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terça-feira, 2 de abril de 2019

Combatentes mortos em Angola vão ter direito pela primeira vez a cemitério

GUERRA COLONIAL
Combatentes mortos em Angola vão ter direito pela primeira vez a cemitério

Ainda existem 586 militares do Exército português enterrados em campas espalhadas pelo território angolano.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Combatentes no Ultramar

 

 

 

Combatentes no Ultramar

Atualização diária 1 de abril de 2019

 

Combatentes do Ultramar

Homenageados em Castelo de Paiva  

 

No passado sábado, dia 23 de Março, a ACUP – Associação de Combatentes do Ultramar Português, sediada em Castelo de Paiva, homenageou 15 ...

 

 

 

 

 

quinta-feira, 14 de março de 2019

Ex-combatentes em Angola esquecidos


Os ex-combatentes que foram obrigados a cumprir serviço militar obrigatório nas antigas províncias ultramarinas, foram esquecidos, os de Angola que por lá morreram e muito ainda lá estão enterrados.
Marcelo Rebelo de Sousa, esqueceu-se daqueles, dos que foram obrigados a ir para a guerra, não se tendo esquecidos, destes, que não foram obrigados a cumprir serviço militar, são profissionais.
Nem uma visita, mesmo que privada ao cemitério onde em Angola estão sepultados dezenas de portugueses.

Para-quedistas regressaram da República Centro-Africana após meses de combate de "alta intensidade".


A 4.ª Força Nacional Destacada, composta maioritariamente por militares paraquedistas, regressou esta terça-feira a Portugal. A 5.ª força partiu de manhã do aeródromo militar de Figo Maduro, em Lisboa, representando o regresso dos Comandos àquele teatro de operações. Os 180 militares portugueses foram recebidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e dezenas de famílias que esperaram horas para receber estes paraquedistas.
Militares portugueses regressam a Portugal após missão na República Centro-Africana Dezenas de família esperaram horas para receber os paraquedistas que estiveram em combate durante seis meses. 
O Hino Nacional de Portugal foi entoado a plenos pulmões pelos militares no aeródromo militar de Figo Maduro.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Antigos combatentes africanos das Forças Armadas Portuguesas : a guerra colonial como território de (re)conciliação




https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/23328/4/capa%20tese%20final%20original%20Fatima%20Rodrigues.pdf

Cada um de nós, aqui pode ao ler, recordar e entender o muito que se passou durante todos aqueles anos de guerra.

Antigos combatentes africanos das Forças Armadas Portuguesas : a guerra colonial como território de (re)conciliação



Ainda há quem se interesse por estes temas e as leve a conhecimento e análise 

"Nas guerras que marcaram os últimos anos da longa presença colonial portuguesa em África, Portugal recrutou soldados africanos para as suas Forças Armadas, tal como já o fizera em muitos conflitos anteriores. Entre 1961 e 1974, foram mais de 400 mil os africanos que combateram na força colonial contra os movimentos de libertação. Este trabalho procura compreender como estes antigos combatentes das Forças Armadas Portuguesas (FAP) que, entretanto, vieram para Portugal, interpretam os seus percursos de vida. Nesse sentido, a pesquisa recorreu predominantemente às narrativas biográficas oferecidas pelos próprios antigos combatentes africanos das FAP, mas percorreu também outros registos. Arquivos históricos, memórias e testemunhos de muitos antigos combatentes da Guerra Colonial, encontros de rememoração da Guerra, foram outras fontes visitadas ao longo desta pesquisa. Para o seu enquadramento teórico foram convocadas perspectivas que permitem questionar legados coloniais, sem, contudo, restringir-se àquelas que o fazem declaradamente. São sugeridas, então, várias propostas analíticas que denunciam as interpretações eurocêntricas do mundo, e que apresentam alternativas epistemológicas que permitem compreender as relações coloniais e pós-coloniais, bem como os sujeitos que as compõem, e os poderes e as forças que as configuram. Deste modo, seleccionaram-se olhares especialmente atentos ao carácter ambíguo e ambivalente que caracteriza as relações e os sujeitos coloniais e (pós)coloniais e que permitem problematizar os percursos de vida destes homens que, aparentemente, assumiram posições diferenciadas e contraditórias ao longo das diversas temporalidades e geografias políticas, ideológicas e culturais que atravessaram até chegarem ao Portugal pós-colonial. O ponto de partida deste trabalho resume-se a uma interrogação aparentemente simples: Quem são estes antigos combatentes africanos das FAP que residem em Portugal? A resposta que encontrámos foi: estes são homens que procuram um lugar onde possam ser reconhecidos como aquilo que são, que podem ser e que querem ser na Angola, no Moçambique, na Guiné-Bissau e no Portugal pós-coloniais. Para muitos dos antigos combatentes africanos das FAP que colaboraram neste trabalho, esse lugar que procuram é a interpretação que oferecem da guerra. Uma interpretação segundo a qual a guerra é um lugar outro no Portugal pós-colonial. Esse lugar é o da guerra como um território de (re)conciliação. Uma conclusão pouco provável, quando sabemos que a guerra é um território de devastação, e um lugar de transformação ontológica sem retorno. Mas, na verdade, é esta a conclusão a que chegámos neste trabalho, que escolheu olhar a guerra partindo do ponto de vista dos antigos combatentes africanos das FAP."

Tese de doutoramento

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Flit o exterminador das melgas


Encontrei este aparelho longe, muito longe.
Foi utilizado por muitos de nós para liquidar os muitos milhões de  melgas de Zau Évua e "arredores"

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Saudade - esquecida dos ex-combatentes

Você na TV
TVI hoje


Disseram-me, não vi nem ouvi:
No dia da "saudade" que em Portugal não se comemora, falou-se de "muita saudade", mas esqueceram-se da SAUDADE DOS QUE ESTIVERAM NA GUERRA DE ÁFRICA E DAQUELES QUE POR CÁ FICARAM.
Estes programas... servem para muita coisa, até para esquecer a saudade causada por um dos períodos mais recentes da nossa história.
Percebe-se porquê!!!!

domingo, 27 de janeiro de 2019

Pensões dos ex-combatentes

Retirado da Net

""A pensão corresponde ao valor mensal de 3,5 por cento da pensão social (actualmente em 151,84 euros) por cada ano de combate e será paga anualmente, sempre em Setembro. Uma medida que vai custar ao Estado mais de 20 milhões de euros por ano. A informação foi avançada ontem pelo primeiro-ministro durante uma visita à Liga dos Combatentes. Durão Barroso explicou ontem, depois de elogiar “o esforço do ministro da Defesa”, quais são os benefícios que a já famosa Lei 9/2002, ontem regulamentada, dá aos ex-combatentes: “Todos os reformados portugueses, incluindo os da função pública e os trabalhadores rurais, que foram antigos combatentes mobilizados para os teatros de guerra no Ultramar, vão ter direito a um Complemento Especial de Pensão, a pagar em Setembro de cada ano, com carácter vitalício”. Na prática, isto significa que um ex-combatente, já pensionista, com um ano de combate no Ultramar, terá direito a 5,3 euros por mês, o que, a multiplicar por 14 meses , dá 74,2 euros. Se esse combatente esteve dois anos no Ultramar (situação mais comum) então recebe 148,4 euros por ano. Neste último caso, se o combatente tiver pago as contribuições referentes ao período militar terá um acréscimo vitalício, elevando a prestação para cerca de 152 euros. No Ministério da Defesa deram entrada cerca de 536 mil requerimentos e o Governo calcula que sejam contemplados cerca de 400 mil ex-combatentes. Relativamente aos antigos militares que ainda não estão reformados, Durão Barroso explicou que estes “poderão contar o tempo no Ultramar para o número de descontos necessários para ter acesso a uma pensão, ou para o número de anos de desconto necessários para antecipar a reforma”. Para não criar discriminações, e de acordo com Durão Barroso, fica também contemplado que os antigos combatentes que tiverem pago o encargo correspondente à bonificação de contagem e tempo, serão resarcidos através de uma compensação também ela vitalícia. Além de beneficiar nos mesmo termos os deficientes das Forças Armadas, Barroso referiu que está na Assembleia da República um diploma que alarga estes benefícios aos emigrantes e grupos profissionais com previdência especial, como é o caso dos solicitadores, advogados, ou jornalistas. Estes, segundo estimativas do Governo, deverão rondar cerca de 150 mil beneficiários. Durão Barroso fez notar que “para muitos reformados este valor significa, para além dos aumentos que se estão a verificar, mais um mês de pensão, como é o caso dos rurais”. Acrescentou ainda que “para muitos pensionistas, os que têm a pensão mínima e estão nestas condições, significa um aumento adicional de seis por cento, a partir deste ano e nos anos que se seguem”. TOME NOTA Os ex-combatentes reformados vão receber um complemento de reforma todos os meses de Setembro. O valor mensal é de 3,5% da pensão social por cada ano de serviço militar no Ultramar. O complemento é vitalício e extensível aos cônjuges e aumenta todos os anos em função da pensão social. Para os ex-combatentes no activo, o tempo de serviço militar conta para a reforma. Os contemplados com este complemento serão informados por carta.""

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Historia na primeira pessoa


Gil Manuel Pereira Francisco tem 64 anos e é natural da Póvoa do Forno, conselho de Oliveira do Bairro. Filho de um casal bairradino com oito filhos, foi militar na tropa portuguesa durante dois anos e nove meses. Em 1972 foi combater para a Guerra do Ultramar, na Guiné-Bissau, onde esteve durante dois anos. Atualmente está reformado, depois de ter tido uma empresa de construção civil, e reside na freguesia da Palhaça, também pertencente ao Conselho de Oliveira do Bairro. É casado, tem três filhos e três netos. De uma forma sucinta, a guerra da Guiné corresponde ao período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as Forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas Províncias Ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique entre 1963 e 1974. Esta é a história de um ex –  combatente da Guerra do Ultramar.
O que o levou a entrar na Tropa Portuguesa?
Nada me levou a entrar para a tropa, entrei porque fui obrigado. Naquela altura eramos obrigados a ir à tropa. Toda a gente, ninguém escapava.
O que é que se sente quando se é chamado para combater no Ultramar? 
A minha primeira reação foi, com certeza, um bocado assustadora. Tive muito medo porque aquilo não era brincadeira, já era uma guerra a sério. No ano em que eu fui, em dezembro de 1972, a Guiné já estava numa guerra a sério.
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Mas algum dia pensou em ir combater para guerra?
Depois de lá estar, combater era o meu papel. Mas antes de ir para lá nunca me passou pela cabeça. Aliás, naquela altura, se pudesse fugir antes de ir, não ia. Alguns iam como voluntários, mas eu não, eu ia como combatente obrigado.
Ir para a guerra e pensar que podia não voltar vivo é, com certeza, um pensamento difícil e assustador. Pensou nisso muitas vezes?
Ai quantas vezes! Pensava nisso principalmente quando saíamos. Quando íamos para saídas perigosas para o mato pensava nisso muitas vezes, tanto eu como os meus colegas. Era muito complicado, mas tentávamos abstrairmos disso apoiando-nos uns aos outros.
Ao chegar ao local e ver o quão diferente é de Portugal, o que lhe passou pela cabeça?
Ora bem, aquilo a única diferença que tem de Portugal é o calor. A Guiné a nível de província era muito pobrezinho, não tinha nada. As populações viviam praticamente à custa da tropa, era a tropa que lhes fornecia o arroz, açúcar, enfim, os bens alimentares necessários. E isto tudo porque eles não podiam semear nada. Os terroristas destruíam tudo, portanto eles não cultivavam e o governo português é que lhes fornecia a comida praticamente toda.
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Quanto tempo, no total, esteve na Guerra da Guiné?
Estive na guerra exatamente 21 meses.
O que é que mais lhe custou fazer enquanto esteve a combater?
O que mais me custou foram as saídas noturnas para o mato. Sempre que ia podia estar à espera de encontrar ou não o inimigo. Também foi muito difícil a altura dos bombardeamentos, tínhamos muito medo, porque não sabíamos quando íamos ser bombardeados. Quando as bombas começavam a cair ao pé de nós, muitas das vezes perdíamos a noção do tempo, foi muito complicado e assustador.
No que é que pensava nos momentos de maior aflição?
Pensava sempre na minha família, porque tinha sempre aquele medo enorme de não conseguir chegar vivo para junto das pessoas que mais gostava, daquelas que são mais importantes para mim (silêncio). Agarrava-me também muito à Nossa Senhora, porque, ainda hoje, tenho fé e sou muito crente. Mas pronto, tinha que me habituar a estar longe e mentalizar-me de que as coisas podiam correr bem ou mal. Depois de lá estar já estava pronto para tudo e por tudo, tinha e não tinha medo, ia em frente como se nada fosse. Lá no fundo tinha sempre um bocadinho de receio, mas de qualquer das maneiras tinha que me habituar.
Há imagem que nos chocam e nos marcam para o resto da vida. Viu muita gente morrer?
Morrer não vi, porque na altura em que a minha companhia esteve nos ataques a sério eu estava em Bissau, então fui simplesmente visitar alguns companheiros ao hospital, onde um deles inclusivamente já não tinha pernas nem braços. Mas ver morrer, não vi ninguém.
E momentos de descontração, havia? 
Ah isso havia muito. Era mais ao fim do dia, nós fazíamos as nossas farras para esquecer tudo (risos).
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Como é que vivia o povo da Guiné? 
O povo da Guiné estava praticamente sempre com a tropa. Quem dá pão é amigo, nós dávamos e eles estavam connosco. Aliás, quando viemos embora, depois do 25 abril, houveram pessoas pretas, pertencentes ao povo da Guiné, que disseram que se matavam se viéssemos, porque, no fundo, éramos nós que os ajudávamos.
Achou a guerra justa? 
A guerra justa ou não justa, era na altura a pressão sob a política. Na altura foi justa porque era para defender o que era português, o resto sobre a política isso aí já era um bocadinho mais complicado, porque nós não tínhamos a abertura e a comunicação que temos hoje, o conhecimento era pouco. As nações unidas não queriam, mas guerra colonial queria que Portugal desistisse. Mas a guerra começou com a morte de muita gente e nós, tropas, tivemos que ir para lá para meter ordem naquilo, para assegurar a segurança da população.
Viveu ou conheceu alguém que tenha tido um problema traumático pós-guerra?
Houve muita gente nessas circunstâncias. Aliás, um colega meu que, infelizmente, já morreu. Quando voltou para Portugal vinha maluco, chegou a andar nu em Lisboa. Com situações deste género foi para o manicómio e, entretanto, morreu.
Foi militar durante quanto tempo?
Fui militar durante 33 meses, ou seja, dois anos e nove meses.
Não viu os seus amigos camaradas morrer, mas se tivesse visto, tinha tido vontade de largar tudo para os conseguir ajudar, mesmo sabendo que podia morrer a qualquer momento?
Eu ia ajudar sem problema nenhum! Uma vez não estava de serviço, era domingo, e na véspera à noite a companhia foi atacada e ao outro dia de manhã foi a tropa africana fazer a segurança à estrada e depois, um colega meu disse-me que um negro se estava a sentir mal e pediu para o ir ajudar, porque dizia que eu era um gajo cheio de sorte. Eu fui sem problema nenhum e fomos 8 num camião Mercedes e nós andamos por ali fora e, ainda por cima, era um dia em que havia futebol. Era um jogo do Sporting contra o Benfica e a malta a ir para o local a discutir o futebol. Não sabiam o sitio para onde iam, só eu e o meu colega é que sabíamos e como eles estavam a fazer muito barulho eu disse-lhes para não fazerem muito barulho, porque o barulho era uma das coisas que nos localizavam e nós tínhamos que ir o mais discretos possível. Fomos andando e nunca encontramos ninguém, até que chegamos ao fim da estrada, que era onde tinham sido atacados à poucas horas, e vimos que os africanos não estavam lá e era ali que deviam estar. Quando voltamos para trás já os fomos apanhar à saída do quartel, não tive medo nenhum em ir socorrer o camarada.
Quando sentiu que a guerra estava a chegar ao fim, qual foi a primeira coisa em que pensou?
Quando senti que a guerra ia acabar deu-se o 25 abril. A partir daí pensamos logo que ela iria acabar e só queríamos vir embora o mais rápido possível, porque nós só queríamos voltar para casa, para ao pé das nossas famílias.
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Como é voltar são e salvo para junto da família?
É, sem dúvida, uma grande alegria. Tanto para nós como para a família. Voltar para casa sãos e salvos é sinónimo de estar em segurança. Chegar a casa e ver que chegamos ao nosso conforto e aos braços daqueles de quem mais gostamos é a melhor sensação que se pode sentir quando se regressa da guerra.
Que género de perguntas lhe faziam quando chegou da guerra?
Normalmente as pessoas pouco ou nada perguntavam, porque não queriam tocar muito no assunto. No fundo sabiam que nós também não gostávamos de falar, porque a guerra é uma coisa que nos marca de uma forma muito profunda.
Nessa altura já namorava?
Não. Só encontrei realmente o amor da minha vida depois de vir da guerra.
Voltava a ir combater para a guerra?
Se fosse necessário e por uma causa justa, com certeza que não tinha problema nenhum em ir, ia com certeza e sem dúvida.
Acha que a guerra de hoje em dia é igual à de antigamente?
Não, é muito diferente. Os anos avançaram e as coisas e métodos também.
O que é que mudou?
Mudou a maneira de fazer a guerra. Atualmente é totalmente diferente. Agora existem máquinas, existe artilharia e outros meios que quando precisam atacam só onde querem. Embora saibam onde estão os inimigos e atirem as bombas para o sítio certo, antigamente não era assim.
Tendo em vista que foi militar, o que mudaria no serviço militar português?
Para o serviço militar de hoje em dia só vão voluntários, por isso devia continuar a ser obrigatório e fazia bem a toda a gente. Agora é diferente, a noção de ir para a guerra ou não já vai de pessoa para pessoa. Pelo menos meio ano devia ser obrigatório, nem que seja só para a disciplina.
Hoje, sendo pai e avô, gostaria que os seus filhos e netos fossem para o serviço militar português?
Para a tropa eu gostava, para a guerra não.
Porque não para a guerra?
Na guerra já se correm muitos riscos e na tropa é diferente. A tropa não fará mal a ninguém, nem que seja apenas meio ano só para se ver e sentir o rigor, a disciplina e o saber e obrigação das coisas. Para a guerra só devem ir os que são obrigados ou então aqueles que têm muita força e valentia para se voluntariar.
Tem alguma história que queira contar? 
Histórias há muitas, mas algumas a gente só quer esquecer (silêncio). Tudo aquilo pelo que passamos na vida são histórias que ficam e que nos marcam, sejam elas positivas ou negativas. Estar na guerra e vivenciar todo aquele ambiente é uma grande história. Mas é uma história que, na maior parte das vezes, queremos guardar só para nós, porque marcou-nos de uma forma muito pessoal e intimista.
Sara Pereira (texto)