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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Procuramos os companheiros

Procuramos estes companheiros

Actualizado em 21/09/2009 - 12h55m

Vieram devolvidas as cartas que remetemos para:

  • JOSÈ JULIO MARQUES RIBEIRO - R Monteiros, s/n 2070-616 Vila Chã de Ourique

Endereço insuficiente

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  • JULIÃO A F MATOS - Tourigo - 3465-195 TOURIGO

Endereço insuficiente

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  • Rogerio Manuel Belem Ferreira - R Pinto Ferreira, 10 - 3º Esd - 1300-463 Lisboa

Mudou de residencia

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  • Emidio Castro Simões - R D Jose Bragança - Vivenda 25 Bº da Madre de Deus - 1900-196 LISBOA

Não reside na morada

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  • Alvaro Carvalho Claro Cação - R Pedro Rodrigues dos Santos Ribeira de Frades - 3045-441 Coimbra

Endereço insuficiente

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  • Salvador Carreira Ribeiro - R Poeta Jose M Cruz, 115 - 1º 2410-051 Leiria

Desconhecido na morada

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  • Casimiro Jesus Gonçalves - ( era da PSP em Lisboa) Alcunha o "Bicho" - Fotógrafo- Lugar de Cirip F e C - Oleiros - 6160 -- Oleiros

Desconhecido na morada

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Jorge Martins Fernandes - R Escola - Lageosa - 3460- Lageosa do Dão

Endereço insuficiente

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Manuel Pinto da Silva - R do Casal - S Vicente de Pereira - Jusã - 3880-842 OVAR

Endereço insuficiente

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Bernardino Santos Pereira - Vila Nova do Campo - 3500- Viseu

domingo, 6 de setembro de 2009

 

OFICIAL A PRAZO

Tomar café no Hotel, era um hábito do dia-a-dia de quem teve a grande sorte de cumprir parte, ou toda a comissão, no Ambrizete.
Situado a escassos metros do Quartel, era ideal para conversas animadas mas também mais privadas.
Sentados e em amena cavaqueira, notámos a entrada dum garboso oficial que, diga-se, um pouco inchado caminhou para o balcão. Com voz firme e extremamente delicado, pediu o seu café enquanto com os dedos aconchegava os seus fartos bigodes. Reconhecendo nós o dito Militar, abdicámos da nossa conversa e concentrámo-nos exclusivamente nas suas atitudes. Á sua volta havia um corre-corre, protagonizado pelos homens do MVL que, muito justamente, aproveitavam todo o tempo disponível para saborear a tranquilidade que a Vila lhes oferecia.
Passados alguns minutos, notámos que o Alferes em quem nos concentrávamos, fez uma chamada de atenção ao Furriel do MVL, alertando-o para o incómodo barulho que se instalou na área.
Concordando e apresentando as desculpas, este chamou os seus homens à razão, voltando o ambiente à total normalidade. Notámos aqui a postura irrepreensível do Oficial, ao dirigir-se ao Furriel, dando mostras de ética militar e simultãneamente boa educação!
Sentindo-se "indiscretamente" observado, olhou para nós um pouco por cima do ombro e com um ar de intelectual provocante puxou do cigarro e acendeu-o com grande estilo! Agora sim, estava realmente a pavonear-se e fazia mesmo questão de ser notado!
Demasiado distraido com as suas poses, naõ se apercebeu da entrada do Comandante do Batalhão que, sabe-se lá porquê, lembrou-se de tomar o café no Hotel, naquele dia!
Por mais que os nossos gestos o avisassem da entrada do Comandante, era tarde demais quando se apercebeu da sua presença! Este, para cúmulo do azar, colocou-se exactamente a seu lado para tomar o café. Olhou para a sua patente e, talvez confundindo-o com o Oficial do MVL, tocou-lhe no ombro afim de encetar qualquer conversa sobre qualquer assunto!
O garboso Alferes, vendo que não tinha saída possivel, olhou para o Comandante e muito frontalmente disse-lhe com cara de pânico: «Sou eu meu Comandante!...» . «Mas é você o quê homem?!» respondia sem perceber o que se passava!
«Meu Comandante, desculpe mas sou eu, o Soldado Nunes do PELREC...desculpe mas foi só para experimentar!...».
Boquiaberto, o Ten. Coronel manteve com ele um pequeno diálogo e, retirado o respectivo "galão", lá seguiram para o Quartel como se nada tivesse acontecido!
Mas afinal, o que se passou na verdade com o Soldado Nunes do PELREC?
O Soldado Nunes era brincalhão mas, diga-se, por vezes tinha atitudes um pouco estranhas!
Ùltimamente e segundo se constava, dizia que não acabaria a Comissão sem ser Oficial. De facto assim aconteceu, assumindo uma postura num misto de loucura e ingenuidade. A pena foi pesada e nem a boa representação como actor lhe valeu!
Com uma alegria contagiante que lhe é muito peculiar, ainda hoje considera a pena como um troféu de guerra!

Casal

 

Angola - Casa da Telha

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Morte de companheiro

Falecimento de companheiro

Recebemos a notícia do falecimento do nosso antigo companheiro de guerra

JOSE SALGADO FERNANDES

Apresentamos à familia, atraves de seu filho que nos comunicou o facto, os nosso sentidos pêsames.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Confraernização de 2009

Foram hoje colocadas no correio 221 cartas com os "convites" para a confraternização de 2009.
Correspondem a outros tantos endereços de companheiros nossos que estão na base de dados do ano passado.
Vamos ainda fazer um confronto com alguma documentação que temos para que não falte ninguem sem que tenha sido informado, por carta ou por outra via qualquer, do nosso encontro.

Ambrizete

Na nossa passagem por Ambrizete, não houve tempo para muitas visitas à Sanzala, mas para este nossos companheiros dum outro batalhão, houve.
Com uma singeleza de linguagem e uma capacidade de expressão fora do normal, damos a conhecer como posta o comentario do nosso antigo companheiro Casal.
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Tomboco - Quem se recorda?":

"O 1º CABO QUE MORAVA NA SANZALA

A escassos dias de nos despedir-mos da Vila de Ambrizete, lembrou-se o Comandante de reunir com todo o pessoal de Transmissões. Ficou então marcada a reunião para o dia seguinte logo a seguir à formatura das oito.
Perfilados, ouvimos a mensagem do Comandante, mas este reparou que faltava um elemento ao grupo! Perguntou então se não havia um 1º Cabo Martins! Aqui ficámos perplexos porque ninguém se tinha lembrado do homem se não o Comandante! Entre gaguejos e desculpas esfarrapadas e sem sentido, lá fui dizendo que o homem parecia andar com paludismo e possivelmente estaria de cama!
Mas o Ten. Coronel não se convenceu e ordenou que de imediato trouxessem o homem à sua presença.Todo o quartel foi passado a pente fino e nem a praia e o Brinca na Areia escaparam. O Martins não aparecia e para ajuda à festa veio o Capitão afirmar que já no dia anterior tinha dado pela sua falta. Tínhamos um prazo para dar conta do homem e ele expirava à hora do almoço, prazo que se tornava apertado. Perseguimos cada palpite que nos era dado fosse por quem fosse, mas nenhum revelou qualquer sucesso! Desolados porque as coisas podiam ficar feias, pedimos mais umas horas para a procura, o que acabou por ser concedido.
Cerca das cinco da tarde, fomos de novo chamados para dar nota da situação!
Já um pouco desesperado, virei-me então para o Comandante e confessei o que eu achava que estava a acontecer: «Sabe como é meu Comandante, temos que compreender a malta...enfim é próprio desta idade e ...olhe, o homem dete ter ido dar uma saltada á Sanzala e atrasou-se...pronto!».
O Comandante olhou para mim um pouco de soslaio e disse-me com um sorriso malicioso: «Você vem comigo e agora mesmo vamos buscar o Cabo Martins!» Não percebi muito bem a conversa mas lá fui com passo acelerado atrás dele para a viatura. Em silêncio absoluto, ele próprio a conduziu e só parou numa Sanzala. Desceu sem uma única palavra e com vigor bateu à porta duma habitação, por acaso com bom aspecto, comparada com as restantes! De dentro e com os olhos ainda meio inchados, saiu o 1º Cabo Martins de Transmissões. Trajando parca indumentária porque o momento não dava para mais, não sabia sequer se devia "bater a pala" porque nem o boné tinha!
«Para o Quartel imediatamente!» - ordenou-lhe o Comandante.
Não se trocou uma palavra no regresso mas o homem teve quinze minutos para se apresentar devidamente aprumado. O castigo, ao contrário doa que se temia, não passou de simples retórica.
Já em Luanda e pouco antes do embarque, soube pelo Major que o Comandante sabia de todos os passos do 1º Cabo Martins...e outros!
Vim também a saber que o digníssimo 1º Cabo só ia ao Quartel quando estava de serviço!
Afinal, o homem morava mesmo na Sanzala!...

Casal
"