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sábado, 16 de junho de 2018

Guerra Colonial - Norte de Angola



A reocupação do Norte de Angola pelas autoridades portuguesas foi condicionada pela debilidade do dispositivo militar em todos os territórios ultramarinos. Em Angola, em 1960, os efectivos militares eram inferiores a cinco mil homens, mal armados, mal equipados e mal instruídos. 
Na «Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África», documento oficial do Exército sobre a guerra, afirma-se: «Após a independência do Congo ex-Belga, a 30 de Junho de 1960, em virtude das facilidades concedidas por este novo país, os movimentos político-subversivos tornam-se mais activos, vindo a confirmar os indícios técnicos que as autoridades portuguesas possuíam de que se aproximava uma fase violenta em Angola (...) Perante o perigo, o dispositivo militar de Angola é reforçado - ainda em 1960 - com tropas metropolitanas: três companhias de caçadores especiais.» 
É este «reforço» de quatrocentos homens que as autoridades portuguesas consideram adequado face à situação que evolui, aparentemente, sem causar mais preocupações ao Governo português. 
A «contaminação» do Congo leva a que uma publicação oficial da época resuma a situação da seguinte maneira: « ( ... ) a actividade desenvolvida no nosso território, no final de 1960, dava os seus frutos, no Norte de Angola, pois já se notavam ali sinais de menos respeito e até de insubordinação entre alguns trabalhadores indígenas.»  (Cadernos Militares, «O Caso de Angola»). 
Em Janeiro de 1961 ocorrem os acontecimentos da Baixa do Cassange e, em 4 de Fevereiro, a Casa de Reclusão Militar, a Esquadra de Polícia Móvel e a Cadeia de São Paulo são assaltadas por um grupo de guerrilheiros. Estes acontecimentos motivam a seguinte conclusão da referida resenha: «Os efectivos militares da capital, na sua maioria formados por tropas nativas, eram muito reduzidos para manter a ordem ... » 
Em 15 de Março do mesmo ano, a UPA/FNLA assalta e queima povoações e fazendas no Norte, sendo de notar que em nenhuma das localidades existia guarnição militar. 
É, pois, com os efectivos existentes desde Junho de 1960, incluindo o reforço das três companhias de caçadores especiais - colocadas em Cabinda, Toto e Luanda - que se inicia a reocupação do Norte e se procura garantir a segurança das pessoas e bens. 

Finalmente, em 13 de Abril, perante a evidente gravidade da situação e a necessidade de medidas militares de maior amplitude, Oliveira Salazar, que passara também a ocupar a pasta da Defesa Nacional, após a tentativa de golpe de Estado que pretendia afastá-lo (golpe Botelho Moniz), ordenou o envio rápido e em força de expedições militares para Angola, saindo os primeiros contingentes de Lisboa em 19 (via aérea) e 21 (via marítima) desse mês - o primeiro contingente militar, para Angola, por via marítima embarca a bordo do navio Niassa, em 21 de Abril, os soldados embarcam com o uniforme de caqui, capacete e equipamento de campanha. 
Os primeiros efectivos militares chegam, assim, a Angola, em 1 de Maio: 
- dez meses após a independência do Congo ex-Belga; 
- quatro meses após os acontecimentos da Baixa do Cassange; 
- três meses após o assalto às prisões de Luanda; 
- mês e meio após o início das acções da UPA/FNLA no Norte de Angola. 

Apesar de tudo, como o citado texto oficial da história das campanhas realça, «as Forças Armadas não foram surpreendidas pela decisão do Governo: havia mais de um ano que vinham estudando a reorganização e o reforço das forças no Ultramar, com prioridade para Angola». 
Depois da resposta dada pelas forças presentes em Angola vai iniciar-se a reocupação do Norte, agora por forças militares portuguesas expedicionárias. 
Em 1 de Maio de 1961, chegou no navio Niassa o primeiro grande contingente militar a Luanda e, em meados desse mês, as colunas militares destas forças, constituídas por unidades do tipo batalhão e companhia de caçadores, começaram a deslocar-se para Nordeste. A fase de reocupação fora iniciada. 
A prioridade do comando militar é impedir, ou no mínimo dificultar, a ligação dos guerrilheiros às bases no Congo, cortando-lhe as linhas de reabastecimento através da fronteira. 
Os batalhões de caçadores 88 e 92, desembarcados do Niassa, recebem a missão de ocupar, respectivamente, Damba e Sanza Pombo, no recém-criado Sector Operacional 2, com sede no Negaje, e destacam companhias para junto da fronteira: Maquela do Zombo e Santa Cruz. 
O Batalhão de Caçadores 156, ocupa São Salvador e tem uma companhia em Cuimba. Para atingir as regiões a este dos Dembos, é necessário utilizar o longo itinerário de Luanda para o Negaje por Catete, Salazar e Lucala, o único que os guerrilheiros ainda não dominavam. Uma companhia do Batalhão de Caçadores 88 demorou dezoito dias de Luanda a Maquela do Zombo, tendo de remover dois mil abatises e mais de trezentas valas que cortavam os itinerários. O batalhão de Ambrizete instala uma companhia em Santo António do Zaire e outra em Nóqui. 
Forças da Marinha, desembarcadas em Ambrizete, ocupam Tomboco e Quinzau, em 14 de Junho. 
O dispositivo de interdição da fronteira está montado no início de Julho, o que permite iniciar a fase de reocupação do interior dos Dembos, que vai durar cerca de quatro meses e cujos pontos mais significativos serão a tomada de Nambuangongo - Operação Viriato - , de Quipedro, da serra da Canda e da Pedra Verde, o último refúgio

sexta-feira, 15 de junho de 2018

2018-Confraternização anual

ZAU ÉVUA - Grutas


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Grutas de Zau Évua - documentação retirada do blog https://prazerdeconhecer.wordpress.com

Esta gruta situa-se a 68 km de M’Banza Kongo e a 150 km depois de N’Zeto, na estrada que liga estas duas cidades.

Um enorme afloramento rochoso pouco comum nesta região, dá a primeira indicação do local da 
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gruta.O local está devidamente sinalizado sendo muito fácil o seu acesso, coisa rara neste país…



Mesmo assim, preparei um mapa que pode ser descarregado em formato pdf: Zau Evua

Para visitar as grutas, é conveniente ir à povoação vizinha e falar com o Soba, de seu nome António Garcia, conhecido pelo “Curva, curva, não! Linha direita!”.

Estabelecido o contacto, encontrámos uma pessoa simpática e afável que se vestiu a rigor para nos acompanhar nesta visita.

Pelo caminho foi explicando que Zau Evua, na língua local, Kikongo, quer dizer Nove Elefantes, mais adiantou que estas grutas são uma das sete maravilhas de Angola, que ele já apareceu em vários livros e filmes, e outras histórias…

Antes de podermos visitar as grutas o Soba informou que deveria dar conhecimento da visita ao comandante da Escola de Instrução de Policia situada ali mesmo perto da entrada das grutas.

Após as formalidades, lá fomos acompanhados pelo Soba e mais alguns agentes da dita escola.

“Protocolarmente” falando, não podia ser mais completa esta visita.

Antes de entrar o Soba rezou para que a nossa visita decorresse em segurança e claro, pediu uma contribuição…

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A gruta apresenta uma sala grande logo à entrada e quer a entrada, quer a circulação não seu interior se processa sem riscos de maior, sendo necessário calçado apropriado e lanterna para iluminação.

Uma vez no seu interior, podemos observar várias formações de estalactites e estalagmites, pequenos desenhos nas paredes e um pequeno lago, onde o Soba bebeu e insistiu para que também bebêssemos daquela água fresca e cristalina…

Os desenhos que vimos, segundo o Soba, terão sido feitos por habitantes da região que ali se escondiam para fugir aos comerciantes de escravos.

Outro aspecto interessante nesta gruta é a cor verde que cobre parte das paredes do seu interior.

Agora as imagens que embora não tendo a melhor qualidade, (foram tiradas sem luz)

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À saída não deixámos de admirar este maciço rochoso que nesta paisagem toma uma posição de destaque.
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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Núcleo das Caldas da Rainha - Liga dos Combatentes nas cerimónias do "Dia de Portugal"

Liga dos Combatentes nas cerimónias do “Dia de Portugal”

O Núcleo das Caldas da Rainha da Liga dos Combatentes participou nas cerimónias do “Dia de Portugal”, homenagem nacional aos combatentes - XXV Encontro Nacional, em Lisboa, no dia 10 de junho, no Mosteiro dos Jerónimos e junto ao monumento aos combatentes do Ultramar, no Forte do Bom Sucesso, em Belém.

13-06-2018 |

Comitiva caldense

Na cerimónia estiveram presentes diversas altas entidades, nomeadamente o presidente da Liga dos Combatentes e os cerca de cem núcleos da Liga de Combatentes que se fizeram representar juntamente com os seus associados e familiares.
A cerimónia iniciou-se na Igreja dos Jerónimos com uma missa por intenção de Portugal e de sufrágio pelos que tombaram pela pátria.
No monumento aos combatentes foi proferido o discurso de homenagem aos combatentes proferido pelo coronel Américo Henriques, houve homenagem aos combatentes mortos e deposição de flores, hino nacional com salva protocolar por navio da Marinha, passagem de aeronave da Força Aérea, passagem final pelas lápides, terminando a cerimónia com uma demonstração de saltos de pára-quedistas do Exército.
O almoço de confraternização realizou-se no local, em frente ao Monumento, confecionado pela Manutenção Militar.
Após o almoço, o Núcleo das Caldas da Rainha, que contou com a colaboração da Escola de Sargentos do Exército, dirigiu-se até aos Jerónimos, onde alguns dos seus associados aproveitaram para desfrutar de momentos de lazer e de convívio.