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terça-feira, 24 de junho de 2014

S. João a caminho da mata do Pinhal do Rei - Fonte da Telha

Não passou despercebida a data a véspera de S. João. A Vida, por vezes não nos deixa angariar tempo para por em escrita os nossos pensamentos

O S. João -ao tempo, as tradicionais fogueiras junto dos arraiais populares não tinham a proibição do dias de hoje- estávamos em 1969. Não havia rua, bairro o lugar que não tivesse orgulho na sua fogueira. A lenha arrebanhava-se muito tempo antes para ser queimada nos festejos dos santos populares. Assim era.

Mas, sobre a tropa, era então, assim:

O Exército Português mandava  para as colónias de então os seus mancebos com seis meses de incorporação nas fileiras – muito pouco tempo para a aprendiz agem da guerra de guerrilha com que se iriam confrontar.

Antes de chegarem a África, faziam um “tirocínio” de pouco mais de uma semana em “ambiente operacional”, assim lhe chamavam – IAO, o que significava na teoria a Instrução de Ambiente Operacional.  Não passava de pouco mais que uma “semana de campo” como se fazia no final das recrutas ou das especialidades.

Nessa véspera de São João, nesse ano do nosso embarque para Angola – 1969 -  calhou a caminhada do Porto Brandão, onde a maior parte do BCAC2877 esta acantonado, para as matas do Pinhal do Rei, junto da então e da actual Fonte da Telha, praia e local de pesca artesanal, que ainda o é hoje.

Por aí fora,  fomos nós, de noite, com o calor próprio de então, suores quentes do ambiente e suores frios por desconhecermos para e  porque íamos.

Foi uma noite, uma caminhada que mais não serviu para nos mentalizar para o embarque que viria a acontecer a 12 de Julho desse anos de 1969.

Não vivemos de recordações. Mas que elas surgem nas nossa mentes, isso surgem

 

 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Autocarro - Lisboa - Mealhada e volta


Precisamos de 34 passageiros para alugar um autocarro
Estamos a pedir preços para um autocarro pequeno e para um outro maior



Pequeno pode ser este?


Maior, que dizem deste?

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cartas convite

Colocamos ainda hoje nos CTT a garnde maioria das cartas-convite que, como habitualmente, tem todos os pormenores sobre o almoço da nossa confraternização.

Para o efeito, utilizamos uma listagem de nomes e moradas que temos vindo a actualizar.  Porém, não garantimos que não haja falhas com alguns nomes, que possa ter ficado sem esse envio.

As cartas que faltam, serão remetidas para a próxima semana, igualmente via CTT.

Vamos aproveitar a oportunidade e fazer igualmente o seu envio via email, procurando obter resposta na aceitação do seu envio por este meio.

Vamos voltar a tentar, fazer uma chamada de atenção para o almoço via SMS – já enviamos alguns SMS, mas obtivemos qualquer nota da sua recepção, o que nos decepcionou, naturalmente.

Como somos teimosos, não vamos deixar de voltar a enviar alguns SMS para o alerta da data do nosso almoço.

Até lá, ficamos sempre alerta para fornecer dúvidas ou esclarecimentos sobre os temas que nos quizerem propor.

 

 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Muito Secreto

De entre a diversa documentação recebida no BCAC2877 e que passava pelas Operações e Informações do Batalhão. O Relato dos acontecimentos que abaixo se transcrevem, e remetidos ao BCAC, i a única mensagem recebida e catalogada como “ MUITO SECRETO

 

“1971

Ação Revolucionária Armada

 

Em março, a Ação Revolucionária Armada (ARA), braço militar do Partido Comunista Português (PCP), liderado por Álvaro Cunhal, destruiu 16 helicópteros e 11 aviões na Base Aérea de Tancos.

Em outubro do mesmo ano cometeu um atentado contra o Comando Ibero-Atlântico da NATO (COMIBERLANT) em Oeiras nos arredores de Lisboa.

A repressão política continua a aumentar em Portugal. É reforçada a censura à imprensa e realizado um grande número de detenções.  ((  ))

 

 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

CUCA - a cerveja do nosso tempo


25 de Abril dos ex-combatentes

Gostaríamos de deixar aqui uma mensagem de lembrança, de recordação afinal, não para nós que andamos pelas terras de África, como combatentes numa guerra, que como todas, mais destruiu que construiu, mas

para aqueles que voltaram de África. A nossa passagem pelas forças armadas foi acima de tudo, um atrazo nas nossas vidas. Para o justificar, nem serão precisas muitas frases, nem tampouco muitas palavras. A experiência de cada um fala por sí.

Muitos, doentes ou  evacuados das zonas de combate com mazelas fisicas que os atrofiaram para o resto das suas vidas, obtiveram como medalha esses maltratos fisiscos e psicológicos

Para os que por lá ficaram, MORTOS EM COMBATE OU EM DESASTRE, a vida acabou, sem honra nem glória.  O esforço de todos nós, sem excepção gorou-se, porque como era mais que sabido, e a História, deveria ter ensinado os governantes de então, guerras daquelas nunca se ganham. A guerrilha pode não matar logo, mas vai moendo as forças e as mentes dos seus inimigos.  Esse seria o inevitável fim daquelas guerras, como aliás o foram em outras partes do mundo em situações semelhantes. Inteligentes foram aqueles estados que sabendo que os ventos da História os iria levar à derrota, acabaram por negociar o fim das guerras antes de as perderem ou até de as  terem começado.

Não fora por outraS razões, serviu o 25 de Abril para acabar com o envio de mais umas dezenas de militares para África, ao sabor dum destino que não seria bom e  cujo fim não era mais que uma incerteza em cada minuto de vida por lá passado.

Lamentamos todos, certamente que o seu fim não deveria ter sido assim. Mas, como numa qualquer doença, quando o seu tratamento, por ineficaz ou tardio  gera o perigo de vida, aconteceu que foram amputados alguns orgãos para que a restante parte do corpo pudesse sobreviver.

Acabou a Guerra – bem hajam os que  promoveram o seu fim definitivo

 

 

terça-feira, 1 de abril de 2014

Zau Évua - terra de ninguem...

Meus amigos, distintos camaradas de armas, companheiros de aventura, o tempo passa e nós nem damos por isso! Tenho andado atarefado a arrumar papéis (centenas e centenas de folhas de papel vão parar ao «Papelão», para reciclar...) e encontrei umas quantas folhas dactilografadas do que foi uma das versões do meu «Zau-Évua, terra de ninguém, sítio de vivências», publicado em Maio de 2003... Deixo-vos aqui uma dessas páginas, para memória... O resto vou «arquivar» no Papelão, para reciclagem...