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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tavira - CISMI

“ Oh meninas de Tavira

O que vai ser de vós agora?

Os solteiros não vos querem

Os casados tem mulher

Os milicianos vão embora”

Esta era a cantilena dos militares do CISMI- foi por aquela porta da estação do comboio, onde está a estátua dum militar fardado à época, e “a menina de Tavira”  na praça em frente, aguardando pela sua chegada, que pela primeira vez, 19 de Julho de 1969 cheguei a Tavira e passei os portões do agora Regimento de Infantaria 1.

Foi o inicio dum drama que só acabou em Agosto de 1971

 


 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

BCAC2877- uma, muitas histórias

Vamos fazer uma compilação, sempre que possivel, por ordem cronológica da historial do BCAC2877, das suas companhias, desde a sua formação, partida, estadia e regresso a Lisboa.

Aproveitamos a experiência do Dr. Niza, que passada a livro e referenciada com datas e acontecimentos, irá proporcionar a todos os que se interessarem na sua leitura, uma visão do que por lá se passou, essencialmente, no Norte de Angola, onde o BCAC esteve durante os dois anos de comissão.

 

Sobre o livro escrito por José Niza, deixamos  aqui uma notícia, publicada em tempo no jornal  escalabitano “O Mirante”

 

Sempre o temos feito, mas voltamos a pedir a quem tem fotos, histórias contadas ou por contar que nos façam chegar esses testemunhos, pois gostosamente faremos a sua  publicação

 

José Niza conta em "Golden Gate" memórias da guerra colonial 

 

A obra “Golden Gate – Um quase diário de guerra”, de José Niza, é “um livro de memórias” de uma guerra colonial que “aconteceu durante 13 anos”, escreve no prefácio o compositor residente em Santarém falecido em 23 de Setembro de 2011.O livro agora editado resulta da correspondência diária que manteve com a mulher durante o período em que esteve “naquele mato de Angola, húmido e quente”, no aquartelamento de Zau Évua, entre 1969 e 1971.

José Niza fora destacado para o contexto da guerra no Norte de Angola como médico. “Uma guerra onde o médico e o capelão eram os terapeutas do espírito mais ou menos primário e sempre psicologicamente descompensado, daqueles mancebos que, por exclusivas razões de idade, foram incumbidos de defender a Pátria contra o fluir da História”. Segundo afirma, “na consulta havia sempre mais gente que na missa”, a única excepção era a missa de Natal.

 

Das cartas enviadas à mulher, foram retirados extractos que são apresentados nesta obra como páginas de um suposto diário. A 17 de Julho de 1969 Niza escreveu: “Chegou cá a notícia de que o Salazar está muito mal, que está mesmo a morrer. Aliás, ele já morreu há dois anos. A certidão de óbito é que está atrasada”.

 

Noutro passo, com data de 10 de Dezembro de 1970, dá conta dos presentes de Natal que os militares ali destacados receberam, enviados pelo Movimento Nacional Feminino (MNF): “Um pacote de amêndoas, o que dará uma por cada soldado; meia dúzia de lâminas de barbear; o que dará uma lâmina por cada caserna; e ainda meia dúzia de pastas de dentes, o que só dará para os desdentados”.

 

“Apeteceu-me escrever à Cilinha [Cecília Supico Pinto, líder do MNF] a agradecer a amêndoa que me coube. E, como deixei crescer a barba, vou oferecer a minha parte da lâmina a quem necessitar”.

 

Há também excertos mais íntimos, e até confessionais, como a que escreveu a 6 Julho de 1970, dirigindo-se à mulher: “Gostar de ti é uma vocação, um modo de vida, uma ocupação permanente, uma invenção de sonhos, uma antecipação do tempo que há-de vir. Estás presente. Amo-te em full time”.

 

José Niza, autor de temas como “E depois do adeus”, foi médico psiquiatra, compositor e deputado e autarca do Partido Socialista em Santarém, onde durante dois mandatos presidiu à assembleia municipal. Residia em Perofilho, nos arredores de Santarém.

Como músico trabalhou com Janita Salomé, Tonicha, Paulo de Carvalho, Simone de Oliveira e Carlos do Carmo, entre muitos outros, tendo, como autor, vencido quatro festivais RTP da Canção.

 

 

 

 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Jose Niza - Golden Gate - um quase diário de guerra

Transcrevemos na parte que interessa o email recebido da viuva do nosso antigo camada – José Niza –  médico do nosso batalhão.
 Fizemos um pedido para transcrever parte do seu livro – Golden Gate – um quase diário de guerra e aqui fica a resposta.
 "Fiquei muito sensibilizada com o seu e-mail pela forma como se refere ao meu marido, que me mostra que ele não foi esquecido por aqueles (alguns, pelo menos) que com ele passaram aqueles inesquecíveis e dolorosos anos de guerra em Angola.
 Acho muito interessante a sua intenção de escrever sobre esse tempo, para que esses factos não vão desaparecendo com o passar do anos e ninguém melhor do que quem os viveu e a eles assistiu para os relatar.  
 Claro que o autorizo a transcrever o que quiser do livro do meu marido, tenho até muito gosto nisso e deixo a escolha das passagens ao seu critério.
 Agradeço muito ter-se lembrado de me oferecer o troféu de comemoração dos 45 anos do vosso embarque. Terei muito prazer em o receber e o guardar com todo o carinho em memória do meu marido que, se cá estivesse, tenho a certeza celebraria essa data com todos os seus companheiros com muito amizade e emoção."

segunda-feira, 28 de julho de 2014

BCAC2877 - Chegada a Luanda



A chegada a Luanda aconteceu, naturalmente e no meio de grande expectativa.
 Uma grande parte da cidade era visível do “Vera Cruz”, e já na altura, era uma cidade que se apresentava com grandes edifícios e a sua linda marginal e a ilha (restinga) com praia para o lado da marginal e para o Atlântico, lindíssima e de águas quentes.
 Durante a viagem e durante a noite fomos tomando consciência de que o primeiro homem tinha chegado à Lua.
Assim, ficará como marca, para sempre na nossa memória a nossa chegada a Luanda e o primeiro homem à Lua.
 Pela manhã do dia 21/07/1969 o “Vera Cruz” encostou o seu casco de aço, já com alguns anos de viagens por esses mares de África, no porto da então Luanda.
 Ao colocar o pé em terra de Angola, era dado o sinal de partida para uma longa e penosa maratona de 2 anos consecutivos nas matas do Norte de Angola.
 Seguiu-se o desembarque, a ida para o Grafanil, um imenso e complexo campo militar, que servia acima de tudo como local de chegada e partida das diversas unidades militares que passavam por Angola.
 Foram as vacinas, contra a doença do sono, dadas em quantidade e em função do peso de cada um de nós, e, curiosamente, à sombra de um enorme embondeiro.
 O desembarque, a ida para o Grafanil em comboio, tal qual como na 2ª guerra, para um campo militar que servia de “campo de expedição” de todas quanto chegavam a Angola e por aí aguardavam uns dias até à sua saída para os aquartelamentos onde muitos chegavam e também muitos não regressavam.
 Recordemos o transporte efectuado em camiões de transporte de mercadorias, com enormes taipais, com os militares dispersos por entre as suas bagagens.
 Primeira paragem em Ambrizete, com uma bela praia e o célebre Brinca na Areia, depois Tomboco, onde deixamos parte dos companheiros da CCS e da CCaç 2542 que seguiu a caminho do Norte, para o isolado acampamento do Lufico.
 Todos os outros foram seguindo, picada fora, até Quiximba, ai ficou a 2541, outros para Zau Evua, o Comando do Batalhão e parte restante da CCS e a CCaç 2543.

Assim ficou distribuído nesta fase inicial o BCaç 2877: ZAU ÉVUA, TOMBOCO, LUFICO, QUIXIMBA, QUIENDE.
 
 
 

BCAC2877 - emblema

 

Logo BCAC2877

 

 

CCAC2542 - Lufico - no Facebook

A CCAC2542 aderiu ao FACEBOOK em 07 de Maio de 2011.

Só hoje soubemos de tal acontecimento que assim fica registado com o link - https://www.facebook.com/pages/CCA%C3%87-2542/189956304383484 - e com um abraço nosso, para quem quizer visitar e comentar.

 

Pedimos aos organizadores dos seus almoços anuais de confraternização que nos contactem, no Facebook e neste blog para tentarmos aorganizar o próximo almoço na mesma data.

 

Aqui fica o convite e a sugestão

 

 

sábado, 26 de julho de 2014

Antonio Ventura Lopes - ex-Major de Operações

Quem passou por Zau Évua a partir de mais ou menos metade da comissão, recorda-se certamente deste alentejano e sportinguista dos  sete costados - Major Ventura Lopes, hoje, Brigadeiro reformado.
Sabíamos que vivia, como sempre em Beja, das inúmeras cartas que todos os anos lhe enviamos, não obtivemos resposta - a morada que constava nos nossos ficheiros não estava correcta, mas as cartas também nunca vieram devolvidas. Em Beja soubemos que tinha sido operado. Estava em Lisboa.
Já em convalescença, fomos fazer-lhe uma visita. Claro que falamos e recordamos algumas passagens da nossa vida em Zau Évua e o facto de a sua ultima comissão, antes desta em Zau Évua,  ter sido na Guiné e o cuidado que, logo que chegou, ter com a segurança do nosso aquartelamento.
Chegou a Zau Évua para substituir o então Major Varino que acabada a sua comissão regressou ao "puto". Ficou até ao regresso do BCAC2877 e, depois por lá ficou. Regressou e ainda fez uma outra comissão e quando do 25 de Abril de 1974, estava pronto para fazer a sua quarta ou quinta  comissão por terras de África.
Foi com muito prazer que mantivemos uma longa conversa e na despedida ficou agendada uma nova visita, enquanto estiver aqui por Lisboa.
Com os seus 83 anos, desejamos-lhe que recupere a normalidade do seu dia a dia e que regresse ao Alentejo o mais rapidamente possível.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Fotos - BCAÇ. 2877 - Zau Évua
















Encaminhamos os emails como os recebemos e as fotos gentilmente cedidas p+elo nosso antigo companheiro das transmissões
 
De: José Pereira [mailto:jpereira.manuel@gmail.com]
Enviada em: quinta-feira, 24 de Julho de 2014 14:34
Para: Braspg
Assunto: Re: BCAÇ. 2877
 
Boa tarde.
Chamo-me José Manuel Pereira. 
Passei pelo Bcaç. 2877 - Ccaç 2543, por acidente de percurso e foi praticamente aonde cumpri quase a totalidade da minha comissão,
Quando fui integrado no Batalhão, como radio-telegrafista, tinha o batalhão chegado a Zau-Évua à, salvo erro, 2 a 3 dias e vim embora em Março de 1971.
Antes disso, tinha pertencido ao Bcav. 1927 - Ccav. 1774, com o qual tinha embarcado em 11 de Novembro de 1967, desentendi-me com o Furriel de transmissões e acabamos por andar à mocada, o que deu como resultado da "brincadeira" prisão para os dois, eu apanhei 15 meses e ele 6.
Posto isto, a apresentação está feita, não fiz nada que tenha que me envergonhar ou arrepender.
Era conhecido pelo Pereira "velhinho", das transmissões, aliás, não havia outro.
Cumprimentos
Pereira
Em anexo envio o que entendo estar em melhores condições.
Nomes de todos os intervenientes é que já é mais complicado, espero que aqueles que se revirem nas fotos, as identifiquem. 
Nota: Também não estão por ordem, nem de data nem de lugar.
     
 
No dia 24 de Julho de 2014 às 08:20, Braspg <braspg@gmail.com> escreveu:
Bom dia
 
Vamos por partes – estamos interessados em publicar fotos do pessoal do BCAC2877, quer sejam da CCS ou de outras quaisquer companhias, o que muito agradecemos.
Se estiverem em condições de serem colocadas no nosso blog - http://bcac2877.blogspot.pt/ - ou na página do Facebook.  Agardecemos o seu envio para este email com a indicação BCAC2877.
 
Por outro lado gostariamos de identificar, pelo menos pelo nome completo e Companhia o remetente do email.
 
Temos feito todos anos almoços de confraternização e é naturl que tenha recebido correspondência nossa..
 
Aguardamos notícias
 
Um abraço
 
Braz Gonçalves
 
De: José Pereira [mailto:jpereira.manuel@gmail.com]
Enviada em: quarta-feira, 23 de Julho de 2014 22:49
Para: braspg@gmail.com
Assunto: BCAÇ. 2877
 
Boa Noite.
Aqui à dias enviei uma mensagem, através do facebook, disponibilizando-me para partilhar, com quem estiver interessado,fotos tiradas em Zau-Évua e Quiende. Fotos essas que aparecem lá muito elementos da CCS e da 43.
Como não obtive resposta, supus que a, dita, mensagem não tivesse sido entregue ou, porventura, tivesse sido mal direccionada.
Posto isto, fico à vossa disposição para partilhar as mesmas.
Cumprimentos
Pereira
 

domingo, 13 de julho de 2014

Confraternização - 2014 - Fotos

 
 
Os organizadores ( na foto acima - por cortesia de Nelson Ramos) agradecem a compreensão que todos tiveram quando em alguns momentos, se pensaria que a sala seria pequena para tantos de nós e respectivas familias. Muitos apareceram sem estarem inscritos, o que originou tal situação. Todos ficram acomodados.
Houve elogios sem conta à comida servida, quer em quantidade, quer em qualidade. A sopa, o bacalhau e especialmente o leitão, mereceram o agrado de todos e bastos elogios. Nas bebidas, igualmente, foi servido vinho de boa qualidade, com branco e o espumante bem frescos. Nas sobremesas o agrado foi igualmente dominante, e até o bolo de aniversário era uma maravilha de sabor e aparência. 
 
 
"Um artista" fez o favor de meter no "bolso" sem autorização a lata da "Cuca".
As "CUCA e "NOCAL" são do nosso tempo, mas a embalegem está modernizada
 
 
Não foi possível colocar todas as fotos por ordem
 



























 

























 Melancia (mecanico Auto), Adelino (Radiomontador)Aires (Amanuense), Messias (Fotocine), Silva ( Transmissões), Madruga (Mecanico Armamento), Antonio Amaral (Sapador), Marques (Vagomestre) , Bras (Informações e Operações), Moreira (Transmissões) e Amandio Amaral (Vagomestre)