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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Alpoim Galvão

Não queremos emitir opinião sobre a pessoa em causa, mas aqui fica, á falta de outros, este artigo sobre o antigo fuzileiro

 

“O rosto ameaçador na capa de O Jornal prometia um par de galhetas ao socialista Sottomayor Cardia. Foi em fotografia que, em 1975, vi pela primeira vez Guilherme Almor de Alpoim Calvão. Muitos anos depois, vi-o ao vivo no Hotel Atlântico, no Monte Estoril. Apesar de já ter 60 anos, produzia um tremendo impacto. Parecia um velho leão poderoso, ainda impossível de derrubar. De chapéu e sobretudo pretos, alto, maciço, lembrava a estátua de Maigret, em Liège. Aliás, em jovem, possante e estatuesco que era, podia ter servido de modelo para a glorificação do corpo masculino. Ao lado dele, Sean Connery pareceria frágil, quebradiço. A propósito, o comando João Almeida Bruno, que atingiu o absoluto topo do mundo castrense, com a Torre e Espada com palma, como guerreiro, e o generalato de quatro estrelas, como militar, considerou Alpoim Calvão “o 007 português”. Vejo-o antes como um misto de James Bond, oficial de Marinha e agente secreto, e de Indiana Jones, o académico aventureiro que caça tesouros. Só que estes dois são ficções e Alpoim Calvão é real. Tão real que, nos anos 70, numa discussão de trânsito, em Lisboa, em vez de dar um ‘calorzinho’ ao furibundo interlocutor, tirou-o do carro com as graníticas mãos, elevou-lhe os pés do chão e sentou-o no tejadilho. Para o homem comum, que nunca deu um murro e só apanhou com tiros vindos da televisão, Calvão é uma figura impossível, não pode existir. E com razão. De facto, ele é bigger than life.”” (  Sol )

 

 

Confraternização de 2014 - Local e data

Continuamos com o dilema de sempre: !! - data e local do próximo almoço. Todos os anos pedimos sugestões e... nada. Será que este ano vai acontecer o mesmo?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Zau Évua - 16 de Setembro de 1969

Esta minha filha nasceu quando nos encontrávamos em Zau Évua – 16SET1969.

Foto tirada a 06JAN2014, data aniversário – 20 anos – do seu filho e meu neto mais velho

 

 

Regimento de Infantaria 1 - Tavira

Pode visitar o Regimento que foi base da nossa mobilização para Angola e, onde a maior parte de todos nós poucos dias por lá passamos. Horaio e contactos indicados acima. As voltas que este Regimento tem dado. Veja aqui - http://pt.wikipedia.org/wiki/Regimento_de_Infantaria_n.%C2%BA_1

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Associação de Deficientes das Forças Armadas

“A ADFA – Associação dos Deficientes das Forças Armadas, associa-se a este momento de grande consternação Nacional pelo desaparecimento de EUSÉBIO da Silva Ferreira. Eusébio, foi um referência de coragem e perseverança como atleta e que pertenceu à mesma geração daqueles  milhares de jovens que se deficientaram na Guerra Colonial e que se aglutinaram a volta da ADFA, após 14 de Maio de 74, data da sua fundação.” ( http://www.adfa-portugal.com/ )




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

APRe! - vai interpor providências cautelares.

O TC vai ter muito que fazer. Este Governo deveria pensar que no TC nada  fazia, parece que lhe quer fazer um teste.

  

""A APRE, associação de pensionistas e reformados vai interpor providências cautelares. A associação vai igualmente pedir aos partidos para recorrerem ao Constitucional.

Em causa está a Contribuição extraordinária de solidariedade que o Governo quer passar a aplicar às pensões a partir dos mil euros.

Nos termos do Orçamento do Estado para 2014, atualmente em vigor, aplica-se às pensões de valor mensal a partir de 1350 euros uma taxa progressiva entre 3,5% e 10%.

Maria do Rosário Gama, da APRE, diz basta e já nem consegue classificar a insistência do Governo.

A proposta de Orçamento Retificativo contempla ainda um aumento de 1 ponto, para os 3,5%, nos descontos para a ADSE.

 

A proposta de Orçamento Retificativo para 2014 foi hoje aprovada pelo executivo PSD/CDS-PP será enviada à Assembleia da República, onde será debatida e votada a 22 de janeiro""

(www.rtp.pt/noticias  )

Reformados apanhados pela CES

“O governo aprovou no Conselho de Ministros as alterações à Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e a taxa passa a ser aplicada às pensões a partir dos 1000 euros. Até aqui, a CES aplicava-se às pensões a partir de 1350 euros com uma taxa de 3,5%. “


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

AMBRIZETE - baía - e Brinca na Areia (Restaurante)


Aqui deixamos uma foto da baía de Ambrizete, onde pode ver-se o então famoso restaurante “Brinca na Areia”

Combatentes fora do combate

Temos estranhado o facto de as ligas de combatentes, núcleos de ex-combatentes e outras organizações de igual finalidade, que deviam gerir e promover  a luta pelos interessos dos seus sócios e aderentes, não se manifestarem publicamente contra o roubo que este governo está a fazer às pensões dos reformados e pensionistas.
Se pensarmos bem, a grande maioria, senão a totalidade daqueles que passaram pela Guerra de África, ou já estão reformados ou para lá caminham. Ou, mais grave ainda, podem muitos estar no desemprego.
Ainda, porque na fase final das suas vidas, quando mais precisam de consultas, acessos a hospitais e tratamentos, os seus custos, em cada ano que passa, são mais caros e o seu acesso  mais difícil
É estranha esta situação, mas que ela existe, é uma verdade.


Combatentes reformados e mal tratados

 

Há um país onde a lei diz que todos são iguais, mas onde há uns menos iguais do que os outros.
Estes ajudaram a erguer o país, e muitos até foram à guerra em nome desse mesmo país.
Mas agora são gente pacífica, de físico debilitado e cujas vozes não chegam ao céu.
Não ameaçam ninguém, não paralisam o trabalho e já não cumprem os padrões de produtividade exigidos.
Adoecem mais do que os outros, e são considerados um fardo para a sociedade pelo que custam em tratamentos.
Não trabalham para pagar o que gastam, embora já antes tivessem trabalhado para pagar o que recebem.
O poder político desse país entende que vivem acima das suas possibilidades e que por isso são uma dor de cabeça.
Acha mesmo que seria mais fácil governar se eles não existissem.
Conclui assim pela sua inutilidade, que estão a mais, que são descartáveis.
Não se importa de lhes dificultar o acesso à saúde, porque é indiferente que morram mais cedo.
Talvez seja até preferível, porque morrendo mais cedo ajudam a melhorar o exercício orçamental.
Sendo alvos fáceis e dóceis, sem capacidade contestatária e sem instrumentos de pressão, nada custa retirar-lhes direitos e regalias antes julgados vitalícios.
Sendo solidários e ajudando os familiares mais carenciados, não recebem em troca a solidariedade do poderes públicos.
Pelo contrário, são os primeiros na linha de fogo, e quando o poder sente alguma aflição financeira é a eles, e muitas vezes só a eles, que começa por retirar as verbas necessárias.
Mesmo que a suprema autoridade judicial se interponha, declarando ilegal tal prática, os governantes não se sentem na obrigação de acatar a restrição, antes a contornam e insistem no mesmo.
E insistem retirando-lhes ainda mais verbas, e retirando a mais vítimas do que antes tinham feito.
Não dizem que aumentam o confisco, mas que estão a recalibrar.
Dizem também que não é um imposto, quando tem toda a forma de um imposto – e um imposto agravado.
Um imposto que se aplica apenas ao tal grupo, e não a todos os contribuintes do país.
Esse grupo são os velhos, e o país, onde não há lugar para velhos, chama-se Portugal.
É um país descalibrado, onde manda muita gente sem calibre.
Joaquim Vieira

Escritor e Jornalista (in APRE . Blog)