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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Zau Évua - capital do Bcaç2877

Por curiosidade, repescamos do livro  Os anos da Guerra Colonial - do quadro das Unidades Mobilizadas entre 1961-1975 as primeiras unidades que estiveram sediadas em Zau Évua.
Assim,  verificamos que a primeira unidade que se acantonou em Zau Évua  foi a CCav 1464, seguida  da CCav1466, que pertenceram ao BCav1868 e que estava sediado em Tomboco.
Na internet encontramos estas referencias sobre esse BCav: Veja aqui

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Zau Évua - fotos

Para ver com atenção estas fotos de Zau Évua e com aqueles que por lá ficaram depois de termos saído.

Ainda não conseguimos saber a companhia que lá ficou.

Vejam as fotos e comentem aqui.

O Teixeira – o Guia?

O Teixeira não era o guia da CAC2543 e 105?

Cremos bem que sim.

Numa das nossas pesquisas encontramos este pedaço de prosa, entre muitos outros que convidamos os nossos companheiros a lerem.

OO Teixeira era um resistente - antigo caçador, adaptou à guerra o seu domínio

Ao Anos da Guerra Colonial – 1961 1975

Adquirimos o livro "Os anos da Guerra Colonial".

Vamos fazer uma colectânea de mensagens sobre diversos temas que são tratados no livro, em especial dos que dizem respeito a Angola.

Apesar de tudo, continuamos na esperança de que alguns companheiros nos remetam fotos e algumas histórias, das muitas que todos temos, para que as possamos publicar.

Vamos aguardar

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Guerra de África - stress

Ao fim de 37 anos, depois de um milhão de soldados recrutados, 10 mil mortos e 30 mil feridos, o país contínua sem saber ao certo quantos antigos combatentes ainda vivem com doenças psicológicas. E descobre agora que muito menos sabe quantos ainda vivem limitados com ferimentos físicos.

Uma equipa envolvendo o Min da Defesa, Inst Superior Tecnologias Avançadas, Academia Militar, Escola Saúde Militar, Centro de Psicologia Aplicada do Exercito e o Arquivo Geral do Exercito e com elementos das áreas da psicologia, sociologia, direito, engenharia e economia, dedicou-se durante dois anos a este tema e encontrou uma realidade diferente da imaginada. O grupo partiu com a ideia de que a guerra colonial provocou níveis significativamente elevados de doença de stress pós-traumático crónico, em cerca de 15 por cento do total do militares expostos a combate.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Stress - A Guerra nunca mais sai do corpo

Repescamos do Jornal Publico - revista de 30 de Janeiro de 2011, um artigo extenso  que trata da  situação de stress dos antigos combatentes da Guerra de África.
Aconselhamos vivamente a leitura e análise das diversas situações de antigos companheiros de guerra que estão completamente votados ao abandono.
" ... Um estudo científico revela que a geração de soldados feridos em combate no Ultramar queixa-se muito mais dos estilhaços e menmos do stresss pós-traumático... "

domingo, 2 de janeiro de 2011

Jose Niza

Jose Niza escreve no  jornal O Ribatejano.
Aqui está uima passagem dum artigo naquele jornal onde fala de Zau Évua

"A outra carta é também de 1971 e foi-me enviada para Zau Évua, no norte de Angola: eu estava numa guerra a sério e não propriamente a apanhar sol nas praias do Musssulo…
Dizia-me ele – no seu delíro lúcido – que ia cantar a Angola e a Moçambique e precisava que eu o acompanhasse à viola.

Texto baseado numa carta que lhe escreveu Zeca Afonso para Zau Évua.
"E então, era assim: “Se quiseres aparece, o que me daria uma enorme satisfação”… “Se tiveres possibilidade tomas um táxi aéreo ou segues de avião para Sá da Bandeira. Basta-te reservar bilhete e ou paga o exército ou o Rádio Clube de Huíla. Vê se te safas.” E rematava: “Em Moçambique poderiam oferecer-te uma passagem, tocarias em Lourenço Marques e Beira! Que tal?” Como se vê, tudo fácil e nada mais simples: trocava a guerra pelas baladas e a tropa ainda me pagava as viagens! Ok chefe!" (O Ribatejo)

Zau Evua - testemunhos

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lufico - testemunho

Testemunhos das terras por onde andámos...

"Recuar ao ano de 1966, para me situar naquele dia 9 de Maio na pequena mas linda cidade do Ambrizete, ali mesmo junto do Atlântico! Parecia um dia como tantos outros, não fosse ter na mão uma credencial passada pela minha Companhia de Engenharia, para logo pela manhã incorporar uma grande coluna de carros militares e civis, que daqui abalaria até à cidade de S. Salvador do Congo, lá mais no interior do norte de Angola. Era uma coluna de abastecimento para civis e militares, coisa já rotineira neste conflito, que era a guerra colonial.

Seguia comigo um outro camarada e grande amigo da Engenharia de nome Manuel Neto e que sempre me acompanhou desde a recruta em Paramos, até à mobilização e com quem fazia equipa nos trabalhos de electricidade, que haveria de ser necessário executar pela companhia durante os dois anos da comissão de serviço naquela colónia.
Era a primeira vez que iríamos deixar a nossa tropa da Engenharia, para um trabalho temporário, algures mais a norte, num local para nós desconhecido e que se chamava Lufico... Lembro-me perfeitamente, que ocupamos um lugar no mesmo carro, porque não conhecíamos ninguém da nossa tropa e até me recordo de ter aconselhado o Neto a não aceitar um melhor lugar num jipe, que, fora oferecido a um de nós pelo alferes - naquele dia sem divisas - da tropa do Lufico, um pouco antes da coluna arrancar do Ambrizete...
Esta grandiosa coluna seguiu intacta até ao Tomboco, e, aqui, a tropa do Lufico composta de cinco carros, separou-se para seguir rumo ao seu objectivo, que distava cerca de cem quilómetros, ou um pouco mais...
Faltaria pouco mais de trinta quilómetros para atingir o nosso objectivo e aconteceu um ataque-surpresa, montado bem perto da picada pelos guerrilheiros de um dos Movimentos de Libertação, que, no caso, seriam da FNLA ou MPLA, possivelmente, e que atingiu o jipe e um unimog, que eram a frente da nossa coluna militar. As baixas do lado da nossa tropa cifraram-se por alguns mortos e vários feridos, e, era a primeira vez, que tanto eu como o Neto, tomávamos contacto com a guerra de guerrilha e duma forma trágica para alguns daqueles jovens, e, vem-me sempre à memória, que, uma das baixas, foi precisamente o jovem maqueiro que aceitara o lugar que fora oferecido ao meu bom amigo Neto!..."