O Quim chegou atrasado a Zau-Évua, e da forma recatada e discreta como sempre se afirmou. Calmo, pretensamente sério de fisionomia, mas com um sentido de humor muito próprio e cativante. Assumidamente ingénuo quanto às urbanidades, e por isso descrente das modernices por mais moderadas que fossem. Dormimos no mesmo quarto, durante muito tempo. Partilhámos algumas confidencias que me permitiram conhecer a sua generosidade, a sua admiração pela mulher/companheira, e a sua infinita modéstia. Um único defeito para a vida; o tabaco, que lhe deu a qualidade para a morte.
Até sempre companheiro.
Havemos de voltar a dormir no mesmo quarto. Não deixes ninguém ocupar o meu
lugar. Dessa vez não iremos precisar de mosquiteiro.
Mais uma tragédia.
Deixou a nossa companhia e de tratar os seus arrozais. As minhas sentidas condolências para a família.
Paz à sua
alma.
Fernando César