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domingo, 1 de novembro de 2009

O Ribatejo - Jornal onde o Dr José Niza tem uma coluna de opinião

Aqui deixamos a quem possa interessar um t4exto de opinião que pessoa amigo e ribatejana nos fez chegar, sabendo que Jose Niza tinha sido nosso médico em Angola



Praxes académicas: Quando, em 1949 – já lá vão uns anitos! – entrei como caloiro para o liceu de Santarém, fui recebido pelos veteranos com a terna autoridade dos brandos costumes: inocentes brincadeiras, pequenas malandrices e nada de humilhações ou violências.
Mas quando em 1956 fui estudar medicina para Coimbra, as praxes académicas humilhavam, ofendiam e violentavam. Entre outras sevícias havia as trupes, o rapar dos cabelos, o levar com uma colher de pau nas unhas e nos dedos. Sempre achei estas praxes uma estupidez, um abuso e uma violência dos mais velhos sobre os mais novos.
Do pôr do sol até ao nascer do dia os caloiros não podiam andar na rua. E, se a isso se aventurassem, arriscavam-se a ficar carecas. Lembro-me de uma vez em que fui ao cinema à noite e, lá fora, uma trupe aguardava os caloiros desprevenidos. Para não ficar sem cabelo abriguei-me no cinema até ao raiar do sol.
Na minha República, a Baco, quando ascendi a Baco-Mor (o mais antigo da casa) acabei com as praxes. Uma das “brincadeiras” que antes lá se faziam aos caloiros era esta meiguice: o Higino Faria – que depois foi médico por estes ribatejos – era caçador. E, com a sua espingarda de calibre 12, apontava à caloirada e disparava. Só depois do gigantesco susto é que eles percebiam que os cartuchos eram de pólvora seca!
Há tempos, na Escola Superior Agrária de Santarém, uma caloira foi humilhada e conspurcada com fezes de animais. Tudo acabou em tribunal. E, ao que julgo, com uma justa condenação. O que, mesmo assim, não impediu que alguns docentes da instituição achassem naturais e pedagógicas as violências a que a rapariga tinha sido submetida.
Mais recentemente foi conhecido o que em matéria de praxes, tradições e maus costumes, se passava no Colégio Militar. Alunos agredidos pelos mais velhos. Castigos corporais. Públicas humilhações. Um aluno com um tímpano furado por um murro. O director do Colégio confessou que, só no ano lectivo de 2008, tinham sido aplicadas 600 punições!
Como é que tudo isto é possível no século XXI?!
Como é que “isto” ainda é aceite por uma significativa percentagem de pais que acham ser esta a melhor maneira de educar os seus filhos para a vida?
Como é que directores de escolas e professores pactuam com estas práticas e até em alguns casos as defendem e estimulam?
Praxes políticas: Mas há também as praxes partidárias. Muito em voga, sobretudo no PSD.
Como é sabido – e neste partido é tradição – os seus presidentes mudam com maior frequência do que os treinadores do Benfica. Uma vez eleitos, a todos acontece o mesmo: são transformados em “presidentes- caloiros”. E, sobre eles, começam a abater-se as praxes mais estapafúrdias e verrinosas: ainda não aqueceram o lugar e já lhes estão a fazer a cama.
Chega um qualquer Pacheco, barbudo e desgrenhado, e logo prediz que “aquilo” não tem ponta por onde se lhe pegue, e que ele é que sabe.
Chega o Marcelo e proclama que ele é que sabe, e que “aquilo” não tem ponta por onde se lhe pegue.
Chega o Santana – que ainda não percebeu que já não é Primeiro Ministro – e ameaça que vai andar à espreita.
Chega o Coelho, com pequenos passos, e avisa que ele é que vai ser, só não sabe é quando.
E chega, de Gaia, o Menezes aos gritos. E o Marques Mendes aos sussurros. E o João Jardim aos urros!
À caloira Manuela não deram descanso nem sossego: desde o momento inicial até ao dia dos exames, foi “praxada”. Não com bosta de boi, ou carecadas, mas com palavras, gritos, intrigas, traições, peixeiradas e protestos. Obrigaram-na a fazer comícios que ela não queria. Obrigaram-na a ir ao cabeleireiro todos os dias. E a aprender a sorrir para as televisões. Forçaram-na a aparecer nos cartazes a dizer “chegou a hora da verdade”. Mas a verdade que chegou não era a dela.
Agora querem pô-la de castigo. No quarto escuro onde já estão Nogueira, Mendes, Marcelo, Santana, Menezes, Relvas e Passos Coelho. Mas a cela está a ficar demasiado exígua para tanta gente. E o ar escasseia.

É a asfixia democrática.

Pensões



Carta anexa publicada no JN de 24.10.09

domingo, 25 de outubro de 2009

Guerra de África


Uma imagem extraida  do Suplemento do CM de Domingo 25 de Outubro de 2009. Um militar de carreira pretende justificar a continuidade da Guerra nun seu livro. Curioso é que este militar da arma da Força Aérea, terminou o seu curso na Força Aerea em 1976 depoia da Guerra acabada.
Não tem experiência, nem como ofical do que foi a guerra de África. Opina apena baseado em estudos e teorias que muito mais honestas que possam parecer não podem nunca relatar o que por lá se passou.  Nem podem relatar o sentimento de quem por lá andou.
Não queremos aqui no Blog opinar mais sobre este tema.  Publicamos a foto, porque foi tirada numa das zonas por onde muitos de nós passamos. Apenas como documento fotográfico.
Todavia chamamos a atenção para este facto que tambem achamos relevante - no mesmo suplemeto do CM a áginas 40 e seguintes, Dinis Frade, outro nosso combatente da Guerra de África mas na Guinê, com a sua comuissão entre 1967 e 1969 diz no título -" Uma mina matou o meu melhor camarada"
Talvez o autor do livro que diz que a Guerra nunca deveria ter acabado, nunca lhe passou a experiência de lhe ter morrido um camarada  junto de si.^
Pode ser que ainda hoje possa dar o seu contributo á Guerra - optando por se oferecer como "voluntário" de infantaria para uma das muitas guerras que proliferam e são alimentadas por todo o Mundo.  Experimente, pondo à  prova e em prática a sua teoria da manutenção das guerras.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

BCAC2877 - 2009 - Batalha


Faltam muitos companheiros - os que foram directamente para o almoço

Antigos Combatentes - Suplemento Especial de Pensão

Com data de Setembro e para crédito em conta bancária no Mes de Outubro, recebemos uma carta do Instituto de Segurança Social - Centro Nacional de Pensões que nos informava do seguinte:

 Com a pensão do més de Outubro ser-lhe-á pago o Suplemento Especial de Pensão (SEP) a que se refere o artigo 8º da lei nº 3/2009, de 13 de Janeiro, no valor de 150,00 € e relativo ao ano de 2009.

Estes 150,000 e referem-se a uma atribuição de acordo com o escalão de 150,00 € para os antigos combatentes que tenham uma bonificação de tempo de serviço militar igual ou superior a 24 meses ( que foi o nosso caso)
O valor processado foi determinado com base em 25 meses de bonificação de tempo de serviço militar certificado pelo Minisatério da Defesa Nacional, face ao tempo de serviço militar prestado por ntigos combatentes em condições especiais de dificuldade ou perigo. ( aquilo a que nós chamásvamos de Zona Operacional a 100% que foi o nosso caso)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

                                                Contas da confraternização de 2009

 

Finalmente este ano, foi possível acertar as “contas” dos almoços de confraternização de 2008 e 2009.

 Tem sido preocupação dos organizadores dos almoços deixar claro que a organização dos amoços das nossa confraternizações não têm qualquer interesse de lucro para cada um.

Pelo contrário, como certamente todos compreenderão, há despesas que cada umde nós vái fazendo que não podem ser contabilizadas. Estão para o caso, a efectuadas com as dezenas de telefonemas, efectuados por telefone ou telemóvel.

Assim,  logo que estejam coligidos e conferidos todos os documentos, faremos a sua apresentação no  Blog.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Confraternização de 2009

A todos os companheiros que estiveram presentes, mas em especial aos que não nos acompanharam em mais uma confraternização deixamos registado o agrado e a alegria que sentimos por termos passado umas horas bem agradáveis juntos.
Embora não tendo um número de presenças tão significativo como em anos anteriores,  não foi por isso que não se sentiu uma enorme alegria entre todos os presentes.  Notámos, sem haver explicação para tal, no ambiente que envolveu todo o momento da confraternização, uma grande satisfação dos presentes na sua participação.
Porque tudo decorreu da melhor maneira possível, os "habituais" organizadores querem tambem eles deixar expresso o seu contentamento por essa e por outras razões.
Otrabalho que desenvolveram nos diversos contactos que efectuaram, não só este anos, mas em anos anteriores, tem dado os seus resultados, razão pela qual, tem comparecido em todos os anos, sempre companheiros novos, que nunca tinham comparecido aos almoços.
Registamos a dificuldade de trazer ao nosso convivio o pessoal do LUFICO, da CCAÇ2542.  Será que para o ano teremos mais alguns elementos daquela Companhia?  Esperemos que sim.
A todos os companheiros que visitarem o Blog, pedimos que nos comentários ou por envio de email, nos informe dos seus contactos pois assim, em futuro próximo, por esta via, poderemos contactá-los com mais facilidade.
Um abraço a todos