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quarta-feira, 30 de março de 2011
Guerra Colonial - Literatura
Vamos dando a conhecer neste blog, as passagens desses livros que referenciam situações passadas na area onde esteve o nosso Batalhão.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Guerra de África
Nas noites longas de inverno, à lareira ou à roda das braseiras, as mulheres mais velhas fiavam a lã áspera de ovelha churra, girando os fusos como peões suspensos entre os dedos mágicos. Outras faziam camisolas e meias de lã grossa, que os homens usavam com as botas cardadas de brochas, chispando nos seixos da calçada.
Em nossa casa, chorava-se pelos cantos, às escondidas. Que podia eu fazer, para além de aparentar boa disposição, não parecendo afectado pela próxima partida para a guerra. Olhando em silêncio para a fogueira que crepitava na lareira, pensava na forma de lhes minorar o sofrimento. As cavacas de pinheiro atiravam-me bocados da casca soltos pelo calor. Cismava: Como é que a gente se despede da mãe para ir para a guerra?"
(In Bichos do Mato)
É uma história de homens comuns, jovens acabados de sair da adolescência, brutalmente lançados na fogueira da guerra colonial onde os seus destinos se cruzam e decidem em cenários extremos. Com eles embarcamos em paquetes de fachada, sufocamos na poeira das picadas e perdemo-nos sem esperança na escuridão das matas.
Heróis à força, arrancados aos nossos campos e cidades, lutam pela sobrevivência, prolongando sem querer a agonia de um sistema que os esquece sem remorso mal despem o camuflado.
É quase um relato que nos dá a espaços uma visão humanizada do jogo armadilhado da guerrilha, onde todos fazem de gatos e de ratos conforme a violência da surpresa e o terror do imprevisto.
Sem maniqueísmos nem excessos de violência literária, Bichos do Matos transporta-nos com naturalidade para a época e cenários da guerra colonial, reconstruídos com realismo e invulgar beleza literária.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Stress de Guerra
segunda-feira, 7 de março de 2011
Stress Pós-traumático – Guerra nunca mais sai do corpo
"Foi o contacto directo e repetido com situações de violência que marcaram estes homens, que não faziam uma guerra ofensiva e eram mais sujeitos a emboscadas e patrulhamentos. O stress de guerra não é fácil de diagnosticar e os estudos dizem que pode manifestar-se entre uma semana e 30 anos após o evento traumático. A lei portuguesa só em 1999 o reconheceu como doença, a geração que passou por ela está a entrar na reforma e a sociedade deixou de discriminar quem se queixava, sendo considerados factores favoráveis ao aumento de casos com esta doença".
quinta-feira, 3 de março de 2011
Angola – 1975 –Unidades Mobilizadas
Uma leitura do livro "Os Anos da Guerra Colonial" diz-nos que em 1975, das 21 unidades mobilizadas, Companhias de Cacadores, Cavalaria e Artilharia, 16 eram comandadas por Capitais Milicianos.
Ser´á que já não haviam capitães do Quadro Permanente?
É estranho tal ter acontecido num ano e pouco depois do 25 de Abril.
As idas foram entre os meses de Janeiro e Junho de 1975, sendo o regresso ao "puto" em Novembro do mesmo ano.
Curiosidades
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Zau Évua - capital do Bcaç2877
Assim, verificamos que a primeira unidade que se acantonou em Zau Évua foi a CCav 1464, seguida da CCav1466, que pertenceram ao BCav1868 e que estava sediado em Tomboco.
Na internet encontramos estas referencias sobre esse BCav: Veja aqui
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Zau Évua - fotos
Para ver com atenção estas fotos de Zau Évua e com aqueles que por lá ficaram depois de termos saído.
Ainda não conseguimos saber a companhia que lá ficou.
O Teixeira – o Guia?
O Teixeira não era o guia da CAC2543 e 105?
Cremos bem que sim.
Numa das nossas pesquisas encontramos este pedaço de prosa, entre muitos outros que convidamos os nossos companheiros a lerem.
OO Teixeira era um resistente - antigo caçador, adaptou à guerra o seu domínio
Ao Anos da Guerra Colonial – 1961 1975
Adquirimos o livro "Os anos da Guerra Colonial".
Vamos fazer uma colectânea de mensagens sobre diversos temas que são tratados no livro, em especial dos que dizem respeito a Angola.
Apesar de tudo, continuamos na esperança de que alguns companheiros nos remetam fotos e algumas histórias, das muitas que todos temos, para que as possamos publicar.
Vamos aguardar