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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Museu do Combatente

MUSEU DO COMBATENTE - Forte do Bom Sucesso (Junto à Torre de Belém)
Considerações Gerais - A história de Portugal, desde a sua fundação, em 1143, até aos nossos dias, foi sempre cimentada no terreno através de construções mais ou menos sumptuosas, conforme os feitos e as disponibilidades, monumentos, padrões etc.

Estes marcos históricos mantêm viva a história de Portugal e, consequentemente, o nome daqueles que se bateram por Portugal nos mais diversos campos (culturais, militares, religiosos, etc.). Se percorrermos Portugal de Norte a Sul constatamos o que referimos anteriormente e, por isso, há necessidade de se dar continuidade a esses marcos históricos que lembram aos presentes o que foi Portugal até aos nossos dias e aos vindouros o que foi Portugal no tempo dos seus ascendentes. Dentro dessa continuidade tomou-se imperioso passar "à pedra" a memória daqueles que tombaram em defesa de Portugal no antigo Ultramar e homenagear todos aqueles que serviram Portugal como simples combatentes. Foi assim que nasceu a ideia de construir em Lisboa um "Monumento aos Combatentes do Ultramar" monumento nacional, por envolver todos aqueles que lutaram ao serviço de Portugal, enquanto que ao nível de muitos concelhos já existem monumentos equivalentes mas com características regionais uma vez que apenas abrangem os naturais desses concelhos.



O Monumento
 - Objectivos
Para que se pudesse conceber o Monumento houve que definir objectivos, sendo os mais importantes, os seguintes:
  1. Cumprir um acto de justiça, de homenagem àqueles que, como Combatentes, serviram Portugal no ex-Ultramar português;
  2. Exercer uma acção cultural e pedagógica de exaltação do amor a Portugal;
  3. Traduzir de uma forma simples, mas duradoura e pública, o reconhecimento de Portugal a todos esses combatentes

Local de Construção

Uma vez definidos os objectivos a tomar em conta no projecto do Monumento, houve que escolher o local em que este deveria ser implantado. Assim, e com a concordância do Exmo. Senhor Ministro da Defesa Nacional, do Estado-Maior do Exército, do IPPAR e da Câmara Municipal de Lisboa, foi decidido construir o Monumento junto ao Forte do Bom Sucesso, tomando em consideração o seguinte:
  1. Grande dignidade e tradições ímpares ligadas à nossa epopeia do Ultramar;
  2. Fácil acesso ao público;
  3. Fácil acesso a altas entidades, nacionais e estrangeiras, para a realização de actos solenes de homenagem à memória dos nossos Combatentes;
  4. Espaço adequado para a colocação de forças militares a integrar nas cerimónias de prestação daquelas homenagens;
  5. Possibilidade de integrar o Monumento no Forte do Bom Sucesso, constituindo este um complemento do próprio Monumento onde poderão ser instalados órgãos didácticos e de apoio que permitam evocar a acção dos nossos Combatentes ao longo da nossa história e mostrar outros aspectos tais como, toda a monumentalidade da zona em que se situa o Monumento.

Implementação e execução do Monumento

Para o efeito foi constituída uma Comissão Executiva em 1987/07/09, por mérito próprio, pelas Liga dos Combatentes, Sociedade de Geografia de Lisboa, Sociedade História da Independência de Portugal, Associação de Comandos, Associação dos Combatentes do Ultramar, Associação da Força Aérea Portuguesa, Associação dos Especialistas da Força Aérea Portuguesa, Associação dos Deficientes das Forças Armadas. A presidência da Comissão foi atribuída à Liga dos Combatentes que promoveu todas as diligências, angariação de fundos, projecto, concurso público de adjudicação e execução. A obra foi iniciada em 1993 e inaugurada em 1994/01/15 em acto público presidido por Sua Excelência o Presidente da República. 
Os objectivos a contemplar e a escolha do local, tendo em consideração os parâmetros referidos anteriormente, conduziram à solução em presença, que procura traduzir, através de um simples pórtico de grande dimensão o seguinte:
  1. Grande pureza formal e simbólica;
  2. Grande simplicidade e carácter unitário;
  3. A união entre todos os povos envolvidos na guerra do ex-ultramar português, sem constrangimentos nem ressentimentos.

A homenagem a todos que morreram por Portugal, é feita através das lápides colocadas na própria parede do Forte em que, a par das lápides nominativas, elaboradas, segundo as listas oficiais por anos e por ordem alfabética, existem duas lápides com o escudo nacional em que, na primeira, se faz referência a todos os combatentes envolvendo mesmo aqueles que, eventualmente, não constem nominativamente das lápides já referidas e na segunda, lhes é prestada a homenagem de Portugal. A frieza da geometria do Monumento é quebrada pela "chama da Pátria" que, ao manter-se sempre acesa, simboliza a perenidade de Portugal e a sua continuidade através dos séculos. Todo este conjunto, Monumento propriamente dito, e a sua envolvente, utilizando já as paredes do Forte, constituem um todo, que simboliza a homenagem de Portugal a todos os Combatentes que ao longo da nossa história defenderam os ideais nacionais e a continuidade de Portugal como País independente.

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