Por todas as “guerras”, temos sempre ouvido histórias engraçadas, dignas de registo nos melhores manuais de anedotas.
Na nossa guerra de África, muitas foram os casos que originaram situações caricatas.
No inicio da comissão, nos primeiros tempos, logo após a chegada ao “mato”, quando da nossa idas à caça, havia sempre a indicação de levarmos um rádio.
Rádio que serviria para o contacto com o quartel em caso de uma qualquer necessidade.
Ao tempo ainda existiam os ANGRC9 (salvo erro, este o seu nome), ainda do tempo da 2ª guerra mundial. Pesados e muito difíceis de transportar, em especial para situações de nomadização a pé, como era o caso das caçadas. Já existiam os “Racal”, rádios sul-africanos muito mais leves e maneirinhos, que serviriam para o efeito. Mas, também não havia muitos e alguns avariavam com facilidade.
A solução seria a de levar uns rádios mais pequenos, os “bananas”, assim chamados, quer pelo seu feitio curvo e pela própria cor, a da banana enquanto verde.
Mas, sendo leves, o que seria óptimo para o transporte, pois eram facilmente transportáveis, tinham um grande defeito. A uma muito curta distância do quartel, assim que um pequeno declive, “escondia” o aquartelamento, o pequeno e portátil rádio, apenas serviria de arma de arremesso, pois perdia a sua capacidade de emissão e recepção.
No fim, para as caçadas na periferia do quartel, sem qualquer rádio, foi a solução.
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