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quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Os generais deste pais

No Correio da Mnhã
2006-09-19 - 00:00:00
Segurança - Lei Orgânica veta comando a oficiais da casa
Exército coloca 11 generais na GNR


Jorge Godinho
O tenente-general Mourato Nunes é comandante-geral da GNR desde 2003..
O Exército tem onze generais em postos de comando na GNR. Por força da sua própria lei orgânica, que remonta a 1983, a GNR, que tem mais de 24 mil homens, acaba por ter um general para cerca de 2200 efectivos, enquanto o Exército, com um universo de quase 22 mil homens, tem um general para cerca de 470 efectivos.
Ao que o CM apurou, esta situação está a gerar “um descontentamento indisfarçavel” entre os oficiais do quadro da GNR.


Com um total de 58 generais, dos quais um general, 17 tenentes-generais e 40 majores-generais, o Exército, colocando onze generais na GNR, acaba por “manter estas vagas de general abertas para os militares do Exército”, acusa uma carta de um grupo de oficiais do quadro da GNR, a que o CM teve acesso.
E José Manageiro, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) reforça esta interpretação: “Abrindo vagas no Exército [com a colocação de generais na GNR], o Exército cria condições para mais promoções no [seu] ramo.”O próprio Estatuto do Militar da Guarda autolimita o acesso dos oficiais do quadro da GNR aos postos de comando, ao estabelecer como tecto máximo da carreira o lugar da coronel. Para um oficial do quadro desta força de segurança, que solicitou o anonimato, o arrastamento desta situação explica-se pela simples razão de que “sempre houve uma grande resistência do lóbi do Exército a alterações nesta matéria”.O comando da GNR foi sempre exercido por generais do Exército, mas a presença de onze militares com esta patente só acontece desde 1999. Até esta data, existiam dois generais nos postos de comandante-geral e 2.º comandante-geral da GNR. Em 1999, o Estatuto do Militar da Guarda é revisto, passando a consagrar que uma carreira de soldado a coronel na GNR, e é extinta a aplicação do Regulamento de Disciplina Militar (RDM) a esta força de segurança. Por via destas alterações, as brigadas passam a ser comandadas por generais e “o Exército ganha nove lugares de general na Guarda”, diz o presidente da APG.Face a esta situação, “os oficiais da Guarda são frontalmente contra a intromissão do Exército no seio da GNR”, diz um oficial sob anonimato. E José Mangeiro assume que “há um grande desconforto entre os oficiais da Guarda e já existe um descontentamento indisfarçável”. Por isso, frisa, “o poder político tem de tomar medidas para corrigir esta situação”. Para o presidente da APG, “o que está em causa não são pessoas, mas princípios”. Porque, remata, “neste momento, temos oficiais na Guarda que têm todas as condições para ascender ao topo mais alto da GNR”. António Bernardino, presidente da Associação Profissional Independente da Guarda (ASPIG), concorda que “deve ser dada oportunidade aos oficiais da Guarda de ascenderem ao posto de oficial general”.O CM tentou saber junto do Ministério da Administração Interna, da GNR e do Exército se, no âmbito da reforma da GNR, estão previstas alterações que permitam aos oficiais do quadro da GNR exercerem funções de comando, mas, até ao fecho desta edição, não foi possível. O CICLO DAS PROMOÇÕES MILITARESSempre que abre uma vaga de general nas Forças Armadas, essa vaga desencadeia vagas nos postos imediatamente inferiores. Por exemplo, a nomeação de um tenente-general para comandante-geral da GNR abre uma vaga neste posto no Exército.
As promoções a major-general, tenente-general e general, os postos de oficiais generais, são propostas pelo Conselho de chefes de Estado-Maior.
A aprovação cabe ao Conselho Superior de Defesa Nacional. ORGANIZAÇÃO DO COMANDO
Comandante-geral Tenente-general Mourato Nunes
Mouranto Nunes nasceu em Castelo Branco, em 12 de Abril de 1946, e tem 39 anos de serviço efectivo. Foi promovido ao actual posto em 24 de Abril de 2003
2-º comandante-geral Major-general Augusto Cabrita Foi, até Julho, chefe do Estado-Maior da Guarda, quando assumiu o 2.º comando devido à saída do general Ventura Lopes .
Chefe do Estado-Maior Major-general Brás Marcos Tem 56 anos. É licenciado em Ciências Militares. Esteve em Timor, comandou a Brigada Territorial n.º 3 e foi, de Dezembro a Julho, inspector-geral da Guarda Inspector-geral da Guarda Aguarda nomeação Com a nomeação de Brás Marcos a chefe do Estado-Maior, o cargo é exercido de forma interina pelo coronel Peixoto desde Julho. Aguarda-se a nomeação de um novo general para o cargo
Brigada de Trânsito – Lisboa Major-general Meireles Carvalho Ex-comandante da Escola de Sargentos do Exército, transitou do Exército para a GNR em Dezembro de 2004

Brigada Fiscal – Lisboa Major-general Samuel Marques MotaTomou posse no dia 3 de Fevereiro, passando a dirigir a brigada responsável pela prevenção, descoberta e repressão das infracções fiscais, em todo o território nacional
Brigada 2 – Lisboa Major-general Newton ParreiraTem mais de 50 anos e exerce o cargo há cerca de dois anos. Esta brigada é responsável pelos distritos de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal.

Brigada 3 – Évora Major-general Pires NunesTomou posse como comandante da Brigada n.º 3 a 15 de Dezembro de 2005. Tem 57 anos e comandou a Escola da Guarda em Queluz. Brigada cobre Alentejo e Algarve

Brigada 4 – Porto Major-general Morais de Medeiros Luís Miguel Negreiros Morais de Medeiros, de 55 anos, natural do Porto, tem 36 anos de serviço. Comanda há um mês a Brigada n.º 4, que abrange toda a região do Norte
Brigada 5 – Coimbra Major-general João ApolóniaTem 52 anos e foi promovido ao actual posto em 2 de Fevereiro, um dia após ingressar na GNR. Comanda os distritos de Coimbra, Guarda, Viseu, Castelo Branco e Aveiro
Escola Prática da Guarda Major-general Carlos Pinheiro Chaves Iniciou funções em Dezembro de 2005 e desencadeou uma investigação às contas da escola que levou à exoneração do presidente da administração, Manuel Pinheiro, e do chefe das compras, João Pedrosa











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Os Generais da GNR ( 11 - Onze ?)

Hoje vamos dar aqui uma pequena opinião sobre o tema em título e que tem passado despercebido pela comunicação social.
Os nossos jornalistas, esquecem-se de levar ao conhecimento público alguns temas em detrimento de outros.
Sobre o estudo feito para a GNR e PSP, muito se falou, mas esqueceu-se que no meio dessse estudo, vinha uma nota relartiva à existência de 11 generais na cadeia de comando da GNR.
Tanto general para tão pouca "tropa", ainda que a maioria até esteja no quartéis ?
Será que no nosso tempo de Angola, com uma area cerca de 14 vezes superior a Portugal, com tropas em operação por todo o território, em "Guerra", havia tanto general ?
Muito sofrem os contribuintes portugueses.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

data fixa para o Almoço Anual de Confraternização

Uma data fixa para para o nosso encontro anual será uma optima solução para que com "algum tempo" de antecedencia, cada um dos participantes possa programar os seus compromissos, conciliando datas, se esse for o caso.
Assim, durante o almoço deste ano fomos auscultando opiniões sobre o tema e, a grande maioria dos presentes foi de opinião de que no futuro, a data fixa para o almoço seria a solução.
Assim, os finais de Setembro ou Outubro, foram as datas propostas.
Falta escolher uma das duas possíveis hipóteses - ultimo sábado de Setembro ou o ultimo sábado de Outubro.
Até ao fim do ano, nos contactos que vamos fazendo, vamos defenir então a data certa para o evento.
Ficamos então a aguardar as sugestões

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

05 de Outubro de 1910

A revolução do 5 de Outubro de 1910 foi há 88 anos.

No dia 5 de Outubro de 1910 nasceu a República e a partir de 1910 ficamos a ser governados por uma República.
Foi constituído um governo provisório e Joaquim Teófilo Braga foi o primeiro Presidente.
Foi publicada a primeira Constituição em 1911 e só depois é que foi eleito o Dr. Manuel de Arriaga como o primeiro Presidente da República.
Esta revolução deu-se porque o povo estava descontente com que os reis lhe faziam.
Então, o último rei de Portugal D. Manuel II viu-se obrigado a exilar-se em Inglaterra onde morreu em 1932. Está sepultado na igreja de S. Vicente de Fora em Lisboa.

Sónia (8anos) - 4º ano
Jorge (9 anos) - 4º ano

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

A última emboscada no Ultramar - Hepatite C

DIA MUNDIAL DAS HEPATITES
A última emboscada no Ultramar

Vários especialistas defendem que os antigos combatentes no Ultramar devem ser rastreados à hepatite C, pois podem estar contaminados com este vírus que é assintomático e muitas vezes só se revela quando "é tarde demais".
Em declarações à agência Lusa, a presidente da associação "SOS Hepatites", Emília Rodrigues, disse à agência Lusa que o apelo ao teste à hepatite C é uma das principais mensagens que a organização pretende difundir desde ontem, Dia Mundial das Hepatites.Aos ex-combatentes do Ultramar, esse rastreio é "imprescindível", afirmou, acrescentando que estes homens foram vacinados [antes de ir para a guerra] com a mesma seringa, que é uma das formas de contágio do vírus."Bastava um soldado estar infectado com a hepatite C para contaminar todos os outros que foram vacinados através da mesma seringa", explicou.O hepatologista e secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, Rui Tato Marinho, também defende o rastreio e acrescenta outros comportamentos que podem ter contribuído para a infecção destes soldados."Muitos soldados receberam transfusões de sangue em virtude dos ferimentos de que foram vítimas e podem ter sido contaminados com o vírus da hepatite C", disse à Lusa.Só a partir de 1992 é que passou a ser obrigatório o teste à hepatite C no sangue utilizado para transfusões, pelo que as pessoas que receberam produtos derivados de sangue devem fazer o rastreio, lembrou o especialista, numa opinião corroborada pela presidente da "SOS Hepatites".Rui Tato Marinho acrescentou que as tatuagens eram muito populares na altura, como memória dos tempos de soldados, e podem igualmente ter contribuído para a infecção.O hepatologista vai mais longe ao recordar outros comportamentos que podem ter promovido a infecção, como a partilha de lâminas de barbear ou tratamentos dentários.A hepatite C é uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que pode levar a casos de falência hepática, cirrose e cancro. O vírus transmite-se por via sanguínea e, embora raramente, por via sexual.Em Portugal, estima-se que existam 150 mil pessoas infectadas com este vírus, embora apenas 10 mil saibam que contraíram a doença.Actualmente, a toxicodependência é o principal comportamento de risco para a transmissão da hepatite C, devido à partilha de material (seringas, agulhas e recipientes).Contudo, as tatuagens e os pircings realizados sem condições de segurança também podem ser fonte de contaminação, assim como as relações sexuais desprotegidas.Rui Tato Marinho defende o rastreio generalizado, tal como a presidente da SOS Hepatites, para quem deve ser o utente a solicitar ao seu médico de família a realização do teste à hepatite C.Além da Hepatite C, existe a hepatite A - provocada por um vírus que é absorvido no aparelho digestivo e multiplica-se no fígado, causando neste órgão uma inflamação - e a hepatite B, que é a mais perigosa das hepatites e uma das principais doenças do mundo.Ao contrário da hepatite C, para a Hepatite A e B existem vacinas.No Dia Mundial das Hepatites, a associação "SOS Hepatites" vai iniciar uma semana de sensibilização para a doença, com algumas reivindicações no programa.Durante uma semana, vão estar na baixa de Lisboa vários elementos da associação a distribuir informação sobre a doença e preservativos.A iniciativa visa ainda recolher assinaturas para levar o Governo a reforçar a vacinação da hepatite B - e não apenas nas crianças, como acontece actualmente graças ao Programa Nacional de Vacinação (PNV).A "SOS Hepatites" congratula-se com a troca de seringas nas prisões e defende mesmo o alargamento da iniciativa a outros sectores.O apelo ao teste é a principal mensagem a difundir no Dia Mundial das Hepatites, em Portugal e no resto do mundo.O cantor irlandês Bob Geldof, conhecido igualmente pela mobilização contra a fome através da música, é o rosto do Dia Mundial das Hepatites e mostra-se, por isso, "orgulhoso".Para o músico que pôs o mundo a cantar a uma só voz contra a fome em África, a existência de milhões de pessoas que nem sequer sabem que estão infectados é "inaceitável"."Faz o teste", apela o cantor irlandês e principal alma do espectáculo de solidariedade mundial "Live Aid", na sua mensagem a propósito da efeméride.Segundo a Associação Europeia para o Estudo do Fígado, as hepatites B e C matam anualmente um milhão de pessoas em todo o mundo.A hepatite C afecta mais de 180 milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto a hepatite B afecta aproximadamente 350 milhões de pessoas a nível mundial.