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segunda-feira, 28 de maio de 2012

RETALHOS da nossa vida em Zau Évua

Com as novas tecnologias que introduziram na maquinaria um sem número de novas funções, quase que hoje não se é obrigado a carregar no botão para colocar um engenho doméstico em funcionamento.
Isto a propósito das máquinas de lavar roupa - cada vez mais modernas e sofisticadas.
Mas que tem a ver esta conversa com Zau Évua ou com o Bcac2877?
Tem a ver e muito.
Então passemos a contar o que se passava com a lavagem da minha roupa durante os dois anos de campanha.
Fui sempre eu que tratei da minha roupa meu companheiro de quarto, o Adelino,  rádio montador de profissão na Guerra, arranjámos uma máquina de lavar que  era composta pelos seguintes elementos: uma celha de madeira, feita dum antigo barril de vinho cortado a mais ou menos 3/4, um sistema de colocação de detergente manual ( colocava-se o detergente à mão dentro da celha e mexia-se durante algum tempo para dissolver o detergente),  a roupa metida de seguida na celha e mexia-se bem com um centrifugador composto pelas nossas mãos e deixa-se em repouso  até ao dia seguinte, normalmente pela hora do almoço.
Nessa altura, colocava-se a celha no centrifugador,  debaixo do chuveiro, passava-se a roupa por água limpa  e punha-se a secar, junto ao arame farpado.
Havia dias em que o calor era tanto que ao fim da segunda ou terceira ida ao arame farpado, já trazíamos a primeira peça de roupa por se encontrar seca.
E assim era  a nossa máquina de lavar roupa no Zau Évua

1 comentário:

Jose Manuel Martins disse...

Tinha uma parecida!
E lembro-me que, depois de estar à torreira do Sol, quando a ia tirar do estendal (também de arame farpado!) estava tão seca que parecia cartão ressequido... Ali não entrava ferro-de-engomar, não senhor!
Um abraço.

José Manuel Martins