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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Stress traumático de guerra, a "bomba no cérebro" que ainda emociona ex-militares


Stress traumático de guerra, a "bomba no cérebro" que ainda emociona ex-militares
O stress traumático de guerra afeta centenas ou milhares de militares portugueses. 45 anos depois da guerra colonial, o conflito ainda emociona os participantes de um colóquio da Associação de Apoio aos ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra, em Lisboa.
Afonso de Albuquerque, médico miliciano em Moçambique (1961-64), psiquiatra, pioneiro da primeira consulta de tratamento do stress pós-traumático de guerra, foi um dos convidados do encontro da Associação de Apoio aos ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra (APOIAR) para falar da sua experiência e emocionou-se quando lembrou os soldados que morreram “inutilmente” na guerra do Ultramar (1961-1975).
Na sala, da Fundação Calouste Gulbenkian, uma plateia de cerca de 50 pessoas, entre técnicos, associados da APOIAR e antigos combatentes em Angola ou na Guiné-Bissau, ouviram-se lágrimas e palmas às palavras do psiquiatra que era contra a guerra e por isso foi preso num quartel de Moçambique, em 1961, por uma denúncia de um agente da PIDE, a polícia política da ditadura.

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