Para que estejamos todos em alerta, vou contar mais uma das várias peripécias que tenho passado com esta situação, que só não é mais tormentosa dado o facto de morar nas proximidades de Lisboa e com facilidade me poder deslocar aos diversos locais para saber como resolver as situações que se me vão deparando.
Pois hoje, 13/12/2007 aconteceu mais um pequeno percalço.
E até, só por casualidade vim a saber o que me estava a acontecer, pois em todas as outras vezes que contactei a Centro Nacional de Pensões ou a Caixa Geral de Aposentações (fui funcionário publico, cumpri serviço militar obrigatório e trabalhei numa empresa privada, por esta ordem cronológica) e tendo explicado qual era a minha situação, nunca me foi indicado por cada uma destas entidades, nas pessoas dos diversos funcionários que me atenderam, que a minha situação ainda não estava resolvida porque . . .!!!!.
É isso que lhes vou tentar explicar.
Comecei a minha actividade profissional numa empresa privada, passei a funcionário publico, fiz serviço militar e voltei a trabalhar numa empresa privada, isto serve de intróito e de explicação base para o que se vai passar a seguir.
Quando regressei de África passei a trabalhar numa empresa privada, descontado para a Segurança Social.
Passados alguns anos, fiz a entrega na Segurança Social de fotocópia da minha Caderneta Militar, pois havia essa indicação para o fazer, no sentido de ser anexado o tempo do Serviço Militar ao tempo normal de trabalho e portanto contado para todos os efeitos como tempo com descontos para a Segurança Social.
Requeri a minha reforma, em simultâneo, na Segurança Social e na Caixa Geral de Aposentações, no mesmo dia, com minutos de diferença, na entrega da papelada.
Na Caixa Geral de Aposentações, de acordo com o que me tinham informado, entreguei Certidão da minha passagem pela Função Publica, autenticada com selo branco e a respectiva documentação do Ministério da Defesa Nacional (Liga dos Combatentes), com a contagem do tempo de Serviço Militar, para efeitos do Complemento de Pensão para os militares.
Na Caixa Nacional de Pensões, para além do requerimento normal para o efeito, entreguei fotocópias da documentação que entreguei na Caixa Geral de Aposentações.
Tudo de acordo com informação adquirida em cada um dos departamentos.
A partir de 21 de Junho de 2006, fui reformado, com uma contagem de tempo em que não aparecia os 3 anos e poucos dias de Serviço Militar, nem o tempo do meu primeiro emprego.
Pedi informação do que se passava. Resposta: O tempo do Serviço Militar, vai ser contado através da Caixa Geral de Aposentações, não me devia preocupar com isso pois havia atrazo de quase 1 ano.
Fui logo ali ao lado, pois a Loja do Cidadão tem essa vantagem, e perguntei o porquê.
A resposta foi a mesma, com uma agravante, pois essa funcionária, que não era a mesma das outras vezes me disse que devia ter feito a entrega dos documentos de outra maneira, mas que esperasse, pois só lá para Janeiro de 2007 é que iria ter novidades.
Entretanto, para obter mais esclarecimentos e para requerer a contagem do tempo do meu primeiro emprego, fui por 2 vezes à CNPensões e nada mais em especial me foi adiantado.
Então chegamos ao dia de hoje e eis o espanto:
Do requerimento para a contagem de tempo do 1º emprego, nada, tinha sido entregue a 19/07/2006.
Nem o requerimento estava no meu processo ( Tenho cópia autenticada de que o mesmo deu entrada e em que dia e hora).
Fui obrigado a fazer novo requerimento e pediram-me para requerer nessa minha antiga entidade empregadora uma declaração em como lá trabalhei e que foram feitos os respectivos descontos ( Coisa que eu acredito, visto ser uma empresa credível e com mais de 170 anos de existência).
Quanto ao tempo de serviço militar, que fosse a CGAposentações para saber o que fazer.
Assim fiz, e espante-se, (entretanto, em Novembro deste ano já recebi o Complemento de Pensão para os militares que estiveram em “areas operacionais”), o tempo de Serviço Militar Obrigatório não seria nunca contado, porque faltava no meu processo, uma Certidão que ainda a tenho que ir requerer ao Arquivo Militar , e desta nunca me tinham falado.(que por acaso, também é em Lisboa) - 30 dias é o tempo de espera para a feitura da Certidão, para efeitos de reforma
Será que tudo isto tem ser mesmo assim ?
Deixo aqui ficar este pequeno exemplo das penas por que passamos, com esta papelada toda a reboque ou à frente desta burocracia e falta de informação e ou informação mal prestada no momento em que ela é mais necessária.
Lisboa 13/12/2006