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domingo, 3 de junho de 2007
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Baia de Luanda - 1969 a 1971
A Baía de Luanda, a Fortaleza ao fundo, a MarginalVolto a publicar estas fotos em conjuntoA ceitamos mais fotos para publicar(estas são da Redação do Blog)
BCAC2877 - Confraternização de 2007 - 29 Setembro
Boa tarde,
Sou da Figueira da Foz, mas não é por essa razão que eu sugiro um restaurante
em Ançã, fica à saída de Coímbra, depois de saír da auto-estrada será á volta de
10 km no sentido de Cantanhede, fácil de encontrar, come-se bem a especialidade
é leitão à bairrada, eu vou lá por ser o meu preferido.O restaurante " o verdadeiro pingão" também se pode ir pela tocha para quem
der mais geito.Aqui fica a minha sugestão.Um abraço JSilva.
2ª Sugestão :
Efectuar os almoços em anos intercalados, um na zona mais
a Norte, próximo do Porto/Arredores, e em ano seguinte, numa zona mais a Sul,
proxima de Lisboa/Arredores.Assim, daria a possibilidade, pelo menos em ano sim ,ano
não, aqueles que tem mais dificuldades em irem à confraternização, que lhe
ficasse mais perto da resideência ou que lhe comportasse um menor custo em
função da distância a percorrer.Cumprimentos do Adelino Martins
3ª Sugestão:
Ter em atencão...a quem tem sido assiduo nesses convivios...assim o
melhor e o local ser mesmo equidistante dos que os que teem vindo a estes
convivios.Comentário Anónimo
Sexta-feira, Maio 18, 2007
terça-feira, 29 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Desabafo aos Deuses
A vida está presa por um sopro, . . .
Vai, como se um sopro de apagar uma vela, inundasse a matéria.
Tudo se esvai.
A partir desse momento, a vida deixou de o ser, e a matéria inerte, passou a tomar conta dela.
Num espaço de tempo, tão curto, tão infinitésimo que só cientificamente poderá ser quantificável, a vida começa e acaba
Essa vida tão terrena, vái deixar atrás de si, recordações mais ou menos fortes, que se irão dissipando nos arquivos da nossa memória.
Sobre a morte, os deuses não têm “palavra”
Senão, quem iria acreditar que a morte ceifou, desta ou daquela maneira, um ente bom e não utiliza a sua omnipotência discricionária, para “matar” aqueles que aos olhos e na consciência de outros tantos, e são sempre muitos, são maus.
Se os deuses tivessem palavra, não fariam certamente uma injustiça dessas.
Mas será que não têm palavra, para também não terem ouvidos ?
Pois assim, teriam que, em muitos momentos, ouvir da recriminação das suas escolhas.
A crueldade, a injustiça, a maldade passariam a fazer parte do código das grandes penas a aplicar pelos deuses aos terrenos malfeitores
A morte, em todas as circunstâncias, é trágica. Dolorosa.
Muitas vezes os nossos sentimentos andam distraídos das dores dos nossos semelhantes. Egoísmo ?
Quando nos bate à porta, repentinamente, sem ser esperada, então, acordamos para a triste realidade do dia a dia.
Perder um familiar, perder um amigo, arrebatado à ceara da vida, pela foice de um deus discricionário, é muito doloroso.
É uma pequena homenagem, aquele que será o pai de mais um neto meu, ao Ramiro.
Já não verá o rebento, filho da sua árvore, nascer e crescer.
sábado, 19 de maio de 2007
Bcac2877 - Alguns Furrieis da CCS
terça-feira, 15 de maio de 2007
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Lufico - recordações - "Podia ter acontecido"
PODIA TER ACONTECIDO
... mas não aconteceu. Em determinada altura, chegou à nossa companhia, sediada no Lufico, um civil que haveria de causar alguma confusão na nossa habitualmente pacata vida de quartel isolado de qualquer população e até do próprio comando de batalhão.
Ficou-se a saber que se tratava de um objector de consciência, designação que, na época, seria pouco conhecida da maioria dos militares milicianos. Em concreto, o homem tinha sido convocado para o serviço militar obrigatório, tal como nós, porém, recrutado na população angolana. Por motivos de natureza religiosa, recusava-se liminarmente a tomar contacto com a realidade militar, incluindo o uniforme. E nem é preciso lembrar que naqueles tempos uma tal atitude garantia uma data de sanções. Vinha de Luanda, ao que supúnhamos, já em cumprimento de pena disciplinar.
Causou estranheza precisamente esse facto de terem enviado um “militar” com aquele estatuto cumprir serviço militar para uma zona tão afastada de tudo. Não teria sido mais acertado mantê-lo em prisão militar? O próprio indivíduo não se coibiu de falar da sua situação e adiantava que sabia o que se iria passar com ele. Ninguém abertamente admitia fosse o que fosse sobre o seu futuro, mas que se gerou uma certa perplexidade lá isso é verdade. Também ocorreu a alguém comentar que o homem não era muito coerente porque, recusando-se a vestir o uniforme, não se recusava a comer a comida “militar”.
Havia entre nós pelo menos um militar que também seguia os mesmos princípios religiosos, e, por isso, tinha sido ameaçado, ainda em Lisboa, pela autoridade militar, e, não tendo tido a coragem necessária para enfrentar as respectivas consequências, sucumbiu e ali estava, ainda que revoltado, cumprindo o serviço militar e observando e admirando o exemplo daquele seu corajoso irmão de fé.
Chegou a hora de fazê-lo integrar uma operação no mato. Um percurso em transporte automóvel, o regresso apeadamente. Perante a sua recusa em subir para o “unimog” houve que usar de alguma violência, nada mais que, torcendo-lhes os braços nas costas, colocá-lo na viatura, onde se manteve mais calmo. Notava-se-lhe no semblante um certo ar de agonia. Estava convencido de que seria a sua última viagem. E muitos de nós assim também pensávamos. Mas quê? Que é que iria provocar alguma situação que pudesse concretizar os receios de um e de outros? O comandante da companhia teria encarregado alguém de alguma acção especial? Havia ordens drásticas de Luanda?
Nada aconteceu, porém. No regresso apeado e durante as pausas para comida e bebida, foi-se-lhe notando um ar mais descansado. Uma certa alegria por estar regressando ao quartel.
Fosse como fosse, no MVL seguinte, o nosso “militar” à paisana, foi de vota para a capital da Angola e a situação foi caindo no esquecimento.
Enfim, não houve nenhum “acidente com arma”.
por Joao Rego
que foi residente, temporariamente no LUFICO
domingo, 6 de maio de 2007
BCAC 2877 - Dia da Mãe
sábado, 5 de maio de 2007
Tarde de Domingo em Zau Évua
quinta-feira, 3 de maio de 2007
EUSEBIO - Uma imagem - meia duzia de palavras
sexta-feira, 27 de abril de 2007
A D. Cidália do Bairro do Calhau e o Américo
Bem, mas quem é a D. Cidália e o que tem a ver com o Américo.
Não tem nada a ver, pelo menos directamente.
Mas, talvez uma pequena explicação, ajude a justificar a razão porque passo a escreve estas linhas.
Desde há muitos anos, quase que desde que me conheço, tinha por hábito ouvir as noites e as madrugadas da rádio.
Assim fui percebendo, através de diversos programas, alguns emitidos também da vizinha Espanha, sobre temas idênticos – a solidão que acompanha os idosos, os que vivem sós e que, em desespero de causa, procuram companhia, transmitem o que lhe vai na alma, por falta de outros meios, através do contacto directo com esses programas radiofónicos.
São apresentadas situações de autentico desespero, de abandono por familiares e por amigos, que por tal sorte sentem necessidade premente e absoluta, nessas horas difíceis das longas noites e dias de solidão, de falarem com alguém, mesmo que lhes se lhes não ofereça nada, pelo menos, os oiça com respeito e compaixão.
Ora a D. Cidália, senhora dos seus setenta e poucos anos, de cujo nome, só há pouco tive conhecimento, passa parte da minha habitual hora de almoço, sentada, apanhando Sol, junto à paragem do autocarro 70 da Carris, no Bairro do Calhau, em Lisboa, ali nas faldas da serra de Monsanto.
Ora abrigando-se na própria paragem, ora sentada junto ao edifício do Centro Desportivo e Cultural daquele Bairro.
Aí existe o bar do Centro Cultural, o Bar do Bibas, alcunha de quem explora aquele bar, que serve almoços, grelhados no carvão, já muito difíceis de encontrar aqui pela Capital, e é aí onde tomo a minha refeição do almoço.
Acontece que por hábito, vou cumprimentando muitos daqueles que embora não conhecendo, mas com quem me vou encontrando amiudadas vezes.
O bom dia e boa tarde quase diário, foi-se transformando numa pequena amizade contemplativa, quase platónica.
De tal forma que, sempre que possível íamos trocando umas palavras, de circunstância, de animo, em especial nos dias frios de inverno em que a D Cidália aproveitava a revessa da parede ou da paragem do autocarro para apanhar um pouco do gratuito aquecimento oferecido pelo astro Sol.
A pequena amizade foi-se estreitando até que um dia, a provecta senhora, viuva desde há muito, me disse: Dê-me cá um beijo.
Assim foi. E assim tem sido, muitas vezes desde então.
Ora, esta pequena amizade resultou dum facto muito simples e arredado da grande maioria da população portuguesa – a falta de comunicação entre as pessoas, o egoísmo balofo e barato da presunção individualista de muitos de nós, o olhar para o lado fingindo não ver o que se passa à volta..
Afinal um cumprimento simples e banal, uma troca de palavras, pode servir de conforto, amenizar a solidão de uma qualquer D Cidália que nós possamos conhecer.
Não sei muito mais da vida da senhora. Adivinho que tem poucos recursos pela maneira de ser e de vestir. Nunca me pediu nada, para alem do beijo.
Sei isso sim que é uma pessoa carente de afecto e de simpatia.
Com uns segundos e meia dúzia de palavras que nada custam e que muito valem para um nosso interlocutor , poderemos praticar, á moda do bom escuteiro, a nossa boa acção diária.
Por isso me voltei a lembrar mais uma vez do Américo.