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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Luanda em 1969

Luanda era assim, à primeira vista

Luanda - 

Capital de Angola
Luanda, capital de Angola, é uma cidade portuária na costa oeste da África do Sul. Um passeio à beira-mar, conhecido como a Marginal, estende-se ao longo da Baía de Luanda. Nas proximidades, encontra-se a bem preservada Fortaleza de São Miguel, que agora alberga o Museu das Forças Armadas. O forte tem vistas para o porto e para a Ilha do Cabo, uma longa e estreita península na baía com praias, bares e restaurantes.

Luanda era assim, numa primeira vista de quem, militar preparado (mal) para uma guerra de guerrilha via depois de 12 dias a bordo dum navio de transporte de passageiros, agora transformado num transporte militar.

O olhar de Luanda visto do Vera Cruz, era como algo que passava pela mente sem se enquadrar numa lógica de conhecimento das realidades que lhe estavas por detrás.

O morro sobranceiro ao porto, o cinema ao ar livre, o movimento  que já se via e pressentia, duma cidade enorme e com grande  movimento.

A passagem pelo enorme quartel do Grafanil deu para se perceber como seria uma parte da guerra que cada maçarico iria enfrentar. A área ocupada por aquele monstro de quartel que servia de para muito mais, mas essencialmente para pólo de  recepção e envio de tropas. As que chegavam de Portugal sempre ali ficavam uns dias à espera de serem enviadas para um dos muitos quarteies de Angola, os que regressavam depois de missão cumprida ou eram enviados para outros locais de  Angola em rotação, também por ali passavam.

Do cais de Luanda ao  Grafanil, as viagens eram feitas de comboio, adivinha-se em que condições.

Ali se recebiam instruções, ali se recebiam as armas e as primeiras munições.

Ali era gerada a expectativa do futuro, um futuro incerto, medonho e de sofrimento.

A única atenuante era idade de cada um dos militares do serviço obrigatório, ainda a esperança que sempre lhes passava pelos sentidos de que nada de anormal lhes aconteceria.

Não foi assim para todos

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