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sexta-feira, 15 de maio de 2015
CCAC2541 - Almoço anual - 30 de Maio de 2015
""Olá Brás Gonçalves tudo bem"
Recebi correio do João Gaspar a pedir se podias passar no Blogue o convivio da Companhia 2541 do Quiximba no dia 30 de Maio 2015 em Marrazes - Leiria, com o cartaz em referencia.
Obrigado
Abraço
Nelson Ramos""
terça-feira, 12 de maio de 2015
sábado, 2 de maio de 2015
Confraternização de 2015
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
domingo, 26 de outubro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Tavira - CISMI
“ Oh meninas de Tavira
O que vai ser de vós agora?
Os solteiros não vos querem
Os casados tem mulher
Os milicianos vão embora”
Esta era a cantilena dos militares do CISMI- foi por aquela porta da estação do comboio, onde está a estátua dum militar fardado à época, e “a menina de Tavira” na praça em frente, aguardando pela sua chegada, que pela primeira vez, 19 de Julho de 1969 cheguei a Tavira e passei os portões do agora Regimento de Infantaria 1.
Foi o inicio dum drama que só acabou em Agosto de 1971
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
BCAC2877- uma, muitas histórias
Vamos fazer uma compilação, sempre que possivel, por ordem cronológica da historial do BCAC2877, das suas companhias, desde a sua formação, partida, estadia e regresso a Lisboa.
Aproveitamos a experiência do Dr. Niza, que passada a livro e referenciada com datas e acontecimentos, irá proporcionar a todos os que se interessarem na sua leitura, uma visão do que por lá se passou, essencialmente, no Norte de Angola, onde o BCAC esteve durante os dois anos de comissão.
Sobre o livro escrito por José Niza, deixamos aqui uma notícia, publicada em tempo no jornal escalabitano “O Mirante”
Sempre o temos feito, mas voltamos a pedir a quem tem fotos, histórias contadas ou por contar que nos façam chegar esses testemunhos, pois gostosamente faremos a sua publicação
José Niza conta em "Golden Gate" memórias da guerra colonial
A obra “Golden Gate – Um quase diário de guerra”, de José Niza, é “um livro de memórias” de uma guerra colonial que “aconteceu durante 13 anos”, escreve no prefácio o compositor residente em Santarém falecido em 23 de Setembro de 2011.O livro agora editado resulta da correspondência diária que manteve com a mulher durante o período em que esteve “naquele mato de Angola, húmido e quente”, no aquartelamento de Zau Évua, entre 1969 e 1971.
José Niza fora destacado para o contexto da guerra no Norte de Angola como médico. “Uma guerra onde o médico e o capelão eram os terapeutas do espírito mais ou menos primário e sempre psicologicamente descompensado, daqueles mancebos que, por exclusivas razões de idade, foram incumbidos de defender a Pátria contra o fluir da História”. Segundo afirma, “na consulta havia sempre mais gente que na missa”, a única excepção era a missa de Natal.
Das cartas enviadas à mulher, foram retirados extractos que são apresentados nesta obra como páginas de um suposto diário. A 17 de Julho de 1969 Niza escreveu: “Chegou cá a notícia de que o Salazar está muito mal, que está mesmo a morrer. Aliás, ele já morreu há dois anos. A certidão de óbito é que está atrasada”.
Noutro passo, com data de 10 de Dezembro de 1970, dá conta dos presentes de Natal que os militares ali destacados receberam, enviados pelo Movimento Nacional Feminino (MNF): “Um pacote de amêndoas, o que dará uma por cada soldado; meia dúzia de lâminas de barbear; o que dará uma lâmina por cada caserna; e ainda meia dúzia de pastas de dentes, o que só dará para os desdentados”.
“Apeteceu-me escrever à Cilinha [Cecília Supico Pinto, líder do MNF] a agradecer a amêndoa que me coube. E, como deixei crescer a barba, vou oferecer a minha parte da lâmina a quem necessitar”.
Há também excertos mais íntimos, e até confessionais, como a que escreveu a 6 Julho de 1970, dirigindo-se à mulher: “Gostar de ti é uma vocação, um modo de vida, uma ocupação permanente, uma invenção de sonhos, uma antecipação do tempo que há-de vir. Estás presente. Amo-te em full time”.
José Niza, autor de temas como “E depois do adeus”, foi médico psiquiatra, compositor e deputado e autarca do Partido Socialista em Santarém, onde durante dois mandatos presidiu à assembleia municipal. Residia em Perofilho, nos arredores de Santarém.
Como músico trabalhou com Janita Salomé, Tonicha, Paulo de Carvalho, Simone de Oliveira e Carlos do Carmo, entre muitos outros, tendo, como autor, vencido quatro festivais RTP da Canção.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Jose Niza - Golden Gate - um quase diário de guerra
segunda-feira, 28 de julho de 2014
BCAC2877 - Chegada a Luanda
A chegada a Luanda aconteceu, naturalmente e no meio de grande expectativa.
Uma grande parte da cidade era visível do “Vera Cruz”, e já na altura, era uma cidade que se apresentava com grandes edifícios e a sua linda marginal e a ilha (restinga) com praia para o lado da marginal e para o Atlântico, lindíssima e de águas quentes.
Durante a viagem e durante a noite fomos tomando consciência de que o primeiro homem tinha chegado à Lua.
Assim, ficará como marca, para sempre na nossa memória a nossa chegada a Luanda e o primeiro homem à Lua.
Pela manhã do dia 21/07/1969 o “Vera Cruz” encostou o seu casco de aço, já com alguns anos de viagens por esses mares de África, no porto da então Luanda.
Ao colocar o pé em terra de Angola, era dado o sinal de partida para uma longa e penosa maratona de 2 anos consecutivos nas matas do Norte de Angola.
Seguiu-se o desembarque, a ida para o Grafanil, um imenso e complexo campo militar, que servia acima de tudo como local de chegada e partida das diversas unidades militares que passavam por Angola.
Foram as vacinas, contra a doença do sono, dadas em quantidade e em função do peso de cada um de nós, e, curiosamente, à sombra de um enorme embondeiro.
O desembarque, a ida para o Grafanil em comboio, tal qual como na 2ª guerra, para um campo militar que servia de “campo de expedição” de todas quanto chegavam a Angola e por aí aguardavam uns dias até à sua saída para os aquartelamentos onde muitos chegavam e também muitos não regressavam.
Recordemos o transporte efectuado em camiões de transporte de mercadorias, com enormes taipais, com os militares dispersos por entre as suas bagagens.
Primeira paragem em Ambrizete, com uma bela praia e o célebre Brinca na Areia, depois Tomboco, onde deixamos parte dos companheiros da CCS e da CCaç 2542 que seguiu a caminho do Norte, para o isolado acampamento do Lufico.
Todos os outros foram seguindo, picada fora, até Quiximba, ai ficou a 2541, outros para Zau Evua, o Comando do Batalhão e parte restante da CCS e a CCaç 2543.
Assim ficou distribuído nesta fase inicial o BCaç 2877: ZAU ÉVUA, TOMBOCO, LUFICO, QUIXIMBA, QUIENDE.