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sábado, 25 de abril de 2020

Total de efectivos na Guerra de África


                                Total dos efectivos até 1973

Para que não se esqueçam estes "pequenos pormenores" que são esquecidos na maioria das situações em que a Guerra de África é tema de conversa, entrevista ou polémica.
Comvem saber-se do que se fala

terça-feira, 25 de junho de 2019

Cartas da Guerra - filme


Abaixo um excerto duma entrevista do realizador do filme

"Ele explica, em entrevista à Renascença. Incomodava-o saber que a guerra tinha sido "atirada para o mesmo canto do fascismo". Nem os ex-combatentes, que agora fazem excursões para ver "Cartas da Guerra", falavam dela. "Sinto que este filme tem funcionado para fazer um desfolhar da cebola.""

In ( Radio Renascença) em 01 de Setembro de 2016

A leitura dos comentários é de interesse

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Zau Évua - Morros



Aqui estão os morros que conhecemos e que muita da nossa tropa subiu para faze PO - r"posto de observação"
Hoje a picada está como está, nesta foto, mas há outras fotos em que já há estrada alcatroada.
O centro de formação da policia de Angola está sediada em Zau Évua, mas não no antigo local do nosso aquartelamento.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Combatentes mortos em Angola vão ter direito pela primeira vez a cemitério

GUERRA COLONIAL
Combatentes mortos em Angola vão ter direito pela primeira vez a cemitério

Ainda existem 586 militares do Exército português enterrados em campas espalhadas pelo território angolano.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

10 de Junho de 2017

2017

O Presidente não tem dúvidas: "Devemos-lhes muito. São uns heróis. São um exemplo" ( Em 10 de Junho de 2017)

O Presidente da República considerou hoje que o país deve muito aos ex-combatentes, elogiando-os como heróis, após quebrar o protocolo, cumprimentando antigos militares da guerra do Ultramar e populares que assistiram às celebrações do 10 de Junho no Porto.

"Devemos-lhes muito. São uns heróis. São um exemplo [para os jovens]. É uma homenagem às Forças Armadas portuguesas", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, no meio da multidão que o envolveu no fim da cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, justificando por que motivo cumprimentava toda a gente que o abordava.

"Mande-me isso lá para Belém", atirou, entretanto, o chefe de Estado, em resposta ao pedido de um antigo combatente que o abordou junto da viatura onde Marcelo entrou em direção ao aeroporto, para apanhar um avião para o Brasil, onde ainda hoje, e no domingo, prosseguem as celebrações Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

"Grande Presidente!", "Presidente, dê-me um beijo" e "Presidente, tire uma fotografia comigo" foram algumas das interpelações feitas pelas centenas de pessoas que assistiram às celebrações de hoje, junto ao Molhe, na Foz do Porto.

No fim da cerimónia militar comemorativa desta manhã, Marcelo Rebelo de Sousa cumprimentou os ex-combatentes da guerra do Ultramar, que tinham participado no desfile das várias Forças em Parada, e rapidamente foi rodeado por antigos militares e civis, caminhando "abraçado" por populares até à viatura que o aguardava na Avenida Montevideu.

O chefe de Estado presidiu hoje à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, que se realizou-se a partir das 09:00 na zona do Molhe, junto ao mar, no Porto, que há 11 anos já tinha sido palco destas celebrações oficiais e onde as celebrações arrancaram na sexta-feira.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

SPM - Serviço Postal Militar

O Correio durante a Guerra Colonial 
José Aparício 

Com a deslocação para África de grandes efectivos militares a partir de 1961, as Forças Armadas Portuguesas foram confrontadas com a necessidade óbvia de fazer chegar "O Correio" a todos os locais onde estivessem estacionadas unidades militares. 
Naturalmente, a grande maioria das forças do exército encontrava-se dispersa no mato em grandes áreas, onde não havia estações dos correios normais, muitas vezes em locais isolados e inóspitos, alguns de muito difícil acesso. 
Do antecedente o Exército Português tinha a experiência vivida na Flandres durante a 1ª Grande Guerra, quando foi criado, aprovado, e posto em execução o "Regulamento do Serviço Postal do Corpo Expedicionário Português - CEP" que serviu as tropas portuguesas em França em 1917 e 1918. 
No final dos anos 50 início da década de 60, houve necessidade de tornar operacional a Chefia do Serviço Postal da Divisão quando o Exército constituiu e tornou operacional a divisão "Nuno Álvares" integrada no SHAPE. O activar deste serviço nas grandes manobras que então ocorriam durante todo o mês de Setembro em Santa Margarida, e que envolviam cerca de 10,000 militares, aconteceu nas manobras de 1960. Para exercer as funções de chefia desse serviço postal, o Estado Maior do Exército requisitou aos serviços dos Correios um seu funcionário qualificado que graduou em Capitão, e que desempenhou com toda a eficiência a sua missão. Terminadas as manobras este quadro dos CTT regressou à sua anterior situação. 
Quando em 23Jun61 foi decidido criar um serviço de correios militar, o general Câmara Pina, Chefe do Estado Maior do Exército, requisitou de novo aos CTT o mesmo funcionário a quem, depois de graduar de novo em capitão, encarregou expressamente de organizar e pôr em funcionamento um Serviço Postal Militar no Ultramar. 
Nasceu assim o Serviço Postal Militar (SPM) tendo sido o seu primeiro responsável e Chefe do Serviço o capitão miliciano graduado ERNESTO LOURENÇO DIAS TAPADAS, que até ao fim desenvolveu um trabalho notabilíssimo. 
Aproveitando a experiência adquirida pelo Exército português na 1ª Grande Guerra, adaptou o que achou por conveniente, percebeu rapidamente todo a problemática envolvente, e estabeleceu o seu plano de acção eliminando com muita habilidade e diplomacia todas as dificuldades que foram surgindo com os 2 colossos monopolistas, que eram os CTT Continentais e os CTTU do Ultramar, e também com os serviços de Alfandega metropolitanos e ultramarinos. 
A definição dos códigos de endereços foi a tarefa imediata a que a Chefia do SPM se dedicou e que se tornou determinante para o lançamento do serviço. 
Esses códigos eram constituídos por 4 dígitos, dos quais os primeiros 3 definiam a unidade militar, e o ultimo a província ultramarina. Assim, inicialmente o digito 1 correspondia à Índia, o 2 a S Tomé, o 3 a Macau, o 4 a Moçambique, o 5 a Timor, o 6 a Angola, o 7 a Cabo Verde, o 8 à Guiné, e o 9 à Metrópole. 
Devido ao cada vez maior número de unidades em Africa, o critério inicial teve de ser rapidamente alterado, e a atribuição dos IP (indicativos postais) passou a ser feita, pelo EME para as unidades mobilizadas no continente, e pelos respectivos Comandantes Militares nos diferentes territórios para as unidades ali organizadas, mantendo-se sempre o ultimo digito definidor do território de destino. 
Um problema entretanto surgido foi com os navios da Armada que quando saíam das suas localizações iniciais, e navegavam para outros territórios, e de e para a metrópole, recebiam a correspondência com atraso. Para resolver o problema, o 4º digito 1, que inicialmente dizia respeito a Índia, passou a ser atribuído aos navios da Armada, em substituição dos dígitos recebidos inicialmente conforme os locais onde se encontravam 
Após algum tempo, a atribuição de todos os IP foi atribuída a Chefia do SPM. 
Entretanto em Agosto de 1961, depois de difíceis e complicadas reuniões entre o Secretariado Geral da Defesa Nacional , a Administração Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT) e os Correios Telégrafos e Telefones do Ultramar (CTTU), foi aprovado o celebre "aerograma", considerado um impresso-carta, isento de porte e de sobretaxa aérea, e que era constituído por 1 folha de papel com o peso máximo de 3 gramas, dobrável em 2 ou 4 partes, mas de forma que as suas dimensões depois da dobragem não excedessem os limites máximos de 150x105 mms, e mínimos de 100x70 mms. 
As regras estabelecidas para o endereço a colocar em toda a correspondência a enviar para as unidades expedicionárias obrigavam a que dele apenas constasse o nome, posto, e numero e o indicativo de SPM atribuído. 
A organização geral do SPM consistia numa Chefia em Lisboa, pelo menos uma Estação Postal Principal em cada território, e dentro destes tantas Estações Postais Secundarias quantas as que se revelaram necessárias face ao respectivo movimento postal, e ao numero de PMCs (Posto Militar de Correio), cada um destes apoiando ate 2500 homens. No fim da cadeia, havia em cada unidade um (EDPU) Encarregado da Delegação Postal da Unidade normalmente o(s) cabo(s) escriturário(s) da(s) unidade(s), que recebiam formação especifica para essas funções. 
Em 21Jul61 entrou em funcionamento em Luanda a Estação Postal Militar Principal nº 6, menos de um mês depois da criação do SPM! Quando se iniciaram as hostilidades na Guine e em Moçambique já ali se encontrava completamente operacional o SPM. 
O SPM foi um serviço totalmente constituído por milicianos, nele tendo servido 202 oficiais e 504 sargentos. O seu quadro foi constituído inicialmente apenas por funcionários dos CTT e CTTU, graduados em oficiais e sargentos conforme a sua posição hierárquica nos seus serviços. A partir de 1966 o recrutamento passou a fazer-se entre oficiais e sargentos milicianos da metrópole a quem era dado um curso específico no Centro de Instrução do SPM no Forte do Bom Sucesso em Lisboa. 
O serviço prestado pelo SPM foi notável. Muito para além dos números impressionantes de milhões de aerogramas, cartas, encomendas, vales do correio e valores declarados, por eles tratados e enviados; durante os anos de guerra a expedição média diária foi de 10 toneladas de correio(!!!) para um total transportado de 21 mil toneladas. 
É que nunca falhou, mesmo nos locais mais perigosos difíceis e isolados, e os prazos médios entre a expedição e a recepção eram mínimos. 
Só quem ali viveu esses tempos pode testemunhar o alvoroço e a alegria da chegada do correio, o conforto e ajuda que todos sentíamos pelas noticias da família e dos amigos. 
O SPM foi extinto em 10 de Julho de 1981, cessando toda a sua actividade em 31 de Dezembro de 1981. 
Com a discrição com que iniciaram os seus trabalhos, assim os terminaram, como se nada de especial tivessem feito, naturalmente sem reconhecimento público assinalável. 
O SPM que escolheu como divisa do seu guião "A vida por uma mensagem" bem a honrou ate ao fim. 
Ao Capitão Miliciano ERNESTO TAPADAS, e a todos os que integraram o SPM durante toda a sua existência, é devida uma enorme gratidão por milhões de portugueses; por todos os que, de 1961 a 1975, serviram na Índia, em Africa, em Macau e em Timor, e também por todas as suas famílias que em Portugal mitigavam as saudades e as suas angustias com as noticias dos seus filhos tão longe. 

Os que estiveram na guerra nunca os esquecem! 

Nota: 
A informação relevante acima descrita foi retirada do livro "Historia do Serviço Postal Militar" de Eduardo Barreiros e Luís Barreiros, ISBN 972-9119-65-1

terça-feira, 3 de abril de 2018

sábado, 23 de janeiro de 2016

Descolonização

QUARTA-FEIRA,

 JANEIRO 20, 2016

 Heranças da direita Como a história já demonstrou, o regime ditatorial que governou Portugal até 1974 foi incapaz de solucionar o problema colonial, provocando uma a guerra em que morreram mais de dez mil soldados portugueses. Ao fim de treze anos, a guerra não dava sinais de abrandar, e Portugal, que já a tinha perdido no campo diplomático, arriscava-se a perdê-la também no terreno. Tal situação acabou por mobilizar as forças armadas para derrubar uma ditadura que se mantinha surda aos apelos internacionais, obedecendo apenas aos interesses de uma dúzia de famílias que controlavam o país em prejuízo da restante população. O processo de descolonização antevia-se doloroso tanto para Portugal, que teve de acolher centenas de cidadãos em fuga das colónias, como para os novos países cujos partidos independentistas continuaram a digladiar-se, prolongando por dezenas de anos a luta pelo controle dos respectivos territórios. Coube a António Almeida Santos (1926 -2016), então no Ministério da Coordenação Interterritorial, que sucedeu ao extinto Ministério do Ultramar, liderar o processo de descolonização que culminou com a independência das colónias. Na sequência deste processo, o agora falecido Presidente Honorário do PS, Almeida Santos, e Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros, foram acusados de traição e vilãmente atacados pela direita saudosista da ditadura que se recusava a reconhecer o direito à independência das colónias, preferindo prolongar uma guerra que estava a exaurir o país e não poderia ser ganha.

domingo, 3 de janeiro de 2016

1969 - Julho a Outubro

Em construção

Passados todos estes anos, aqueles que pertenceram ao BCAC 2877 e ás companhias Operacionais que connosco estiveram - CCAC2530 e as 105 angolanas podem aqui reviver muito do que por lá passamos.
Aqui deixamos o relato das nossa actividades no Norte de Angola.

Aguardamos por comentários e sugestões























1970 - Fevereiro

Em construção

sexta-feira, 27 de abril de 2012

4) - Poemas da Guerra - José Niza - (coninuação)

4) - Poemas da Guerra - José Niza - (continuação)

No que me dizia respeito, sobretudo como médico, fiquei preocupado.  Numa situação semelhante, o que é que poderia fazer com os meios e experi~encia ao meu dispor?  O facto é que, como tinha investido tudo na psiquiatria, pouco ficara para as outras especialidades masi próprias de uma guerra, como as cirurgias e ortopedias. Receava que de um momento para o outro me pudessem cair em cima minas, explosões, tiros, emboscadas, fraturas, hemorregias... Não dispunha de quaisquer meios auxiliares de diagonóstico. Nem análises, nem Raiso X. Nada. Apenas o "olho clinico" e a dedicação de enfdermeiros simpáticos, formadosn à pressa, que mal sabima dar injecções. Tal como os condutores dos carros de combate, que mal sabiam guiar.  Uns e outros, foi na guerra que aprenderam. (Continua)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Zau Evua - recordações

ex-furriel Amanuense Aires junto aos brasões do Batalhão, do PelRec e do Pelotão de Sapadores.
No Brasão do Batalhão está inscrita a data da nossa chegada - 4-8-69 - a Zau Évua

sábado, 14 de abril de 2012

1) - Poemas da Guerra - Jose Niza

1) - Extractos da "introdução necessária" do livro de poemas : Poemas da Guerra  de José Niza

"O tempo e o lugar das coisas

Estar durante dois longos anos na frente de combate de uma guerra, já é uma  situação limite. Mas estar numa guerra injusta, sem sentido nem saída à vista, é demolidor.  Muitas centenas de milhares de jovens portugueses, ao longo de treze anos, passaram por esta estúpida teimosia de Salazar e dos militares ultramontanos das brigadas do reumático.
integrado no Batalhão de Caçadores 2877 como alferes miliciano médico, embarquei para Angola em meados de  Julho de 1969.  A guerra colonial já durava há oito anos e as situações em Angola, Moçambique e sobretudo na Guiné, não demonstravam sinais de qualquer progresso, antes pelo contrário.
Antes da guerra,  em 1958, 1960 e 1963, eu já tinha estado em prolongadas estadias em  Angola, que fiquei a conhecer bem, de norte a sul e do interior ao litoral.  Em 1958, nas eleições presidenciais,o General Humberto Delgado teve mais votos que Américo Tomás.  E existia organizado um movimento pró-indepêndencia branca, influenciado pela Rodésia de Ian Smith.  Eram os primeiros avisos  No verão de 1960, havia já a percepção de que qualquer coisa estava estava para acontecer, sentia-se no ar um cheiro a pólvora.  Mas o olfacto de Salazar não o sentiu.  Ou não o quis sentir.  De Angola e do seu povo, nada conhecia, só de ouvir falar. Tal como Bush em relação ao Iraque. " - continua

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Tomboco ?


Imagem rapinada na Internet

Temos vindo a procurar e conseguimos encontrar algumas referências a unidades militares e antigos companheiros de guerra que andaram pela mesma zona onde passamos os 24 meses da nossa comissão na Guerra de África.
Dai tem resultado o facto, (que não será susceptível de procedimento judicial, pensamos nós), termos encontrado algumas fotos de Ambrizete, Tomboco, Lufico, Zau Évua, Quiximba e Quiende.
Vamos publicando essas fotos.