O número de antigos combatentes a ser abrangidos pelo Estatuto, não foi oficialmente divulgado mas, segundo fontes militares, deverá ultrapassar os 200 mil.Pois então, deve pedir-se aos nossos ilustres Deputados que se apressem a aprovar o Estatuto que, recordamos que o projecto foi aprovado pelo Goberno já lá vai mais de um ano.
Conselho de Ministros aprova Estatuto do Antigo Combatente11 abr, 2019
“A aprovação desta proposta de lei vem concretizar o reconhecimento do Estado Português aos militares que combateram ao serviço de Portugal”, refere o comunicado do Conselho de Ministros.O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o Estatuto de Antigo Combatente, que reúne “numa só peça legislativa o conjunto de direitos consagrados pela lei aos ex-militares ao longo do tempo”. “A aprovação desta proposta de lei vem concretizar o reconhecimento do Estado Português aos militares que combateram ao serviço de Portugal, fornecendo o enquadramento jurídico que lhes é aplicável”, refere o comunicado enviado à Renascença. De acordo com a mesma nota, o novo estatuto engloba os “instrumentos de apoio económico e social desenvolvidos pelo Ministério da Defesa Nacional”, tais com a Rede Nacional de Apoio, o Plano de Ação para Apoio aos Deficientes Militares e o Centro de Recursos de Stress em Contexto Militar. Cria ainda “novos instrumentos, como o Plano de apoio aos Antigos Combatentes em situação de sem-abrigo, destinado a apoiar o envelhecimento digno e acompanhado daqueles que serviram o país em teatros de guerra”. É também criada uma Unidade Técnica Interministerial para os Antigos Combatentes, cuja missão é “coordenar a implementação do estatuto, assim como o Cartão do Antigo Combatente, um documento pessoal e vitalício que, além do carácter simbólico, é um instrumento de simplificação do acesso a direitos sociais e económicos consagrados na legislação portuguesa”. O Estatuto de Antigo Combatente define o dia 11 de novembro – data do armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial – como o Dia Nacional do Combatente
É difícil começar o texto deste 2º acto. As personagens já são conhecidas, os cenários são os do costume. O 2º acto duma má peça nunca melhora o espectáculo.
O tipo da CUCA (Companhia União de Cervejas de Angola) que tinha prometido trazer.nos, a mim e ao capitão Moreira Campos, para Zau Évua, baldou-se À hora combinada - oito da manhã - la estivemos à espera dele, mas nada. Acabámos por alugar um táxi aéreo que nos trouxe directamente para aqui, o que me custou um conto de réis. A viagem demorou uma hora e um quarto e foi uma maravilha. Como estes aviõeszinhos voam a quinhentos metros de altitude, vê-se tudo. Passamos por regiões e florestas lindas. E deu para perceber como é fácil para os turras abrigarem-se nelas e atacar as tropas. Lagos, rios, florestas, penhascos, policromia de tons de verde. A nossa zona é muito mais árida e plana. E, por isso mais segura.
Consegui que a Voz de Angola me arranjassem cópias de gravações de musica popular. Eles tem imensa musica gravada e fizeram uma recolha impressionante, à Giacometti. O operadora de rádio contou-me que há uma grande roubalheira de gravações e que alguém as manda para Paris para fazerem discos. Discos esses que depois aparecem à venda em Luanda sem ninguém saber como cá chegaram."
Toda a tarde na Voz de Angola. O director convidou-me para gravar umas violadas. E pediu-me também para fazer uma letra para um nocturno do Luís Bonfá que os Negoleiros do ritmo querem gravar. Fiquei também a conhece-los
Artigo publicado no Jornal do Exército sobre o mal-estar na instituição militar, relativamente à indiferença da população portuguesa pelo que se passa nas colónias e na na guerra.
"" Esse esquecimento, por vezes quase alheamento, do que por lá se passa, é uma ofensa para todo aquele que, generosamente, está combatendo e sacrificando anos da sua vida para o bem comum. A indiferença generalizada pela tropa que vai e que regressa, é. facto mais que comprovado para a quase totalidade das pessoas que ali não tenham parentes ou amigos""
Para que não se esqueçam estes "pequenos pormenores" que são esquecidos na maioria das situações em que a Guerra de África é tema de conversa, entrevista ou polémica.
Comvem saber-se do que se fala
Regresso a Luanda após ferias na Metrópole
Transcrição
"Cheguei bem. Não dormi nada no avião, mas não tenho sono.
Outra vez o calor: às oito da manhã já estavam vinte e cinco graus.
Vai ser difícil engolir isto tudo outra vez. Depois destes trinta e cinco dias, estar aqui de novo quase me faz acreditar que nada disso foi real, que não aconteceu.
Doi-me muito andar por Luanda em sítios onde estivemos juntos"
Aos nossos leitores ocasionais, mas em especial aos que sempre nos acompanham aqui no blog ou no Facebook , lamentamos ter descurado a publicação de muitos comentários que foram inscritos no blog.
Vamos tentar fazer uma publicação dos mesmos no seu todo ou em parte.
Recordamos que estes comentários se referem a publicações feitas no blog a seu tempos. Agota alguns pontos da sua leitura parecem desfasados do contexto, o que é verdade
Tenho o prazer em convidar V. Exas a assistir ao lançamento do meu livro «Guerra na Pele – As tatuagens da guerra colonial», no dia 26 de Outubro, às 16H, na Biblioteca Natália Correia – Carnide, Rua do Rio Cávado, Lisboa. Um a(braço) tatuado, João Cabral Pinto https://www.facebook.com/Guerra-na-Pele-As-tatuagens-da-guerra-colonial-111450480190780/ em Histórias de tatuagens do ultramar contadas em livro
Anónimo
em 09-10-2019
Tambem fiz parte da ccac 105 era furriel de transmissoes o capitao era o Guedes.
Pertenci à CCAÇ 105 que esteve em Zau-Évua entre 71/73, rodando depois par o Benza- Zaire!
Fiz várias escoltas ao MVL. Percorri picadas desde as Mabubas, até Mamarosa, o último aquartelamento a abastecer! São Salvador era ponto de paragem mais prolongado, era aí onde estava o comando de sector, onde era redefinida toda a logística dos abastecimentos a fazer.
Abraço para todos que por lá passaram em S Salvador
Desejo que melhore e que possa estar presente na confraternização em Setembro. Era com bom sinal. Força João. Abraço para todo o pessoal. em João Oliveira - acidente
E por tal se perderam amizades e muitos foram prejudicados nas suas vidas, tanto familiares como profissionais. Sem dúvida que pior ficou quem nunca pode fazer uma vida normal. Mas como reverso da medalha advieram grandes amizades e bons convívios e que para estes seja por muitos e bons anos. Abraço para todos. A.Aires em 12 de Julho de 1969
O Quim chegou atrasado a Zau-Évua, e da forma recatada e discreta como sempre se afirmou. Calmo, pretensamente sério de fisionomia, mas com um sentido de humor muito próprio e cativante. Assumidamente ingénuo quanto às urbanidades, e por isso descrente das modernices por mais moderadas que fossem. Dormimos no mesmo quarto, durante muito tempo. Partilhámos algumas confidencias que me permitiram conhecer a sua generosidade, a sua admiração pela mulher/companheira, e a sua infinita modéstia. Um único defeito para a vida; o tabaco, que lhe deu a qualidade para a morte. Até sempre companheiro. Havemos de voltar a dormir no mesmo quarto. Não deixes ninguém ocupar o meu lugar. Dessa vez não iremos precisar de mosquiteiro. Fernando César em Joaquim Raposeiro Azevedo - faleceu
Anónimo
em 05-07-2019
Mais uma tragédia. Deixou a nossa companhia e de tratar os seus arrozais.As minhas sentidas condolências para a família. Paz à sua alma. em Joaquim Raposeiro Azevedo - faleceu
Curioso que como vivi na zona que era muito frequentada pelo Zeca Afonso, Luís Góis, Carlos Paredes, etc. ainda conheci o Zeca Afonso que frequentava muito o Café Oásis, será dos mais antigos de Coimbra, onde por vezes se ouviam uns fadinhos e baladas. Eu vivia numa zona cujos habitantes se designavam por xibatas, Acrescento que o Zeca bebeu muito da filosofia do Ateneu de Coimbra que sempre foi um antro de revolucionários. É simplesmente uma achega. em José Niza - médico psiquiátrico para todos o serviço
Tens feito um trabalho notável e acho que toda a malta se revê neste blogger pois vamos dando notícias, etc. Por mim agradeço e julgo que muitos também. Estivemos meses isolados da civilização e as notícias que tínhamos de acontecimentos era através da rádio. Naquela altura como seria com as novas tecnologias via satélite. Era bem bom e mitigava o isolamento. Mas também acrescento que por ter sido assim se cimentaram grandes amizades entre a malta. Um abraço para toda malta. em BCAC2877 - blog razão de ser
Sobre o Armando tenho histórias bastantes pitorescas. O quarto dele ficava contiguo ao meu e acontecia que levava para a cama uma garrafa de brandy, conhaque ou outra bebida que estivesse à mão. Claro que por vezes começava a chamar ó Aires. E como eu ficava mudo ou calado, continuava a chamar-me e por vezes dizia que era um amigo da onça pois sabia que estava ouvindo o chamamento dele. Sabia que se respondesse já não dormia. Acontece um ente. Houve uma altura que aconteceu uma situação que nunca mais perdi na memória. Aconteceu que escreveu uma carta para a namorada, mas esqueceu-se de meter carta no envelope e assim foi o sobrescrito sem nada. Claro quando deu com a carta no bloco só soube dizer-me ó Aires que hei-de fazer e sem mais disse-me vou dar com os pés a ela antes que ela me dê a mim. Eu disse-lhe és doido! Manda a carta e pedes desculpa. Era uma pessoa mesmo castiça pois para ele comer era enganar o estômago, dormir era descansar a vista, etc. A cama para ele bastava em 13 de Maio de 1971
Continuam esquecidos em especial neste tipo de programas onde a futilidade, que é do agrado duma gentinha adepta de muitos milhares, está semeada e cresce mesmo em tempos de intempérie em Saudade - esquecida dos ex-combatentes
Hi, The very next time I read a blog, I hope that it does not disappoint me as much as this particular one.Happy New Year Greetings I mean, I know it was my choice to read, but I truly thought you would probably have something useful to say. All I hear is a bunch of crying about something that you could possibly fix if you were not too busy searching for attention. Thanks em Mortos na Guerra do Ultramar
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Pertenci à Companhia Artilharia 1700 (sinto orgulho por tal), estivemos no Quiende de 1967 a Junho de 1969, fizemos muitos trabalhos; os postos de sentinela, casernas, poiol da pólvora, etc.etc., passámos muito, na altura sentíamos contrariados ( falo por mim) hoje sinto uma nostalgia talvez até saudades??? A todos os que por lá passaram um bem haja. em Quiende - Angola -1971
Deixo a informacao que o nome zau-evua,hoje nzau-evua na lingua nativa quer dizer lugar dos nove elefantes.Nzau, (elefante)e Evua (nove)juntas Zau-Evua.A construcao deste aquartelamento foi iniciada pela C.C.S.do meu batalhao 514 em 1965.No itenerario zau-evua tomboco o grupo de sapadores que fazia parte na construcao do quartel sofreram uma emboscada e nela perderam a vida 14 colegas meus,isto em novembro de 1965 a um mes de sermos rendidos. em Zau Évua I - actual
O quartel militar do zau-evua foi comecado a ser construido pela ccs do batalhao 514,estacionado no tomboco(pelotao de sapadores)nos meados de 1965 visto ser uma zona de infiltracao dos guerrilheiros da fnla.Ja no final da nossa comissao (novembro de 65)no itenerario zau-evua tomboco o grupo que estava estacionado no zau-evua deslocou-se a sede do batalhao para buscar mantimentos.Num percurso da Estrada onde passava por altas barreiras dos dois Lados sofreu uma emboscada que dos 22 militares que faziam parte da coluna 14 foram abatidos,incluindo o alferes que comandava a coluna,quatro conseguiram fugir para uma mata proxima,e os outros quarto sujaram-se com o sangue dos que ja estavam mortos e os turras quando fizeram o assalto final pensaram que tambem estavam mortos e so levaram as armas e municoes de todos.Assim escaparam da morte certa.Eu fiz parte do grupo que recolheu os corpos no local da emboscada.Dinis,sold.condutor da ccs bat.514 63/65. em Zau Évua - testemunhos in Panoramio
Anónimo
em 03-08-2018
A zona periférica do aquartelamento era muito pantanosa e alagada na época das chuvas. Havia um enorme laranjal abandonado onde íamos buscar laranjas, assim como um enorme mangal, junto da picada par o Quiende, quase em frente dos morros. Ai por detrás existia um antigo cemitério onde se viam as campas cobertas por capim. Ao Sul do aquartelamento existiam várias lagoas. Algumas secavam, as maiores mantinhas o nível da agua durante todo o ano. Nas que secavam o guia e o outro pessoal angolano apanhavam uns peixes negros, com uma enorme quantidade de sangue que depois, secavam no arame farpado. em Catedral das Pedras
Estive no pelotão, do alferes Kaiseler, como furriel miliciano, o outro furriel era o Sá. vim evacuado para Luanda em out70, porque quando numa deslocação para uma caçada a viatura em que seguia se despistou e bateu numa pequena árvore, partindo-a e uma pequena lasca se espetou na vista esquerda, e o Dr. achou por bem eu vir a uma consulta de oftalmologia ao H. M. L. . Quando pensava, que já tinha alta, fui sim evacuado para H.M.Lisboa. (Estive internado em oftalmologia até Janeiro 1971). Passei á reserva em jun71. Lembro-me de ti jovem como eu. Vais ao site ccaç2542, estão algumas fotos minhas. em CCAC2542 – LUFICO - Angola
em resposta a o quartel militar do grafanil situava-se proximo do bairro das galinheiras em lisboa e era um pequeno quartel ligado ao "deposito geral de material de guerra" em beirolas e dedicava-se a separar o ferro velho vindo de outros quarteis em 1985/1986 fui muitas vezes para la desde o forte da ameixoeira, por rui.
Boa tarde. Por motivo de saúde da minha esposa não pude estar presente. Agradeço o envio das fotos, assim senti-me mais perto. Um abraço para todos. em 16 de Julho de 2017 - confraternização anual
Não me lembro de ti José Monteiro. Eu também estive em 1969 a 1972 lá. Tomei conta da parte de reabastecimento de material (Parque Auto). Por aqui aparece pouca malta.....infelizmente...!!..Abraço em CCAC2542 – LUFICO - Angola