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sábado, 23 de junho de 2018

IAO - antes do embarque


Vespera  de S. João
 a caminho de Angola(?)

BCAC2877 - Recordar as datas


Recordamos aqui, pela data do dia, véspera do Dia de S João, a caminhada feita a pé, em marcha, desde o Porto Brandão, junto ao rio Tejo, até à mata da Fonte da Telha.
Estava parte do BCAC2877 nas instalações da antiga bateria de Artilharia Anti.Aérea situada naquela povoação
Recordemos que também foi nessa altura que levamos as primeiras vacinas antes de embarcar, nas instalações duma Bateria de Artilharia de Costa, que ainda hoje existe, no morro sobranceiro à praia da Fonte da Telha. ( à data, uma praia de pescadores)

Transcrevemos da Historia do BCAC2877 o seguinte:

" f. Em 09Jun69 deveria ter inicio a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional ( IAO), cujo calendario foi antecipado em relação ao planeamento inicial do EME.

Em 11JUN69 o Bat caç. foi transfrerido para a margem Sul do Tejo para efeito do IAO tendo ficado o Comando e a CCS, CCAÇ2542 e 2543 aquarteladas em isntalações do 3º Grupo Mixto da RAAF e a CCAÇ 2541 nas do RAAC em Brancanes (Setubal)."

"g. A 1ºparte do IAO que teve a duração de 3 semanas terminou em 28JUN69. Os exercicios de campo realizados na 2ª e 3ª semanas decortreram na região da Fonte da Telha e na Quinta do Lagar nas imediações de Setúbal (CCAC2541)"

Zau Évua III - e arredores


Ao fim de um ano rumámos ao Zaire.

Com armas e (poucas) bagagens fizemos o caminho inverso até ao Caxito, e sem cheirarmos sequer os arredores de Luanda, tomámos a outra estrada asfaltada que rumava a norte.
Ambriz e Musserra foram apenas terras de passagem, até à paragem em Ambrizete, que passou a ser a nova sede do batalhão. Os desterrados de Zalala tiveram a sorte grande da instalação também na cidade, a companhia de Aldeia Viçosa teve a terminação do Tomboco, e a nossa, para compensar o privilégio das lagostas que o comandante ia comer a Santa Isabel, foi desterrada para Quiximba.
Mas nem tudo era mau: para contrabalançar o desterro penal da Vamba, o nosso universo de um ano era completado pela colónia de férias rurais em Zau Évua.
Alguns se libertavam a espaço desse confinamento, quando eram chamados a cooperar na segurança do MVL. Aí, o mundo crescia, estendendo-se de Ambrizete a São Salvador do Congo, com passagem pelo Quiende, e contactos com pessoal doutros remotos paradeiros nunca visitados, que davam pelo nome de Lussenga, Lufico, Soyo, Quinzau, Xamindele e pouco mais.

Qual a história destas paragens, até ao perigoso isolamento que vivemos nos anos 70? Qual o seu futuro passado, neste quase meio século que já levamos de recuperada normalidade? O que é hoje este cantinho de África que partilhámos, e a que inapelavelmente ficámos ligados?

É com curiosidade que vamos vascular registos históricos e geográficos, que, na inviabilidade duma visita, nos poderão dar uma ideia do que foi, porque foi e como foi a Angola da nossa guerra, e o seu percurso, depois da nossa libertação.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Zau Évua II - agora Nzau Évua

Notícias de Zau  Évua


Zaire: Centro de instrução de Nzau-Evua satisfaz responsável
Mbanza Congo - O segundo comandante-geral da polícia nacional, comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, expressou hoje, sexta-feira, a sua satisfação pelas condições de trabalho no centro de instrução de Nzau-Evua, 64 quilómetros da cidade de Mbanza Congo, província do Zaire.

2º COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA NACIONAL

O oficial da corporação teceu estas considerações quando se dirigia a 615 novos efectivos da polícia nacional em formação no referido centro, no quadro da sua visita de trabalho de 48 horas à província do Zaire.
Segundo o responsável, as condições que o centro apresenta em termos de organização e dimensão das suas instalações proporcionam um ambiente salutar para a instrução e formação de todos quantos queiram incorporar-se na polícia nacional.
“Para já, agradecemos os esforços do governo provincial do Zaire de nos ter cedido essas instalações, que consideramos, de momento, as melhores que a polícia nacional tem a nível do país”, assinalou.
Assegurou que o comando-geral da polícia nacional em colaboração com o governo provincial vai envidar esforços para colmatar algumas dificuldades que o centro atravessa, com maior realce para um posto médico.
O centro de instrução de Nzau-Evua abriu as portas em Maio último e comporta, entre outras áreas, direcção, área pedagógica, de apoio e corpo de instruendos.

Acompanhou a visita, a vice-governadora do Zaire para o sector técnico e infra-estruturas, Ângela Digo.

Zau Évua - Os morros


A picada de Zau Évua para SSalvador, passando pelo Quiende

 Outra foto dos morros



Os morros  actuais(?)

terça-feira, 19 de junho de 2018

Quiximba - um testemunho


CCAC3532


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Depois de um ano no relativo conforto de Santa Isabel, onde os riscos de guerra eram iminentes mas as acomodações e abastecimentos bastante seguros e confortáveis, no segundo ano de comissão fomos transferidos para o Zaire, com características geográficas e demográficas completamente diferentes. De comum, apenas a hostilidade mais ou menos disfarçada da população local, distribuída de forma diferente. No Uíge, pese embora a dispersão das populações provocada pela guerra, encontrávamos pequenos povoados dispersos, alguns sem qualquer presença militar ou autoridade civil visível, para além das autoridades tribais. No Zaire isso não acontecia, e os pouco povoados que vimos colavam-se a unidades militares estrategicamente distribuídas.
​Ambrizete parecia um paraíso, onde o refrigério do mar beijava uma larga e livre praia, tornando duro o virar de costas e rumar ao mato, mais do que uma centena de quilómetros inóspitos, apenas interrompidos por um "acidente" chamado Tomboco, onde se instalou a segunda companhia. Começava-se com alcatrão mas rapidamente ele cedia lugar à picada, valha a verdade que cuidadosamente mantida pela JAEA, e permitindo durante todo o ano o trânsito de todo o género de viaturas.
Quarenta quilómetros depois do Tomboco, no topo de uma colina, a estrada entalava-se entre um quartel e uma pista de aviação, e estávamos chegados a Quiximba.
A povoação seguia-se ao quartel, alongando-se pelos 600 metros da pista em descida suave, e um pouco mais longe, subindo a pequena encosta seguinte.
Havia uma simples lógica urbana na povoação: encostados ao quartel o posto do administrador local e a cantina do comerciante branco. Depois descendo a ligeira inclinação algumas filas de cubatas paralelas à estrada, voltando a subir ligeiramente na escosta seguinte cujo topo era ocupado por uma capela regularmente fechada.


Numa terra onde o único acontecimento digno de relevo era o milagre da sobrevivência diária, a nossa chegada alvoroçou tudo, e fomos surpreendidos por uma legião de mulheres à porta de armas, que se agitavam em algazarra e corriam gesticulando por fora do arame, enquanto as viaturas entravam no perímetro que lhes estava vedado, estabelecendo à distância contacto visual com os militares que desciam das viaturas, e se dirigiam aos camaradas instalados, que se preparavam para sair.
Dos primeiros contactos entre militares nasceu a explicação da agitação civil: as mulheres eram as lavadeiras que, na rendição da tropa, procuravam novos patrões.
A organização sócio-económica daquela comunidade era um caso sui-generis resultante da combinação dos poderes arbitrários duma administração autoritária com a adaptabilidade imposta pelo instinto de sobrevivência.
Tal como nos foi contada, a história de Quiximba começou alguns anos antes no Quanza-Sul, quando uma violenta sublevação dos nativos levou as autoridades a tentar cortar o apoio de retaguarda aos revoltosos, limitando-lhes o acesso às famílias,
Mulheres e crianças foram carregadas em vários camiões, e transferidas para mais de 300 km de distância, para uma terra de ninguém, suficientemente isolada para ser fácil o seu controlo.
Assim nasceu Quiximba, que, quando lá chegámos, registava uma população de cerca de mil mulheres, outras tantas crianças, e cinco ou seis dezenas de homens, maioritariamente velhos.​
Estava naturalmente instalada uma economia de sobrevivência, onde as mulheres retiravam das lavras os géneros de que subsistiam. 
Dinheiro só entrava de duas maneiras: o pagamento da lavagem de roupa pela tropa, e a venda de farinha de mandioca ao comerciante branco, que em troca lhes fornecia as outras poucas outras coisas de que dependiam. Cada quilo de farinha era vendido a um escudo e, para a maioria, era o resultado do dia de trabalho que restava depois das lavras e dos filhos


Cada militar pagava mensalmente umas dezenas de escudos pela lavagem da pouca roupa que mudava regularmente, e sendo um trabalho leve, principescamente pago pelos padrões locais, a disputa de clientes era feroz.​ Um milhar de mulheres disputava uma centena de homens...
​​Gerou-se e sedimentou-se uma ética do negócio, que obrigava cada lavadeira a trabalhar apenas para um cliente. Para valorizar a qualidade do serviço oferecido (e, talvez, compensar a falta de homens na povoação, cujos contactos com o exterior eram muito limitados), convencionou-se que a lavadeira seria também propriedade sexual do patrão, o que, na gíria local era definido como um serviço abrangente, eufemísticamente designado "lavar a roupa e o quico".
Por isso as mulheres, tão produzidas quanto a sua miséria lhes permitia, se mostravam aos recém-chegados, na esperança de que a perspectiva da lavagem do quico se sobrepuzesse à questão da roupa, e lhes garantisse serem escolhidas.
Claro que, as mais velhas nem tentaram misturar-se nessa competição perdida à nascença, ficando à distância a ver o combate, algumas meditando por detrás do seu cachimbo, talvez pensando nas consequências duma rotineira relação entre as mulheres locais e os passantes militares. 
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Foi um ano sereno, com ambas s partes (militares e nativos) a respeitar as regras do jogo, mas, quando abandonámos o local, já depois do 25 de Abril. e com a descolonização a dar os primeiros passos e a instalar as primeiras confusões entre angolanos, era para nós um dado adquirido que, passado o tempo da ocupação branca, a populaçao dsviada seria devolvida às origens, reconstituindo na medida do possível as famílias desfeitas, e retomando o curso da vida normal.
Quiximba deveria ser hoje uma memória varrida do mapa, um espaço devolvido à natureza pela população realojada.
Não é exactamente assim:
Qualquer pesquisa pelo nome de Quiximba remete-nos para evocações militares, parecendo confirmar o desaparecimento da povoação com o fim da intervenção portuguesa, mas a verdade é que a povoação está lá, embora escondida pela substituição de nomes e grafias levada a efeito pelas autoridades angolanas.
Surgem algumas menções a Kicimba, que parecem referir-se ao mesmo local, e, mais recentemente, a Kinximba, no município do Tomboco, que não pode deixar de ser a "nossa" Quiximba.
Notícias da Angop em 2007 descrevem Kinximba e Kinzau como zonas do Tomboco ainda fortemente minadas, provocando mortes na população, e isso ajuda a perceber porque é que, ao contrário de outros sítios (Santa Isabel, ao que parece) a intervenção dos portugueses na área não foi liminarmente apagada, apenas rebaptizada.
A saída dos portugueses não foi seguida por um período calmo, onde se pudesse pensar e rectificar os desequilíbrios gerados. Pelo contrário, o período subsequente foi convulsivo, descambando numa longa guerra civil que destroçou ainda mais as precárias vias de comunicação e agudizou as divisões internas. Movimentos maciços eram impensáveis, continuando as populações confinadas e ainda mais limitadas.
Tentando adivinhar, a pista aérea é hoje terreiro de cubatas, a pele do comerciante e do administrador mudou de cor, o quartel foi arrasado ou usado para instalar as novas autoridades ou escolas, mas Quiximba continua lá, respondendo hoje pelo nome de Kinximba, e porque foi há pouco festejado o alcatroamento de N'Zeto a Mbanza Kongo, isso significa que os turistas saudosos podem fazer os 217 quilómetros de Ambrizete a São Salvador do Zaire, atravessando Tomboco, Quiximba, Zau Évua e Quiende, sem receio das minas que ainda por lá dormem.
Pelo caminho, podem aproveitar o bónus turístico de saber o que são Quiza, Cana, Finda, Baca, Cumbi, Lemo ou Quindeso, nomes que aparecem no percurso, mas nada dizem à maioria de nós


segunda-feira, 18 de junho de 2018

2018 - Confraternização anual - I - Restaurante

Restaurante e local

“A Lareira” tem as suas portas abertas há mais de vinte anos, trabalhando desde então com dedicação e brio, proporcionando a todos os seus clientes refeições requintadas, confeccionadas com esmero e saber adquirido de tantos anos.
Casa de grande tradição na região Oeste, “A Lareira” conquistou ao longo dos anos o respeito e a fidelidade de muitos clientes, graças ao seu trabalho dedicado e rigoroso, orientada apenas por um propósito: o de agradar a todos os que a elegem para assinalar uma data inesquecível nas suas vidas. Por respeito a esta opção, a gerência e todos os funcionários de tudo fazem para corresponder às mais elevadas expectativas e à confiança que neles é depositada.
Situada numa zona eminentemente turística (a 10 Km da vila de Óbidos), entre a cidade de Caldas da Rainha e a praia da Foz do Arelho, congrega o que ambas têm de melhor a modernidade da cidade e a tranquilidade e calor da praia.




domingo, 17 de junho de 2018

Zau Évua em 27 de Fevereiro de 2016, sábado.


Ainda antes de sairmos de Zau Evua, passámos pela povoação para deixar o ilustre Soba que nos acompanhou na visita.








Obrigado António Garcia, Soba de Zau Evua pelas explicações e pelos momentos agradáveis que partilhámos.

Estava na hora de seguir para M’banza Kongo, para conhecer de perto os testemunhos da sua história, que serão relatados no próximo artigo.

Zau Evua, 27 de Fevereiro de 2016, sábado.

Não se percebe por estas fotos onde era o nosso aquartelamento antigo, certamente que a povoação será noutro local

sábado, 16 de junho de 2018

Guerra Colonial - Norte de Angola



A reocupação do Norte de Angola pelas autoridades portuguesas foi condicionada pela debilidade do dispositivo militar em todos os territórios ultramarinos. Em Angola, em 1960, os efectivos militares eram inferiores a cinco mil homens, mal armados, mal equipados e mal instruídos. 
Na «Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África», documento oficial do Exército sobre a guerra, afirma-se: «Após a independência do Congo ex-Belga, a 30 de Junho de 1960, em virtude das facilidades concedidas por este novo país, os movimentos político-subversivos tornam-se mais activos, vindo a confirmar os indícios técnicos que as autoridades portuguesas possuíam de que se aproximava uma fase violenta em Angola (...) Perante o perigo, o dispositivo militar de Angola é reforçado - ainda em 1960 - com tropas metropolitanas: três companhias de caçadores especiais.» 
É este «reforço» de quatrocentos homens que as autoridades portuguesas consideram adequado face à situação que evolui, aparentemente, sem causar mais preocupações ao Governo português. 
A «contaminação» do Congo leva a que uma publicação oficial da época resuma a situação da seguinte maneira: « ( ... ) a actividade desenvolvida no nosso território, no final de 1960, dava os seus frutos, no Norte de Angola, pois já se notavam ali sinais de menos respeito e até de insubordinação entre alguns trabalhadores indígenas.»  (Cadernos Militares, «O Caso de Angola»). 
Em Janeiro de 1961 ocorrem os acontecimentos da Baixa do Cassange e, em 4 de Fevereiro, a Casa de Reclusão Militar, a Esquadra de Polícia Móvel e a Cadeia de São Paulo são assaltadas por um grupo de guerrilheiros. Estes acontecimentos motivam a seguinte conclusão da referida resenha: «Os efectivos militares da capital, na sua maioria formados por tropas nativas, eram muito reduzidos para manter a ordem ... » 
Em 15 de Março do mesmo ano, a UPA/FNLA assalta e queima povoações e fazendas no Norte, sendo de notar que em nenhuma das localidades existia guarnição militar. 
É, pois, com os efectivos existentes desde Junho de 1960, incluindo o reforço das três companhias de caçadores especiais - colocadas em Cabinda, Toto e Luanda - que se inicia a reocupação do Norte e se procura garantir a segurança das pessoas e bens. 

Finalmente, em 13 de Abril, perante a evidente gravidade da situação e a necessidade de medidas militares de maior amplitude, Oliveira Salazar, que passara também a ocupar a pasta da Defesa Nacional, após a tentativa de golpe de Estado que pretendia afastá-lo (golpe Botelho Moniz), ordenou o envio rápido e em força de expedições militares para Angola, saindo os primeiros contingentes de Lisboa em 19 (via aérea) e 21 (via marítima) desse mês - o primeiro contingente militar, para Angola, por via marítima embarca a bordo do navio Niassa, em 21 de Abril, os soldados embarcam com o uniforme de caqui, capacete e equipamento de campanha. 
Os primeiros efectivos militares chegam, assim, a Angola, em 1 de Maio: 
- dez meses após a independência do Congo ex-Belga; 
- quatro meses após os acontecimentos da Baixa do Cassange; 
- três meses após o assalto às prisões de Luanda; 
- mês e meio após o início das acções da UPA/FNLA no Norte de Angola. 

Apesar de tudo, como o citado texto oficial da história das campanhas realça, «as Forças Armadas não foram surpreendidas pela decisão do Governo: havia mais de um ano que vinham estudando a reorganização e o reforço das forças no Ultramar, com prioridade para Angola». 
Depois da resposta dada pelas forças presentes em Angola vai iniciar-se a reocupação do Norte, agora por forças militares portuguesas expedicionárias. 
Em 1 de Maio de 1961, chegou no navio Niassa o primeiro grande contingente militar a Luanda e, em meados desse mês, as colunas militares destas forças, constituídas por unidades do tipo batalhão e companhia de caçadores, começaram a deslocar-se para Nordeste. A fase de reocupação fora iniciada. 
A prioridade do comando militar é impedir, ou no mínimo dificultar, a ligação dos guerrilheiros às bases no Congo, cortando-lhe as linhas de reabastecimento através da fronteira. 
Os batalhões de caçadores 88 e 92, desembarcados do Niassa, recebem a missão de ocupar, respectivamente, Damba e Sanza Pombo, no recém-criado Sector Operacional 2, com sede no Negaje, e destacam companhias para junto da fronteira: Maquela do Zombo e Santa Cruz. 
O Batalhão de Caçadores 156, ocupa São Salvador e tem uma companhia em Cuimba. Para atingir as regiões a este dos Dembos, é necessário utilizar o longo itinerário de Luanda para o Negaje por Catete, Salazar e Lucala, o único que os guerrilheiros ainda não dominavam. Uma companhia do Batalhão de Caçadores 88 demorou dezoito dias de Luanda a Maquela do Zombo, tendo de remover dois mil abatises e mais de trezentas valas que cortavam os itinerários. O batalhão de Ambrizete instala uma companhia em Santo António do Zaire e outra em Nóqui. 
Forças da Marinha, desembarcadas em Ambrizete, ocupam Tomboco e Quinzau, em 14 de Junho. 
O dispositivo de interdição da fronteira está montado no início de Julho, o que permite iniciar a fase de reocupação do interior dos Dembos, que vai durar cerca de quatro meses e cujos pontos mais significativos serão a tomada de Nambuangongo - Operação Viriato - , de Quipedro, da serra da Canda e da Pedra Verde, o último refúgio