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terça-feira, 24 de abril de 2007

o 25 de Abril

Revolução dos Cravos
Porque amanhã é feriado e merecido, aqui fica uma pequena evocação ao 25 de Abril

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

Precedentes

A Guerra do Ultramar, um dos precedentes para a revolução
Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime autoritário de inspiração fascista. Em 1933 o regime é remodelado, auto-denominado-se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais abandonando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcello Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.
Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura, quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude eleitoral e de desrepeito pelo dever de imparcialidade.
O Estado Novo possuía uma polícia política, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), mais tarde DGS (Direcção-Geral de Segurança) e, no início, PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), que perseguia os opositores do regime. De acordo com a visão da história dos ideólogos do regime, o país manteve uma política baseada na manutenção das colónias do "Ultramar", ao contrário da maior parte dos países europeus que então desfaziam os seus impérios coloniais. Apesar da contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve uma política de força, tendo sido obrigado, a partir do início dos anos 60, a defender militarmente as colónias contra os grupos independentistas em Angola, Guiné e Moçambique.
Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que resultava no monopólio do mercado português por parte de alguns grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, o que estimulou a emigração. Nota-se, contudo, um certo desenvolvimento económico a partir desta década.

Preparação


Monumento em Grândola
A primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de Agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de Março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente, por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar. No dia 24 de Março a última reunião clandestina decide o derrube do regime pela força.
Ver também: Oposição à ditadura portuguesa: ditadura militar (1926-1933) e Estado Novo (1933-1974)
Movimentações militares durante a Revolução
Ver cronologia completa de eventos em Cronologia da Revolução dos Cravos.
No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que espoletava a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.
No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. E forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.
À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcello Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcello Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.
A revolução, apesar de ser frequentemente qualificada como "pacífica", resultou, contudo, na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
Cravo

O cravo tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

Consequências

Mural na Chamusca, com uma dedicatória ao 25 de Abril
No dia seguinte, forma-se a Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, e que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é, amiúde, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.
Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos, da Prisão de Caxias e de Peniche. Os líderes políticos da oposição no exílio voltaram ao país nos dias seguintes. Passada uma semana, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas.

Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta entre a esquerda e a direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas. Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.

A guerra colonial acabou e, durante o PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.

O 25 de Abril visto 30 anos depois

O 25 de Abril de 1974 continua a dividir a sociedade portuguesa, embora as divisões estejam limitadas aos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, às facções políticas dos extremos do espectro político e às pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais. Em geral, os jovens não se dividem sobre o 25 de Abril.
Existem actualmente dois pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de Abril.
Quase todos, com muito poucas excepções, consideram que o 25 de Abril valeu a pena. Mas as pessoas mais à esquerda do espectro político tendem a pensar que o espírito inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que a revolução não tenha ido mais longe e que muitas das conquistas da revolução se foram perdendo. As pessoas mais à direita lamentam a forma como a descolonização foi feita e lamentam as nacionalizações.

Almoço de Coimbra - Fotos












O Adelino a calcular o Azimute . . .
O Aires que serviu de cicerone

Melancia e Bras
Familiares em conversa


O Adelino a caminho de Carregal do Sal - Visita ao Américo
Atenção do Adelino e do Moreira para quem ?
Aires - a camin ho do Carregal do Sal
As habituais explicações sobre o Totoloto
Almoço quase a começar


















Aqui deixamos algumas fotos do Almoço do dia 01/04/2007 na Curia, em que participaram o Adelino, o Moreira, o Aires, o Melancia e o Brás e alguns familiares.








Aprovitamos a visita ao Américo (cujas fotos voltamos a publicar abaixo) e juntamo-nos na Curia onde estivemos a almoçar e a conversar durante grande parte da tarde, após o almoço, que decorreu em óptimo ambiente, o que nada espanta.








O proprietário do restaurante, amigo do Melancia, deixou-nos ficar durante quase toda a tarde à "mesa" e assim, aproveitámos para colocar a "conversa" em dia.






No final, a convite do Melancia, que mora alí perto, fomos a sua casa, onde tomámos uma bebida "para o caminho",









Se se recordam, o Adelino era Radiomontador, o Aires Amanuense, o Melancia Mecanico, o Moreira de Transmissões e o Brás de Operações e Informações. Todos furriéis.

Angola - Recordações em Fotografia









Estas fotos estavam no nosso arquivo e foram enviadas por Email pelo nosso companheiro Silva da CCAC2543




sexta-feira, 20 de abril de 2007

Pensões para os ex-combatentes

O Governo vai reduzir para mais de metade o valor do suplemento especial de pensão para garantir a sua atribuição a todos os ex-combatentes: cerca de 450 mil. Em causa está a sustentabilidade do Fundo dos Ex-Combatentes e. segundo apurou o CM, os antigos militares passarão a receber por ano um complemento até 150 euros, quando actualmente o seu valor ascende, em média, aos 300 euros.
O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. assegurou ontem que o complemento especial de pensão será atribuído a todos os ex-combatentes, ao contrário da decisão do anterior titular da pasta, Luís Amado, que pretendia restringir o suplemento a 20 mil antigos militares devido à insustentabilidade do Fundo. "'É um dever do Estado prestar esse reconhecimento [aos ex-combatentes]. Por isso, a solução será encontrada para além do Ministério da Defesa, com uma única certeza: o universo [de antigos militares] vai manter-se integral", afIrmou Severiano Teixeira, após uma intervenção no seminário da revista 'Segurança e Defesa' sobre a transformação das Forças Armadas. Sem recorrer à restrição dos complementos, a solução passa pela redução dos custos com os mesmos. Como? Através da criação de três escalões para a atribuição dos suplementos com base no tempo de serviço: 75 euros (até 11 meses), cem euros (entre 13 e 23 meses) e 150 euros (mais de 24 meses). O Governo poderá assim reduzir em mais de 50 por cento os gastos com os suplementos. À luz da actual legislação, o complemento corresponde a 3,5 por cento da pensão social (171,73 euros) por cada ano de serviço e, em média, os ex-combatentes recebem cerca de 300 euros por ano. Segundo avançou o ano passado o próprio ministro da Defesa, só para um universo de 193 mil beneficiários seria necessário 828 milhões de euros.
A proposta, que está a ser estudada, como já noticiou o CM, pelos Ministérios da Defesa, das Finanças e da Solidariedade, representa um claro recuo do Governo em relação à decisão de Luís Amado, que determinava que os ex-militares com uma reforma superior a 740 euros não teriam direito ao complemento especial de pensão, o que motivou uma forte contestação, não só das associações militares, mas também da oposição.
IN CORREIO DA MANHÃ - QUINTA-FEIRA, 19 ABRIL 2007

Os Jogos de Futebol

ZAU EVUA - Palacio dos Desportos com torre de vigia ao fundo

Quem não se recorda dos célebres jogos de futebol ?
Pois é, aqui lhes mostramos uma foto descoberta num velho album de recordações.
Aceitamos apostas para a legendagem da mesma, com os nomes dos "Cristianos Ronaldos" da época, bem como dos assistentes.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A Doença do Sono


Ao ler a VOZ de Paço de Arcos, do passado mês de Dezembro de 2006, onde se fala de “As grandes doenças”, veio-me à recordação mais um pormenor da nossa passagem por África.
Curiosamente sobre um tema que, face ao que havia na data estudado, estava bastante bem informado. Pois para a zona Norte de Angola, não existia aquela praga “devoradora” da vida de homens e de animais.
Recordei-me da “ doença do sono “
Assim, para quem já se esqueceu ou para quem não sabe, recordo o que aconteceu: quando da nossa chegada a Luanda, fomos “baptizados”, no Campo Militar do Grafanil, debaixo dum enorme embondeiro, com uma pesagem e posterior vacinação contra a doença do sono.
Como desde miúdo, fui alérgico a agulhas, fiquei pasmado ao saber que a nossa ida à balança tinha directamente a ver com a quantidade de soro que nos seria ministrado, isso, em proporção directa ao nosso peso.
Claro, fiquei de longe a ver como eram as “modas” e na primeira oportunidade, raspei-me para bem “longe da vista” do inimigo da seringa, que mais parecia uma bomba de encher uma câmara de ar de bicicleta.

Porque admito que exista algum interesse pelo tema, aqui deixo, com a devida vénia, ao seu autor, pela recordação, transcrição da “Wikipédia, da referida doença.

Doença do sono
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa


A Mosca tsétsé transmite a Doença do Sono
A Doença do Sono ou Tripanossomíase Africana é uma doença frequentemente fatal causada pelo parasita unicelular Trypanosoma brucei. Há duas formas: uma na África Ocidental, incluindo Angola e Guiné-Bissau, causada pela subespécie T.brucei gambiense, que assume forma crónica, e outra na África Oriental, incluindo Moçambique, causada pelo T.brucei rhodesiense, forma aguda. Ambos os parasitas são transmitidos pela picada da mosca tsétsé (moscas do género Glossina).
.brucei é um parasita eucariota unicelular cujo género inclui ainda o T. cruzi, que causa a doença de Chagas.
O tripomastígota (comprimento de 20 micrómetros), a forma activa no sangue do Homem, tem núcleo central, uma única grande mitocôndria alongada, que contém o cinetoplasto,zona com o DNA mitocondrial. Tem ainda um flagelo que lhe dá mobilidade. A sua membrana celular ondulante (devido aos movimentos flagelares) é recoberta de glicoproteínas pouco imunogénicas, permitindo-lhe passar despercebido. As formas epimastígota e promastígota (formas na mosca tsétsé) são mais condensadas. Contêm ainda glicossoma, grânulos ricos em glicogénio.
O T.brucei gambiense causa a variante ocidental e é menos virulento que o T.brucei rhodesiense que causa a variante oriental. O T.brucei brucei não causa doença em seres humanos, mas causa a doença nagana em alguns animais domésticos.
A glicoproteína que o parasita exprime na sua membrana é reciclado continuamente com outros tipos de glicoproteína (codificados pela família de mais de mil genes VSSA, dos quais em um momento apenas um está a ser transcrito). A mudança dos antigénios externos permite-lhe escapar largamente ao sistema imunitário, pois quando anticorpos especificos contra um tipo de glicoproteína já estão fabricados, ele já mudou o gene que exprime e a glicoproteína já é outra.
//
[editar] Ciclo de Vida
O parasita existe na saliva das moscas tsétsé e é injectado quando estas se alimentam de sangue humano. Ao contrário do seu primo americano, o tripomastigota T. brucei não invade as células (nem assume forma de amastigota), alimentando-se e multiplicando-se enquanto tripomastigota nos fluidos corporais, incluindo sangue e fluido extracelular nos tecidos. Uma nova mosca Glossina é infectada quando se alimenta de individuo contaminado. Ao longo de cerca de um mês, o parasita assume várias formas (epimastigota principalmente) enquanto se multiplica no corpo da mosca, invadindo finalmente as glândulas salivares do insecto (as moscas vivem cerca de 6 meses).
[editar] Epidemiologia


Diagrama de 1880 da Mosca Tsétsé
A Doença do Sono ocorre apenas em África, nas zonas onde existe o seu vector, a mosca tsétsé. Não existe na África do Sul nem a norte do deserto Saara. Haverá cerca de meio milhão de pessoas infectadas em cerca de 40 países africanos.
A subespécie gambiense existe apenas a oeste do vale do grande rift africano, nas florestas tropicais, sendo um problema grave em países como os Congos (antigo Zaire), Camarões e Norte de Angola. A transmissão é principalmente de humano para humano, com menor importancia dos reservatórios animais. As moscas transmissoras são as Glossina palpalis, que se concentram junto aos rios, lagos e poços.
A subespécie rodesiense existe a leste do grande rift, principalmente na região dos grandes lagos, nas savanas: Tanzânia, Quénia, Uganda e Norte de Moçambique. Os antilopes, gazelas e animais domésticos são reservatórios importantes do parasita. Transmitido pelas moscas Glossina morsitans.
[editar] Progressão e Sintomas
Após a picada infecciosa, o parasita multiplica-se localmente durante cerca de 3 dias, desenvolvendo-se por vezes uma induração ou inchaço edematoso, denominado de cancro tripanossómico, que desaparece após três semanas, em média. O inchaço não surge na grande maioria dos casos de infecção pelo T. gambiense e apenas em 50% dos casos de infecção com T. rodesiense.
O parasita dissemina-se durante 1-2 semanas (T. gambiense) ou 2-3 semanas (T. rodesiense) da picada pelo corpo do doente. O T. gambiense produz muito mais alta parasitemia que o T. rodesiense. Os sintomas são todos durante as fases de replicação ou parasitémia. Os parasitas multiplicam-se no sangue, a maioria com uma mesma glicoproteína de membrana. No entanto alguns poucos trocam a glicoproteína por outra de dentro do seu leque de 1000 genes para essas proteínas, num processo aleatório. Quando o sistema imunitário produz anticorpos especificos contra a glicoproteína dominante, a maioria dos parasitas é destruida, mas não os poucos que, por acaso já tinham trocado a glicoproteína que usam. Os sintomas cessam, mas os parasitas com a glicoproteína diferente não são afectados pelos anticorpos produzidos e multiplicam-se, gerando nova onda parasitémica e de sintomas. Então são produzidos novos anticorpos contra a nova glicoproteína dominante, que mais tarde são eficazes em destruir a maioria dos parasitas excepto aqueles poucos que já trocaram novamente a glicoproteína que usam, e assim por diante. O resultado são ondas de multiplicação e sintomas agudos que vão aumentando até originar sintomas do tipo crónico, após muitos danos. A grande quantidade de anticorpos produzidos leva à formação de complexos dessas proteínas, que activam o complemento e causam também directamente danos nos endotélios dos vasos e nos rins. Os danos nos vasos geram os edemas, e microenfartes no cérebro, enquanto a anemia é devida à destruição acidental pelo complemento dos eritrócitos.
Os sintomas iniciais e recorrentes são a febre, tremores, dores musculares e articulares, linfadenopatia (ganglios linfáticos aumentados), mal estar, perda de peso, anemia e trombocitopenia. Na infecção por T. rodesiense pode haver danos cardiacos com insuficiencia desse orgão. Há frequentemente hiperactividade na fase aguda.
Mais tarde surgem sintomas neurológicos e meningoencefalite com retardação mental. Na infecção por T. gambiense a invasão do cérebro é geralmente após seis meses de progressão, enquanto o T. rodesiense pode invadi-lo após algumas semanas apenas. Sintomas típicos deste processo são as convulsões epilépticas, sonolência e apatia progredindo para o coma. A morte segue-se entre seis meses a seis anos após a infecção para o T. gambiense, e quase sempre antes de seis meses para o T. rodesiense.
[editar] Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é geralmente pela detecção microscópica dos parasitas no sangue ou líquido cefalo-raquidiano. Também se utiliza a inoculação do sangue em animais de laboratório, se a parasitémia for baixa, ou a detecção do seu DNA pela PCR.
Na fase aguda, o tratamento com pentamidina é eficaz contra T. gambiense, e a suramina contra T. rodesiense. No entanto a resistência é crescente a estes fármacos. Na fase cerebral, já poderá haver danos irreversiveis. É necessário usar o tóxico melarsoprol, que mata sem ajuda do parasita 1-10% dos doentes, ou no caso do T. gambiense eflornitina.
[editar] PrevençãoAs Glossina, ao contrário de quase todos os outros insetos que picam humanos são mais ativas de dia, logo dormir em redes apesar de aconselhado, não protege tanto como protege contra malária, cujo mosquito é noturno. É necessário usar roupas que cobrem a maioria da pele e sprays repelentes de insetos. O uso de aparelhos coloridos eléctricos que atraem e matam as moscas é útil. A destruição das populações de moscas é eficaz para a erradicação da doença.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Almoço Curia -BCAC2877 - Angola (Furrieis da CCS)






Todos os que habitualmente tem visitado o nosso Blog, nos ultimos tempos terão notado que não temos dado tantas informação e inscrito notas no mesmo, como em tempos anteriores.

De facto não nos tem sido possível manter com assiduidade o Blog em "movimento", por várias razões que não serão importantes neste momento mencionar.


Acontece que daqui por diante, vai ser mais fácil manter o blog actualizado, com notas e fotos e com um arranjo talvez melhorado.

Não fica a promessa que tal vai acontecer já hoje, mas daqui a poucos dias, isso sim.


Umas fotos dum almoço na Curia, para aguçar a expectativa.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O Américo

O Bras, o Adelino, o Américo e o Aires
O Américo
O Américo


Não parece nada difícil escrever umas linhas sobre algo que nos diz respeito, que nos diz muito. Mas, quando começamos, uma emaranhado de ideias, de palavras, faz com que, afinal o que parecia fácil, se torna difícil.

Queremos mencionar o facto de quando em vez, essa vontade de passar os pensamentos a palavras, se evaporar ou entrar num desvio, quando uma outra qualquer motivação mais material rodeia e cerca o nosso pensamento, fazendo com que essa vontade fique em suspenso para uma outra oportunidade, onde a obrigação se sobreponha as outras mais fúteis motivações do momento
Na noite em que jogaram Benfica e o Porto, já tinha iniciado esta conversa, mas, não consegui levar até ao final esta minha divagação de passar à prosa, uma pequena aventura, que pelo seu significado, merece que seja levada ao conhecimento dos mais habituais visitantes do Blog do BCAC2877.
Desde há já uns anos que alguns furriéis da CCS tinham idealizado uma pequena confraternização, com o intuito de passarmos um dia, um pouco mais perto uns dos outros, com mais tempo para o reviver dos velhos tempos em África.
Tal aconteceu no passado Sábado 1 de Abril, em Coimbra e com almoço na Curia. Não sem que antes, o Adelino, o Brás, o Aires, alguns, com as esposas e filhos e netos, para aproveitar a oportunidade duma visita com aqueles ao Portugal dos Pequenitos, pese embora o facto das condições meteorológicas não terem sido, durante apenas a parte da manhã, nada favoráveis, pois a chuva fez-se representar na cidade do Mondego durante grande parte da manhã.
Na altura do almoço, que durou grande parte da tarde, juntaram-se também, o Melancia, o Moreira e as respectivas esposas.
Desde há muito que o Adelinho tinha tentado e conseguiu saber da morada do Américo.
Quem passou por Zau Évua, certamente que se recorda do Américo.
Quem o não conhecia !
Pois o Américo nunca apareceu aos almoços de confraternização.
O Adelino foi investigando e lá foi recolhendo informações, ficando a saber que o Américo tem uma vida muito difícil, com vários “acidentes” no seu percurso por esta terrena e difícil caminhada até à velhice.
Acidentes que lhe roubaram alguma mobilidade física, e devido à “pinguita” em excesso, alguma “mobilidade” mental, também lhe foi roubada.
Na companhia do Aires e do Adelino, com o primeiro como cicerone, lá fomos até ao Carregal do Sal, com a indicação de um contacto com um antigo patrão, agente funerário , para quem aquele em tempos trabalhara. Após diversos telefonemas, conseguimos chegar ao lugar de Póvoa das Forcadas onde reside o nosso antigo companheiro.
Não foi difícil localizar a sua morada, falar com a mulher, com uma cunhada, saber que tem seis filhos, duas raparigas e quatro rapazes e alguns netos.

O Américo vive duma pensão social baixa e vai trabalhando no campo, à jorna, para conhecidos e amigos, para aumentar um pouco mais o seu magro pecúlio.
Nesse sábado, estava a semear umas batatas para um amigo ou conhecido.

Foi fácil saber que o Américo ia almoçar num pequeno “restaurante” mesmo em frente da estação da CP do Carregal do Sal, talvez como recompensa pelo trabalho que tinha prestado.
Pedimos para não ser avisado da nossa presença e tal aconteceu, como previsto, na troca de impressões que os três tínhamos feito pelo caminho.
- O Américo não nos reconheceu à primeira, mas mesmo depois, ficámos com algumas dúvidas se de facto nos tinha referenciado.

Todavia, uma coisa foi certa, com o aspecto físico muito degradado e o mental de igual modo, bastante corroído, lá foi contando algumas peripécias que tinha passado em Zau Évua, essas conhecidas por nós, o que nos leva a crer que mantém ainda uma pequena chama acesa com a lembrança da sua passagem pela guerra de África.
Sempre se recordou quando na messe, por detrás do buraco da copa dizia – “ Furriel, não paga uma fresquinha ao Américo ? “
Recordamos quando o Américo ia a SSalvador, e ia sampre . . .. Era ele que apanhava as galinhas que mais tarde, com uma enorme catana, degolava, por detrás da cozinha da messe de sargentos, atirando-as ao ar. Mesmo sem cabeça, os galináceos ainda esvoaçavam.
Dentro do galinheiro do comerciante, fazia-se acompanhar duma bazuca e dentro do tubo daquela, trazia sempre uma ou duas galinhas, que depois juntava às do Batalhão e dizia para o Vago Mestre, que todas as galinhas podiam morrer, menos aquelas, as suas.
Não tivemos muito tempo, pois chamaram o Américo para o repasto, era um cozido e estava a esfriar, para alem disso, tínhamos que regressar a Coimbra, para seguir para a Cúria, ao encontro dos nossos familiares e dos outros companheiros, para o almoço aprazado.
O mentor desta visita, o Adelino, tinha deixado ficar em casa do Américo, uma pequena lembrança, um bolo, para ele e a família saborearem ao lanche e, quando aquele lhe disse o Américo, embora com aspecto abatido, muito envelhecido, esboçou um sorriso, um sorriso menos aberto e expressivo do de então, mas era o mesmo, um sorriso “sincero” , “agradecido”, como sempre.
Tinha sido concretizada uma aspiração de alguns anos – a visita ao Américo.
Aqui lhes deixamos, com estas palavras a homenagem ao Américo, mas não só a ele, a todos os que, como ele, foram nossos companheiros e que por as mais diversas razões, perderam o contacto connosco, mas que não estão esquecidos por muitos de nós.
A nostalgia, afina o sentido da antiga camaradagem.
O tempo passa, mas algumas recordações não se esquecem nunca.

Muitos dos nossos companheiros de então, sempre vão sendo lembrados.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Angola - Gibóia com cabrito no estomago

Foto cedida pelo companheiro Silva da CCAC2543
Cópia do Email que acompanhava a foto da gibóia.
De facto recordo-me, especialmente do cheiro pestilento que o bicho tresandava.
" Boa tarde camaradas: Estou a tentar mandar esta foto,trata-se duma giboia apanhada no regresso de uma operação que durou vários dias, bem esta cobra tinha cerca de 7 metros teve que ser abatida, porque não estáva nada bem intensionada, e para maior segurança fomos 5 atiradores a disparar ao mesmo tempo para a cabeça reparem no estado que ela ficou, esta fotografia foi tirada na parada em zau-évua ela, tinha um cabrito inteiro dentro dela. Camaradas vejam lá se recordam este episódio mais um entre tantos abraços. JSilva com.caç.2543 bat.2877. ""

sexta-feira, 23 de março de 2007

BCAC 2877 - Foto -

Voltarei mais tarde para legendar esta foto
Aqui fica a legenda desta foto.
Ao nosso companheiro, as desculpas pelo atraso na publicação da legenda, mas a falta de tempo de vez em quando não nos deixa que o "serviço" fique em dia.
Um grande abraço para o nosso antigo companheiro que sabemos, visita o Blog com muita assiduidade.
Pela maneira como nos escreve, verificamos como se sente bem em recordar, na companhia dos seus antigos companheiros, os tempos da guerra de Africa.
" Agradeço do fundo do coração,estava a sentir-me excluido, não calculam como me fez bem ver aqui no munitor a minha fotografia e, por variadissimas razões, a primeira tem a ver com a herança de tudo o que nós passamos. Eu estou muito empenhado em conviver convosco porque eu acho que são só voçês que me compreendem,eu aqui para as pessoas e, principalmente para a familia, excluindo as minhas filhas, genros, esposa. Somos 8 irmãos e todos são unânimes em afirmar, que sou maluco porque é dos gases da guerra não chega aquilo que por lá passamos, ainda temos que levar com isto. Deus dar-lhe-á a reconpensa. Camaradas eu sei que me compreendem, se calhar não sou o único que está a passar por esta situação alguns colegas nossos já morreram, o que é muito pior. abraço para todos até breve. José fernandes da Silva cª caç 2543 bat. 2877. "

quarta-feira, 21 de março de 2007

A Caça - Bcac 2877 - Angola 1969 1971


Hoje falamos, em meia duzia de palavras, sobre a caça. A caça grossa e a caça miuda.

Recordo que o Dr José Niza, na altura era o único que tinha uma espingarda de cartuchos, uma dita caçadeira e que, dando umas voltas de jeep, após as habituais chuvadas, caçava umas tantas perdizs que, pela picada fora, se entretinham, distraidamente a debicar as pedras lavadas pelos fortes aguaceiros que caíam com frequencia.

Mas vamos hoje falar das pacaças, dos burros do mato, dos javalis, das gazelas e das poucas palancas que se encontravam já em vias de extenção e que eram o motivo das caçadas.

Um tipo de caça que aqui no Puto, na altura não tinha quaqluer tipo de comparação e, para além disso, disparar com uma arma de bala, a G3 ou com as lindissímas FN, para quem gostava, dava um enorme gozo e, tambem convem dizer que poderia oferecer algum perigo.
Convem não esquecer que a carne de caça era a base de muita da dieta alimentar que por aquelas bandas se fazia.
Aqui lhes deixamos uma foto, para recordar a ida ao mato, para trasportar a caça morta, por alguns caçadores "furtivos"

terça-feira, 20 de março de 2007

Envelopes e selos



Os envelopes e os selos

Uma das maiores motivações para a manutenção dum bom estado psicológico dos militares em campanha, é o recebimento e o envio de correspondência para os familiares e amigos.
Na guerra de África, e quem por lá passou, sabe que tal aconteceu.
A tantos milhares de quilómetros de distância, quando nem se pensava ainda nas comunicações via Internet ou telemóvel, onde o telefone fixo não existia e até o sistema de transmissões militares via rádio, por vezes funcionava mal, a transmissão de notícias por via da escrita, embora muito morosa, era a base da comunicação particular para os militares.
A alegria e a tristeza era recebida ou enviada por carta, bate-estradas ou postal.
Já em tempo falámos do momento de receber o correio. Da chegada do avião ou do MVL com aquelas notícias que todos ansiavam receber, da família, da namorada ou dos amigos.
Hoje, vamos falar desses pormenores, mas antes do veículo transportador ou da embalagem das notícias. Falaremos apenas dos envelopes e dos bate-estradas, dos aerogramas.
Eram afinal, a embalagem que servia para alojar as trocas de informação de todos.
Dos envelopes, nada vamos acrescentar de novo.
São iguais aos de hoje, ou pelo menos parecidos, quer na dimensão, tipo de papel ou no grafismo incluído.
Também os havia de artesanato. Isto é, houve quem fizesse, e não era preciso muito engenho e arte, um modelo em chapa ou em cartão forte e, a partir daí, por recorte com faca ou tesoura, fabricasse com papel normal ou de cor, o dito envelope personalizado. Mas relativamente aos envelopes o que queríamos anotar, eram os belíssimos selos que à data eram utilizados. E é sobre esse tema que hoje estamos a publicar o espécimen de um desses envelopes e os lindíssimos selos.
Quanto aos bate-estradas, que eram uma “dádiva” sem qualquer custo para o “utilizador”, para além da sua leveza, tinha o inconveniente de neles não se poder escrever muito, por falta de espaço. Compensava o preço.
Quanto aos postais ilustrados, a sua grande maioria, eram fotos de muita beleza, que à data contratava com a maneira bastante pobre e atrasada dos “nativos” das diversas e vastíssimas áreas geográfica de Angola, com a curiosidade de que a sua grande maioria era produzida em Espanha e Itália

quinta-feira, 15 de março de 2007

Adelino Martins, finalmente escreveu algo

Estas fotos foram durante anos utilizadas como propaganda
Recordam-se de que está aqui ? Aceitam-se apostas !!!

Não ficamos babados, porque quem lidou ou lida connosco o sabe bem.

Saudamos, finalmente uma participação, mesmo que seja em " Comentário ", outras mais surgirão, mas não nos façam pensar que somos importantes por fazermos com gosto este pequeno "desporto"

Estamos apenas a brincar, a utilizar um pouco do nosso tempo, em proveito de muitos.


" Homenagem

Pois é .

Chegou a hora de dizer algo .

Eu . E quem sou eu .

Para quem não se lembre , sou Adelino Martins , - então que fui , Furriel Radiomontador , desse nosso saudoso Batalhão de Caçadores 2877 , saudoso ? Sim ,claro , apesar de tudo , que de menos bom passamos , penso que todos nós , sentimos uma grande saudade do Batalhão , dos amigos que fizemos , dos momentos que passamos , das terras que calcorreamos , e pricipalmente da juventude que lá deixamos . E a prova , é ver-mos , a alegria que sentimos , e , bem demonstrada nos nossos encontros anuais . Mas , se repararem bem , a primeira palavra que escrevi neste texto , foi HOMENAGEM . E é exactamente , Homenagem , que eu aqui quero prestar , a duas pessoas .

Em primeiro lugar , ao nosso companheiro e amigo , que ao fim de vinte anos , após o nosso regresso , ou seja em 1991 , com todo o seu esforço , trabalho e perseverância , conseguiu , que nos voltássemos a encontrar , e ano após ano , convivamos em encontros salutares . Já descobriram a quem me refiro . Pois claro . Esta primeira Homenagem , é para ti , João Oliveira . Obrigado .

Em seguida , eu quero prestar homenagem , - atrás mencionei duas pessoas - , a outro companheiro e amigo . Àquele que também com o seu esforço , - e conhecimento informático - , criou , este blogue , lá escreve , comenta , ou reproduz fotos de momentos ou amigos nossos , e que nos permite um melhor e mais fácil relacionamento entre nós . E que saudade , e prazer , tal situação nos dá . Sabem a quem me refiro ? Ao nosso companheiro e amigo Braz Gonçalves . Também para ti , Braz , Obrigado . Amigos , por hoje , fico-me por aqui . Mas voltarei . Prometo . Não quero no entanto terminar , sem desejar a todos os componentes do Batalhão , e respectivas famílias , tudo de bom . Um abraço amigo .Adelino Martins . "

quinta-feira, 8 de março de 2007

Do Diogo, um poema

Fui soldado Português
De sangue,raça e altivez
E quando guerra houver
Alerta gritarei:Presente

Na direita levarei a espada
Na esquerda o fiel coração
Lutarei pela linda e amada
Pátria portuguesa, minha nação

Á sombra da linda bandeira
Bicolor e das celebres quinas
O verde será minha esperança
E o vermelho minha pujança

Oh! Meu querido Portugal
Teu filho é soldado a valer
Lutará para vencer e morrer
Em defesa do teu ideal.

********************
Resumindo o meu pensamento:

Amando o meu PORTUGAL
aprendi muito em ser seu servidor
de carne para canhão,
Mas para essa maldita guerra fui empurrado
Privado de LIBERDADE
Estragaram-me a SAÙDE
E parte da juventude
Em proveito de QUE e de QUEM?

Fernando Diogo

sexta-feira, 2 de março de 2007

Recordações

Aqui vos deixo, cópia duma Msg que o DIOGO nos enviou:

" LEMBRO A PRIMEIRA NOITE EM QUE ERA UMA DA MANHÃ NA CASERNA DA FERRUGEM OS VELHINHOS ATIRARAM AO TELHADO DE ZINCO UM MAMÃO VERDE DO MAMOEIRO QUE HAVIA ATRÁS DA CASERNA
QUE SUSTO MEU DEUS!...
FELICITAÇÕES FRATERNAS. "


Fernando Diogo

quinta-feira, 1 de março de 2007

BCAC2877 - Angola

Colocamos no Blog, para se tornar mais visível, dois comentários que nos foram remetidos, um directamente, outro, via Email.
Não vamos comentar pessoalmente nenhum deles, sabemos que temos bastantes visitas e, continuamente, temos soliciado, pessoalmente e através do Blog, o envio de fotos, opiniões e doumentos escritos para publicar, infelizmente, nada disso nos tem chegado às mãos.
Temos escrito alguns apontamentos sobre assuntos e recordações que nos ocorrem no dia a dia.
Quer queiramos ou não, mesmo passados tantos anos, ainda sentimos no amago do nosso intimo o cheiro da picada e do cacimbo e, sem que possamos travar o nosso cerebro, as recordações aparecem.
De facto, poderia ocupar parte deste tempo em algo mais produtivo para mim, para a minha família, mas por enqaunto, vou continuando por aqui.
Aqui fica o desabafo


" henriques said...
COMPANHEIRO NÃO DESANIMES, TENHO A CERTEZA QUE TODOS OS DIAS O TEU (NOSSO) BLOG É VISITADO , SÓ QUE POR VEZES NÃO É FÁCIL COMENTAR , NO MEU CASO PASSANDO TAMBÉM POR ANGOLA ,VIAJADO NO MESMO BARCO, QUASE AS MESMAS PASSADAS QUE FIZESTE ACONTECE QUE VIVEMOS EPISÓDIOS MUITO SEMELHANTES MAS QUE FORAM VIVIDOS INDIVIDUALMENTE O QUE NO MEU CASO POSSO TER DEFICULDADES EM MANIFESTAR A MINHA OPINIÃO.MAS VOU-TE DIZER, QUE A FALTA DE COMENTÁRIOS NÃO SEJA MOTIVO PARA DESANIMOS , CONTINUA, NEM QUE SEJA PARA SATISFAZER O TEU EGO, O QUE É POSITIVO ,TENO O BLOG http://mah-tretas.blogspot.com/ QUE NÃO É COMENTADO (RARAMENTE)E PROVÁVELMENTE NÃO TERÁ QUALIDADE, MAS POUCO ME IMPORTA,É UM SITIO ONDE POSSO ESCREVER, E DE CERTEZA QUE MUITOS PASSARÃO POR LÁ MESMO NÃO FAZENDO COMENTÁRIOS NÃOQUER DIZER QUE NÃO TENHA LGUM INTERESSE.FICA BEM E CONTINUA NO MINIMO FICAS A SABER QUE TENS UM FIEL VISITANTE EU.ABRAÇOSHENRIQUES ( bat caç. 2878 comp. caç. 2544) "
" Mensagem encaminhada de faxina@sapo.pt
-Data: Tue, 27 Feb 2007 16:16:20 +0000De: faxina@sapo.pt
Assunto: Uma critica
Hoje reparei com espanto no email que foi colocado no blog do batalhão 2877, na verdade eu não entendo, que se queira a colaboração de todos os ex.combatentes , quando eu José Fernandes da Silva da comp. de caç.2543 3.pelotão .Recebi a seguinte resposta a uma pergunta que fiz.É obvio que nem sempre temos tempo nem disposição para colocar no blog todos os assuntos que nos são endereçados. entendi que no batalhão só existiu zau-évua,e ás vezes quiende eu até estive nos dois. Agora pergunto eu o quiximba, o lufico? As companhias operacionais, não interessam? Só interessa a dor de dentes em S.Salvador, os monumentos de lisboa ou os monumentos de ambrizete?Essas coisas para mim não dizem nada eu não estive em Angola a passar férias, passei mais tempo no mato dormi mais tempo no chão do que na cama.Se escrever para o blog é só para intelectuais eu não sou,mas em em contrapartida sei muito bem empunhar ferramentas daquelas que fazem calos,e sinto-me muito orgulhoso,nem todos podem ser doutores.Desejo do fundo do coração saúde para "

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

BAC 2877

Por mais que queira, não posso deixar de pensar na "obrigação" de no dia a dia, se possível, escrever algo no Blog.
Não pensem que é fácil.
Os motivos existem, e não são tão poucos quanto isso.
O estranho, é que, por mais que se queira e se publicite o Blog, poucas ou nenhumas pessoas, ex-companheiros da Guerra, tem disposição, vontade, conhecimentos ou tempo para o fazer.
Não custa muito a cada um aqueles que abrem o Blog, que façam um pequeno comentário, uma critica, que deem uma sugestão ...
Mas, infelizmente não o fazem.
Sei que o acesso à NET e os conhecimentos minimos para a ela aceder, infelizmente, para o "pessoal" da nossa idade, é dificil, quasi impossíve, mas .. . , os filhos, os netos podem dar uma ajuda. Não será ?
Tantas fotos que foram tiradas por todos os locais por onde passámos e, não me chegam para que eu as possa publicar.
Mais um desafio aqui vos deixo, com um abraço amigo de sempre

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

GRAFANIL nos arredores de Lisboa

GRAFANIL cerca de Lisboa

Quem passou por África, mesmo que o não queira, passados umas dezenas de anos, mantém sempre os sentidos apurados para o que por aquelas terras vai acontecendo.
Acontece o mesmo em relação aos nomes de muitas terras que por lá passámos ou de uma qualquer forma nos deixaram na mente alguma informação ou recordação.
Na passada sexta-feira, na SIC NOTÍCIAS, no jornal das 19 horas, quando se noticiava que o governo ia mandar instalar por todo o país, umas dezenas de torres de observação de moderna tecnologia, para através de um sistema de video-vigilância promover a prevenção e o combate aos incêndios, fiquei surpreendido quando foi dito que o Ministro que coordena essa área foi visitar uma dessas torres instalada na periferia de Lisboa.
Ora esta notícia não teria nada de especial para além da relevância do interesse sobre as próprias torres em questão, bem como a sua conveniência futura no seu desempenho quanto à prevenção aos incêndios a não ser que a mesma se encontrava instalada no quartel do GRAFANIL.
Até hoje, apenas conheci o Quartel do Grafanil, cerca de Luanda. Daquele quartel, todos os que por lá passaram, como os do nosso Batalhão, terão boas recordações, em especial quando do embarque no final da comissão, pelos poucos dias que lá estivemos e pela razão do regresso ao PUTO.
Agora aqui, próximo de Lisboa, um quartel (militar, bombeiros) chamado Gafanil ?
Duvidei, porque em questão de geografia, tenho ouvido tanta asneira que, passei a ter o direito de duvidar !
Será mesmo ?
Após umas pesquisas por esta coisa, que atravessa todas as fonteiras do conhecimento, a que sbaptizaram pelo nome de Internet, cheguei a conclusão que, então não é mesmo verdade que a Chefia do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR tem a sua sede no Quartel do Grafanil, Rua do Grafanil, Quinta do Grafanil - Galinheiras - 1750-121 Lisboa

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Dor de DEntes

Dor de Dentes
Uns dias de férias fora do habitat normal, para um animal de hábitos, como o bicho homem, sempre dá para limpar o espírito e o corpo, nem que seja no sentido de mudar a habitual dieta alimentar para uma qualquer outra, por diferente. Foi o que aconteceu.
Mas, porque nem tudo são rosas, estas mini férias, foram toldadas com uma escuríssima nuvem de uma dor de dentes, daquelas que só chegam , quando se não espera e duma intensidade de . . ., não haver remédio imediato para que aquela amiga do nosso maior inimigo nos deixasse, com a mesma brevidade com que nos chegou.
Isto não teria nada de pessoal, se não fosse a recordação de uma situação semelhante vivida em Zau Évua, que me obrigou a uma deslocação de “urgência” a São Salvador, para uma ida ao dentista militar que por lá teria existido. Digo teria existido, porque já vão perceber o porquê desta afirmação. Recordo então, essa ida aos serviços militares, para uma consulta, dado o facto da nevralgia ser tão intensa que, nem com os medicamentos da tropa, os celebres “LM”, conseguiram debelar aquela tremenda dor.
Bem, mas acontece que, quando cheguei ao dito consultório militar, fiquei a aguardar a minha vez, na expectativa de que com alguma sorte, poderia ficar com menos dores ou com um dente a menos na “cremalheira”. Acontece que passados poucos segundos, comecei a ouvir uns ais, uns roncos, que me deixaram em cada segundo que passava, com o coração a aumentar as suas batidas. A luta continuava a cada instante no consultório, o que me deixou imaginar o dentista, com o seu “alicate” tira dentes na mão, bem enfiado na boca do militar, com o joelho de uma das suas penas no peito daquele, aproveitando a lei fa física no que respeita às alavancas, suando as estopinhas, com imensa dificuldade para executar a dita extracção. Não demorei muito tempo a raciocinar. Perante a intensidade de tamnha “emboscada” e não havendo hipótese de enfrentar o “inimigo”, o melhor para tornear a situação, era a retirada. Assim aconteceu, um frango assado e umas imperiais, num daqueles "restaurantes" da zona e mais uns “LM”, resolveram a situação, de tal sorte que felizmente até após muitos anos do regresso de África, não tive necessidade de qualquer intervenção nas “cremalheiras”

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Vista aérea de Angola

Uma vista pela NET e encontrei o seguinte endereço que vos convido a visitar e, que serve, naturalmente para mostrar aos filhos e netos, as terras por onde todos nós andámos.
Aqui fica o endereço: http://www.airport-images.com/city_89114_Viana

Os nomes do nosso empo já não serão, em alguns casos, os mesmos, mas pela leitura, fazendo um percurso pelo mapa, por exemplo, para Norte, junto à costa, verifica-se a existencia de Ambriz, N'Zeto, actual nome de Ambrizete, Tomboco, Lufico, etc., as estradas estão nítidas é fácil fazer o percurso e no local que entendermos, fazer uma ampliação.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Ambrizete - Histórias

Com a devida vénia publicamos este post:

"B.CAÇ-3869-CCS - ANGOLA 1972 - 1974
« Ambrizete - Outras vidas.... Main Ambrizete - Outras vidas (parte II) »
julho 20, 2005
No mar de Ambrizete
A praia estava húmida. O céu cinzento e o mar revolto apareceram de manhã zangados com os vivos e mortos. O barulho das ondas era imenso e profundo. Parecia que todo “o mundo” ralhava. Os Deuses? Seriam os Deuses?... A maresia era bafo fresco e nós passeávamos na praia tal como outros seres vivos. O Sargento Nery e eu… A nossa vista deambulava pelo mar fora e “o levante”, terrível, espumava como cavalo cansado de esforço… Comentámos… como é que há gajos que vão nadar com um mar destes????? É preciso serem muito doidos…ou terem muito cacimbo nos miolos…. de facto estávamos a admirar um nadador que até nos acenava lá longe, nas vagas. Nós também íamos correspondendo e até nos rimos disso… Lá nos sentámos na areia fina de Ambrizete e de vez enquanto íamos olhando para o “aventureiro”. Trocamos algumas impressões e levantou-se a hipótese de que o “dito cujo”, que continuava a fazer “adeus”, pudesse estar a pedir socorro. Foi terrível o momento da lucidez… Corremos para dois pescadores que estavam ali, junto ao Brinca na Areia e rapidamente saltamos, os quatro, para uma “Chata”, barco de madeira achatado por baixo. Não foi difícil entrar no mar porque este puxava… Os Deuses queriam “sacrifícios”.Levávamos só uma bóia de câmara-de-ar de pneu de camião. Não havia coletes de protecção… eu e o Nery tínhamos camisas vestidas porque estava muito “fresco”.Fizemos mais de 100 metros de vagas e íamos gesticulando para o homem que pedia socorro. Este, também correspondia, mas cada vez menos…Quando chegamos a cerca de 10 metros, o homem desaparece. Tinha sido um grande esforço dos pescadores mas o mar tinha levado a vítima deste “Altar”. Eu e o Nery entreolhámo-nos, tirei a camisa e mandei a grande bóia para cima da zona do desaparecido.Saltei atrás dela e como mal sei nadar agarrei-a com todas as forças que tive…Algo bateu nos meus pés e puxei com uma das mãos. O sacrifício ainda não estava totalmente consumado.Daquela cabeça, quase branca, saltou pela boca um jorro de água e espuma. Foi impressionante…mas estava inanimado. Começamos a árdua tarefa de tirar aquele corpo do mar, mas a ondulação era muita e o barco baloiçava que nem “ um touro farpado”.Demorou a içá-lo mas conseguimos. Enquanto os pescadores remavam para salvar a “ nossa pele”.O Nery e eu deitamos o homem de barriga para baixo no barco e começámos a empurrar as pernas dele e a puxá-las o que levava a que os jorros de água continuassem a sair. Olhei à minha volta e a nossa “Chata” tanto ía ao fundo, como vinha à superfície porque ora estávamos no fundo da onda ora no cume da mesma. A praia e o Brinca na Areia estavam irreconhecíveis. Os nossos camaradas pareciam às centenas e ambulância do exército já lá estava. O problema é que todos remávamos só com dois remos e o barco muito a muito custo e lentamente foi ganhando caminho de retorno.Suávamos no frio daquela manhã… mas o homem já estava salvo embora muito cansado. Quando chegamos à praia já não me lembro do que aconteceu mas soube que o homem era um soldado motorista de outra Companhia e que estava casado com uma Espanhola e pai de duas filhas pequeninas. Soube que esteve 3 horas a soro no hospital e um dia que voltou a Ambrizete quis e pagou-me uma “Cuca”.
Nunca mais soube dele…
Sebastião Pires
Crónicas de Ambrizete 33 anos depois…
Posted by a1323 at julho 20, 2005 10:21 PM "

Brinca na areia - Ambrizete

Vamos tentar a partir de agora e de vez em quando, passar em memória os "centros históricos" por onde passámos e que, com boas ou más recordações nos avivam a memória.

Hoje vamos aqui fazer um repto a quem tenha passado pelo " Brinca na Areia ", AMBRIZETE, que nos remeta algumas fotos.

Qunado falamos do Brinca na Areia - "restaurante, cervejaria, petiscos, mariscos ", falamos tambem da Praia de Ambrizete.

Fotos antigas, fotos actuais, pouco importa.

Aqui fica o pedido.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Confraternização de 2007 - BCAC2877

Publicamos hoje a data da confraternização deste ano.
Como habitualmente, será num sábado.
Vamos procurar um local de fácil acesso ou nas proximidades da Auto Estrada Lisboa - Porto.
Iremos recolhendo sugestões para locais, todavia chamamos a atenção para o facto da experiência nos dizer que, a zona onde habitualmente fazemos os encontros, Fátima, Pombal, Batalha e Leiria, é aquela que tem demonstrado ser a mais acessível para a grande maioria dos nossos companheiros.
De qualquer modo, ficamos na expectativa de sugestões e comentários.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Mapa de com localização de Zau Évua - Angola

Emblena do BCAC2877
Mapa de Localização de Zau Évua

Nem sempre temos muito para dizer.
Hoje, deixamos aqui, parte do mapa de Angola, com a localização de Zau Évua.
Claro que o Tomboco, Lufico, Quiximba e Quiende, ficavam na sua periferia

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Pedido de Colaboração - BCAC2877 - Angola

Sempre desejamos em tudo o que fazemos, que seja elaborado da melhor maneira possível, mesmo que não seja com o primor de obra de deuses, que seja pelo menos aceite e compreendido para aqueles a quem a “obra” é dirigida.
Acontece que nem sempre, porque a nossa disposição ou estado de espírito, nos disponibiliza a imaginação e o engenho para tal, o que fazemos, sai da maneira como nós queríamos que acontecesse.
Na verdade, vamos escrevinhando estas linhas, ocupando algumas horas com animado gosto por manter o Blog vivo e com a intenção de despertar o interesse daqueles que habitualmente nos vão visitando.
Temos sido presenteados com bastas visitas de muitos dos que andaram por aquelas terras de Angola, cuja memória, saudosismo ou recordação, sempre vão ficando no âmago do nosso espírito.
Temos recebido mensagens e fotografias.
Afinal, sentimos o gosto e sabor da felicidade de sermos lidos e vistos, a milhares de quilómetros de distância, tanto nas terras de Angola, como nos EUA ou no Brasil.
Temos conseguido aglutinar ao redor do Blog do BCAC2877 muitos antigos companheiros da guerra de África, que como nós andaram nas mesmas matas e picadas, sofrendo e sentindo o mesmo que nós sentimos, muitos outros que por lá nasceram e que ainda lá vivem ou outros, que nascendo lá, se encontram agora com a sua vida firmado no “Puto” .
Afinal, todo este palavreado, tende a tornar-se inútil, senão for explicada razão primeira deste escrito.
Queremos dizer, que precisamos da colaboração de quem no visita.
Em nada de especial.
Sabemos que muitos de vós são possuidores de matéria susceptível de ser publicada.
Uma história, umas fotos, o relato duma situação caricata, outra que causou riso ou choro.
Todos nós passámos por momentos bons e maus.
Nós próprios, temos matéria, para umas dezenas de pequenos escritos, contando pequenas histórias.
Todavia, não gostaríamos que a maior parte dos pequenos artigos publicados fossem só da nossa autoria.
Aqui fica o apelo à vossa colaboração.

sábado, 6 de janeiro de 2007

Zau Evua - A pasteleira

..
.. Quem esteve em Zau Évua recorda-se duma bicicleta, uma “pasteleira”, muito antiga, mas ainda em bom estado, que foi encontrada por um do nossos Grupos de Combate, numa das suas saídas para o mato.
A bicicleta estava ainda utilizável, porque se encontrava numa gruta, onde a chuva e a humidade não tinham produzido estragos de monta.
Por alguém, foi posta em condições de alguns darem umas voltas com ela. Bem, mas o problema, o grande problema eram o pneus e as câmaras de ar que estavam em estado deplorável.
Recordo-me que, dentro daquele espirito do “desenrasca”, alguém se lembrou de remediar a situação. Como ?. Isso já não me lembro bem, mas aconteceu, que houve remédio para a falta dos ditos pneus e câmaras de ar.
A bicicleta por lá foi andando, até que por fim, de morte lenta, só com os aros das rodas a deixarem os rastos pelo chão, se finou.
Isto veio-me à lembrança ao passar umas fotos, onde aparece uma bicicleta, “morta” por afogamento e posterior corrosão, numa das nossos praias do Algarve.
A tamanha distancia, no espaço e no tempo, para alguns, talvez o rememorar destas situações não tenha grande significado, mas afinal, será verdade ou não, que mesmo passados todos estes anos, nos vem à memória estas pequenas passagens ?

Recordar é viver. .
(Junta-se foto duma bicicleta que finou numa praia do Algarve)

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

BCAC2877 - Angola

Não é fácil manter o Blog, actualizado, isto é, sempre com algo novo publicado, quer sejam fotos, quer seja um texto, com algo com algum significado para quem como nós, tenha passado por aquelas paragens que sempre nos deixam recordações, e, com fotos com alguma expressão, quer em termos de qualidade ou de significado.
Vamos fazendo um esforço para que tal vá acontecendo, todavia terá que haver alguma consideração no sentido de nos fornecerem "material" para as publicações.
Ficamos na esperança que tal possa a vir a acontecer.
Por brincadeira e a expensas nossas, pessoais, remetemos a todos os que foram ao nosso almoço de confraternização, uma mensagem de Boas Festas, acompanhada de um Diploma de presença naquele almoço.
Na mensagem de Boas Festas, foi feita menção do endereço do nosso Blog e, curiosamente, até ao momento, apenas um antigo companheiro nos telefonou.
Todavia, como as visitas, tem aumentado em cada dia, estamos na expectativa de que possam começar a aparecer alguns comentários que demonstrem a nossa ideia de que mais dia menos dia vamos ter melhores notícias, mais fotos e mais histórias para contar.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Quiende - Angola - CCAC3513

Aqui deixamos um cometário dum antigo companheiro de armas, que tambem passou pela nossa zona de actuação em Angola.
.
Cada vez, ficamos mais gratos pelas visitas que nos vão fazendo.
Um abraço para todoa so que comentam, para alem de nos visitar.
Mandem-nos fotos, as que quizerem, pois dentro do possível, faremos a sua publicação.
.
".COMPANHIA DE CAÇADORES 3513-QUIENDE ANGOLA.
TERRA ONDE O SOL CASTIGAVA MAIS,"DOEU" MUITO A ESTADIA DE MAIS DE 27 MESES.
OMOS E VIEMOS SEM TERMOS PERDIDO NENHUM COMPANHEIRO E ESSA FOI A MELHOR MEDALHA QUE NOS PODIAM TER DADO.
O CAPITÃO FLORENTINO AMADO, FOI O GRANDE TIMONEIRO DE UM GRUPO DE "PUTOS" QUE NA ALTURA O ALCUNHARAM DE JAC PALANCE POR ESCONDER OS OLHOS SEMPRE ATRÁS DE UNS OCULOS ESCUROS.
PARA SI MEU ETERNA CAPITÃO O ORGULHO DE TODOS EM TER ESTADO SOB AS SUAS ORDENS MUITAS VEZES CONTRARIADOS MAS RECONHECEMOS HOJE QUE SÓ ASSIM FOI POSSIVEL VENCER AQUELA GUERRA.OS ANGOLANOS DO QUIENDE SABEM QUE SEMPRE FOMOS SEUS AMIGOS E NUNCA OS MALTRATAMOS E ESSA FOI TAMBEM A FORMA QUE TIVEMOS DE DE LHES DIZER QUE ESTAMOS LÁ COM A MISSÃO MAIOR DE OS PROTEGER E NUNCA POR NUNCA DE OS MALTRATAR.
FOMOS UM EXEMPLO DE COMPANHIA,TRATAMOS TODOS COM RESPEITO PELO SER HUMANO QUE ERAM E NUNCA FIZEMOS NADA DE QUE NOS ARREPENDESSE-MOS NUNCA.PARA TODOS OS COMPANHEIROS DA 3513 E TODOS OS QUE PASSARAM PELO QUIENDE E ZONAS LIMITROFES UM GRANDE ABRAÇO E VOTOS DE QUE DAQUI A UM ANO ESTEJEMOS NOVAMENTE AQUI Á CONVERSA.
JOSELESSA@SAPO.PR "

Zau Evua - O vinho para a missa


Não cremos que seja um pecado o que hoje, passados tantos anos, vamos contar.
Como se costuma dizer, “por obra e graça do Espirito Santo”, o Vago Mestre descobriu, em armazém, desde há alguns anos, (não seriam muitos, mas o suficiente para que a pinga já tivesse “amadurecido” e em óptimo estado de “conservação” ), uma mão bem cheia de garrafas de vinho de Missa, supomos que com a medida de litro e meio.
Por sinal, envasado com autorização do Reverendíssimo Bispo de Aveiro, segundo constava no rótulo da própria garrafa.
Recordamos que a sua proveniência era dos lados da Anadia ou por aí próximo.
Claro que após os testes da prova, verificada a sua óptima qualidade, com uma cor para o lado dos claretes e um pouco adocicado, logo se procurou lograr a melhor maneira de o degustar.
E assim foi, com uma patuscada das melhores que se podiam arranjar, o vinho levou um Santo descaminho até aos estômagos dos que quiseram alinhar na “brincadeira”

Recordar . . .é viver
(Junta-se foto duma Missa com o Capelão do Batalhão)