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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Senhora da Hora

Em baixo, foto da porta de armas do antigo Regimento de Infantaria 6 - no Porto na Estrada da Circunvalação, próximo da Senhora da Hora, hoje Regimento de Transmissões.
Está a fazer anos que recebi a habitual guia de marcha para a entrega na CP para o bilhete de comboio que me haveria de trazer até ao Porto Brandão.
Sobre a nossa passagem no Porto Brandão, vou ter oportunidade de voltar a falar oportunamente.
Agora quero apenas lembrar o que se passava mais ou menos por esta data dos Santos Populares por aquelas bandas da Senhora da Hora.
Por lá haveria e talvez continue a haver umas festas anuais, muito populares e que levavam aquelas paragens muita gente.  Muito militares, não só do RI 6 mas de outras unidades militares do Porto.
Por aqueles tempos terá havido algum receio de haver confusão e balbúrdia onde os militares pudessem dar a sua contribuição.
Assim, o RI6 mandava para a festa uma patrulha de polícia com um Cabo Miliciano e 2 praças para em caso de necessidade, manter a ordem público dos militares.
E assim era.
Todos os dias durante as festas, a seguir a um lauto jantar, lá iam os 3 militares, feitos polícias para a festa.
Apresentavam-se ao Oficial de Dia e recebiam as instruções da praxe.
Recordo que por uma ou duas vezes me calhou em rifa fazer tal serviço.
Antes da ida ao Oficial de Dia, recebiam-se as instruções do Cabo Miliciano que por tinha andado antes de nós e assim se procedia.
Lá saiam os três militares pela porta da traseira do quartel que ficava relativamente perto do local onde  o arraial estava montado Era por essa mesma porta que se voltava a entrar quando acabava a ronda, por volta da meia noite ou uma da madrugada.
o Oficial de Dia que me calhou foi bem explicito - confusões nenhumas, calma e descontracção.
Outra coisa ou pouco se podia fazer, pois todos levávamos apenas pistola e sem munições. Apenas servia de ornamento e não se justificava que assim não fosse
E assim fiz.
Com as instruções dos anteriores camaradas, fiquei a saber onde se encontrava a barraca de feira que servia a preço especial umas  boas iguarias, regadas com cerveja ou vinho verde tinto que eu ainda hoje aprecio.
Uma volta pela feira para ver o ambiente e apreciar as garotas e lá apancávamos os três "polícias militares" na barraca de comes e bebes e por aí ficávamos até à hora do regresso ao quartel.  As instruções eram de que se nada houvesse a registar, não acordarmos o Oficial de Dia.  Assim sempre se procedeu.  Não me recordo de alguma vez ter havido qualquer problema com os militares.

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