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sexta-feira, 27 de abril de 2012

4) - Poemas da Guerra - José Niza - (coninuação)

4) - Poemas da Guerra - José Niza - (continuação)

No que me dizia respeito, sobretudo como médico, fiquei preocupado.  Numa situação semelhante, o que é que poderia fazer com os meios e experi~encia ao meu dispor?  O facto é que, como tinha investido tudo na psiquiatria, pouco ficara para as outras especialidades masi próprias de uma guerra, como as cirurgias e ortopedias. Receava que de um momento para o outro me pudessem cair em cima minas, explosões, tiros, emboscadas, fraturas, hemorregias... Não dispunha de quaisquer meios auxiliares de diagonóstico. Nem análises, nem Raiso X. Nada. Apenas o "olho clinico" e a dedicação de enfdermeiros simpáticos, formadosn à pressa, que mal sabima dar injecções. Tal como os condutores dos carros de combate, que mal sabiam guiar.  Uns e outros, foi na guerra que aprenderam. (Continua)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Trovoadas, relampagos e outras "larachas"

Não tem havido paciência e tempo, mais daquela do que desta, para escrever ou coligir algo sobre aquilo que muitas vezes nos vem à mente, em especial, em dias de tormenta como o dia de hoje.
Especialmente nas tardes de chuva e vento, trovoada e raios com fartura que iam inundando o horizonte, chegavam mais rapidamente  do que iam.
Trovoadas com enormes bátegas de água que acompanhas de grande ventania, inundavam as pequenas valas que existiam em frente de algumas das instalações e todos os arredores do aquartelamento formando enormes lagoas, onde alguns brincalhões fabricaram jangadas para nelas se distraírem
Vento tormentoso e forte que algumas vezes levantou a cobertura em chapa zincada, importada do Japão, muito fina, tal folha de Flandres,  que servia de telhado das casernas e outras instalações.
Á secretaria do batalhão e às instalações do pessoal das transmissões  uma enorme trovoada fez com que o telhado  se dobrasse e voasse aos pedaços.
A prontidão e a eficiência dos "interessados " nas reparações obviou a que os estragos produzidos não tivessem sido significativos.
Vem à recordação o momento em que o Furriel Armando Fernandes das Operações, saía messe para ir para o seu quarto, que ficava junto da CCS, quando um relâmpago iluminando os céus deixou cair sobre Záu Évua um trovão tal como uma "bomba atómica". Armando Fernandes, não suportava os relâmpagos e muito menos os trovões. Ficou "arrelampado", desequilibrou- se e deu um enorme trambolhão tendo resultado daí, um enorme golpe num dos joelhos que obrigou a uma ida à enfermaria para ser suturado.
Nada de especial se já não tivesse a Guia de marcha para regressar ao "puto".  Assim veio ele para Luanda, perneta e de perna "entrapada"
Ao "puto" chegou bem, pois ainda foi a muitas das nossas confraternizações.  Agora, deve estar em recolhimento, ali para os lados de Leiria onde mora, pois sendo sempre convidado para os almoços, não aparece.
 
 Para o próximo convite, vamos mandar-lhe em anexo um boletim meteorológico para o dia do almoço, pois assim, não havendo nesse dia hipóteses de trovoada, sempre pode aparecer.
 
Aqui fica um grande abraço para ele

sexta-feira, 20 de abril de 2012

3) - Poemas da Guerra - José Niza


"3) - Poemas da Guerra - José Niza - (coninuação)

A nossa chegada ao aquartelemento de Zau Évua, no norte de Angola, a uma centenas de quilómetros
 de Luanda, não nos deu grande alento.  Dias antes, uma emboscada a um grupo de combate de uma das companhias que íamos render, tinha feito mais de vinte mortos. Seria tambem um aviso para nós?"

CARNAVAL EM ZAU ÉVUA

Aqui o carnaval é todo o ano
desde o içar da bandeira
ao cair do pano

trezentos soldados
mascarados
suam bem suados
baga de suor de um confetti
amarelo verde e encarnado
que não é daqui

um clarim toca
várias vezes ao dia
(Pavlov descobriu
que reflexos condicionados
tambem serviam para os soldados)

eu vou estando

e não esqueço

adeus
até ao meu regresso

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Zau Evua - recordações

ex-furriel Amanuense Aires junto aos brasões do Batalhão, do PelRec e do Pelotão de Sapadores.
No Brasão do Batalhão está inscrita a data da nossa chegada - 4-8-69 - a Zau Évua

quarta-feira, 18 de abril de 2012

2) - Poemas da Guerra - José Niza

2) - Poemas da Guerra - Jose Niza

"Aí se perdeu a oportunidade única de construir uma solução política negociada que respeitasse e garantisse os interesses dos portugueses e dos angolanos.  Teria sido possível chegar lá.  Mas não com Salazar, que optou pelo isolamento (portugal orgulhosamente só) e pelo de lírio ( Portugal não é só um país europeu e tende cada vez mais a sê-lo cada vez menos).
Foi preciso vir a libertação do 25 de Abril para que todod este pesadelo acabasse."

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Confraternização de 2012

Começa a ser tempo de se definiram a data e o local para a confraternização de 2012.
Tem sido hábito desde há muitos anos que o evento se faça em Setembro e que o local esteja próximo de uma saída de auto estrada, para obviar a enganos e a "saídas de estrada".
Pretende-se este ano que a orientação seja a mesma, quer para o local que para a data.
Já solicitamos que nos informassem de um local onde a custo baixo e com uma ementa razoável, pudessemos passar mais uns momentos agradáveis.
Reiteramos o pedido, pelo que ficamos a aguardar informações, dicas e sugestões para o efeito.

sábado, 14 de abril de 2012

1) - Poemas da Guerra - Jose Niza

1) - Extractos da "introdução necessária" do livro de poemas : Poemas da Guerra  de José Niza

"O tempo e o lugar das coisas

Estar durante dois longos anos na frente de combate de uma guerra, já é uma  situação limite. Mas estar numa guerra injusta, sem sentido nem saída à vista, é demolidor.  Muitas centenas de milhares de jovens portugueses, ao longo de treze anos, passaram por esta estúpida teimosia de Salazar e dos militares ultramontanos das brigadas do reumático.
integrado no Batalhão de Caçadores 2877 como alferes miliciano médico, embarquei para Angola em meados de  Julho de 1969.  A guerra colonial já durava há oito anos e as situações em Angola, Moçambique e sobretudo na Guiné, não demonstravam sinais de qualquer progresso, antes pelo contrário.
Antes da guerra,  em 1958, 1960 e 1963, eu já tinha estado em prolongadas estadias em  Angola, que fiquei a conhecer bem, de norte a sul e do interior ao litoral.  Em 1958, nas eleições presidenciais,o General Humberto Delgado teve mais votos que Américo Tomás.  E existia organizado um movimento pró-indepêndencia branca, influenciado pela Rodésia de Ian Smith.  Eram os primeiros avisos  No verão de 1960, havia já a percepção de que qualquer coisa estava estava para acontecer, sentia-se no ar um cheiro a pólvora.  Mas o olfacto de Salazar não o sentiu.  Ou não o quis sentir.  De Angola e do seu povo, nada conhecia, só de ouvir falar. Tal como Bush em relação ao Iraque. " - continua

CCAC2542 - Confraternização de 2012

Temos notícia de que o almoço deste ano se faz em Vila Nova de Gaia a 05 de Maio.
O facebook tem estas coisas.
Muito, digamos antes, alguns dos nossos antigos companheiros, tem sido "caçados" por nós através desta rede social.
Assim conseguimos o contacto com o ex-CMDT da CCAc2543 à data Capitão Gaioso Vaz que fez o favor de  responder a uma mensagem que lhe enviámos.  Foi por sua indicação que soubemos da data da confraternização anual daquela Companhia.
Vamos dar referência de mais alguns ex-companheiros logo que o possamos fazer.
Da mesma forma, gostariamos de saber os dados  de mais alguns que tenham pertencido aquela companhia.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

CCAC 2542 - LUFICO


Uma foto "rapinada" do Facebook
Finalmente conseguimos encontrar alguem da CAC2542 com muitas fotos que sempre procuramos.
Aqui , público, um abraço para o nosso antigo companheiro do BCAC2877