No livro “Angola 1970, Chanas de Liberdade”, o autor retrata os dois lados da guerra colonial, o de uma Companhia Portuguesa e, ao mesmo tempo, os movimentos de libertação”.
Segundo Francisco do Ó Pacheco, em 1970, acontece um “conjunto de coisas extraordinárias”. A escolha da data não foi ocasional: “É o ano da morte de Oliveira Salazar, em que recrudesceu a luta antifascista em Portugal, apareceu a ação revolucionária armada do Partido Comunista Português e é quando os três dirigentes dos movimentos de libertação são recebidos no Vaticano pelo Papa” explicou o autor.
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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Angola 1970 - Chanas de Liberdade
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Heróis não morrem
“Um reformado de 71 anos, condecorado da guerra colonial por atos de bravura, salvou um vizinho de nacionalidade russa que se encontrava a dormir na habitação onde deflagrou um incêndio, na manhã desta sexta-feira, em Paços de Brandão, Santa Maria da Feira. O homem ainda conseguiu apagar o incêndio. “ ( www.jn.pt )
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Defesa tem dívida de 96 milhões de euros"
Notícia publicada no jornal "Correio da Manhã" do dia 19 de Janeiro de 2014
"Defesa tem dívida de 96 milhões de euros"
«O Ministério da Defesa tem uma dívida acumulada de 96 milhões de euros a várias entidades devido ao suplemento especial de pensão dos antigos combatentes. ...»
Cronologia da Guerra Colonial
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Editado pela Prefácio cujo email é editora.prefacio@mail.telepac.pt
Trata-se de um livro com 454 páginas e que é apresentado conforme introdução:
INTRODUÇÃO
Esta é a cronologia de um dos períodos mais inquietantes da vida dos portugueses.
São os anos entre 1961 e 1974 nos quais Portugal mergulhou numa guerra para alguns do Ultramar para outros Colonial.
São treze anos de ansiedade, sofrimento e morte que atingiram praticamente todas as famílias portuguesas com consequências que ainda hoje perduram.
Guerra que mobilizou mais de 800 mil combatentes da chamada Metrópole enviados para as distantes e desconhecidas matas de África onde alastrava a revolta apoiada por alguns países próximos.
Em Angola, a partir de 4 de Fevereiro de 1961, na Guiné, a partir de 23 de Janeiro de 1963, em Moçambique, a partir de 25 de Setembro de 1964, a guerra é declarada pelos movimentos de libertação nacional que teimam em levar por diante o seu propósito de total independência do domínio colonial europeu.
Pela parte portuguesa, a guerra era sustentada pelo princípio político de defesa daquilo que era considerado território nacional, baseado no conceito de nação pluricontinental e multirracial. Pela parte dos movimentos de libertação, a guerra justificava-se pelo inalienável princípio da autodeterminação e independência, num quadro internacional de apoio e incentivo à sua luta.
Guerrilheiros, ou terroristas – conforme a atitude política – resistem num terreno que lhes é familiar causando baixas nas Forças Armadas portuguesas como nunca se vira antes.
Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas, morreram na Guerra de África 8.831 militares portugueses. Destas quase nove mil baixas, 3.455 aconteceram em Angola, 2.240 na Guiné e 3.136 em Moçambique.
O Exército, ramo militar sobre o qual recaiu a maior parte do trabalho bélico, teve à sua conta a quase totalidade dos mortos – 8.290 homens. A Força Aérea, por seu turno, contou em 346 as suas perdas e a Marinha de Guerra enterrou 195 dos seus elementos.
De acordo com a mesma fonte, 4.280 militares (48,5 por cento) morreram em resultado directo de acções de combate e 4.551 (51,5 por cento) em acidentes e doenças. Estas duas últimas causas de morte devem ser encaradas com reservas, já que havia na época a intenção clara de diminuir o número de baixas em combate tornado público.
Com cerca de 9.000 mortos, cerca de 30.000 feridos evacuados, em mais de 100.000 doentes e feridos, dos quais resultaram perto de 14.000 deficientes físicos, (5.120 com grau de deficiência superior a 60 por cento) e ainda, possivelmente, 140.000 neuróticos de guerra, rara é a família portuguesa que não foi ferida pela Guerra de África. Os telegramas do Ministro do Exército a apresentar «mais sentidas condolências» pela morte «por motivo combate defesa da Pátria» de «seu filho soldado fulano tal», chegavam aos lares dos portugueses semeando a dor da perda de um filho, marido, pai, irmão ou outro grau de familiaridade existente.
Sucediam-se os comunicados militares que diariamente o Ministério da Guerra mandava publicar nos jornais. "O Serviço de Informações Públicas das Forças Armadas comunica que morreram em combate, na Província de Angola, os seguintes militares:" e seguiam-se os nomes de mais uns tantos que, naquele ano, entre a noite de Natal e a de fim de ano, não iriam aparecer na TV, a desejar festas felizes.
Moçambique foi o teatro de operações onde morreram mais militares em combate (1.569 em 10 anos de guerra), seguindo-se Angola (1.360 em 13 anos) e a Guiné (1.342 em 11 anos). Tendo em conta a duração da guerra em cada um dos teatros de operações, as tropas portuguesas sofreram por ano 157 mortos em combate em Moçambique, 122 na Guiné e 105 em Angola.
Quanto ao número total de mortos, independentemente das causas oficiais da morte, as Forças Armadas portuguesas sofreram por ano 285 baixas mortais em Moçambique, 246 em Angola e 186 na Guiné.
Do total de mortos nas três guerras, cerca de 70 por cento eram expedicionários recrutados na chamada Metrópole. No conjunto das três frentes de guerra, entre 1961 e 1974, morreram em média 630 militares portugueses por ano.
E se os custos humanos foram de grandes dimensões para um pequeno velho país de menos de 10 milhões de habitantes, as perdas materiais atingiram um nível muito próximo do colapso económico. O esvaziamento dos recursos financeiros para a sustentação da guerra foi equivalente, ao longo dos treze anos de conflito armado, a uma média de trinta e três por cento do Orçamento do Estado, tendo-se ultrapassado, em toda a segunda metade da década de 60, os quarenta por cento.
A cronologia que se segue pretende realçar esses treze anos da guerra de África com a exposição de alguns dos acontecimentos mais notórios ocorridos durante este período e, em paralelo, apresentar aquela que é a mais completa listagem, compilada ano a ano, de todos os que morreram nas três frentes de guerra.
Dia após dia são relatados os factos do quotidiano militar nos três cenários de guerra, com especial relevo para os dias em que se registam nas forças portuguesas pelo menos duas baixas mortais em combate, procurando-se sempre que possível indicar o batalhão ou a companhia a que pertenciam esses militares.
De igual modo se procede com a morte de militares de hierarquia acima de alferes ou com acidentes cuja dimensão ou impacto justificam referência.
Tudo isto resulta na identificação de mais de 3.000 combatentes com dados e em moldes até agora nunca exibidos em contagens feitas às baixas em campanha.
Em números redondos, morreram nas três guerras de África: 1 general, 2 brigadeiros, 3 coronéis, 15 tenentes-coronéis, 22 majores, 100 capitães, 40 tenentes, 300 alferes, 900 sargentos e furriéis, 1.600 cabos e 5.500 soldados e marinheiros.
No final de cada um dos 13 anos desta cronologia estão listagens de todas as mortes ocorridas no ano em causa, ordenadas por data e expostas em separado por cada frente de combate. Com Angola a partir de 1961. Guiné a partir de 1963 e Moçambique a partir de 1964.
Nessas listagens constam: Nome – Posto – Data da Ocorrência – Causa da morte – Unidade Mobilizadora – Ramo e Naturalidade de cada um dos falecidos nos 13 anos de guerra.
É, na verdade, uma tarefa exaustiva de um evento histórico em que o autor foi um entre muitos milhares de participantes.
Convém sublinhar que este é um trabalho centrado sobre a guerra em si mesma, embora procure enquadrar alguns aspectos mais significativos do dia-a-dia comum como sejam: as lutas laborais, as lutas estudantis e as movimentações políticas, sociais e culturais que acontecem no decurso destes 13 anos.
A eventualidade de qualquer erro num projecto desta dimensão não retira a utilidade desta iniciativa enquanto instrumento de trabalho como são todas as cronologias. O que aqui fica poderá ser modesto na sua grandeza, mas é seguramente ambicioso no seu propósito: recordar e honrar os que morreram «lá longe, onde o Sol castiga mais».
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
APRe! - Combatente dos Comandos
Aqui vemos um combatente da Guerra de África na linha da frente na luta contra o roubo nas pensões… ou não fosse Comando.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Veteranos combatentes mal tratados pelo Estado
O tempo passa e tudo fica igual, como dantes.
“No 10 de Junho, António Barreto disse que o Estado e o povo português não trataram bem os seus veteranos de guerra (que aqui chamamos de "ex-combatentes"). É uma evidência.
Não se trata de um comportamento exclusivamente português. Acontece em todos os países quando as guerras não se ganham ou não se querem. As queixas dos veteranos portugueses da guerra colonial são as queixas dos veteranos americanos da guerra do Vietname e do Iraque: quando voltam a casa não os espera a gratidão dos seus compatriotas. Na melhor das hipóteses, espera-os a indiferença.
Em Portugal, há uma geração inteira que viveu o sofrimento das suas memórias quase em silêncio. Muitos deles nem à família contaram por o que passaram. Quanto muito, dividiram as lembranças com os seus camaradas de armas. E há milhares de homens com mazelas físicas ou psicológicas que o país foi ignorando e, em demasiados casos, deixando no mais absoluto dos abandonos.
Mas a este esquecimento injusto e habitual, juntou-se o contexto político do final da guerra. Se o 25 de Abril, o fim da guerra e a descolonização são largamente consensuais na sociedade portuguesa, o mesmo não podemos dizer da forma como as coisas aconteceram. Não vou lançar mais achas para essa fogueira que aquece ainda tantos ressentimentos. Limito-me a assumir que este é um debate que só agora pode começar a ser feito sem grandes paixões. Pela minha geração, a que não viveu estes acontecimentos.
Até hoje, o "ex-combatente" jogou um papel meramente simbólico em todas as discussões e decisões. Não ele, propriamente dito, mas a expressão que o identifica. Trata-se de um absurdo, já que foi o "ex-combatente" que fez a revolução. Os soldados, os sargentos e os oficiais de baixa patente que fizeram a guerra foram os que nos trouxeram a liberdade - os que foram enviados para África ou os que estavam na iminência de o ser.
Na verdade, a expressão "ex-combatente" foi sempre usada sem nunca se estar realmente a referir a pessoas. Ela foi um conceito político. E as pessoas concretas, com os seus dramas reais, acabaram por ser punidas por isso.
Passados 36 anos, está chegada a hora do País fazer as pazes com a sua memória. E fazer justiça à geração da guerra. Sabendo que a guerra colonial não foi decidida por eles e que eles foram, com os povos das ex-colónias, as suas principais vítimas. São eles que carregam as feridas do nosso passado. E nós falhámos ao ignorá-las.
Tudo isto parece hoje óbvio. Mas nem sempre foi. E é natural que não fosse. Os povos também precisam de tempo para sarar as feridas da guerra e começar a falar do assunto. E quando finalmente o conseguem fazer é muitas vezes tarde demais. “ ( expresso.sapo.pt )
sábado, 18 de janeiro de 2014
Fwd: (2) ANGOLA - da Costa à Contracosta
Ao que nos disseram um programa a não perder.
RTP2
Dia 22, próxima 4ª feira, 1º episódio, 21 horas.
Dia 23, próxima 5ª feira, 2º episódio, 21 horas
Documentário : ANGOLA - da Costa à Contracosta
A não perder.
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