHÃ NA CASERNA DA FERRUGEM OS VELHINHOS ATIRARAM AO TELHADO DE ZINCO UM MAMÃO VERDE DO MAMOEIRO QUE HAVIA ATRÁS DA CASERNA
QUE SUSTO MEU DEUS!...
FELICITAÇÕES FRATERNAS. "


Fernando Diogo

quinta-feira, 1 de março de 2007

BCAC2877 - Angola

Colocamos no Blog, para se tornar mais visível, dois comentários que nos foram remetidos, um directamente, outro, via Email.
Não vamos comentar pessoalmente nenhum deles, sabemos que temos bastantes visitas e, continuamente, temos soliciado, pessoalmente e através do Blog, o envio de fotos, opiniões e doumentos escritos para publicar, infelizmente, nada disso nos tem chegado às mãos.
Temos escrito alguns apontamentos sobre assuntos e recordações que nos ocorrem no dia a dia.
Quer queiramos ou não, mesmo passados tantos anos, ainda sentimos no amago do nosso intimo o cheiro da picada e do cacimbo e, sem que possamos travar o nosso cerebro, as recordações aparecem.
De facto, poderia ocupar parte deste tempo em algo mais produtivo para mim, para a minha família, mas por enqaunto, vou continuando por aqui.
Aqui fica o desabafo


" henriques said...
COMPANHEIRO NÃO DESANIMES, TENHO A CERTEZA QUE TODOS OS DIAS O TEU (NOSSO) BLOG É VISITADO , SÓ QUE POR VEZES NÃO É FÁCIL COMENTAR , NO MEU CASO PASSANDO TAMBÉM POR ANGOLA ,VIAJADO NO MESMO BARCO, QUASE AS MESMAS PASSADAS QUE FIZESTE ACONTECE QUE VIVEMOS EPISÓDIOS MUITO SEMELHANTES MAS QUE FORAM VIVIDOS INDIVIDUALMENTE O QUE NO MEU CASO POSSO TER DEFICULDADES EM MANIFESTAR A MINHA OPINIÃO.MAS VOU-TE DIZER, QUE A FALTA DE COMENTÁRIOS NÃO SEJA MOTIVO PARA DESANIMOS , CONTINUA, NEM QUE SEJA PARA SATISFAZER O TEU EGO, O QUE É POSITIVO ,TENO O BLOG http://mah-tretas.blogspot.com/ QUE NÃO É COMENTADO (RARAMENTE)E PROVÁVELMENTE NÃO TERÁ QUALIDADE, MAS POUCO ME IMPORTA,É UM SITIO ONDE POSSO ESCREVER, E DE CERTEZA QUE MUITOS PASSARÃO POR LÁ MESMO NÃO FAZENDO COMENTÁRIOS NÃOQUER DIZER QUE NÃO TENHA LGUM INTERESSE.FICA BEM E CONTINUA NO MINIMO FICAS A SABER QUE TENS UM FIEL VISITANTE EU.ABRAÇOSHENRIQUES ( bat caç. 2878 comp. caç. 2544) "
" Mensagem encaminhada de faxina@sapo.pt
-Data: Tue, 27 Feb 2007 16:16:20 +0000De: faxina@sapo.pt
Assunto: Uma critica
Hoje reparei com espanto no email que foi colocado no blog do batalhão 2877, na verdade eu não entendo, que se queira a colaboração de todos os ex.combatentes , quando eu José Fernandes da Silva da comp. de caç.2543 3.pelotão .Recebi a seguinte resposta a uma pergunta que fiz.É obvio que nem sempre temos tempo nem disposição para colocar no blog todos os assuntos que nos são endereçados. entendi que no batalhão só existiu zau-évua,e ás vezes quiende eu até estive nos dois. Agora pergunto eu o quiximba, o lufico? As companhias operacionais, não interessam? Só interessa a dor de dentes em S.Salvador, os monumentos de lisboa ou os monumentos de ambrizete?Essas coisas para mim não dizem nada eu não estive em Angola a passar férias, passei mais tempo no mato dormi mais tempo no chão do que na cama.Se escrever para o blog é só para intelectuais eu não sou,mas em em contrapartida sei muito bem empunhar ferramentas daquelas que fazem calos,e sinto-me muito orgulhoso,nem todos podem ser doutores.Desejo do fundo do coração saúde para "

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

BAC 2877

Por mais que queira, não posso deixar de pensar na "obrigação" de no dia a dia, se possível, escrever algo no Blog.
Não pensem que é fácil.
Os motivos existem, e não são tão poucos quanto isso.
O estranho, é que, por mais que se queira e se publicite o Blog, poucas ou nenhumas pessoas, ex-companheiros da Guerra, tem disposição, vontade, conhecimentos ou tempo para o fazer.
Não custa muito a cada um aqueles que abrem o Blog, que façam um pequeno comentário, uma critica, que deem uma sugestão ...
Mas, infelizmente não o fazem.
Sei que o acesso à NET e os conhecimentos minimos para a ela aceder, infelizmente, para o "pessoal" da nossa idade, é dificil, quasi impossíve, mas .. . , os filhos, os netos podem dar uma ajuda. Não será ?
Tantas fotos que foram tiradas por todos os locais por onde passámos e, não me chegam para que eu as possa publicar.
Mais um desafio aqui vos deixo, com um abraço amigo de sempre

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

GRAFANIL nos arredores de Lisboa

GRAFANIL cerca de Lisboa

Quem passou por África, mesmo que o não queira, passados umas dezenas de anos, mantém sempre os sentidos apurados para o que por aquelas terras vai acontecendo.
Acontece o mesmo em relação aos nomes de muitas terras que por lá passámos ou de uma qualquer forma nos deixaram na mente alguma informação ou recordação.
Na passada sexta-feira, na SIC NOTÍCIAS, no jornal das 19 horas, quando se noticiava que o governo ia mandar instalar por todo o país, umas dezenas de torres de observação de moderna tecnologia, para através de um sistema de video-vigilância promover a prevenção e o combate aos incêndios, fiquei surpreendido quando foi dito que o Ministro que coordena essa área foi visitar uma dessas torres instalada na periferia de Lisboa.
Ora esta notícia não teria nada de especial para além da relevância do interesse sobre as próprias torres em questão, bem como a sua conveniência futura no seu desempenho quanto à prevenção aos incêndios a não ser que a mesma se encontrava instalada no quartel do GRAFANIL.
Até hoje, apenas conheci o Quartel do Grafanil, cerca de Luanda. Daquele quartel, todos os que por lá passaram, como os do nosso Batalhão, terão boas recordações, em especial quando do embarque no final da comissão, pelos poucos dias que lá estivemos e pela razão do regresso ao PUTO.
Agora aqui, próximo de Lisboa, um quartel (militar, bombeiros) chamado Gafanil ?
Duvidei, porque em questão de geografia, tenho ouvido tanta asneira que, passei a ter o direito de duvidar !
Será mesmo ?
Após umas pesquisas por esta coisa, que atravessa todas as fonteiras do conhecimento, a que sbaptizaram pelo nome de Internet, cheguei a conclusão que, então não é mesmo verdade que a Chefia do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR tem a sua sede no Quartel do Grafanil, Rua do Grafanil, Quinta do Grafanil - Galinheiras - 1750-121 Lisboa

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Dor de DEntes

Dor de Dentes
Uns dias de férias fora do habitat normal, para um animal de hábitos, como o bicho homem, sempre dá para limpar o espírito e o corpo, nem que seja no sentido de mudar a habitual dieta alimentar para uma qualquer outra, por diferente. Foi o que aconteceu.
Mas, porque nem tudo são rosas, estas mini férias, foram toldadas com uma escuríssima nuvem de uma dor de dentes, daquelas que só chegam , quando se não espera e duma intensidade de . . ., não haver remédio imediato para que aquela amiga do nosso maior inimigo nos deixasse, com a mesma brevidade com que nos chegou.
Isto não teria nada de pessoal, se não fosse a recordação de uma situação semelhante vivida em Zau Évua, que me obrigou a uma deslocação de “urgência” a São Salvador, para uma ida ao dentista militar que por lá teria existido. Digo teria existido, porque já vão perceber o porquê desta afirmação. Recordo então, essa ida aos serviços militares, para uma consulta, dado o facto da nevralgia ser tão intensa que, nem com os medicamentos da tropa, os celebres “LM”, conseguiram debelar aquela tremenda dor.
Bem, mas acontece que, quando cheguei ao dito consultório militar, fiquei a aguardar a minha vez, na expectativa de que com alguma sorte, poderia ficar com menos dores ou com um dente a menos na “cremalheira”. Acontece que passados poucos segundos, comecei a ouvir uns ais, uns roncos, que me deixaram em cada segundo que passava, com o coração a aumentar as suas batidas. A luta continuava a cada instante no consultório, o que me deixou imaginar o dentista, com o seu “alicate” tira dentes na mão, bem enfiado na boca do militar, com o joelho de uma das suas penas no peito daquele, aproveitando a lei fa física no que respeita às alavancas, suando as estopinhas, com imensa dificuldade para executar a dita extracção. Não demorei muito tempo a raciocinar. Perante a intensidade de tamnha “emboscada” e não havendo hipótese de enfrentar o “inimigo”, o melhor para tornear a situação, era a retirada. Assim aconteceu, um frango assado e umas imperiais, num daqueles "restaurantes" da zona e mais uns “LM”, resolveram a situação, de tal sorte que felizmente até após muitos anos do regresso de África, não tive necessidade de qualquer intervenção nas “cremalheiras”