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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

QUIXIMBA - BCAC2877 - CCAC2541 - página inacabada

 Fotos e textos retirados da Internet

Foi por aqui que nós passamos entre Julho de 1969 e Agosto de 1971

onde esteve sediada a CCAC2541 do nosso batalhão










Depois de um ano no relativo conforto de Santa Isabel, onde os riscos de guerra eram iminentes mas as acomodações e abastecimentos bastante seguros e confortáveis, no segundo ano de comissão fomos transferidos para o Zaire, com características geográficas e demográficas completamente diferentes. De comum, apenas  a hostilidade mais ou menos disfarçada da população local, distribuída de forma diferente. No Uíge, pese embora a dispersão das populações provocada pela guerra, encontrávamos pequenos povoados dispersos, alguns sem qualquer presença militar ou autoridade civil visível, para além das autoridades tribais. No Zaire isso não acontecia, e os pouco povoados que vimos colavam-se a unidades militares estrategicamente distribuídas.

​Ambrizete parecia um paraíso, onde o refrigério do mar beijava uma larga e livre praia, tornando duro o virar de costas e rumar ao mato, mais do que uma centena de quilómetros inóspitos, apenas interrompidos por um "acidente" chamado Tomboco, onde se instalou a segunda companhia. Começava-se com alcatrão mas rapidamente ele cedia lugar à picada, valha a verdade que cuidadosamente mantida pela JAEA, e permitindo durante todo o ano o trânsito de todo o género de viaturas.
Quarenta quilómetros depois do Tomboco, no topo de uma colina, a estrada entalava-se entre um quartel e uma pista de aviação, e estávamos chegados a Quiximba.
A povoação seguia-se ao quartel, alongando-se pelos 600 metros da pista em descida suave, e um pouco mais longe, subindo a pequena encosta seguinte.
Havia uma simples lógica urbana na povoação: encostados ao quartel o posto do administrador local e a cantina do comerciante branco. Depois descendo a ligeira inclinação algumas filas de cubatas paralelas à estrada, voltando a subir ligeiramente na escosta seguinte cujo topo era ocupado por uma capela regularmente fechada.

Numa terra onde o único acontecimento digno de relevo era o milagre da sobrevivência diária, a nossa chegada alvoroçou tudo, e fomos surpreendidos por uma legião de mulheres à porta de armas, que se agitavam em algazarra e corriam gesticulando por fora do arame, enquanto as viaturas entravam no perímetro que lhes estava vedado,  estabelecendo à distância contacto visual com os militares que desciam das viaturas, e se dirigiam aos camaradas instalados, que se preparavam para sair.
Dos primeiros contactos entre militares nasceu a explicação da agitação civil: as mulheres eram as lavadeiras que, na rendição da tropa, procuravam novos patrões.
A organização sócio-económica daquela comunidade era um caso sui-generis resultante da combinação dos poderes arbitrários duma administração autoritária com a adaptabilidade imposta pelo instinto de sobrevivência.


Tal como nos foi contada, a história de Quiximba começou alguns anos antes no Quanza-Sul, quando uma violenta sublevação dos nativos levou as autoridades a tentar cortar o apoio de retaguarda aos revoltosos, limitando-lhes o acesso às famílias,
Mulheres e crianças foram carregadas em vários camiões, e transferidas para mais de 300 km de distância, para uma terra de ninguém, suficientemente isolada para ser fácil o seu controlo.
Assim nasceu Quiximba, que, quando lá chegámos, registava uma população de cerca de mil mulheres, outras tantas crianças, e cinco ou seis dezenas de homens, maioritariamente velhos.​
Estava naturalmente instalada uma economia de sobrevivência, onde as mulheres retiravam das lavras os géneros de que subsistiam.
Dinheiro só entrava de duas maneiras: o pagamento da lavagem de roupa pela tropa, e a venda de farinha de mandioca ao comerciante branco, que em troca lhes fornecia as outras poucas outras coisas de que dependiam. Cada quilo de farinha era vendido a um escudo e, para a maioria, era o resultado do dia de trabalho que restava depois das lavras e dos filhos

Cada militar pagava mensalmente umas dezenas de escudos pela lavagem da pouca roupa que mudava regularmente, e sendo um trabalho leve, principescamente pago pelos padrões locais, a disputa de clientes era feroz.​ Um milhar de mulheres disputava uma centena de homens...
​​Gerou-se e sedimentou-se uma ética do negócio, que obrigava cada lavadeira a trabalhar apenas para um cliente. Para valorizar a qualidade do serviço oferecido (e, talvez, compensar a falta de homens na povoação, cujos contactos com o exterior eram muito limitados), convencionou-se que a lavadeira seria também propriedade sexual do patrão, o que, na gíria local era definido como um serviço abrangente, eufemísticamente designado "lavar a roupa e o quico".
Por isso as mulheres, tão produzidas quanto a sua miséria lhes permitia, se mostravam aos recém-chegados, na esperança de que a perspectiva da lavagem do quico se sobrepuzesse à questão da roupa, e lhes garantisse serem escolhidas.
Claro que, as mais velhas nem tentaram misturar-se nessa competição perdida à nascença, ficando à distância a ver o combate, algumas meditando por detrás do seu cachimbo, talvez pensando nas consequências duma rotineira relação entreas mulheres locais e os passantes militares.

Imagem

Foi um ano sereno, com ambas s partes (militares e nativos) a respeitar as regras do jogo, mas, quando abandonámos o local, já depois do 25 de Abril. e com a descolonização a dar os primeiros passos e a instalar as primeiras confusões entre angolanos, era para nós um dado adquirido que, passado o tempo da ocupação branca, a populaçao dsviada seria devolvida às origens, reconstituindo na medida do possível as famílias desfeitas, e retomando o curso da vida normal.

Quiximba deveria ser hoje uma memória varrida do mapa, um espaço devolvido à natureza pela população realojada.
Não é exactamente assim:
Qualquer pesquisa pelo nome de Quiximba remete-nos para evocações militares, parecendo confirmar o desaparecimento da povoação com o fim da intervenção portuguesa, mas a verdade é que a povoação está lá, embora escondida pela substituição de nomes e grafias levada a efeito pelas autoridades angolanas.
Surgem algumas menções a Kicimba, que parecem referir-se ao mesmo local, e, mais recentemente, a Kinximba, no município do Tomboco, que não pode deixar de ser a "nossa" Quiximba.
Notícias da Angop em 2007 descrevem Kinximba e Kinzau como zonas do Tomboco ainda fortemente minadas, provocando mortes na população, e isso ajuda a perceber porque é que, ao contrário de outros sítios (Santa Isabel, ao que parece) a intervenção dos portugueses na área não foi liminarmente apagada, apenas rebaptizada.

A saída dos portugueses não foi seguida por um período calmo, onde se pudesse pensar e rectificar os desequilíbrios gerados. Pelo contrário, o período subsequente foi convulsivo, descambando numa longa guerra civil que destroçou ainda mais as precárias vias de comunicação e agudizou as divisões internas. Movimentos maciços eram impensáveis, continuando as populações confinadas e ainda mais limitadas.
Tentando adivinhar, a pista aérea é hoje terreiro de cubatas, a pele do comerciante e do administrador mudou de cor, o quartel foi arrasado ou usado para instalar as novas autoridades ou escolas, mas Quiximba continua lá, respondendo hoje pelo nome de Kinximba, e porque foi há pouco festejado o alcatroamento de N'Zeto a Mbanza Kongo, isso significa que os turistas saudosos podem fazer os 217 quilómetros de Ambrizete a São Salvador do Zaire, atravessando Tomboco, Quiximba, Zau Évua e Quiende, sem receio das minas que ainda por lá dormem.
Pelo caminho, podem aproveitar o bónus turístico de saber o que são Quiza, Cana, Finda, Baca, Cumbi, Lemo ou Quindeso, nomes que aparecem no percurso, mas nada dizem à maioria de nós.
Recomendo a leitura do blog da BCaç 2877, que nos antecedeu em Zua Évua, e que, à muita experiência vivida junta um contacto com o actual soba


A chegada a Luanda aconteceu, naturalmente e no meio de grande expectativa.

Uma grande parte da cidade era visível do “Vera Cruz”, e já na altura, era uma cidade que se aprese
ntava com grandes edifícios e a sua linda marginal e a ilha (restinga) com praia para o lado da marginal e para o Atlântico, lindíssima e de águas quentes.
Durante a viagem e durante a noite fomos tomando consciência de que o primeiro homem tinha chegado à Lua.
Assim, ficará como marca, para sempre na nossa memória a nossa chegada a Luanda e o primeiro homem à Lua.
Pela manhã do dia 21/07/1969 o “Vera Cruz” encostou o seu casco de aço, já com alguns anos de viagens por esses mares de África, no porto da então Luanda.
Ao colocar o pé em terra de Angola, era dado o sinal de partida para uma longa e penosa maratona de 2 anos consecutivos nas matas do Norte de Angola.


Seguiu-se o desembarque, a ida para o Grafanil, um imenso e complexo campo militar, que servia acima de tudo como local de chegada e partida das diversas unidades militares que passavam por Angola
Foram as vacinas, contra a doença do sono, dadas em quantidade e em função do peso de cada um de nós, e, curiosamente, à sombra de um enorme embondeiro.
O desembarque, a ida para o Grafanil em comboio, tal qual como na 2ª guerra, para um campo militar que servia de “campo de expedição” de todas quanto chegavam a Angola e por aí aguardavam uns dias até à sua saída para os aquartelamentos onde muitos chegavam e também muitos não regressavam.
Recordemos o transporte efectuado em camiões de transporte de mercadorias, com enormes taipais, com os militares dispersos por entre as suas bagagens.
Primeira paragem em Ambrizete, com uma bela praia e o célebre Brinca na Areia, depois Tomboco, onde deixamos parte dos companheiros da CCS e da CCaç 2542 que seguiu a caminho do Norte, para o isolado acampamento do Lufico.
Todos os outros foram seguindo, picada fora, até Quiximba, ai ficou a 2541, outros para Zau Evua, o Comando do Batalhão e parte restante da CCS e a CCaç 2543.
Assim ficou distribuído nesta fase inicial o BCaç 2877: ZAU ÉVUA, TOMBOCO, LUFICO, QUIXIMBA, QUIENDE


segunda-feira, 21 de julho de 2008

BCAC2877 - Angola - Chegada a 21/07/1969

Grafanil


Em 21 de Julho de 1969, Neil Armstrong pisou o solo lunar e fez história. Hoje, mais de trinta anos depois, a conquista do espaço continua a ser considerada como um dos feitos mais notáveis da Humanidade

No mesmo dia, após saída de Lisboa a bordo do Vera Cruz, chegou a Luanda o BCAC2877.
Ao colocar o pé em terra de Angola, era dado o sinal de partida para uma longa e penosa maratona de 2 anos consecutivos nas matas do Norte de Angola.
Que hoje, passados tantos anos, muitos já não se recordam dos feitos dos astronautas com a sua chegada ao satélite da Terra, trazemos o avivar de memória a todos os que nos visitarem de quanto nos pesa nos corações esta data histórica - a nossa chegada a Luanda.
O desembarque, a ida para o Grafanil em comboio, tal qual como na 2ª guerra, para um campo militar que servia de "campo de expedição" de todas quanto chegavam a Angola e por aí aguardavam uns dias até à sua saída para os aquartelamentos onde muitos chegavam e tambem muitos não regressavam.
Este avivar de memória não terá muito significado para a maioria dos nossos filhos, muito menos para os nossos netos.
As facilidades das "vidas actuais" não se compadecem com a nostalgia dos momentos dificeis que muitos dos seus familiares lutaram e passaram.
Para muitos de nós, são tambem já hoje, momentos que já passam a estar arredados dos pensamentos.
Duma ou de outra maneira, aqui fica uma menção aos factos, às datas, acima de todo à memória daqueles que foram e não voltaram.
Aos companheiros do BCAC2878 que connosco viajaram, aqui fica um forte abraço de muita amizade.
oria

terça-feira, 21 de abril de 2020

Comentários de ex-camaradas sobre Zau Évua e "arredores"

Aos nossos leitores ocasionais, mas em especial aos que sempre nos acompanham aqui no blog ou no Facebook , lamentamos ter descurado a publicação de muitos comentários que foram inscritos no blog.
Vamos tentar fazer uma publicação dos mesmos no seu todo ou em parte.
Recordamos que estes comentários se referem a publicações feitas no blog a seu tempos. Agota alguns pontos da sua leitura parecem desfasados do contexto, o que é verdade

Aqui vão eles:

Como os anos correram tao rápido 
Um tremendo abraco para todos Jose Xavier em 
em 05-04-2020
Assim fica mais preenchida a história da nossa passagem por aquelas bandas. 
Boa achega. 
Agradecendo ao Brás. em BCAC2877 - antes do regresso
em 23-03-2020
Digam por favor , quem nos deixou? em Ccac2543 - BCAC2877
em 03-03-2020
Alferes Loucã , Furriel Noronha , Dr José Nisa ,Furriel Henriques , Sargento Moreira .
 Fiz um esforço de memória , lembro-me das caras mas não dos nomes . em Ccac2543 - BCAC2877
em 03-03-2020
Olá Dinito,que bom saber que estás bem e que voltaste para o Ambrizete, 
Tenho muitas saudades dessa terra😁 Talvés um dia ... 
Espero que toda a familia estejam bem, 
Um grande beijo Nana em Notícias do Ambrizete
em 11-02-2020
Ainda e possivel adquirir este livro? Estou interessado Solicito resposta...abraco em 
em 10-01-2020
Ou pelas carecas e pelos (cabelos) brancos. em Confraternização anual de 2019
em 24-11-2019
Tenho o prazer em convidar V. Exas a assistir ao lançamento do meu livro «Guerra na Pele – As tatuagens da guerra colonial», no dia 26 de Outubro, às 16H, na Biblioteca Natália Correia – Carnide, Rua do Rio Cávado, Lisboa. Um a(braço) tatuado, João Cabral Pinto https://www.facebook.com/Guerra-na-Pele-As-tatuagens-da-guerra-colonial-111450480190780/ em Histórias de tatuagens do ultramar contadas em livro
Anónimo
em 09-10-2019
Tambem fiz parte da ccac 105 era furriel de transmissoes o capitao era o Guedes.
 29/08/2019 Gilberto Baptista em Zau Évua - fotos
em 29-08-2019
Pertenci à CCAÇ 105 que esteve em Zau-Évua entre 71/73, rodando depois par o Benza- Zaire! 
Fiz várias escoltas ao MVL. Percorri picadas desde as Mabubas, até Mamarosa, o último aquartelamento a abastecer! São Salvador era ponto de paragem mais prolongado, era aí onde estava o comando de sector, onde era redefinida toda a logística dos abastecimentos a fazer.
 Abraço para todos que por lá passaram em S Salvador
em 08-08-2019
Então o almoço este ano só apareceram os ex furrieis em CCAC2543 - ex em almoço
em 05-08-2019
Quero dizer que é bom ter essas informações ao nosso dispor 
em 28-07-2019
Que haver esta informação ao nosso dispor, obrigado um abraço aos ex. Camaradas. em 21 de Julho de 1969 - chegada a Luanda
em 28-07-2019
Excelente explanação para sempre recordar e dar a conhecer para a posteridade.
 Parabéns. Abraço. em 21 de Julho de 1969 - chegada a Luanda
em 26-07-2019
Olá camararadas, espero que estejam bem. Abraço em 12 de Julho de 1969
em 22-07-2019
Desejo que melhore e que possa estar presente na confraternização em Setembro. Era com bom sinal. Força João. Abraço para todo o pessoal. em João Oliveira - acidente
em 21-07-2019
E por tal se perderam amizades e muitos foram prejudicados nas suas vidas, tanto familiares como profissionais. Sem dúvida que pior ficou quem nunca pode fazer uma vida normal. Mas como reverso da medalha advieram grandes amizades e bons convívios e que para estes seja por muitos e bons anos. Abraço para todos. A.Aires em 12 de Julho de 1969
em 14-07-2019
O Quim chegou atrasado a Zau-Évua, e da forma recatada e discreta como sempre se afirmou. Calmo, pretensamente sério de fisionomia, mas com um sentido de humor muito próprio e cativante. Assumidamente ingénuo quanto às urbanidades, e por isso descrente das modernices por mais moderadas que fossem. Dormimos no mesmo quarto, durante muito tempo. Partilhámos algumas confidencias que me permitiram conhecer a sua generosidade, a sua admiração pela mulher/companheira, e a sua infinita modéstia. Um único defeito para a vida; o tabaco, que lhe deu a qualidade para a morte. Até sempre companheiro. Havemos de voltar a dormir no mesmo quarto. Não deixes ninguém ocupar o meu lugar. Dessa vez não iremos precisar de mosquiteiro. Fernando César em Joaquim Raposeiro Azevedo - faleceu
Anónimo
em 05-07-2019
Mais uma tragédia. Deixou a nossa companhia e de tratar os seus arrozais.As minhas sentidas condolências para a família. Paz à sua alma. em Joaquim Raposeiro Azevedo - faleceu
em 04-07-2019
Sempre bom estes convivios. Cambada de lateiros a manter e reviver amizades. Tudo de bom para todos. em CCAC2543 - ex em almoço
em 20-06-2019
em 14-06-2019
Rápidas melhoras e um grande abraço.Santana em João Oliveira - acidente
em 04-06-2019
em 02-06-2019
Curioso que como vivi na zona que era muito frequentada pelo Zeca Afonso, Luís Góis, Carlos Paredes, etc. ainda conheci o Zeca Afonso que frequentava muito o Café Oásis, será dos mais antigos de Coimbra, onde por vezes se ouviam uns fadinhos e baladas. Eu vivia numa zona cujos habitantes se designavam por xibatas, Acrescento que o Zeca bebeu muito da filosofia do Ateneu de Coimbra que sempre foi um antro de revolucionários. É simplesmente uma achega. em José Niza - médico psiquiátrico para todos o serviço
em 28-05-2019
Tens feito um trabalho notável e acho que toda a malta se revê neste blogger pois vamos dando notícias, etc. Por mim agradeço e julgo que muitos também. Estivemos meses isolados da civilização e as notícias que tínhamos de acontecimentos era através da rádio. Naquela altura como seria com as novas tecnologias via satélite. Era bem bom e mitigava o isolamento. Mas também acrescento que por ter sido assim se cimentaram grandes amizades entre a malta. Um abraço para toda malta. em BCAC2877 - blog razão de ser
em 28-05-2019
Sobre o Armando tenho histórias bastantes pitorescas. O quarto dele ficava contiguo ao meu e acontecia que levava para a cama uma garrafa de brandy, conhaque ou outra bebida que estivesse à mão. Claro que por vezes começava a chamar ó Aires. E como eu ficava mudo ou calado, continuava a chamar-me e por vezes dizia que era um amigo da onça pois sabia que estava ouvindo o chamamento dele. Sabia que se respondesse já não dormia. Acontece um ente. Houve uma altura que aconteceu uma situação que nunca mais perdi na memória. Aconteceu que escreveu uma carta para a namorada, mas esqueceu-se de meter carta no envelope e assim foi o sobrescrito sem nada. Claro quando deu com a carta no bloco só soube dizer-me ó Aires que hei-de fazer e sem mais disse-me vou dar com os pés a ela antes que ela me dê a mim. Eu disse-lhe és doido! Manda a carta e pedes desculpa. Era uma pessoa mesmo castiça pois para ele comer era enganar o estômago, dormir era descansar a vista, etc. A cama para ele bastava em 13 de Maio de 1971
em 15-05-2019
Contornam os cernes dos motivos reais. Tudo paleio e treta para entreter. em Saudade - esquecida dos ex-combatentes
em 18-02-2019
Continuam esquecidos em especial neste tipo de programas onde a futilidade, que é do agrado duma gentinha adepta de muitos milhares, está semeada e cresce mesmo em tempos de intempérie em Saudade - esquecida dos ex-combatentes
em 31-01-2019
Feliz ano com saúde paz e amor (tal como no poema) para toda a sua família. em 2019 - que seja um BOM ANO
em 16-01-2019
Hi, The very next time I read a blog, I hope that it does not disappoint me as much as this particular one.Happy New Year Greetings I mean, I know it was my choice to read, but I truly thought you would probably have something useful to say. All I hear is a bunch of crying about something that you could possibly fix if you were not too busy searching for attention. Thanks em Mortos na Guerra do Ultramar
em 09-12-2018
Merry Christmas, You are so interesting! I don't believe I've truly read through anything like that before. So wonderful to discover another person with a few unique thoughts on this issue. Seriously.. many thanks for starting this up. This website is something that is required on the internet, someone with a bit of originality! If you want to read Christmas Speech For School you have to see the link Thank you, em Mortos na Guerra do Ultramar
em 08-12-2018
Faço também estes mesmos votos. em Dia de Finados e Fiéis Defuntos
em 02-11-2018
Não passei lá mas lembro-me desta altura um abraço. em Magina - Norte de Angola
em 16-10-2018
Pertenci à Companhia Artilharia 1700 (sinto orgulho por tal), estivemos no Quiende de 1967 a Junho de 1969, fizemos muitos trabalhos; os postos de sentinela, casernas, poiol da pólvora, etc.etc., passámos muito, na altura sentíamos contrariados ( falo por mim) hoje sinto uma nostalgia talvez até saudades??? A todos os que por lá passaram um bem haja. em Quiende - Angola -1971
em 09-09-2018
Deixo a informacao que o nome zau-evua,hoje nzau-evua na lingua nativa quer dizer lugar dos nove elefantes.Nzau, (elefante)e Evua (nove)juntas Zau-Evua.A construcao deste aquartelamento foi iniciada pela C.C.S.do meu batalhao 514 em 1965.No itenerario zau-evua tomboco o grupo de sapadores que fazia parte na construcao do quartel sofreram uma emboscada e nela perderam a vida 14 colegas meus,isto em novembro de 1965 a um mes de sermos rendidos. em Zau Évua I - actual
em 22-08-2018
em 13-08-2018
O quartel militar do zau-evua foi comecado a ser construido pela ccs do batalhao 514,estacionado no tomboco(pelotao de sapadores)nos meados de 1965 visto ser uma zona de infiltracao dos guerrilheiros da fnla.Ja no final da nossa comissao (novembro de 65)no itenerario zau-evua tomboco o grupo que estava estacionado no zau-evua deslocou-se a sede do batalhao para buscar mantimentos.Num percurso da Estrada onde passava por altas barreiras dos dois Lados sofreu uma emboscada que dos 22 militares que faziam parte da coluna 14 foram abatidos,incluindo o alferes que comandava a coluna,quatro conseguiram fugir para uma mata proxima,e os outros quarto sujaram-se com o sangue dos que ja estavam mortos e os turras quando fizeram o assalto final pensaram que tambem estavam mortos e so levaram as armas e municoes de todos.Assim escaparam da morte certa.Eu fiz parte do grupo que recolheu os corpos no local da emboscada.Dinis,sold.condutor da ccs bat.514 63/65. em Zau Évua - testemunhos in Panoramio
Anónimo
em 03-08-2018
A zona periférica do aquartelamento era muito pantanosa e alagada na época das chuvas. Havia um enorme laranjal abandonado onde íamos buscar laranjas, assim como um enorme mangal, junto da picada par o Quiende, quase em frente dos morros. Ai por detrás existia um antigo cemitério onde se viam as campas cobertas por capim. Ao Sul do aquartelamento existiam várias lagoas. Algumas secavam, as maiores mantinhas o nível da agua durante todo o ano. Nas que secavam o guia e o outro pessoal angolano apanhavam uns peixes negros, com uma enorme quantidade de sangue que depois, secavam no arame farpado. em Catedral das Pedras
em 25-06-2018
Fui eu que organizei o espectáculo do Nelson Ned no hospital militar em Luanda em Nelson Ned - Domingo à tarde
em 25-06-2018
Lamentamos porque todos os anos estas presente - um abraço em Confraternização anual - 2018 dia 9 de Setembro
em 03-06-2018
Torço para que se juntem à malta. em CCAC2542 - almoço convívio do cinquentenário do embarque
em 19-05-2018
Compreendo, mas infelizmente há coisas que não se apagam dos nossos espíritos. Um abraço em Zau Évua - Os sons, as imagens e os cheiros
em 03-05-2018
Sinto-me tão prejudicado, tão revoltado, que procuro não lembrar o martìrio que por lá passei . Abraço camaradas . em Zau Évua - Os sons, as imagens e os cheiros
jose fernandes da silva
em 02-05-2018
9 de Setembro" Não posso estar presente mas aceito a data; preferia dia 16 Set Abraço e muita coragem a Organização Nelson Ramos em Confraternização anual - 2018 dia 9 de Setembro
em 20-04-2018
É SEMPRE BOM COFRATERNIZAR, ESTIVE COM O AMARAL EM TAVIRA, GOSTEI DE VER A REPORTAGEM. César Dias BCAÇ 2885 Guiné-MANSOA em 16 de Julho de 2017 - confraternização anual
em 21-09-2017
Estive no pelotão, do alferes Kaiseler, como furriel miliciano, o outro furriel era o Sá. vim evacuado para Luanda em out70, porque quando numa deslocação para uma caçada a viatura em que seguia se despistou e bateu numa pequena árvore, partindo-a e uma pequena lasca se espetou na vista esquerda, e o Dr. achou por bem eu vir a uma consulta de oftalmologia ao H. M. L. . Quando pensava, que já tinha alta, fui sim evacuado para H.M.Lisboa. (Estive internado em oftalmologia até Janeiro 1971). Passei á reserva em jun71. Lembro-me de ti jovem como eu. Vais ao site ccaç2542, estão algumas fotos minhas. em CCAC2542 – LUFICO - Angola
em 23-08-2017
Eu de penafiel o 690 de 70a72 esteve na ameixoeira grafanil en servico em GRAFANIL nos arredores de Lisboa
em resposta a o quartel militar do grafanil situava-se proximo do bairro das galinheiras em lisboa e era um pequeno quartel ligado ao "deposito geral de material de guerra" em beirolas e dedicava-se a separar o ferro velho vindo de outros quarteis em 1985/1986 fui muitas vezes para la desde o forte da ameixoeira, por rui.
em 19-08-2017
Boa tarde. Por motivo de saúde da minha esposa não pude estar presente. Agradeço o envio das fotos, assim senti-me mais perto. Um abraço para todos. em 16 de Julho de 2017 - confraternização anual
em 18-07-2017
Não me lembro de ti José Monteiro. Eu também estive em 1969 a 1972 lá. Tomei conta da parte de reabastecimento de material (Parque Auto). Por aqui aparece pouca malta.....infelizmente...!!..Abraço em CCAC2542 – LUFICO - Angola
em 20-06-2017
Foi a companhia CCAC 105 que foi render o BCCAC 2877. Companhia onde estive até 1972! em Zau Évua - fotos
em 23-04-2017