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sexta-feira, 29 de junho de 2007

São Salvador do Congo

Acidente de aviação em M'Banza Congo, antigo S Salvador do Congo, que nós bem conheciamos.
Quando digo nós, digo quem esteve em Quiximba, Zau Évua e Quiende, pois quem esteve em Tomboco e Lufico, conhecia muito melhor o Ambrizete.
Todos nos recordamos como era a Pista de Aviação de então, em terra batida, com imensos calhaus por todo o lado e atravessada a pé, de bicicleta ou de automóvel.
Ali aterravam então os "Barriga de Ginguba", assim nós chamavamos aos Nord Atlas, utilizados para o transporte de pessoas, viveres e equipamentos militares, os DO's e os T 6, tambem militares, os Cessnar (táxi aéreo) e os aviões de transporte de passageiros da DTA.
Recordo que a pista atravessava toda a ponta do planalto de ponta a ponta, onde está situada a cidade de S Salvador do Congo, de tal forma que quando de aterrava, via-se a floresta densa por debaixo do avião que logo desaparecia e as rodas do aparelho tocavam de imediato o solo.
Para deslcolar, ao fim do planalto, o avião ficava logo que descolava a uma altura muito razoável do solo, pela razão inversa da situação de aterrar.
No acidente morreram pelo menos seis pessoas. Entre os sobreviventes está um cidadão português, Ricardo Silva, engenheiro a trabalhar há sete anos em Angola. O aparelho, um Boeing 737, com 78 passageiros e sete tripulantes a bordo, partira do aeroporto de Luanda com destino ao Huíje, tendo-se despenhado na cidade de M’Banza Congo, província do Zaire, no Norte do país, onde fez escala.
De acordo com a agência noticiosa angolana, ANGOP, os pilotos perderam o controlo da aeronave quando tentavam fazer uma aterragem de emergência, iniciada a meio da pista, embatendo em duas casas e três veículos.
Desconhecia-se ontem quais as causas do acidente.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Quiximba - CCAC2541




A Francesinha, fica na Pontinha, às portas de Lisboa.
Fotos de hoje, no estabelecimento comercial do nosso companheiro que passou a comissão no Quiximba, na CCAÇ2541.

Sabem quem é ?
ALVARO BENTO

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Confraternização de 2007

ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO

2007

36º aniversário do regresso de Angola

29 de Setembro de 2007

Local a indicar brevemente

A NORTE DE COIMBRA



quinta-feira, 21 de junho de 2007

Efeméride - IAO - Instrução de Adapatação Operacional

Para que conste em memória, em especial para os que sendo mais novos, têm hoje a felicidade de irem "para a guerra", só se forem profissionais e voluntários.
Não foi o nosso caso. Eramos "amadores" e "obrigados" a ir para a guerra.
Assim, muitos do que como eu, foram obrigados, não só a ir para a guerra, mas mais ainda.
Por uma questão de "adaptação", eramos colocados próximo de casa.
Por exemplo para quem morava em Paço de Arcos, foi para Tavira, 6 meses. De Tavira a Lisboa, pela Serra do Caldeirão ( alguêm já experimentou ir para o Algarve por aí, nos dias de hoje ?) era uma saída por volta da uma da tarde e chegada a Lisboa ao Campo das Cebolas pela 7 horas ou ainda mais tarde. O regresso era da meia noite de Domingo às 7 horas da manhã, de Segunda-feira.
Depois da passagem por Tavira, Caldas da Rainha. Das Caldas da Raínha ao Porto, ao RI 6 - Senhora da Hora, mais uns 300 klms de distãncia. Finalmente, guia de marcha para Angola, destino desconhecido. Passagem pelo RI 1 - Amadora, que como não tinha instalações, houve necessidade de utilizar as instalações duma antiga Bateria de Artilharia Anti-Aérea, no Porto Brandão.
É aí que chega a vespera de São João, com a nossa estadia no Porto Brandão, o padroeiro da cidade do Porto, tambem o é da Cidade de Almada.
Festas e romarias, ao tempo, com as tradicionais fogueiras junto dos arraiais populares. Bom e acalorado tempo.
Assim, fizemos todos nós a viagem a pé, em marcha, até ao Pinhal do Rei na Fonte da Telha, para aí passarmos uma semana de campo na IAO, a tal Instrução de Adaptação Operacional para a guerra em Angola.
Recordamos hoje essa data, que se celebra já no próximo Sábado, 23 de Junho

domingo, 17 de junho de 2007

Baralho de Cartas - Confraternização de 2006

Aqui fica uma lembrança alusiva à confraternização do ano passado.
Os baralhos de cartas que o Diogo promoveu a venda na confraternização do ano passado.
A maioria de nós, em Africa, sempre utuilizou como distração para amenizar o passar do tempo, uns jogos de cartas

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Angola-Zau Evua-BCAC2877-Caça

Quem por lá andou, certamente se recordará dos momentos em que a caça, para alem de servir para aumentar a qualidade e a disponibilidade da dieta no dia a dia, servia tambem, como uma optima distração.
A foto mostra uma das mais pequenas peças de caça grossa que pela bandas de Zau Evua eram caçadas - uma pequena gazela.
Todavia, não era só a gazela que pela mata se encontrava.
Recordamos, acima de tudo a pacaça, o burro do mato e esporádicamente a palanca.
Na caça grossa tem que se utilizar uma técnica muito diferente da habitual que na Europa se utilizava e ainda se utiliza.
A extensão do campo, a mata, obrigava a percorrer distâncias enormes na procura de locais, onde pela sua natureza, localização, etc, eram susceptíveis de ser encontrada.
Assim, locais perto e com acesso previligiado a lagoas ou rios, locais humidos onde a vegetação era mais tenra e fresca e tambem, naquelas zonas onde as queimadas, feitas há pouco tempo, já deixavam que o capim crescesse de tal forma que parecia que a olho nu o viamos medrar, eram locais de previlégio para o amantes das caçadas.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Noticias de Zau Évua

A nossa pergunta:
Pedia-lhe que me desse uma imagem como era Zau Évua nesse data, pois temos a indicação de que passado pouco tempo após a nossa saída, para alem de só lá ficar uma Companhia de Luanda, o quartel terá sido mesmo desactivado.

“ Se foi desactivado, foi depois de vir embora, porque mesmo assim, quando fomos rendidos, a companhia deixou lá homens para a substituição, sei tambem que ainda estava em Luanda a espera do 2º grupo da 3513, vinham ainda em caminho e os que nos renderam tiveram 6 ou 7 mortos...veja como o destino é, nós estivemos no Quiende 27 meses e nem um homem perdemos e aqueles pobres que já vinham do leste com 14 mortos, logo á chegada ficaram reduzidos, isto para dizer que naturalmente devem ter desactivado Zau Evua depois destes acontecimentos. “

A nossa pergunta e a resposta de João Lessa, que como nós esteve em Zau Évua

terça-feira, 12 de junho de 2007

Bate estradas recebidos



Publicamos estes "bate estradas" que recebemos, no nosso tempo chamavam-se Email's, recordam-se ? ...........


...........Email de José Lessa

" Bom dia amigo. Obrigado pelo contacto. Falar de Angola, passados 33 anos do meu regresso, hoje é facil. No passado, principalmente quando la tive de permanecer, as coisas não foram fáceis... Mas são as coisas mais dificeis de fazer e de conseguir que nos amadurecem e aos 57 anos a nossa visão do Mundo e diferente. Faz presisamente 33 anos que regressei no dia 13, dia de Stº António. Regressei eu e todos os que comigo embercaram no dia 1 de Abril de 1972, dia de enganos, sim mas não foi um engano,não perdi nenhum companheiro, eu a a Companhia 3513 estivemos sempre no Quiende, a poucos Kms de S. Salvador, onde ia todas as Terças Feiras tomar o mata bicho ao Estrela do Congo. Depois, estar no arame farpado para mim ainda éra mais doloroso, pelo que ia voluntario fazer o MVL, sempre podia ir a Ambrizete, ao Brinca na Areia comer uma lagosta e beber um verde branco( quando tinha dinheiro claro) e depois sempre se podia dar um pulo a Luanda, pois tinha lá familia e podia ir a Ilha ou ao Muçulo. Tudo isto recordado sabe bem mais a recordação de alguns camaradas com os quais me continuo a encontrar vale pelo mau que aquilo foi. É um pequeno resumo, muito resumido mas dá para perceber os meus itenerários naquela terra abençoada que muitos teimam em querer fazer terra queimada.

Um abraço e volte sempre"



"Email de Josué Lima


Efectivamente estive em Zau entre 1972/1973 na CCAÇ105/RI20/1972 e era da incorporação local, já que fui para Angola/Luanda com 11 anos, tendo permanecido até Nov/77.

Quem escreveu o livro em questão foi o José Manuel Martins da CCAÇ105/RI20/1973, tendo de seguida a mesma CCAÇ transitado para Benza e depois Luanda.
Aliás já verifiquei no v/ blog a inclusão da capa do livro que ele escreveu.
Das "incursões" que tenho feiro pelo blog (já tenho este endereço há bastantes meses), verifiquei que fizeram de Zau Évua a v/capital, o que não deixa de ser curioso.

Se pretender posso depois fornecer o endereço electrónico ou telm do José Martins.

Um abraço.

nota:- no próximo sábado, dia 16, está marcado mais um convivio que tem abrangido a Ccaç 105/Zau Évua 72/73 e 73/74. Tem-se estado a procurar alargar o âmbito do convivio para antes de 72, pois existe um ponto comum que é ter estado e saber "falar" de Zau Évua. "

Santos Populares

Estamos na data dos Santos Populares.
Nos anos que passámos por Africa, esta data não tinha grande tradição, pelo menos, para quem estava no mato. Era o nosso caso.
No entanto, associado à tradição da sardinha assada e ao velho vinho carrascão, por lá, sempre se iam comendo, muito raramente, umas sardinhas que chegavam congeladas do Puto, acompanhadas dum vinho de fraquíssima qualidade, vindo igualmente do Puto, embalado em bidões de aço, o que ainda mais subtraía qualidade ao produto.
À data, uma boa sardinhada era considerado um mal para a saúde, assim como a sua rega com o tinto da praxe.
As sardinhas não eram a dieta mais conveniente, dadas as contra indicações para a saúde, apontadas por aquela época.
Sobre o vinho tinto, quase se passava a mesma coisa, mesmo que bebido com moderação, conta e medida.
Hoje tudo se alterou, ou muito se alterou.
Comer uma boa sardinhada, afinal, não faz mal a nada e bem a muita coisa.
Beber moderadamente um bom vinho tinto, igualmente, sempre já não tem tanta contra-indicação.
Assim, “rapaziada” da nossa idade, vamos às sardinhas assadas e à boa pinga, desde que seja – tintol.

Mas atenção, hoje há um outro problema que na época não existia e para o qual tem que haver o máximo cuidado: quem conduz, não bebe, come sardinhas.
Bom apetite e bom proveito

domingo, 10 de junho de 2007

10 de Junho

Que nos relevem pela omissão, todos os antigos companheiros do BCAÇ2877, por não termos feito nenhuma menção especial ao dia de hoje, data habitual da comemoração do Dia da Raça, Dia de Portugal e das Comunidades.
Eu, pessolamente recordo quando menino e moço do atarefamento das gentes da Mocidade Portuguesa de então, a quererem arregimentar jovens para as comemorações que à data se efectuavam no Estádio Nacional, aqui na area de Lisboa.
Não ia, porque não iria, tambem não tinha a dita farda, porque o dinheiro dos meus pais então era empregue de forma e por meios diferentes.
Mesmo assim, ofereciam bilhetes para emoldurar as bancadas do estádio a quem não podia ir ataviado a rigor.
Tudo isto a propósito para me relembrar do que se passava nos anos da Guerra Colonial.
As transmissões televisivas de horas e horas seguidas do Terreiro do Paço.
Posteriormente, com o 25 de Abril, tudo se alterou.
Nos dias de hoje, sei que uma comissão de Combatentes faz romaria e comemora junto ao Monumento dos Descobrimentos em Belém, esta data. Todavia, ainda não tive a garantia da "independência" da dita comissão.
Preferi, ficar todo o dia pela minha santa terrinha e até ao momento, nem a TV teve o grato prazer de me ver sentado à sua frente.
Apesar destas reticências, aqui vái um forte abraço de fraterna solidariedade para todos os nossos queridos companheiros ex-combatentes do BCAC2877 e que por lá deixaram pedaços de corpo e alma.

BCAC2877 - Almoço em Sangalhos



Uma iniciativa do Adelino Martins (em baixo com boné) levou alguns Furriéis a Sangalhos, onde almoçamos e visitámos uma caves produtoras de espumante.

Já lá vão uns 4 ou 5 anos

sábado, 9 de junho de 2007

Zau Evua - Terra de ninguem, sitío de vivências

Livro publicado por Jóse Manuel Martins
Antigo "habitante", hoje no "puto"
Iremos dar conta de algum conteudo do livro.

Livro

"ZAU-ÉVUA: Terra de ninguém, sítio de vivências"
De José Manuel Martins
Lisboa - 2003






€ 10,00


Autor Dr. José Manuel Martins Formato 148x210Páginas 160ISBN 972-99047-1-5Categoria MemóriasAno 2003


DescriçãoA obra tem carácter memorialista, com recurso à epistolografia, que, por certo, entusiasmará os leitores, crentes e não crentes, especialmente pela aproximação intimista às vivências relatadas pelo autor, na primeira pessoa. O livro aborda temas sempre actuais e abre novas perspectivas à intervenção cultural de matriz evangélica, constituindo um pretexto sério para o diálogo acerca da nossa fé.

Comentários
«O advogado José Manuel Martins (...) acaba de publicar o seu segundo livro intitulado Zau-Évua(...).Narra-nos a sua vivência no Norte de Angola, na década de 70, ao serviço obrigatório do Exército. Parabéns ao autor por este excelente livro que nos encanta, além do mais pela forma brilhante como escreve.»Revista Novas de Alegria - redacção

«A escrita "diarística" e as memórias, que agora até estão muito em moda, são importantíssimas para retratar tempos e lugares. No caso do seu livro há um ponto de vista mas também a expressão de sentimentos face à situação da guerra colonial de que há ainda tão pouca coisa escrita. O discurso é muito lúcido para um miúdo de vinte e poucos anos. Parabéns também pelo seu discurso. Escreve muito bem e o livro lê-se com muito agrado.»Ana Maria Lucas - professora

«Meu ilustre e nobre amigo José Manuel Martins, ler esta referência honrosa de um escritor de verdade, já por si é um estimulo inestimável Não tenho palavras para agradecer. (...) Zau-Évua teve a faculdade de me transportar através de tempos àquelas paragens, à minha juventude, de sentir na carne as emoções dos jovens militares que para ali foram lançados para cumprir "uma pena" injusta, enfim revivi momento a momento cada hora, cada dia, numa descrição acessível e extremamente sincera, duma honestidade a toda a prova.»Francisco Nóbrega - escritor

«(...) doutor, pelo meio tem uma grande estória de amor. Você queria mesmo estar juntinho dela. Muito bonito, bonito... Pena lá em Zau-Évua não ter telefone e ter que aguardar avião para trazer cartinha da moça (...).»Josimar Silva - Brasil

terça-feira, 5 de junho de 2007