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terça-feira, 24 de abril de 2007

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Pensões para os ex-combatentes

O Governo vai reduzir para mais de metade o valor do suplemento especial de pensão para garantir a sua atribuição a todos os ex-combatentes: cerca de 450 mil. Em causa está a sustentabilidade do Fundo dos Ex-Combatentes e. segundo apurou o CM, os antigos militares passarão a receber por ano um complemento até 150 euros, quando actualmente o seu valor ascende, em média, aos 300 euros.
O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira. assegurou ontem que o complemento especial de pensão será atribuído a todos os ex-combatentes, ao contrário da decisão do anterior titular da pasta, Luís Amado, que pretendia restringir o suplemento a 20 mil antigos militares devido à insustentabilidade do Fundo. "'É um dever do Estado prestar esse reconhecimento [aos ex-combatentes]. Por isso, a solução será encontrada para além do Ministério da Defesa, com uma única certeza: o universo [de antigos militares] vai manter-se integral", afIrmou Severiano Teixeira, após uma intervenção no seminário da revista 'Segurança e Defesa' sobre a transformação das Forças Armadas. Sem recorrer à restrição dos complementos, a solução passa pela redução dos custos com os mesmos. Como? Através da criação de três escalões para a atribuição dos suplementos com base no tempo de serviço: 75 euros (até 11 meses), cem euros (entre 13 e 23 meses) e 150 euros (mais de 24 meses). O Governo poderá assim reduzir em mais de 50 por cento os gastos com os suplementos. À luz da actual legislação, o complemento corresponde a 3,5 por cento da pensão social (171,73 euros) por cada ano de serviço e, em média, os ex-combatentes recebem cerca de 300 euros por ano. Segundo avançou o ano passado o próprio ministro da Defesa, só para um universo de 193 mil beneficiários seria necessário 828 milhões de euros.
A proposta, que está a ser estudada, como já noticiou o CM, pelos Ministérios da Defesa, das Finanças e da Solidariedade, representa um claro recuo do Governo em relação à decisão de Luís Amado, que determinava que os ex-militares com uma reforma superior a 740 euros não teriam direito ao complemento especial de pensão, o que motivou uma forte contestação, não só das associações militares, mas também da oposição.
IN CORREIO DA MANHÃ - QUINTA-FEIRA, 19 ABRIL 2007

Os Jogos de Futebol

ZAU EVUA - Palacio dos Desportos com torre de vigia ao fundo

Quem não se recorda dos célebres jogos de futebol ?
Pois é, aqui lhes mostramos uma foto descoberta num velho album de recordações.
Aceitamos apostas para a legendagem da mesma, com os nomes dos "Cristianos Ronaldos" da época, bem como dos assistentes.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

A Doença do Sono


Ao ler a VOZ de Paço de Arcos, do passado mês de Dezembro de 2006, onde se fala de “As grandes doenças”, veio-me à recordação mais um pormenor da nossa passagem por África.
Curiosamente sobre um tema que, face ao que havia na data estudado, estava bastante bem informado. Pois para a zona Norte de Angola, não existia aquela praga “devoradora” da vida de homens e de animais.
Recordei-me da “ doença do sono “
Assim, para quem já se esqueceu ou para quem não sabe, recordo o que aconteceu: quando da nossa chegada a Luanda, fomos “baptizados”, no Campo Militar do Grafanil, debaixo dum enorme embondeiro, com uma pesagem e posterior vacinação contra a doença do sono.
Como desde miúdo, fui alérgico a agulhas, fiquei pasmado ao saber que a nossa ida à balança tinha directamente a ver com a quantidade de soro que nos seria ministrado, isso, em proporção directa ao nosso peso.
Claro, fiquei de longe a ver como eram as “modas” e na primeira oportunidade, raspei-me para bem “longe da vista” do inimigo da seringa, que mais parecia uma bomba de encher uma câmara de ar de bicicleta.

Porque admito que exista algum interesse pelo tema, aqui deixo, com a devida vénia, ao seu autor, pela recordação, transcrição da “Wikipédia, da referida doença.

Doença do sono
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa


A Mosca tsétsé transmite a Doença do Sono
A Doença do Sono ou Tripanossomíase Africana é uma doença frequentemente fatal causada pelo parasita unicelular Trypanosoma brucei. Há duas formas: uma na África Ocidental, incluindo Angola e Guiné-Bissau, causada pela subespécie T.brucei gambiense, que assume forma crónica, e outra na África Oriental, incluindo Moçambique, causada pelo T.brucei rhodesiense, forma aguda. Ambos os parasitas são transmitidos pela picada da mosca tsétsé (moscas do género Glossina).
.brucei é um parasita eucariota unicelular cujo género inclui ainda o T. cruzi, que causa a doença de Chagas.
O tripomastígota (comprimento de 20 micrómetros), a forma activa no sangue do Homem, tem núcleo central, uma única grande mitocôndria alongada, que contém o cinetoplasto,zona com o DNA mitocondrial. Tem ainda um flagelo que lhe dá mobilidade. A sua membrana celular ondulante (devido aos movimentos flagelares) é recoberta de glicoproteínas pouco imunogénicas, permitindo-lhe passar despercebido. As formas epimastígota e promastígota (formas na mosca tsétsé) são mais condensadas. Contêm ainda glicossoma, grânulos ricos em glicogénio.
O T.brucei gambiense causa a variante ocidental e é menos virulento que o T.brucei rhodesiense que causa a variante oriental. O T.brucei brucei não causa doença em seres humanos, mas causa a doença nagana em alguns animais domésticos.
A glicoproteína que o parasita exprime na sua membrana é reciclado continuamente com outros tipos de glicoproteína (codificados pela família de mais de mil genes VSSA, dos quais em um momento apenas um está a ser transcrito). A mudança dos antigénios externos permite-lhe escapar largamente ao sistema imunitário, pois quando anticorpos especificos contra um tipo de glicoproteína já estão fabricados, ele já mudou o gene que exprime e a glicoproteína já é outra.
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[editar] Ciclo de Vida
O parasita existe na saliva das moscas tsétsé e é injectado quando estas se alimentam de sangue humano. Ao contrário do seu primo americano, o tripomastigota T. brucei não invade as células (nem assume forma de amastigota), alimentando-se e multiplicando-se enquanto tripomastigota nos fluidos corporais, incluindo sangue e fluido extracelular nos tecidos. Uma nova mosca Glossina é infectada quando se alimenta de individuo contaminado. Ao longo de cerca de um mês, o parasita assume várias formas (epimastigota principalmente) enquanto se multiplica no corpo da mosca, invadindo finalmente as glândulas salivares do insecto (as moscas vivem cerca de 6 meses).
[editar] Epidemiologia


Diagrama de 1880 da Mosca Tsétsé
A Doença do Sono ocorre apenas em África, nas zonas onde existe o seu vector, a mosca tsétsé. Não existe na África do Sul nem a norte do deserto Saara. Haverá cerca de meio milhão de pessoas infectadas em cerca de 40 países africanos.
A subespécie gambiense existe apenas a oeste do vale do grande rift africano, nas florestas tropicais, sendo um problema grave em países como os Congos (antigo Zaire), Camarões e Norte de Angola. A transmissão é principalmente de humano para humano, com menor importancia dos reservatórios animais. As moscas transmissoras são as Glossina palpalis, que se concentram junto aos rios, lagos e poços.
A subespécie rodesiense existe a leste do grande rift, principalmente na região dos grandes lagos, nas savanas: Tanzânia, Quénia, Uganda e Norte de Moçambique. Os antilopes, gazelas e animais domésticos são reservatórios importantes do parasita. Transmitido pelas moscas Glossina morsitans.
[editar] Progressão e Sintomas
Após a picada infecciosa, o parasita multiplica-se localmente durante cerca de 3 dias, desenvolvendo-se por vezes uma induração ou inchaço edematoso, denominado de cancro tripanossómico, que desaparece após três semanas, em média. O inchaço não surge na grande maioria dos casos de infecção pelo T. gambiense e apenas em 50% dos casos de infecção com T. rodesiense.
O parasita dissemina-se durante 1-2 semanas (T. gambiense) ou 2-3 semanas (T. rodesiense) da picada pelo corpo do doente. O T. gambiense produz muito mais alta parasitemia que o T. rodesiense. Os sintomas são todos durante as fases de replicação ou parasitémia. Os parasitas multiplicam-se no sangue, a maioria com uma mesma glicoproteína de membrana. No entanto alguns poucos trocam a glicoproteína por outra de dentro do seu leque de 1000 genes para essas proteínas, num processo aleatório. Quando o sistema imunitário produz anticorpos especificos contra a glicoproteína dominante, a maioria dos parasitas é destruida, mas não os poucos que, por acaso já tinham trocado a glicoproteína que usam. Os sintomas cessam, mas os parasitas com a glicoproteína diferente não são afectados pelos anticorpos produzidos e multiplicam-se, gerando nova onda parasitémica e de sintomas. Então são produzidos novos anticorpos contra a nova glicoproteína dominante, que mais tarde são eficazes em destruir a maioria dos parasitas excepto aqueles poucos que já trocaram novamente a glicoproteína que usam, e assim por diante. O resultado são ondas de multiplicação e sintomas agudos que vão aumentando até originar sintomas do tipo crónico, após muitos danos. A grande quantidade de anticorpos produzidos leva à formação de complexos dessas proteínas, que activam o complemento e causam também directamente danos nos endotélios dos vasos e nos rins. Os danos nos vasos geram os edemas, e microenfartes no cérebro, enquanto a anemia é devida à destruição acidental pelo complemento dos eritrócitos.
Os sintomas iniciais e recorrentes são a febre, tremores, dores musculares e articulares, linfadenopatia (ganglios linfáticos aumentados), mal estar, perda de peso, anemia e trombocitopenia. Na infecção por T. rodesiense pode haver danos cardiacos com insuficiencia desse orgão. Há frequentemente hiperactividade na fase aguda.
Mais tarde surgem sintomas neurológicos e meningoencefalite com retardação mental. Na infecção por T. gambiense a invasão do cérebro é geralmente após seis meses de progressão, enquanto o T. rodesiense pode invadi-lo após algumas semanas apenas. Sintomas típicos deste processo são as convulsões epilépticas, sonolência e apatia progredindo para o coma. A morte segue-se entre seis meses a seis anos após a infecção para o T. gambiense, e quase sempre antes de seis meses para o T. rodesiense.
[editar] Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é geralmente pela detecção microscópica dos parasitas no sangue ou líquido cefalo-raquidiano. Também se utiliza a inoculação do sangue em animais de laboratório, se a parasitémia for baixa, ou a detecção do seu DNA pela PCR.
Na fase aguda, o tratamento com pentamidina é eficaz contra T. gambiense, e a suramina contra T. rodesiense. No entanto a resistência é crescente a estes fármacos. Na fase cerebral, já poderá haver danos irreversiveis. É necessário usar o tóxico melarsoprol, que mata sem ajuda do parasita 1-10% dos doentes, ou no caso do T. gambiense eflornitina.
[editar] PrevençãoAs Glossina, ao contrário de quase todos os outros insetos que picam humanos são mais ativas de dia, logo dormir em redes apesar de aconselhado, não protege tanto como protege contra malária, cujo mosquito é noturno. É necessário usar roupas que cobrem a maioria da pele e sprays repelentes de insetos. O uso de aparelhos coloridos eléctricos que atraem e matam as moscas é útil. A destruição das populações de moscas é eficaz para a erradicação da doença.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Almoço Curia -BCAC2877 - Angola (Furrieis da CCS)






Todos os que habitualmente tem visitado o nosso Blog, nos ultimos tempos terão notado que não temos dado tantas informação e inscrito notas no mesmo, como em tempos anteriores.

De facto não nos tem sido possível manter com assiduidade o Blog em "movimento", por várias razões que não serão importantes neste momento mencionar.


Acontece que daqui por diante, vai ser mais fácil manter o blog actualizado, com notas e fotos e com um arranjo talvez melhorado.

Não fica a promessa que tal vai acontecer já hoje, mas daqui a poucos dias, isso sim.


Umas fotos dum almoço na Curia, para aguçar a expectativa.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O Américo

O Bras, o Adelino, o Américo e o Aires
O Américo
O Américo


Não parece nada difícil escrever umas linhas sobre algo que nos diz respeito, que nos diz muito. Mas, quando começamos, uma emaranhado de ideias, de palavras, faz com que, afinal o que parecia fácil, se torna difícil.

Queremos mencionar o facto de quando em vez, essa vontade de passar os pensamentos a palavras, se evaporar ou entrar num desvio, quando uma outra qualquer motivação mais material rodeia e cerca o nosso pensamento, fazendo com que essa vontade fique em suspenso para uma outra oportunidade, onde a obrigação se sobreponha as outras mais fúteis motivações do momento
Na noite em que jogaram Benfica e o Porto, já tinha iniciado esta conversa, mas, não consegui levar até ao final esta minha divagação de passar à prosa, uma pequena aventura, que pelo seu significado, merece que seja levada ao conhecimento dos mais habituais visitantes do Blog do BCAC2877.
Desde há já uns anos que alguns furriéis da CCS tinham idealizado uma pequena confraternização, com o intuito de passarmos um dia, um pouco mais perto uns dos outros, com mais tempo para o reviver dos velhos tempos em África.
Tal aconteceu no passado Sábado 1 de Abril, em Coimbra e com almoço na Curia. Não sem que antes, o Adelino, o Brás, o Aires, alguns, com as esposas e filhos e netos, para aproveitar a oportunidade duma visita com aqueles ao Portugal dos Pequenitos, pese embora o facto das condições meteorológicas não terem sido, durante apenas a parte da manhã, nada favoráveis, pois a chuva fez-se representar na cidade do Mondego durante grande parte da manhã.
Na altura do almoço, que durou grande parte da tarde, juntaram-se também, o Melancia, o Moreira e as respectivas esposas.
Desde há muito que o Adelinho tinha tentado e conseguiu saber da morada do Américo.
Quem passou por Zau Évua, certamente que se recorda do Américo.
Quem o não conhecia !
Pois o Américo nunca apareceu aos almoços de confraternização.
O Adelino foi investigando e lá foi recolhendo informações, ficando a saber que o Américo tem uma vida muito difícil, com vários “acidentes” no seu percurso por esta terrena e difícil caminhada até à velhice.
Acidentes que lhe roubaram alguma mobilidade física, e devido à “pinguita” em excesso, alguma “mobilidade” mental, também lhe foi roubada.
Na companhia do Aires e do Adelino, com o primeiro como cicerone, lá fomos até ao Carregal do Sal, com a indicação de um contacto com um antigo patrão, agente funerário , para quem aquele em tempos trabalhara. Após diversos telefonemas, conseguimos chegar ao lugar de Póvoa das Forcadas onde reside o nosso antigo companheiro.
Não foi difícil localizar a sua morada, falar com a mulher, com uma cunhada, saber que tem seis filhos, duas raparigas e quatro rapazes e alguns netos.

O Américo vive duma pensão social baixa e vai trabalhando no campo, à jorna, para conhecidos e amigos, para aumentar um pouco mais o seu magro pecúlio.
Nesse sábado, estava a semear umas batatas para um amigo ou conhecido.

Foi fácil saber que o Américo ia almoçar num pequeno “restaurante” mesmo em frente da estação da CP do Carregal do Sal, talvez como recompensa pelo trabalho que tinha prestado.
Pedimos para não ser avisado da nossa presença e tal aconteceu, como previsto, na troca de impressões que os três tínhamos feito pelo caminho.
- O Américo não nos reconheceu à primeira, mas mesmo depois, ficámos com algumas dúvidas se de facto nos tinha referenciado.

Todavia, uma coisa foi certa, com o aspecto físico muito degradado e o mental de igual modo, bastante corroído, lá foi contando algumas peripécias que tinha passado em Zau Évua, essas conhecidas por nós, o que nos leva a crer que mantém ainda uma pequena chama acesa com a lembrança da sua passagem pela guerra de África.
Sempre se recordou quando na messe, por detrás do buraco da copa dizia – “ Furriel, não paga uma fresquinha ao Américo ? “
Recordamos quando o Américo ia a SSalvador, e ia sampre . . .. Era ele que apanhava as galinhas que mais tarde, com uma enorme catana, degolava, por detrás da cozinha da messe de sargentos, atirando-as ao ar. Mesmo sem cabeça, os galináceos ainda esvoaçavam.
Dentro do galinheiro do comerciante, fazia-se acompanhar duma bazuca e dentro do tubo daquela, trazia sempre uma ou duas galinhas, que depois juntava às do Batalhão e dizia para o Vago Mestre, que todas as galinhas podiam morrer, menos aquelas, as suas.
Não tivemos muito tempo, pois chamaram o Américo para o repasto, era um cozido e estava a esfriar, para alem disso, tínhamos que regressar a Coimbra, para seguir para a Cúria, ao encontro dos nossos familiares e dos outros companheiros, para o almoço aprazado.
O mentor desta visita, o Adelino, tinha deixado ficar em casa do Américo, uma pequena lembrança, um bolo, para ele e a família saborearem ao lanche e, quando aquele lhe disse o Américo, embora com aspecto abatido, muito envelhecido, esboçou um sorriso, um sorriso menos aberto e expressivo do de então, mas era o mesmo, um sorriso “sincero” , “agradecido”, como sempre.
Tinha sido concretizada uma aspiração de alguns anos – a visita ao Américo.
Aqui lhes deixamos, com estas palavras a homenagem ao Américo, mas não só a ele, a todos os que, como ele, foram nossos companheiros e que por as mais diversas razões, perderam o contacto connosco, mas que não estão esquecidos por muitos de nós.
A nostalgia, afina o sentido da antiga camaradagem.
O tempo passa, mas algumas recordações não se esquecem nunca.

Muitos dos nossos companheiros de então, sempre vão sendo lembrados.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Angola - Gibóia com cabrito no estomago

Foto cedida pelo companheiro Silva da CCAC2543
Cópia do Email que acompanhava a foto da gibóia.
De facto recordo-me, especialmente do cheiro pestilento que o bicho tresandava.
" Boa tarde camaradas: Estou a tentar mandar esta foto,trata-se duma giboia apanhada no regresso de uma operação que durou vários dias, bem esta cobra tinha cerca de 7 metros teve que ser abatida, porque não estáva nada bem intensionada, e para maior segurança fomos 5 atiradores a disparar ao mesmo tempo para a cabeça reparem no estado que ela ficou, esta fotografia foi tirada na parada em zau-évua ela, tinha um cabrito inteiro dentro dela. Camaradas vejam lá se recordam este episódio mais um entre tantos abraços. JSilva com.caç.2543 bat.2877. ""

sexta-feira, 23 de março de 2007

BCAC 2877 - Foto -

Voltarei mais tarde para legendar esta foto
Aqui fica a legenda desta foto.
Ao nosso companheiro, as desculpas pelo atraso na publicação da legenda, mas a falta de tempo de vez em quando não nos deixa que o "serviço" fique em dia.
Um grande abraço para o nosso antigo companheiro que sabemos, visita o Blog com muita assiduidade.
Pela maneira como nos escreve, verificamos como se sente bem em recordar, na companhia dos seus antigos companheiros, os tempos da guerra de Africa.
" Agradeço do fundo do coração,estava a sentir-me excluido, não calculam como me fez bem ver aqui no munitor a minha fotografia e, por variadissimas razões, a primeira tem a ver com a herança de tudo o que nós passamos. Eu estou muito empenhado em conviver convosco porque eu acho que são só voçês que me compreendem,eu aqui para as pessoas e, principalmente para a familia, excluindo as minhas filhas, genros, esposa. Somos 8 irmãos e todos são unânimes em afirmar, que sou maluco porque é dos gases da guerra não chega aquilo que por lá passamos, ainda temos que levar com isto. Deus dar-lhe-á a reconpensa. Camaradas eu sei que me compreendem, se calhar não sou o único que está a passar por esta situação alguns colegas nossos já morreram, o que é muito pior. abraço para todos até breve. José fernandes da Silva cª caç 2543 bat. 2877. "

quarta-feira, 21 de março de 2007

A Caça - Bcac 2877 - Angola 1969 1971


Hoje falamos, em meia duzia de palavras, sobre a caça. A caça grossa e a caça miuda.

Recordo que o Dr José Niza, na altura era o único que tinha uma espingarda de cartuchos, uma dita caçadeira e que, dando umas voltas de jeep, após as habituais chuvadas, caçava umas tantas perdizs que, pela picada fora, se entretinham, distraidamente a debicar as pedras lavadas pelos fortes aguaceiros que caíam com frequencia.

Mas vamos hoje falar das pacaças, dos burros do mato, dos javalis, das gazelas e das poucas palancas que se encontravam já em vias de extenção e que eram o motivo das caçadas.

Um tipo de caça que aqui no Puto, na altura não tinha quaqluer tipo de comparação e, para além disso, disparar com uma arma de bala, a G3 ou com as lindissímas FN, para quem gostava, dava um enorme gozo e, tambem convem dizer que poderia oferecer algum perigo.
Convem não esquecer que a carne de caça era a base de muita da dieta alimentar que por aquelas bandas se fazia.
Aqui lhes deixamos uma foto, para recordar a ida ao mato, para trasportar a caça morta, por alguns caçadores "furtivos"

terça-feira, 20 de março de 2007

Envelopes e selos



Os envelopes e os selos

Uma das maiores motivações para a manutenção dum bom estado psicológico dos militares em campanha, é o recebimento e o envio de correspondência para os familiares e amigos.
Na guerra de África, e quem por lá passou, sabe que tal aconteceu.
A tantos milhares de quilómetros de distância, quando nem se pensava ainda nas comunicações via Internet ou telemóvel, onde o telefone fixo não existia e até o sistema de transmissões militares via rádio, por vezes funcionava mal, a transmissão de notícias por via da escrita, embora muito morosa, era a base da comunicação particular para os militares.
A alegria e a tristeza era recebida ou enviada por carta, bate-estradas ou postal.
Já em tempo falámos do momento de receber o correio. Da chegada do avião ou do MVL com aquelas notícias que todos ansiavam receber, da família, da namorada ou dos amigos.
Hoje, vamos falar desses pormenores, mas antes do veículo transportador ou da embalagem das notícias. Falaremos apenas dos envelopes e dos bate-estradas, dos aerogramas.
Eram afinal, a embalagem que servia para alojar as trocas de informação de todos.
Dos envelopes, nada vamos acrescentar de novo.
São iguais aos de hoje, ou pelo menos parecidos, quer na dimensão, tipo de papel ou no grafismo incluído.
Também os havia de artesanato. Isto é, houve quem fizesse, e não era preciso muito engenho e arte, um modelo em chapa ou em cartão forte e, a partir daí, por recorte com faca ou tesoura, fabricasse com papel normal ou de cor, o dito envelope personalizado. Mas relativamente aos envelopes o que queríamos anotar, eram os belíssimos selos que à data eram utilizados. E é sobre esse tema que hoje estamos a publicar o espécimen de um desses envelopes e os lindíssimos selos.
Quanto aos bate-estradas, que eram uma “dádiva” sem qualquer custo para o “utilizador”, para além da sua leveza, tinha o inconveniente de neles não se poder escrever muito, por falta de espaço. Compensava o preço.
Quanto aos postais ilustrados, a sua grande maioria, eram fotos de muita beleza, que à data contratava com a maneira bastante pobre e atrasada dos “nativos” das diversas e vastíssimas áreas geográfica de Angola, com a curiosidade de que a sua grande maioria era produzida em Espanha e Itália