Quando nos apetece escrever e quando agora o fazemos directamente para esta máquina maravilhosa a que chamaram PC, por vezes acontece que a máquina lhe dá um "bafo de bode" e deita para o lixo todos as nossas ideias e pensamentos transformados em palavras e colocadas no pequeno ecrã.
Foi o que nos aconteceu hoje pela manhã.
Num momento de nostalgia pelos momentos de tempestade passados em Angola, recordamos as enormes borrascas que por lá passamos.
Os ventos ciclónicos e as chuvadas intensas que tudo alagavam em poucos minutos.
Recordamos então o deserto que era Zau Évua de então. Hoje já nem deserto é, pois foi banida do mapa e a sua existência ao que se sabe, estará reduzida a pó e aos restos das edificações e infra-estructuras que as NT por lá deixaram construídas, tudo foi destruido.
A lembrança parou no quadro do Ganganeli que com uma singeleza e simplicidade de mestre dá uma imagem da Zau Évua de então.
Desejando a todos os ex. combatentes do batalhão 2877,um fim de ano, e um ano de 2010 muito feliz, envio estas fotos para recordar, temos em cima o José Fernandes, em baixo da esquerda para a direita,Aderito Martins,1º Cabo Nogueira,e Fernando Conceição. Um abraço para todos. JSilva
A redacção do Blog diz:
Com um abraço do nosso Blog para o nosso antigo companheiro que vai sempre rebuscando no seu bau de recordações umas fotos que nos vai remetendo, que nós agradecemos e vamos publicando.
Este pequeno filme, é dedicado a todos os que tiveram a felicidade de não sofrerem os dois anos passados na Guerra de África, muitos dos quais, infelizmente, opinam sobre o temas com o mais profundo desconhecimento do que por lá se passou e com uma frieza de espírito e até de desprezo quando emitem opiniões desabridas sobre o sofrimento dos que lá estava e daqueles que por cá ficaram. Todos na esperança do regresso.
Quem por lá passou, ficou com a amarga experiência de 2 Natais passados fora das famílias, não por ser emigrante, por estar de férias ou por qualquer outra razão ou motivo de interesse pessoal, mas, porque para tal foi obrigado.
Infelizmente, tal regresso não aconteceu para muitos.
Ao contrário dos dias de hoje, em que o profissionalismo está instalado nas forças armadas e as idas para os teatro de guerra são compensadas com gordos salários, existindo até listas de espera para voluntários, naqueles tempos, existia a obrigação de ir para a guerra, a troco de um miseros escudos.