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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CCAC2542 – LUFICO - Angola

Continuamos a procurar informações de antigos companheiros nossos que estiveram no Lufico.

Desde a concentração do BCAC2877 no Porto Brandão para os preparativos do embarque que a Companhia 2542 ficou sempre afastada do resto do Batalhão.

Rumou a Setubal e ficou lá para os lados de Albarquel onde fez o seu IAO ( Intrução de Adapatação Operacional) sem o contacto com as outras companhias do Batalhão. Lá nos encontramos no Vera Cruz e pouco mais.

O Lufico ficava fora da movimento habitual do MVL que fazia o percurso de Luanda a SSalvador, passando pelo Tomboco. Era aí que uma parte era desviado para o Norte a caminho do Lufico e então voltava para trás, pois à data não havia saída do Lufico mais para Norte a caminho do Congo.

Assim foi acontecendo e ainda houve algum contacto até ao dia que parte dos elementos da CCS sairamm definitivamente do Tomboco e rumaram a Zau Évua. Mais uma razão para que a CCAC2540 ficasse ainda mais isolada dos resto do nosso Batalhão.

À data, o Exercito já preparava psicológicamente bem os seus militares para algumas situações que iriam acontecer em futuro muito próximo o isolamento emm especial.

Todos sabemos que a única coisa que se sabia quando saímos de Lisboa, era que íamos directos a Angola. O Norte ou o Sul de Angola, seriam desconhecidos de todos ou da sua grande maioria.

Terá sido natural que o Comando do Batalhão soubesse do nosso destino e, pouco mais.

É esta uma das razões porque noso nossos almoços aparecem poucos elementos daquela companhia. Sabe-se que habitualmnete fazem um almoço anual e pouco mais.

Aqui fica mais um apelo para que alguem da CCAC 2542 contacte connosco e nos remeta algumas fotos do aquartelamento.

Convite

CONVITE

Um convite para que nos contem mais historias

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Antonio Fernandes

António Fernandes (a) diz:

"O meu agradeciemnto ao Dr José Niza e ao nosso Comandante por me terem mandado para o hospital para ser operado. Nunca tive a oportunidade de o fazer pessoalmente derivado a ser um pouco timido nessa época, mas hoje aqui, lhes dizer do fundo do coração após ter contado a história da cabra,  aproveitando para agradecer o qauanto fizeram por mim.
A todos os meus companheiros que me ajuadaram em toda a minha estadia em Angola a eles devo muito, pois fui para lá como um rapaz da provìncia, sem quase nada saber do Mundo e quase todos me ajudaram a superar as dificuldade de uma vida que para mim era muito dificil.
Há nomes de muitos deles que com o tempo se vão evaporando da nossa memória.
Obrigado a todos.
O Blog vái-nos dando a oportunidade de contar umas histórias e manter o contacto entre muitos de nós"

(a) -Para quem não sabe, o António Fernandes passado pouco tempo do regreeso de Angola, emigrou. primeiro para a Alemanha e posteriormente para a Suiça, onde ainda agora se encontra. Vem de férias a Portugal.  E tem uma esposa e um neto espectaculares.


Zau Evua - Angola - Histórias de encantar

Uma história das muitas que todos nós temos para contar.




António Fernandes conta assim:


Um pequeno epísódio de tantos que se passaram nas nossas vidas em Angola aquando da nossa estadia ou passagem por aquelas lindas terras, as quais para muitos deixam saudade, não pela razão que nos obrigava defender um território que para os nossos governantes da época era apenas uma parte de Portugal. Para os jovens que tinham de partir, era apenas  ou melhor, obrigados a ir para lá.


“Foi num Fim de Ano que mais uma vez se repete a dor do apêncice, a qual é muito desagradável e nas terras de Zau Evua, longe de tudo e de todos, quando de momento sinto uma dor forte e não fui jantar nessa noite. E assim no dia seguinte o nosso médico, Dr José Niza Mendes, como sempre muito atencioso a todos os problemas dos seus homenspede para eu ser enviado de

Numa dessas noites a seguir tive vontade de ir fazer um xixizinho por volta das 2 ou 3 da madrugada. Como a casa de banha era fora da caserna  e a porta ficava aberta toda a noite (tambem de dia), qual não foi o meu espanto quando tentava entrar, vi dentro um grande vulto tentado beber água. Fechei a porta rápidamente com medo de levar uma cornada, pois tratava-se  de uma enorma  cabra do mato.

 Fui dentro da caserna e gritei rindo: quem que comer carne de cabra hoje?!?!?

Fui vaiado por estar a acordar todo o pelotão, repousando de mais um dia de trabalho e do calor que se fazia sentir nesse fim de  mês de Janeiro. Eu repeti, venham ver. Mas não fou preciso repetir mais vezes porque as marradas que a cabra dava contra a porta acordou todo o Mundo e correram todos para ver o que se passava.

O nosso Comandante dormia mesmo em frente da dossa caserna veio pedir para todos irem dormir porque não eram horas para estar a fazer algazarra, quando alguem lhe disse que o Fernandes tinha fechado uma cabra na casa de banho.  Ele rindo disse: Ide ver o que podem fazer.  Mas para entrar pela porta era dificil, pois podiam levar uma cornada o que não seria muito agradável. Foram então pela casa de banho do comandante de pelotão e tiveram a sorte de que ela com tanta marrada que deu na parede e na porta, desmaiou e assim foi só tirala de lá e após a sua morte definitiva e a sangria, nesse mesmo dia fazer dela um bom petisco, o qual nos deliciou a todos”




Jose Niza escreve

Pandemia do fato azul
Como a gripe, tudo isto começou com um caso isolado, aos domingos à noite, na Sic Notícias. Ou, mais concretamente, num monólogo de mais de uma hora sobre a fenomenologia do futebol, “a verdade desportiva”, o “bas-fond” das arbitragens, as histórias escabrosas dos vários apitos, os amores e desamores do senhor Pinto da Costa com a menina Carolina, sei lá que mais. O protagonista do “Tempo-Extra”- assim se intitula o dito programa – chama-se Rui Santos. Mas também já ouvi tratá-lo por “palhacinho”.
Fixei-me neste programa, não porque aprecie as palestras do prolífero jornalista, mas por causa do seu espampanante casaco azul às riscas brancas. Aquele esplendoroso terno assertoado tornou-se para mim numa obcessão, numa fixação azuliforme, numa dependência visual cromática. E, também, num suspense hitchcockiano de domingo em domingo, por causa da angustiante possibilidade de o palestrante poder surgir perante as câmaras com um vulgar e reles fato cinzento. Deixando – por isso – de ser ele próprio.
Durante um prolongado tempo, as virusais moléculas azuis dos casacos às riscas não contaminaram viv’alma. Mas, de repente, eis que tudo mudou.
E foi tudo tão rápido que nem sequer houve ensejo de fabricar vacinas.
Hoje, um cidadão liga para o telejornal da RTP e José Rodrigues dos Santos – o nosso próximo Nobel da literatura – lá está piscando o olho e perorando desgraças dentro do seu fato azul às riscas. Mas, se mudarmos para a Sic, surge-nos Rodrigo Guedes de Carvalho – o nosso próximo Nobel da escrita – engalanado com o seu azulado fato às riscas brancas a desvendar os escândalos do dia. Se fizermos “zapping” para a TVI, lá temos o escritor Júlio Magalhães – provavelmente o nosso segundo Nobel literário – envergando briosamente o seu fato azul às riscas, a perorar contra o Sócrates sob a protecção divina da liberdade de imprensa. O último reduto – julgava eu – seria o refúgio na RTP2. Mas, qual quê? Mal carreguei no comando – e explodindo no pequeno ecrã – surgiu, reluzente, João Adelino Faria, o único que ainda não ameaçou escrever qualquer livro e que tem um terno de listas brancas largas que até parecem pranchas de wind-surf a sulcar o mar azul da praia do Meco. Esperançado em melhores dias, voltei à Sic Notícias. Mas aconteceu o que eu receava: um Mário Crespo fardado de azul às riscas, ali no seu posto, e, para variar, dizendo cobras e lagartos do governo.
Milagrosamente – saiba-se lá porquê – esta pandemia ainda não chegou, nem aos ministros, nem aos deputados. E, se chegou a Belém – ou não chegou – é coisa que só saberemos através de escutas.
Uma preocupante notícia de última hora refere que a Organização Mundial de Saúde entrou em alerta máximo por causa da previsível propagação da pandemia a toda a Europa. É que, numa rua de Bruxelas – e vestindo um fato azul às riscas brancas – foi identificado um cidadão baixinho e anafado, de nacionalidade portuguesa, que declarou chamar-se Paulo Rangel.
Bem dizia a minha avó que, contra fatos, não há argumentos…
O Ribatejo

domingo, 22 de novembro de 2009

Angola - 40 anos depois

Pensamentos
Se estivessemos em 1970 estaríamos a pensar que ainda faltariam mais de ano e meio para voltarmos a casa.
Bem, e quando estavamos em 1971, já íamos riscando nos calendários os dias que faltavam para o regresso.














12 JULHO 1969


40 ANOS


PARTIDA


ANGOLA- Tomboco-Lufico-Quiximba-Zau Evua - Quiende

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tomboco - férias





A iniciativa privada dá mostras de vitalidade.  Aqui lhes deixamos um contacto para quem quizer ir passar umas férias ao Tomboco.
Passados todos estes é interessante para quem por lá andou ou passou, ler este pedaço de prosa que dá uma ideia de como as coisas se estão a passar por aquelas bandas.