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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Ministério da Defesa muda de poiso

Ministério da Defesa muda para o Regimento de Lanceiros

Para que serve nos dias de hoje este “monstro”?
Artur Santos Silva vai presidir ao júri do concurso de ideias para a nova sede do Ministério da Defesa em Lisboa, entre os palácios de Belém e da Ajuda.
As instalações do Regimento de Lanceiros na Calçada da Ajuda, em Lisboa, vão ser a futura sede do Ministério da Defesa, anunciou esta terça-feira o titular da pasta, Azeredo Lopes.
Numa cerimónia em que participaram o ministro da Cultura e os chefes militares, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa elogiou a escolha como a "solução realista e possível" para renovar "um espaço sem vida" localizado na importante zona turística da cidade e entre os palácios de Belém e da Ajuda.
Fernando Medina, exprimindo o seu reconhecimento pela disponibilidade das Forças Armadas em colaborar com a autarquia no sentido de encontrar as melhores soluções para o desenvolvimento da cidade, adiantou que a nova sede do Ministério da Defesa vai reforçar o caráter multifuncional do bairro da Ajuda, que sendo zona turística consegue manter espaços residenciais, de serviços e de trabalho.
Azeredo Lopes destacou a importância da escolha do edifício construído há cerca de dois séculos para sede do futuro Campus da Defesa, desde logo por permitir mantê-lo na esfera pública, promove uma melhor gestão dos recursos financeiros e porque "favorece as sinergias" entre a área militar e a Cultura.
O ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, realçou a recuperação arquitetónica de um edifício situado num eixo da cidade marcado pela sua dimensão cultural e onde, a prazo, vai nascer também o Museu dos Tesouros Reais.
As dificuldades de adaptar o edifício onde está o Ministério da Defesa, no Restelo, bem como os elevados custos que comporta (na fatura energética, por exemplo) estão na base de uma decisão que permite concentrar igualmente outras estruturas espalhadas pela cidade, informou o gabinete.
O júri do concurso de ideias que está a ser ultimado pela tutela vai ser presidido por Artur Santos Silva e vai incluir representantes das faculdades de Arquitetura de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora, dos ministérios da Defesa e da Cultura, da autarquia e da Ordem dos Arquitetos.
Com 70 mil metros quadrados, o espaço onde se insere o Regimento de Lanceiros 2 vai ter um núcleo museológico sobre a história dessa secular unidade militar que atualmente está instalada no edifício do antigo Regimento de Comandos (Amadora).

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Deficientes da Guerra Colonial

Exército acelera ações pendentes há anos de deficientes da guerra colonial

Centenas de processos de antigos combatentes a requerer o estatuto de Deficientes das Forças Armadas continuam pendentes de decisão, por falta de pessoal nos quartéis e porque a obtenção de elementos de prova é demorada
O Exército vai concentrar os juristas que tem colocados nas diferentes unidades para acelerar a conclusão dos 145 processos, de obtenção do estatuto de Deficiente das Forças Armadas (DFA), que continuam pendentes no gabinete do chefe do Estado-Maior do ramo (CEME).
A criação dessa task force foi transmitida pelo próprio CEME à Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), durante a visita de trabalho que o general Rovisco Duarte realizou ontem à sede da instituição representativa de um universo de portugueses com uma idade média de 70,6 anos.
"Não temos tempo para estar à espera" da conclusão desses processos, afirmou o presidente da ADFA, José Arruda, momentos depois de o vice-presidente Lopes Dias ter evocado os militares do Corpo Expedicionário Português enviado para a Flandres: "Estamos confiantes que não nos vai acontecer o que aconteceu com aos combatentes da I Guerra Mundial."
Com Lopes Dias a dizer que a esperança média de vida dos DFA varia atualmente entre os 71 e os 72 anos, José Arruda fez ainda questão de lembrar ao CEME que o abandono e a miséria a que foram votados os soldados do CEP depois de regressarem a Portugal "foi o que vimos nos hospitais militares quando viemos de África".
Com uma responsável da associação referir que o prazo de 16 meses definido no manual de procedimentos do Exército - para tramitação das "centenas de processos" pendentes - "não tem sido cumprido", Rovisco Duarte reconheceu a validade do principal argumento referido pela ADFA (falta de pessoal nos quartéis) para justificar alguns dos grandes atrasos existentes e que têm sido noticiados.
Contudo, até por ter estado envolvido na decisão tomada há poucos anos de descentralizar o tratamento dos processos (para diminuir tempos de espera) pelas diferentes unidades do Exército, alertou para as significativas perdas de tempo que decorrem da análise de processos que são requeridos por quem não vai conseguir o seu deferimento. "Há uma triagem que tem de ser feita no hospital [das Forças Armadas] para evitar perder tempo com casos que não têm condições" para ser qualificados como DFA.
Note-se que é considerado DFA quem tenha sofrido, no cumprimento do serviço militar e na defesa dos interesses da Pátria, diminuição da sua capacidade para obter meios de subsistência. O grau mínimo de incapacidade é de 30%, que confere direito a uma pensão de invalidez e a um abono suplementar de invalidez (quando a percentagem mínima for de 90%).
Uso de cartão de DFA, tratamento e hospitalização gratuitos em instalações do SNS, alojamento e alimentação por conta do Estado nas deslocações realizadas para adaptação de próteses e tratamentos hospitalares, transporte quando justificado, redução de 75% nos bilhetes de comboio e 50% nos voos de cabotagem internos da TAP, são alguns dos direitos concedidos aos deficientes das Forças Armadas (que também variam em função do grau de invalidez reconhecido pela junta médica).
Rovisco Duarte disse ainda aos dirigentes da ADFA que os comandantes das diferentes unidades do Exército "estão sensibilizados" para a necessidade de dar respostas céleres a esse universo de ex-militares. De qualquer forma, acrescentou, vai enviar um despacho a todos os quartéis a fim de garantir que essa prioridade não seja secundarizada.
Outra das medidas que o Exército vai tomar passa por "redistribuir os processos" entre as várias unidades, procurando que as menos sobrecarregadas contribuam para o esforço de agilizar a análise dos processos. Foi ainda com esse objetivo que o general Rovisco Duarte aceitou o pedido feito de viva voz pela ADFA. no sentido de o Exército poder "sinalizar os casos mais urgentes" de quem ainda aguarda por uma resposta "porque precisa de atendimento rápido".
RESPOSTA
Plano criado em 2015 apoia mais de 600
A ADFA exprimiu ontem a sua satisfação por, "pela primeira vez e passados mais de 40 anos" após o fim da guerra colonial (1961/74), os vários serviços militares "estarem juntos à volta da mesa" para procurar resolver assuntos relativos aos Deficientes das Forças Armadas (DFA). A afirmação foi feita pelo vice-presidente Lopes Dias, enaltecendo o esforço que Estado-Maior, Marinha, Exército e Força Aérea estão a fazer, com a Defesa, no quadro do Plano de Ação para Apoio aos Deficientes Militares criado pelo anterior governo em 2015 e que, nesta altura, permite acompanhar mais de 600 DFA em Lisboa, Porto, Coimbra, Madeira ou Açores. Note-se que desde 2017 há, no Hospital das Forças Armadas, um centro de saúde mental vocacionado para o stress de guerra.

terça-feira, 17 de abril de 2018

ALCANENA - Comemora o 25 de Abril homenageando ex-combatentes

De 21 a 25 de Abril, o Município de Alcanena vai apresentar uma programação especial dedicada as comemorações do 44º aniversário do 25 de Abril.
 Este programa vai ter início no dia 21 de Abril com o Concerto “Músicas de Zeca Afonso”, às 21:30h, no Cineteatro São Pedro, pelo Real Companhia com Ana Lains. Este espectáculo é de entrada livre.
 Já as comemorações do 25 de Abril vão começar às 10:00 nos Paços do Concelho (Praça 8 de Maio), com o Içar Solene da Bandeira, Guarda de Honra pelos Bombeiros Municipais de Alcanena, Solta de Pombos e distribuição de cravos.
 Às 10:30, haverá uma Sessão Solene Pública Comemorativa do 44º Aniversário do 25 de Abril no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alcanena. Esta sessão vai contar com as intervenções da Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, do Presidente da Assembleia Municipal de Alcanena, Silvestre Pereira, assim como dos representantes dos grupos políticos com assento na Assembleia Municipal. A sessão solene contará, ainda, com Poesia e Música de Abril.
 À tarde, das 14:00 às 18:00, na Praça 8 de Maio, haverá animação para os mais novos, com várias atividades de animação, nomeadamente: arborismo, manobras com cordas, insufláveis, tiro com arco e zarabatana, bicicletas e quadriciclos, futebol de rua, ateliês de pintura e construção e jogos tradicionais.
Às 17:00, haverá uma Homenagem aos combatentes da Guerra do Ultramar, 1961 a 1975, no Jardim dos Combatentes, em Bugalhos.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Apoio ex-combatentes

Comissão de Defesa do parlamento ouviu dois projetos para apoiar ex-combatentes no Ultramar


“É como se o pai se esquecesse do filho.” Foi com esta comparação que o major-general Cristóvão Avelar de Sousa, de 74 anos, caracterizou o que se está a passar com os ex-combatentes da Guerra do Ultramar.
A Associação do Movimento Cívico dos Antigos Combatentes e a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG) foram ontem ouvidas na comissão da Defesa Nacional, no âmbito da apresentação de dois projetos de apoio aos ex-combatentes.
“Estas pessoas estão a passar momentos difíceis no campo das psicoses porque passaram momentos dolorosos, porque viram companheiros mortos, feridos gravemente, e muitas vezes tiveram de os transportar para as unidades militares”, conta Augusto Freitas, de 66 anos, presidente nacional da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra.
Por isso, as duas associações apresentaram projetos diferentes aos deputados que compõem a comissão de Defesa. Joaquim Coelho, de 78 anos, presidente da Associação do Movimento Cívico de Antigos Combatentes, trouxe ao parlamento um projeto autossustentável que aumenta o rendimento dos ex-combatentes que recebem menos de 300 euros por mês, o que abrange mais de 110 mil pessoas.
“Aqueles que ganham agora 174 euros – que é o mínimo – até aos 300 e tal iriam receber, se for aprovado este projeto, de 74 euros até 109 euros por mês de acréscimo”, explica o presidente, acrescentando que estão também incluídos no projeto “assistência médica mais adequada, liberalizar as isenções em todas as baixas de medicação, exames médicos, análises e também consultas médicas.”
Joaquim Coelho explica ainda que este projeto não está dependente do Orçamento do Estado. À semelhança do fundo dos combatentes que existia antes do 25 de Abril, defende que o orçamento deverá provir do imposto de selo nacional, com uma taxa de 6%, juntamente com “uma migalha” dos “jogos da Santa Casa”, bem como uma pequena percentagem de 0,5% das comissões bancárias e dos seguros. “Um bocadinho de cada lado dá para juntar mais de 400 milhões de euros”, acrescenta Joaquim Coelho, o dobro do necessário por ano para sustentar o projeto.
Por outro lado, o projeto apresentado pela APVG, além das questões de saúde dos ex-combatentes, foca-se também na vertente social. “Pedimos que os nossos governantes entendam o sentido dessas pessoas, que deem outras condições sociais para que eles possam viver”, explica Augusto Freitas, acrescentando exemplos: “Que haja o cartão do combatente, o dia nacional do combatente, porque estas pessoas deram mesmo tudo pela pátria.”
Para o major-general Avelar de Sousa, mais do que o dinheiro, o importante nesta situação é o gesto. “Este mundo está como está, a perigosidade aumenta, e qualquer dia, infelizmente, podemos ter de novo de chamar a juventude ao cumprimento das suas obrigações de defesa da liberdade”, disse, para acrescentar: “Seria muito saudável que eles soubessem que a montante, em situações idênticas, houve por parte das entidades governamentais um determinado carinho relativamente a indivíduos nas mesmas circunstâncias.”


quinta-feira, 12 de abril de 2018

Poema - Militares da Guerra de África

Eram jovens e audazes,
Poucos mais do que rapazes,
Quando deixaram a terra!
Depois de curta instrução,
Passam a prontos e são,
Enviados para a guerra!

Embarcados num navio,
Num porão onde o bafio,
Era um cheiro constante!
Muitos dias sobre as águas,
Entre saudades e mágoas,
Entram num mundo distante!

E na terra do calor,
Encharcados em suor,
Em camiões transportados!
Por dentro de matas densas,
Percorrem léguas imensas,
Até ser aquartelados!

Quantas vezes na picada,
Uma mina rebentada,
Com uma carga bem forte!
Faz na coluna destroços
E alguns soldados moços,
Ali encontram a morte!

Colocados no quartel,
Não encontram pão com mel,
Mas uma fonte de perigos!
Quando a noite era chegada,
Ao hino da morteirada,
Iam dormir nos abrigos!

Nas patrulhas que faziam,
Alguns dos que nela iam,
Pelo seu pé não regressavam!
Traiçoeiras emboscadas,
Com minas e com rajadas,
Muitas das vidas ceifavam!

Para matar o jejum,
Esparguete com atum,
É rancho que mais se come!
Nesta vida de perigos,
Tinham mais dois inimigos,
Chamados, de sede e fome!

Dois anos de solidão,
Acabada a comissão,
À metrópole regressados!
E dos jovens inocentes,
Chegaram homens diferentes,
Com fama de “cacimbados”!

Passados cinquenta anos,
Estes milhares de Lusitanos,
Que um dia foram à guerra!
Hoje estão velhos e cansados,
Pelos governos desprezados,
Combatentes desta terra!

A. Bastos (Júnior)

terça-feira, 10 de abril de 2018

Zau Évua - construção da capela

Mensagem recebida através do blog do BCAC2877 que agradecemos.

Fica para a história de Zau Evua, saber-se da data da construção da capela que servia igualmente de torre de vigia durante o dia.

 

“Estive em Zau Évua na primeira parte da comissão de 68 a 70 depois formos para Malanje.

A capela foi construída nessa data pela Cª  caçadores 2307 do Batalhão 2832 onde passarmos bons e maus momentos.

Ficam as recordações”

 

Abraço a todos quantos por lá passaram.

 

Cumprimentos,

Manuel Marques Baltasar | manuelmarquesbaltasar@gmail.com

 

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Escolta do MVL - Salvador do Congo - Ambrizete em 1973

 

 

Em 31 de Janeiro de 1973, parte do relatório do CMDT da escolta do MVL entre S. Salvador e Ambrizete.

Eram cerca de 9 novas de escolta

Nesta data a escolta era feita de modo diferente dos tempos do BCAC2877.

Os grupos de combate que compunham a escolta eram os mesmos desde o inicio ao fim da escolta.

Seria que ficavam em Ambrizete para a nova escolta do MVL a Salvador?

Não seria nada mal.