Pandemia do fato azul
Como a gripe, tudo isto começou com um caso isolado, aos domingos à noite, na Sic Notícias. Ou, mais concretamente, num monólogo de mais de uma hora sobre a fenomenologia do futebol, “a verdade desportiva”, o “bas-fond” das arbitragens, as histórias escabrosas dos vários apitos, os amores e desamores do senhor Pinto da Costa com a menina Carolina, sei lá que mais. O protagonista do “Tempo-Extra”- assim se intitula o dito programa – chama-se Rui Santos. Mas também já ouvi tratá-lo por “palhacinho”.
Fixei-me neste programa, não porque aprecie as palestras do prolífero jornalista, mas por causa do seu espampanante casaco azul às riscas brancas. Aquele esplendoroso terno assertoado tornou-se para mim numa obcessão, numa fixação azuliforme, numa dependência visual cromática. E, também, num suspense hitchcockiano de domingo em domingo, por causa da angustiante possibilidade de o palestrante poder surgir perante as câmaras com um vulgar e reles fato cinzento. Deixando – por isso – de ser ele próprio.
Durante um prolongado tempo, as virusais moléculas azuis dos casacos às riscas não contaminaram viv’alma. Mas, de repente, eis que tudo mudou.
E foi tudo tão rápido que nem sequer houve ensejo de fabricar vacinas.
Hoje, um cidadão liga para o telejornal da RTP e José Rodrigues dos Santos – o nosso próximo Nobel da literatura – lá está piscando o olho e perorando desgraças dentro do seu fato azul às riscas. Mas, se mudarmos para a Sic, surge-nos Rodrigo Guedes de Carvalho – o nosso próximo Nobel da escrita – engalanado com o seu azulado fato às riscas brancas a desvendar os escândalos do dia. Se fizermos “zapping” para a TVI, lá temos o escritor Júlio Magalhães – provavelmente o nosso segundo Nobel literário – envergando briosamente o seu fato azul às riscas, a perorar contra o Sócrates sob a protecção divina da liberdade de imprensa. O último reduto – julgava eu – seria o refúgio na RTP2. Mas, qual quê? Mal carreguei no comando – e explodindo no pequeno ecrã – surgiu, reluzente, João Adelino Faria, o único que ainda não ameaçou escrever qualquer livro e que tem um terno de listas brancas largas que até parecem pranchas de wind-surf a sulcar o mar azul da praia do Meco. Esperançado em melhores dias, voltei à Sic Notícias. Mas aconteceu o que eu receava: um Mário Crespo fardado de azul às riscas, ali no seu posto, e, para variar, dizendo cobras e lagartos do governo.
Milagrosamente – saiba-se lá porquê – esta pandemia ainda não chegou, nem aos ministros, nem aos deputados. E, se chegou a Belém – ou não chegou – é coisa que só saberemos através de escutas.
Uma preocupante notícia de última hora refere que a Organização Mundial de Saúde entrou em alerta máximo por causa da previsível propagação da pandemia a toda a Europa. É que, numa rua de Bruxelas – e vestindo um fato azul às riscas brancas – foi identificado um cidadão baixinho e anafado, de nacionalidade portuguesa, que declarou chamar-se Paulo Rangel.
Bem dizia a minha avó que, contra fatos, não há argumentos…
O Ribatejo
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Angola - 40 anos depois
Pensamentos
Se estivessemos em 1970 estaríamos a pensar que ainda faltariam mais de ano e meio para voltarmos a casa.Bem, e quando estavamos em 1971, já íamos riscando nos calendários os dias que faltavam para o regresso.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Tomboco - férias
A iniciativa privada dá mostras de vitalidade. Aqui lhes deixamos um contacto para quem quizer ir passar umas férias ao Tomboco.
Passados todos estes é interessante para quem por lá andou ou passou, ler este pedaço de prosa que dá uma ideia de como as coisas se estão a passar por aquelas bandas.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Antonio Fernandes e Bras Gonçalves
O Antonio Fernandes com o editor do Blog do BCAC2877
Um encontro entre dois antigos companheiros de guerra é sempre agradável. Contaram-se algumas histórias das muitas passadas em Angola - umas agradáveis, outras nem tanto. Sempre vem a lume alguma desgraça passada. Durante a nossa estadia não foram muitas, mas sempre aconteceram algumas e, passadas com companheiros mais próximos, a sua recordação não deixa de aparecer.
Na companhia da esposa do Fernandes e do seu neto, passamos um bom bocado do dia de S. Martinho, recordando com umas castanhas e um vinho, ambos genuinamente portugueses, aquele dia de tanta tradição em Portugal. Ficou combinado para novo encontro quando da sua visita a Portugal, porque isto de ir à Suiça, mesmo para visitar um antigo companheiro de guerra, sai muito mais fácil e barato, fazendo-o em Lisboa, na Suiça ( mas na pastelaria situada no Rossio)
Antonio Vargas - BCAC2877 - Angola
PROCURA-SE
António Vargas
O nosso antigo companheiro António Fernandes pede a que souber do paradeiro e morada do António Vargas o favor de nos contactar
sábado, 14 de novembro de 2009
Zau Évua - Pelotão da "ferrugem"
Com um abraço de agradecimento ao António Fernandes que nos "ofereceu" esta foto e que com muita alegria a colocamos no Blog, para revermos a cara (ao tempo) de muitos dos nossos antigos companheiros.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Agradecimento
Na saida de Geneve onde o editor do Blog passou uns dias, o agradecimento ao Antonio Fernandes e sua esposa pela cordialidade que colocaram na recepcao em sua casa, onde comemos umas castanhas e bebemos um vinho, no dia de S Martinho.
Houve ainda oportunidade para reviver algumas historias passadas em Äfrica o que fez com que esses momentos ainda tivessem sido melhor passados.
A ajuda que nos deu nos transporte de para o Aeroporto, significa a entreajuda que estä presente a todo o momento entre os antigos companheiros.
Uma abraco de agradecimento ao Antono Fernandes, antigo Condutor do "pelot$ao da Ferrugem" em Zau Evua.
Tivemos pena de nao terencontrado aui outro nosso antigo companheiro - O SOBA, como era conhecido e que por aqui em Geneve continua a trabalhar
Voltaremos a falar sobre as historias que nos contou em proximos postes.
Um abraco
Houve ainda oportunidade para reviver algumas historias passadas em Äfrica o que fez com que esses momentos ainda tivessem sido melhor passados.
A ajuda que nos deu nos transporte de para o Aeroporto, significa a entreajuda que estä presente a todo o momento entre os antigos companheiros.
Uma abraco de agradecimento ao Antono Fernandes, antigo Condutor do "pelot$ao da Ferrugem" em Zau Evua.
Tivemos pena de nao terencontrado aui outro nosso antigo companheiro - O SOBA, como era conhecido e que por aqui em Geneve continua a trabalhar
Voltaremos a falar sobre as historias que nos contou em proximos postes.
Um abraco
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