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terça-feira, 22 de agosto de 2006

Zau Evua - Capital do Império do BCAÇ2877



Porque estamos na véspera da data do regresso de Angola, recordamos o local onde muitos dos componentes do BCAÇ2877 passaram 24 meses da sua vida.

Hoje, agora mesmo, para os que não tiveram que passar por uma destas situações, podem compreender o desconforto de aqui viver, isolados de tudo, do contacto com o exterior, da civilização, afinal, em guerra.

As gerações actuais, os nossos filhos, os nossos netos, nos dias de hoje, ainda não conseguem entender os maus bocados que passámos.

Talvez, com algumas destas imagens, possam perceber o que foi a nossa vida naqueles tempos.

O regresso ao Puto, que se comemora amanhã, deixou gravada na nosso memória a recordação do voltar a casa, ao conforto e ao bem estar dos lares e famílias de cada um.

O pesadelo tinha ficado para trás.

Não vamos esquecer, aqueles que não regressaram connosco, assim como as suas familias, que agora recordam esses tempos de modo bem diferente de nós.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

12/07/1969 - DIA DO EMBARQUE ANGOLA


Descreve-se a seguir o que consta na Historia da Unidade , no que se refere ao dia do embarque para Angola

” Na manhã de 12JUL69 as subunidades do Bcaç 2877 deslocaram-se para o Cais da Rocha de Conde de Óbidos onde se efectuou a concentração do Batalhão. Após formatura, juntamente com o Bcaç 2878, à qual foi passada revista pelo Exmº Chefe do Estado Maior do Exercito que proferiu uma alocução de exortação às forças em parada, procedeu-se ao embarque no paquete “Vera Cruz” com destino à Região Militar de Angola.
Foi o seguinte, o pessoal embarcado sob o Comando do Comandante – Tem Cor de Infantaria – Arnaldo Carvalho Paula Santos: “

Segue a lista de todo o pessoal

sábado, 19 de agosto de 2006

Confraternização - Povoa do Varzim - Ano ?

Confraternização - Povoa do Varzim - Ano ?

O som . . .


Vamos recordar hoje, um som.

Um som que sempre teve um significado muito especial.

Quem passou por África, por esta ou aquela razão, tem sempre na mente, a medida exacta do significado de alguns sons.

Quem passou pela guerra, passou a ter um outro sentir pelo som.

Nas picadas, nas nomadizações, nas emboscadas, nos momentos de pausa no mato, para as refeições, para descanso ou para dormir, cada som parecia ter o seu significado próprio, que bulia, e, fazia crescer a adrenalina em cada um de nós, criando sempre a expectativa de um qualquer eminente acontecimento.

A ausência de som, também tinha o seu significado.

No entanto, havia um, que criava assim como que, uma efervescência, tipo Alka Seltzer, nos nossos sentimentos.

A expectativa criada era tamanha, que fazia deslocar os nossos pensamentos para um imaginário tão distante quanto a mente humana possa atingir.

Esse som fazia despertar a curiosidade, a expectativa, a comparação, o receio, o medo.

Com o seu aproximar, toda a efervescência interior se ia dissipando, passava-se daquela primeira expectativa para uma outra, em que a capacidade física se sobrepunha à mental.

A origem do som, poderia ser a mesma, mas, não ser aquela que de momento nos seria a mais conveniente. Se assim acontecesse, a tristeza abalava o nosso coração.

Quando a vista vislumbrava o avião que trazia o correio, então uma outra esperança estava criada.

A de ter correio.

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Do João Rego - Lufico

Publicamos este Email, com a ideia de que muitas outras sugestões podem no ser enviadas.

From: João Rego (Lufico)
To: zauevua@hotmail.com
Assunto [BCAC2877] 8/17/2006 07:15:04 PM Date: Thu, 17 Aug 2006 11:15:08 -0700 (PDT)
ola¡ amigos, Uma agradabilíssima surpresa! Um Blog dedicado à nossa memória. De muito interesse e utilidade. A nossa vida nada mais é que MEMÓRIA.
Bem hajam esses companheiros que organizam este espaço de recordações.
A par dos convívios anuais, o blog vai permitir prolongar esses reencontros programados numa base de maior frequência. Nunca se me apagou da memória o tempo e o modo da convivência humana proporcionada pela comissão de serviço militar em Angola, (Lufico) e o quanto fui aprendendo no contacto com todos. E tenho recordado, junto dos meus mais próximos e amigos, certas situações de onde saquei grandes ensinamentos. Se me permitem, uma sugestão: como sempre fui muito mau em reter nomes, ser-me-ia mais fácill situar-me se junto aos nomes que são referidos viesse indicado o local do quartel.
Este blog tem os dias contados (ou não) por força da sua natureza e da lei da vida. Se o batalhão embarcasse, de novo, agora, iria minguado, porque alguns de nós têm ido fazer a última comissão de serviço.
Uma forma de preservar a memória desses seria a manutenção de uma galeria de nomes e histórias associadas, para o que se teria de contar com os familiares. E desta maneira, passando a “missão” às novas gerações, o blog não acabaria.
Mais uma vez, um grande bem hajam
João Rego (Lufico)

A Guerra do Ultramar na NET

Numa pesquisa pela Internet, rápida e sem profundidade, verificámos da existencia de inúmeros " sítios" onde, são referenciados vários locais de Angola, cidades com os antigos nomes coloniais e os actuais, aquartelamentos das NT e acima de tudo, muitos sítios e blogs de Batalhões e Companhias que estiveram em missão de soberania.
Curiosamente encontramos o BCAC2878, que chegou a Angola, mais tarde que nós 3 ou 4 meses, em zona bem diferente da nossa.
Este tipo de procura, passa a ser demorada, quando passamos a ser confrontados com o desejo de visitar em pleno esses "sítios", não só pela curiosidade que suscitam, mas acima de tudo pela nostalgia que se sente quando passamos a ler os relatos e a ver as fotografias que cada um comporta.
Sem dúvida, que esta infinita fonte de informação, pela escrita, pela imagem e pelo som, que dá pelo nome da Internet, não tem limite.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

O Lopes

No dia 15 de Agosto, quando fazia umas compras num pequeno supermercado de bairro, próximo de minha casa, encontrei o Lopes.
Passados tantos anos, já não me recordava do seu nome. Conhecia bem a pessoa. A sua maneira de andar, calma e compassada, contraída e dando sempre a ideia que os seus pensamentos estavam a descobrir algo para além do infinito. Afinal de modo semelhante ao que se passava, quando em Zau Évua, todos os dias caminhava de igual modo para a rotina do dia a dia na secretaria do Batalhão
No primeiro momento, não me recordei do seu nome e, quando o interpelei, dizendo-lhe : Zau Évua diz-te alguma coisa ?
Bem, o Lopes ficou um pouco circunspecto e foi dizendo que passados tantos anos... ás vezes é dificil agente reconhecer alguns companheiros desse tempo.
É bem verdade.
Não creio que o Lopes alguma vez tenha comparecido num dos nossos almoços.
Terá evidentemente a sua razões.
Desta vez o convite para o almoço foi formal.
Falei-lhe que de vez em quando o via na baixa de Lisboa, ele sempre com aquele seu caminhar, mas que desde há muitos anos tal não tinha voltado a acontecer, talvez pelo facto de já há muito, por razões profissionais ter deixado de frequentar aquela zona da capital.
E foi assim que encontrei e convidei o Lopes para o nosso almoço de 16 de Setembro de 2006

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Atrazos

A redação, hoje, atrazou-se na chegada ao escritório.
Só a esta hora tomou contacto com o Blog.
Curiosamente, verificamos que ninguem entrou.
Ainda estamos muito verde, embora o Google já o " apanhe " nas suas pesquisas.
Assim, fica para amanhã um nosso novo Post. Vale ?

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Localozação Geográfica de Zau Évua



Sobre Zau-Evua - Angola

Fuso Horário - West Africa Time * UTC* - UTC+0100

Nacionalidade dos residentes - Angolanos

Moeda - Kwanza

Lingua utilizada - Português


Informação Geográfica

População - Não referenciada
Provincia - Zaire
Latitude -6.65000
Longitude 13.95000
Latitude (DMS) -6d -39m 0s
Longitude (DMS) 13d 57m 0s