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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal na Guerra de África

O Natal era assim na Guerra de África.  Juntava-se todo o pessoal e comia-se o bacalhau com batatas, azeite e alho.
Muitos anos passaram, mas fica a recordação, a amarga recordação dos dias passados por aquelas paragens, sempre na expectativa e na esperança de que a hora do regresso chegasse depressa sem que nada de mal acontecesse a cada um.
Muitos foram os que já não passaram o primeiro Natal ou o segundo Natal mesdmo longe da família querida e dos seus melhores amigos.
Sendo difícil recordar esses tempos, queremos deixar aqui esta singela recordação a esses novos companheiros e a tantos mais, que mesmo depois do seu regresso, nos dias de hoje, já não nos fazem comnpanhia.
Assim, fizemos a  Àrvore de Natal do BCAC2877, colocando os nomes de todos os companheiros na Guerra, muitos deles que mais tarde viraram e continuam grandes amigos.  Mas não nos esquecemos de lá colocar tambem, aqueles que já nos deixaram. Assim, recordamos a sua memória.
Noa dias que passam, onde se notam grandes dificuldades nos que estão "encarcerados" com todas as comodidades na "casa dos Segredos", pomos em reflexão, o que lhes poderia acontecer se estivessem como  nós, nas condições em que estivemos, dois anos. 
A todos os companheiros que sofreram nas frente da Guerra de África,  aqui lhes deixamos os votos de Festas Felizes.
Para o Ano de 2011 sempre com a esperança de que nos possamos volçtar a encontrar.
Um abraço

terça-feira, 23 de novembro de 2010

BAC3849

Foi este o brasão do batalhão que tomou parte da nossa posição no Norte de Angola.
A sede do batalhão passou para Noqui (nada mal) e em baixo estão descritas as areas da sua intervenção.

in Panorâmio
Jose castilho, em December 28, 2009, disse:


"Era este o guião do Batalhão de Caçadores 3849, sediado em Noqui, de Agosto de 71 a Agosto de 73. Com a CCS em Noqui, a CCaç 3389 no Cabeço da Velha,a CCaç 3390 em Mpala e a CCaç 3391 em Mpozo. O Batalhão foi constituído no RI2 em Abrantes, com o IAO em Stª Margarida, e o seu lema era " Cremos e Queremos". Em Angola, dependiam deste Batalhão, também as Cªs Oper. localizadas em Lufico, Canga, Zau Évua e Quiximba. Hoje o RI2 desapareceu e em seu lugar está a Escola Prática de Cavalaria."

 

Nelson Ned - Domingo à tarde


Recortamos estes comentários, com a graça que eles comtêm e publicados no Panorâmio

In Panorámio
jose castilho, em February 1, 2010, disse:
No varandim da Messe de Oficiais de Noqui, à civil, e numa altura em que a comissão de 2 anos estava a chegar ao fim. Naquela altura, cantaria o Nelson Ned " o que é que eu vou fazer domingo à tarde"! Mas o que é que o Nelson Ned, tem a ver com o assunto? Nada! Apenas a circunstância de que,tal como na canção, seria domingo de tarde ...

S. Ribeiro, em April 4, 2010, disse:
O Nelson Ned tem e muito. Na M´Pala, em dois meses que lá estive destacado, era todos os dias que o punham a cantar. Não sei de quem era o malfadado do disco, mas era horrível: Num descampado daqueles alguém perguntar todo o santo dia: "O que é que você vai fazer Domingo à tarde?".

Guerra de África - pedaço de história no Norte de Angola

Um pouco de historia, para se compreender o que se passou antes e depois de nós por lá termos passado.

In Panoramio.

"Companheiros de jornada: pode ler-se no livro Angola – As Brumas do Mato, do Alf. Milº Capelão Leal Fernandes, a pág. 203. “(…) O BCaç 1930 em Novembro de 1968, iniciou encontros com elementos do exército zairense e que a 19 de Novembro, meteram mesmo um coronel e noutro a 25 do mesmo mês, os contactos foram efectuados com um major(...)”. Este tipo de informação, coincide com aquilo que já se disse relativamente ao BART 1922, que nessa altura estava em Noqui. Na altura, já lemos algures, que o Com. de Compª do Cabeço da Velha, até se terá deslocado ao Loango, numa missão de boa vontade e de diálogo. Parece deduzir-se que o exército zairense, na altura, temia que as acções de elementos da FNLA, sobre os aquartelamentos na zona de fronteira com Angola, motivasse reacções das NT, que destabilizassem a vida nas Sanzalas zairenses na região. Boas intenções parecia ser um sentimento mútuo. No entanto a partir de finais de 70, coincidindo com o período de “zairização” da economia de Mobutu, que levou à saída de mais uma leva de europeus, a situação foi-se agravando progressivamente e cessaram os contactos. A FNLA crescia e as suas acções começaram a colocar o norte de Angola em estado de alerta permanente. Castilho"