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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

2019 - que seja um BOM ANO


Uma parte das Festas já terminaram e quando um Novo Ano se aproxima  aqui deixamos, enquanto a data do embarque que já ficou à distância de uns 50 anos, os votos de que 2019 ofereça a todos nós, família e amigos, saúde e bem estar.
Lembramos aqueles que já nos deixaram, aqueles outros que enfrentado a doença vão mantendo uma forte e desproporcionada "guerra" com a firme vontade de a vencer.
 Para todos afinal. os votos de um bom e feliz 2019

De repente,
num instante fugaz,
os fogos de artifício anunciam que
o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás.
De repente, num instante fugaz,
as taças de espumante se cruzam e vinho borbulhante anuncia que o ano velho se foi e ano novo chegou.

De repente, os olhos se cruzam,
as mãos se entrelaçam e os seres humanos,
num abraço caloroso,
num só pensamento,
exprimem um só desejo e uma só aspiração: PAZ SAÚDE E AMOR.

De repente,
não importa a nação,
não importa a língua,
não importa a cor,
não importa a origem,
porque todos, humanos, descendentes de um só Pai,
os homens lembram-se apenas de um só verbo: AMAR.

De repente,
sem mágoa,
sem rancor,
sem ódio,
os homens cantam uma só canção,
um só hino,
o hino da liberdade.

De repente,
os homens esquecem o passado,
lembram-se do futuro venturoso,
de como é bom viver.

Feliz Ano Novo!


Retirado da NET e adaptado

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Natal na Guerra de África

Natal no Quiximba


Natal em Zau Évua
Natal na Guerra

A prece da fotografia contemplada
no altar da separação
a carta triste
de quem está longe

a missa do galo na igreja
a comunhão da cerveja
a consoada de ração de combate
o sabor a medo
o silêncio do repicar dos sinos
a saudade
a paz na Terra
aos homens de boa vontade

in Poemas da Guerra de Jose Niza

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Desertores - na Guerra Colonial


*
O número de militares do Exército Português que desertaram entre 1961 e 1973 ultrapassou os oito mil, segundo uma investigação que vai ser apresentada num colóquio sobre deserção e exílio.
O número de militares do Exército Português que desertaram entre 1961 e 1973 ultrapassou os oito mil, segundo uma investigação dos historiadores Miguel Cardina e Susana Martins que vai ser apresentada num colóquio sobre deserção e exílio.
“Este número, baseado em fontes militares, é um número que peca por defeito e refere-se ao período entre 1961 e 1973. É bastante acima de oito mil e é um número importante porque, até agora, não tínhamos dados sobre o pessoal já incorporado”, disse à Lusa Miguel Cardina, um dos autores da análise histórica sobre o fenómeno da deserção da Guerra Colonial.
Miguel Cardina antecipou à Lusa algumas das conclusões do estudo apresentado na na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa.
Tínhamos algumas referências a números mas eram parcelares e faziam eco de um certo tipo de deserções. O que nós vamos mostrar é que a deserção é um fenómeno mais complexo do que aquilo que se considerava”, explicou.
Os historiadores do Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra, apresentaram os dados finais do estudo no colóquio “O (as)salto da memória: histórias, narrativas e silenciamentos da deserção e do exílio”, que se realiza na quinta-feira.
De acordo com os investigadores, o número definitivo do novo estudo sobre militares que desertaram da Guerra Colonial “pode pecar por defeito” porque ainda não é possível contabilizar os dados referentes a todos os territórios e o estudo tem como base apenas fontes do Exército.
O Código de Justiça Militar definia como desertor aquele que não comparecia na instalação militar a que pertencia num prazo limite de oito dias.
Segundo Miguel Cardina, para compreender o fenómeno da recusa de ir à guerra, além dos militares que desertaram, é preciso também considerar os refratários – jovens que faziam a inspecção mas que fugiam antes da incorporação – e os faltosos, que nem sequer faziam a inspeção militar.
“Temos dados que indicam que entre 1967 e 1969 cerca de dois por cento dos jovens que são chamados à inspecção foram refratários. Este número é certamente superior ao número dos desertores. Os faltosos são aqueles que nem sequer se apresentam à inspeção. Dados de 1985 do Estado-Maior do Exército indicam que cerca de 200 mil terão abandonado o país. Na década de 1970, cerca de vinte por cento dos jovens que deveriam fazer a inspeção já não se encontravam no país”, indicou o historiador do CES.
Para Miguel Cardina, o “processo de afastamento e fuga” da estrutura militar deve ser estudado com profundidade e, por isso, o estudo começa pelos desertores – porque não existiam números conhecidos até ao momento – mas frisou que é preciso considerar as outras categorias: os refratários e os faltosos.
“Temos de colocar estas três categorias na mesma equação, sabendo que elas são diferentes e têm uma ligação com o fenómeno da guerra, também ela diferente. É natural que, no quadro dos faltosos, a guerra possa estar presente mas não tem o mesmo peso que tem nos refratários e também nos desertores”, explicou.
Segundo o historiador, o “fenómeno dos faltosos” cruza-se com o fenómeno da emigração, sendo que uma boa parte destes jovens não estavam a “fugir da guerra” mas também da falta de perspetivas de futuro, ou seja, “a guerra podia ser” uma das motivações para o ato de emigrar.
A primeira conclusão do estudo indica, sobretudo, que a Guerra Colonial tem ainda aspetos de natureza historiográfica que é preciso aprofundar e torna evidente que a temática do exílio, da deserção e da recusa da guerra precisa de ser estudada.
Para o historiador, a ação do Movimento das Forças Armadas (MFA), em 1974, “é sem dúvida central” mas o processo revolucionário que se desencadeia logo a seguir só pode ser compreendido se percebermos que havia forças políticas e sociais que vinham a construir uma outra forma de olhar o país e a construir uma contestação à ditadura e à guerra colonial.
Sobre os militares que desertaram, Miguel Cardina indicou que “todas as histórias de fuga são individuais” e que, por isso, devem ser tidos em conta os portugueses que vão para a África e que desertam das colónias, refugiando-se em Argel ou na Europa, assim como os africanos incorporados nas forças portuguesas.
Cardina frisou que, nos anos finais do conflito colonial, há um fenómeno de africanização das tropas, “porque havia pouca gente e, por isso, havia necessidade de soldados para a guerra”, verificando-se que muitos africanos incorporados na tropa portuguesa constituem, em muitos casos, um fluxo específico de deserção.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Dia de Finados e Fiéis Defuntos



Nestes dias de Finados e de Fieis Defuntos muita gente aproveita para ir ao Cemitérios homenagear recordando parentes e amigos que já partiram. Outros, apenas relembram deles com carinho e saudade ou fazem uma oração.
Nós queremos recordar aqui, todos os nossos camaradas que no cumprimentos da sua missão ou quando já depois do regresso faleceram