Brás , Adelino e Zé Henriques
Visualizações
terça-feira, 29 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Desabafo aos Deuses
Desabafo aos Deuses deste e dos outros Universos, se existirem deuses
A vida está presa por um sopro, . . .
Vai, como se um sopro de apagar uma vela, inundasse a matéria.
Tudo se esvai.
A partir desse momento, a vida deixou de o ser, e a matéria inerte, passou a tomar conta dela.
Num espaço de tempo, tão curto, tão infinitésimo que só cientificamente poderá ser quantificável, a vida começa e acaba
Essa vida tão terrena, vái deixar atrás de si, recordações mais ou menos fortes, que se irão dissipando nos arquivos da nossa memória.
Sobre a morte, os deuses não têm “palavra”
Senão, quem iria acreditar que a morte ceifou, desta ou daquela maneira, um ente bom e não utiliza a sua omnipotência discricionária, para “matar” aqueles que aos olhos e na consciência de outros tantos, e são sempre muitos, são maus.
Se os deuses tivessem palavra, não fariam certamente uma injustiça dessas.
Mas será que não têm palavra, para também não terem ouvidos ?
Pois assim, teriam que, em muitos momentos, ouvir da recriminação das suas escolhas.
A crueldade, a injustiça, a maldade passariam a fazer parte do código das grandes penas a aplicar pelos deuses aos terrenos malfeitores
A morte, em todas as circunstâncias, é trágica. Dolorosa.
Muitas vezes os nossos sentimentos andam distraídos das dores dos nossos semelhantes. Egoísmo ?
Quando nos bate à porta, repentinamente, sem ser esperada, então, acordamos para a triste realidade do dia a dia.
Perder um familiar, perder um amigo, arrebatado à ceara da vida, pela foice de um deus discricionário, é muito doloroso.
É uma pequena homenagem, aquele que será o pai de mais um neto meu, ao Ramiro.
Já não verá o rebento, filho da sua árvore, nascer e crescer.
A vida está presa por um sopro, . . .
Vai, como se um sopro de apagar uma vela, inundasse a matéria.
Tudo se esvai.
A partir desse momento, a vida deixou de o ser, e a matéria inerte, passou a tomar conta dela.
Num espaço de tempo, tão curto, tão infinitésimo que só cientificamente poderá ser quantificável, a vida começa e acaba
Essa vida tão terrena, vái deixar atrás de si, recordações mais ou menos fortes, que se irão dissipando nos arquivos da nossa memória.
Sobre a morte, os deuses não têm “palavra”
Senão, quem iria acreditar que a morte ceifou, desta ou daquela maneira, um ente bom e não utiliza a sua omnipotência discricionária, para “matar” aqueles que aos olhos e na consciência de outros tantos, e são sempre muitos, são maus.
Se os deuses tivessem palavra, não fariam certamente uma injustiça dessas.
Mas será que não têm palavra, para também não terem ouvidos ?
Pois assim, teriam que, em muitos momentos, ouvir da recriminação das suas escolhas.
A crueldade, a injustiça, a maldade passariam a fazer parte do código das grandes penas a aplicar pelos deuses aos terrenos malfeitores
A morte, em todas as circunstâncias, é trágica. Dolorosa.
Muitas vezes os nossos sentimentos andam distraídos das dores dos nossos semelhantes. Egoísmo ?
Quando nos bate à porta, repentinamente, sem ser esperada, então, acordamos para a triste realidade do dia a dia.
Perder um familiar, perder um amigo, arrebatado à ceara da vida, pela foice de um deus discricionário, é muito doloroso.
É uma pequena homenagem, aquele que será o pai de mais um neto meu, ao Ramiro.
Já não verá o rebento, filho da sua árvore, nascer e crescer.
sábado, 19 de maio de 2007
Bcac2877 - Alguns Furrieis da CCS
Aqui vos deixamos umas fotos do pessoal, que vão servir para uma pequena brincadeira, daqui a uns dias.
terça-feira, 15 de maio de 2007
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Lufico - recordações - "Podia ter acontecido"
Com os nossos agradecimentos, transcrevemos:
PODIA TER ACONTECIDO
... mas não aconteceu. Em determinada altura, chegou à nossa companhia, sediada no Lufico, um civil que haveria de causar alguma confusão na nossa habitualmente pacata vida de quartel isolado de qualquer população e até do próprio comando de batalhão.
Ficou-se a saber que se tratava de um objector de consciência, designação que, na época, seria pouco conhecida da maioria dos militares milicianos. Em concreto, o homem tinha sido convocado para o serviço militar obrigatório, tal como nós, porém, recrutado na população angolana. Por motivos de natureza religiosa, recusava-se liminarmente a tomar contacto com a realidade militar, incluindo o uniforme. E nem é preciso lembrar que naqueles tempos uma tal atitude garantia uma data de sanções. Vinha de Luanda, ao que supúnhamos, já em cumprimento de pena disciplinar.
Causou estranheza precisamente esse facto de terem enviado um “militar” com aquele estatuto cumprir serviço militar para uma zona tão afastada de tudo. Não teria sido mais acertado mantê-lo em prisão militar? O próprio indivíduo não se coibiu de falar da sua situação e adiantava que sabia o que se iria passar com ele. Ninguém abertamente admitia fosse o que fosse sobre o seu futuro, mas que se gerou uma certa perplexidade lá isso é verdade. Também ocorreu a alguém comentar que o homem não era muito coerente porque, recusando-se a vestir o uniforme, não se recusava a comer a comida “militar”.
Havia entre nós pelo menos um militar que também seguia os mesmos princípios religiosos, e, por isso, tinha sido ameaçado, ainda em Lisboa, pela autoridade militar, e, não tendo tido a coragem necessária para enfrentar as respectivas consequências, sucumbiu e ali estava, ainda que revoltado, cumprindo o serviço militar e observando e admirando o exemplo daquele seu corajoso irmão de fé.
Chegou a hora de fazê-lo integrar uma operação no mato. Um percurso em transporte automóvel, o regresso apeadamente. Perante a sua recusa em subir para o “unimog” houve que usar de alguma violência, nada mais que, torcendo-lhes os braços nas costas, colocá-lo na viatura, onde se manteve mais calmo. Notava-se-lhe no semblante um certo ar de agonia. Estava convencido de que seria a sua última viagem. E muitos de nós assim também pensávamos. Mas quê? Que é que iria provocar alguma situação que pudesse concretizar os receios de um e de outros? O comandante da companhia teria encarregado alguém de alguma acção especial? Havia ordens drásticas de Luanda?
Nada aconteceu, porém. No regresso apeado e durante as pausas para comida e bebida, foi-se-lhe notando um ar mais descansado. Uma certa alegria por estar regressando ao quartel.
Fosse como fosse, no MVL seguinte, o nosso “militar” à paisana, foi de vota para a capital da Angola e a situação foi caindo no esquecimento.
Enfim, não houve nenhum “acidente com arma”.
por Joao Rego
que foi residente, temporariamente no LUFICO
PODIA TER ACONTECIDO
... mas não aconteceu. Em determinada altura, chegou à nossa companhia, sediada no Lufico, um civil que haveria de causar alguma confusão na nossa habitualmente pacata vida de quartel isolado de qualquer população e até do próprio comando de batalhão.
Ficou-se a saber que se tratava de um objector de consciência, designação que, na época, seria pouco conhecida da maioria dos militares milicianos. Em concreto, o homem tinha sido convocado para o serviço militar obrigatório, tal como nós, porém, recrutado na população angolana. Por motivos de natureza religiosa, recusava-se liminarmente a tomar contacto com a realidade militar, incluindo o uniforme. E nem é preciso lembrar que naqueles tempos uma tal atitude garantia uma data de sanções. Vinha de Luanda, ao que supúnhamos, já em cumprimento de pena disciplinar.
Causou estranheza precisamente esse facto de terem enviado um “militar” com aquele estatuto cumprir serviço militar para uma zona tão afastada de tudo. Não teria sido mais acertado mantê-lo em prisão militar? O próprio indivíduo não se coibiu de falar da sua situação e adiantava que sabia o que se iria passar com ele. Ninguém abertamente admitia fosse o que fosse sobre o seu futuro, mas que se gerou uma certa perplexidade lá isso é verdade. Também ocorreu a alguém comentar que o homem não era muito coerente porque, recusando-se a vestir o uniforme, não se recusava a comer a comida “militar”.
Havia entre nós pelo menos um militar que também seguia os mesmos princípios religiosos, e, por isso, tinha sido ameaçado, ainda em Lisboa, pela autoridade militar, e, não tendo tido a coragem necessária para enfrentar as respectivas consequências, sucumbiu e ali estava, ainda que revoltado, cumprindo o serviço militar e observando e admirando o exemplo daquele seu corajoso irmão de fé.
Chegou a hora de fazê-lo integrar uma operação no mato. Um percurso em transporte automóvel, o regresso apeadamente. Perante a sua recusa em subir para o “unimog” houve que usar de alguma violência, nada mais que, torcendo-lhes os braços nas costas, colocá-lo na viatura, onde se manteve mais calmo. Notava-se-lhe no semblante um certo ar de agonia. Estava convencido de que seria a sua última viagem. E muitos de nós assim também pensávamos. Mas quê? Que é que iria provocar alguma situação que pudesse concretizar os receios de um e de outros? O comandante da companhia teria encarregado alguém de alguma acção especial? Havia ordens drásticas de Luanda?
Nada aconteceu, porém. No regresso apeado e durante as pausas para comida e bebida, foi-se-lhe notando um ar mais descansado. Uma certa alegria por estar regressando ao quartel.
Fosse como fosse, no MVL seguinte, o nosso “militar” à paisana, foi de vota para a capital da Angola e a situação foi caindo no esquecimento.
Enfim, não houve nenhum “acidente com arma”.
por Joao Rego
que foi residente, temporariamente no LUFICO
domingo, 6 de maio de 2007
BCAC 2877 - Dia da Mãe
Não serão muitos de nós, pela nossa idade, que terão a sua mãe viva e acima de tudo de boa saude.
Mas, haverá ainda alguns, que as terão por "perto".
Este é um dia em que sobretudo os mais novos, têm para homenagear as sua mães, . . . como se o não devessem fazer diáriamente !
Será mais um reflexo de umas campanhas publicitárias que servem para promover e vender um sem numero de objectos, alguns deles de interesse sentimental mais que duvidoso.
Estas questões à parte, aqui fica a nossa homenagem a todas as maes que em tempos que agora já quase que passaram à história, que sofreram com a ida dos seus filhos para as guerras.
Muitas delas, continuaram a sofrer por os não terem visto chegar, vivos e sãos.
Aqui fica, apenas essa recordação do dia da mãe, como uma singela homenagem, às mães de ontem, de hoje e de amanhã.
Bem hajam
sábado, 5 de maio de 2007
Tarde de Domingo em Zau Évua
Para quem não se recorda aqui fica a informação de que a cadeira era feita com as aduelas dos barris do vinho que vinham do "Puto"
Subscrever:
Mensagens (Atom)