Visualizações

Mostrar mensagens com a etiqueta Bcaç 2877 - Angola - 1969-1971. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Bcaç 2877 - Angola - 1969-1971. Mostrar todas as mensagens

domingo, 10 de junho de 2007

10 de Junho

Que nos relevem pela omissão, todos os antigos companheiros do BCAÇ2877, por não termos feito nenhuma menção especial ao dia de hoje, data habitual da comemoração do Dia da Raça, Dia de Portugal e das Comunidades.
Eu, pessolamente recordo quando menino e moço do atarefamento das gentes da Mocidade Portuguesa de então, a quererem arregimentar jovens para as comemorações que à data se efectuavam no Estádio Nacional, aqui na area de Lisboa.
Não ia, porque não iria, tambem não tinha a dita farda, porque o dinheiro dos meus pais então era empregue de forma e por meios diferentes.
Mesmo assim, ofereciam bilhetes para emoldurar as bancadas do estádio a quem não podia ir ataviado a rigor.
Tudo isto a propósito para me relembrar do que se passava nos anos da Guerra Colonial.
As transmissões televisivas de horas e horas seguidas do Terreiro do Paço.
Posteriormente, com o 25 de Abril, tudo se alterou.
Nos dias de hoje, sei que uma comissão de Combatentes faz romaria e comemora junto ao Monumento dos Descobrimentos em Belém, esta data. Todavia, ainda não tive a garantia da "independência" da dita comissão.
Preferi, ficar todo o dia pela minha santa terrinha e até ao momento, nem a TV teve o grato prazer de me ver sentado à sua frente.
Apesar destas reticências, aqui vái um forte abraço de fraterna solidariedade para todos os nossos queridos companheiros ex-combatentes do BCAC2877 e que por lá deixaram pedaços de corpo e alma.

terça-feira, 29 de maio de 2007

quinta-feira, 3 de maio de 2007

EUSEBIO - Uma imagem - meia duzia de palavras

Fui encontrar esta caricatura no meu album de fotos antigas, tirada em Oliveira do Hospital.
Lembrei-me de a colocar dado o facto de, por motivo da sua operação, se ter falado muito dele.
Agora já está melhor, aqui fica uma pequena homenagem a EUSÉBIO

Temos vindo a reparar que tem aparecido poucos comentários.

Será que já não há criticos neste país ?

Vamos lá ler, comentar, criticar, sugerir e mandar textos e fotos para publicar.

Vamos lá procurar nas arcas velhas que estão por esses sotãos . . .

sexta-feira, 27 de abril de 2007

A D. Cidália do Bairro do Calhau e o Américo







Mesmo muito antes de ter ido visitar o nosso companheiro de armas, o Américo, já tinha conhecido a D. Cidália.
Bem, mas quem é a D. Cidália e o que tem a ver com o Américo.
Não tem nada a ver, pelo menos directamente.
Mas, talvez uma pequena explicação, ajude a justificar a razão porque passo a escreve estas linhas.
Desde há muitos anos, quase que desde que me conheço, tinha por hábito ouvir as noites e as madrugadas da rádio.
Assim fui percebendo, através de diversos programas, alguns emitidos também da vizinha Espanha, sobre temas idênticos – a solidão que acompanha os idosos, os que vivem sós e que, em desespero de causa, procuram companhia, transmitem o que lhe vai na alma, por falta de outros meios, através do contacto directo com esses programas radiofónicos.
São apresentadas situações de autentico desespero, de abandono por familiares e por amigos, que por tal sorte sentem necessidade premente e absoluta, nessas horas difíceis das longas noites e dias de solidão, de falarem com alguém, mesmo que lhes se lhes não ofereça nada, pelo menos, os oiça com respeito e compaixão.
Ora a D. Cidália, senhora dos seus setenta e poucos anos, de cujo nome, só há pouco tive conhecimento, passa parte da minha habitual hora de almoço, sentada, apanhando Sol, junto à paragem do autocarro 70 da Carris, no Bairro do Calhau, em Lisboa, ali nas faldas da serra de Monsanto.
Ora abrigando-se na própria paragem, ora sentada junto ao edifício do Centro Desportivo e Cultural daquele Bairro.
Aí existe o bar do Centro Cultural, o Bar do Bibas, alcunha de quem explora aquele bar, que serve almoços, grelhados no carvão, já muito difíceis de encontrar aqui pela Capital, e é aí onde tomo a minha refeição do almoço.
Acontece que por hábito, vou cumprimentando muitos daqueles que embora não conhecendo, mas com quem me vou encontrando amiudadas vezes.
O bom dia e boa tarde quase diário, foi-se transformando numa pequena amizade contemplativa, quase platónica.
De tal forma que, sempre que possível íamos trocando umas palavras, de circunstância, de animo, em especial nos dias frios de inverno em que a D Cidália aproveitava a revessa da parede ou da paragem do autocarro para apanhar um pouco do gratuito aquecimento oferecido pelo astro Sol.
A pequena amizade foi-se estreitando até que um dia, a provecta senhora, viuva desde há muito, me disse: Dê-me cá um beijo.
Assim foi. E assim tem sido, muitas vezes desde então.
Ora, esta pequena amizade resultou dum facto muito simples e arredado da grande maioria da população portuguesa – a falta de comunicação entre as pessoas, o egoísmo balofo e barato da presunção individualista de muitos de nós, o olhar para o lado fingindo não ver o que se passa à volta..
Afinal um cumprimento simples e banal, uma troca de palavras, pode servir de conforto, amenizar a solidão de uma qualquer D Cidália que nós possamos conhecer.
Não sei muito mais da vida da senhora. Adivinho que tem poucos recursos pela maneira de ser e de vestir. Nunca me pediu nada, para alem do beijo.
Sei isso sim que é uma pessoa carente de afecto e de simpatia.
Com uns segundos e meia dúzia de palavras que nada custam e que muito valem para um nosso interlocutor , poderemos praticar, á moda do bom escuteiro, a nossa boa acção diária.
Por isso me voltei a lembrar mais uma vez do Américo.




Adivinhem a razão do porquê...

terça-feira, 24 de abril de 2007

Almoço de Coimbra - Fotos












O Adelino a calcular o Azimute . . .
O Aires que serviu de cicerone

Melancia e Bras
Familiares em conversa


O Adelino a caminho de Carregal do Sal - Visita ao Américo
Atenção do Adelino e do Moreira para quem ?
Aires - a camin ho do Carregal do Sal
As habituais explicações sobre o Totoloto
Almoço quase a começar


















Aqui deixamos algumas fotos do Almoço do dia 01/04/2007 na Curia, em que participaram o Adelino, o Moreira, o Aires, o Melancia e o Brás e alguns familiares.








Aprovitamos a visita ao Américo (cujas fotos voltamos a publicar abaixo) e juntamo-nos na Curia onde estivemos a almoçar e a conversar durante grande parte da tarde, após o almoço, que decorreu em óptimo ambiente, o que nada espanta.








O proprietário do restaurante, amigo do Melancia, deixou-nos ficar durante quase toda a tarde à "mesa" e assim, aproveitámos para colocar a "conversa" em dia.






No final, a convite do Melancia, que mora alí perto, fomos a sua casa, onde tomámos uma bebida "para o caminho",









Se se recordam, o Adelino era Radiomontador, o Aires Amanuense, o Melancia Mecanico, o Moreira de Transmissões e o Brás de Operações e Informações. Todos furriéis.

Angola - Recordações em Fotografia









Estas fotos estavam no nosso arquivo e foram enviadas por Email pelo nosso companheiro Silva da CCAC2543




sexta-feira, 13 de abril de 2007

Almoço Curia -BCAC2877 - Angola (Furrieis da CCS)






Todos os que habitualmente tem visitado o nosso Blog, nos ultimos tempos terão notado que não temos dado tantas informação e inscrito notas no mesmo, como em tempos anteriores.

De facto não nos tem sido possível manter com assiduidade o Blog em "movimento", por várias razões que não serão importantes neste momento mencionar.


Acontece que daqui por diante, vai ser mais fácil manter o blog actualizado, com notas e fotos e com um arranjo talvez melhorado.

Não fica a promessa que tal vai acontecer já hoje, mas daqui a poucos dias, isso sim.


Umas fotos dum almoço na Curia, para aguçar a expectativa.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O Américo

O Bras, o Adelino, o Américo e o Aires
O Américo
O Américo


Não parece nada difícil escrever umas linhas sobre algo que nos diz respeito, que nos diz muito. Mas, quando começamos, uma emaranhado de ideias, de palavras, faz com que, afinal o que parecia fácil, se torna difícil.

Queremos mencionar o facto de quando em vez, essa vontade de passar os pensamentos a palavras, se evaporar ou entrar num desvio, quando uma outra qualquer motivação mais material rodeia e cerca o nosso pensamento, fazendo com que essa vontade fique em suspenso para uma outra oportunidade, onde a obrigação se sobreponha as outras mais fúteis motivações do momento
Na noite em que jogaram Benfica e o Porto, já tinha iniciado esta conversa, mas, não consegui levar até ao final esta minha divagação de passar à prosa, uma pequena aventura, que pelo seu significado, merece que seja levada ao conhecimento dos mais habituais visitantes do Blog do BCAC2877.
Desde há já uns anos que alguns furriéis da CCS tinham idealizado uma pequena confraternização, com o intuito de passarmos um dia, um pouco mais perto uns dos outros, com mais tempo para o reviver dos velhos tempos em África.
Tal aconteceu no passado Sábado 1 de Abril, em Coimbra e com almoço na Curia. Não sem que antes, o Adelino, o Brás, o Aires, alguns, com as esposas e filhos e netos, para aproveitar a oportunidade duma visita com aqueles ao Portugal dos Pequenitos, pese embora o facto das condições meteorológicas não terem sido, durante apenas a parte da manhã, nada favoráveis, pois a chuva fez-se representar na cidade do Mondego durante grande parte da manhã.
Na altura do almoço, que durou grande parte da tarde, juntaram-se também, o Melancia, o Moreira e as respectivas esposas.
Desde há muito que o Adelinho tinha tentado e conseguiu saber da morada do Américo.
Quem passou por Zau Évua, certamente que se recorda do Américo.
Quem o não conhecia !
Pois o Américo nunca apareceu aos almoços de confraternização.
O Adelino foi investigando e lá foi recolhendo informações, ficando a saber que o Américo tem uma vida muito difícil, com vários “acidentes” no seu percurso por esta terrena e difícil caminhada até à velhice.
Acidentes que lhe roubaram alguma mobilidade física, e devido à “pinguita” em excesso, alguma “mobilidade” mental, também lhe foi roubada.
Na companhia do Aires e do Adelino, com o primeiro como cicerone, lá fomos até ao Carregal do Sal, com a indicação de um contacto com um antigo patrão, agente funerário , para quem aquele em tempos trabalhara. Após diversos telefonemas, conseguimos chegar ao lugar de Póvoa das Forcadas onde reside o nosso antigo companheiro.
Não foi difícil localizar a sua morada, falar com a mulher, com uma cunhada, saber que tem seis filhos, duas raparigas e quatro rapazes e alguns netos.

O Américo vive duma pensão social baixa e vai trabalhando no campo, à jorna, para conhecidos e amigos, para aumentar um pouco mais o seu magro pecúlio.
Nesse sábado, estava a semear umas batatas para um amigo ou conhecido.

Foi fácil saber que o Américo ia almoçar num pequeno “restaurante” mesmo em frente da estação da CP do Carregal do Sal, talvez como recompensa pelo trabalho que tinha prestado.
Pedimos para não ser avisado da nossa presença e tal aconteceu, como previsto, na troca de impressões que os três tínhamos feito pelo caminho.
- O Américo não nos reconheceu à primeira, mas mesmo depois, ficámos com algumas dúvidas se de facto nos tinha referenciado.

Todavia, uma coisa foi certa, com o aspecto físico muito degradado e o mental de igual modo, bastante corroído, lá foi contando algumas peripécias que tinha passado em Zau Évua, essas conhecidas por nós, o que nos leva a crer que mantém ainda uma pequena chama acesa com a lembrança da sua passagem pela guerra de África.
Sempre se recordou quando na messe, por detrás do buraco da copa dizia – “ Furriel, não paga uma fresquinha ao Américo ? “
Recordamos quando o Américo ia a SSalvador, e ia sampre . . .. Era ele que apanhava as galinhas que mais tarde, com uma enorme catana, degolava, por detrás da cozinha da messe de sargentos, atirando-as ao ar. Mesmo sem cabeça, os galináceos ainda esvoaçavam.
Dentro do galinheiro do comerciante, fazia-se acompanhar duma bazuca e dentro do tubo daquela, trazia sempre uma ou duas galinhas, que depois juntava às do Batalhão e dizia para o Vago Mestre, que todas as galinhas podiam morrer, menos aquelas, as suas.
Não tivemos muito tempo, pois chamaram o Américo para o repasto, era um cozido e estava a esfriar, para alem disso, tínhamos que regressar a Coimbra, para seguir para a Cúria, ao encontro dos nossos familiares e dos outros companheiros, para o almoço aprazado.
O mentor desta visita, o Adelino, tinha deixado ficar em casa do Américo, uma pequena lembrança, um bolo, para ele e a família saborearem ao lanche e, quando aquele lhe disse o Américo, embora com aspecto abatido, muito envelhecido, esboçou um sorriso, um sorriso menos aberto e expressivo do de então, mas era o mesmo, um sorriso “sincero” , “agradecido”, como sempre.
Tinha sido concretizada uma aspiração de alguns anos – a visita ao Américo.
Aqui lhes deixamos, com estas palavras a homenagem ao Américo, mas não só a ele, a todos os que, como ele, foram nossos companheiros e que por as mais diversas razões, perderam o contacto connosco, mas que não estão esquecidos por muitos de nós.
A nostalgia, afina o sentido da antiga camaradagem.
O tempo passa, mas algumas recordações não se esquecem nunca.

Muitos dos nossos companheiros de então, sempre vão sendo lembrados.

terça-feira, 20 de março de 2007

Envelopes e selos



Os envelopes e os selos

Uma das maiores motivações para a manutenção dum bom estado psicológico dos militares em campanha, é o recebimento e o envio de correspondência para os familiares e amigos.
Na guerra de África, e quem por lá passou, sabe que tal aconteceu.
A tantos milhares de quilómetros de distância, quando nem se pensava ainda nas comunicações via Internet ou telemóvel, onde o telefone fixo não existia e até o sistema de transmissões militares via rádio, por vezes funcionava mal, a transmissão de notícias por via da escrita, embora muito morosa, era a base da comunicação particular para os militares.
A alegria e a tristeza era recebida ou enviada por carta, bate-estradas ou postal.
Já em tempo falámos do momento de receber o correio. Da chegada do avião ou do MVL com aquelas notícias que todos ansiavam receber, da família, da namorada ou dos amigos.
Hoje, vamos falar desses pormenores, mas antes do veículo transportador ou da embalagem das notícias. Falaremos apenas dos envelopes e dos bate-estradas, dos aerogramas.
Eram afinal, a embalagem que servia para alojar as trocas de informação de todos.
Dos envelopes, nada vamos acrescentar de novo.
São iguais aos de hoje, ou pelo menos parecidos, quer na dimensão, tipo de papel ou no grafismo incluído.
Também os havia de artesanato. Isto é, houve quem fizesse, e não era preciso muito engenho e arte, um modelo em chapa ou em cartão forte e, a partir daí, por recorte com faca ou tesoura, fabricasse com papel normal ou de cor, o dito envelope personalizado. Mas relativamente aos envelopes o que queríamos anotar, eram os belíssimos selos que à data eram utilizados. E é sobre esse tema que hoje estamos a publicar o espécimen de um desses envelopes e os lindíssimos selos.
Quanto aos bate-estradas, que eram uma “dádiva” sem qualquer custo para o “utilizador”, para além da sua leveza, tinha o inconveniente de neles não se poder escrever muito, por falta de espaço. Compensava o preço.
Quanto aos postais ilustrados, a sua grande maioria, eram fotos de muita beleza, que à data contratava com a maneira bastante pobre e atrasada dos “nativos” das diversas e vastíssimas áreas geográfica de Angola, com a curiosidade de que a sua grande maioria era produzida em Espanha e Itália

sexta-feira, 2 de março de 2007

Recordações

Aqui vos deixo, cópia duma Msg que o DIOGO nos enviou:

" LEMBRO A PRIMEIRA NOITE EM QUE ERA UMA DA MANHÃ NA CASERNA DA FERRUGEM OS VELHINHOS ATIRARAM AO TELHADO DE ZINCO UM MAMÃO VERDE DO MAMOEIRO QUE HAVIA ATRÁS DA CASERNA
QUE SUSTO MEU DEUS!...
FELICITAÇÕES FRATERNAS. "


Fernando Diogo

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

BCAC 2877 - ANGOLA - LOGO ACTUAL


Atraves duma carta de jogar que um nosso companheiro o Diogo, comercializou no Almoço de 16 de Setembro, conseguimos adaptar este Logo, com muita mais qualidade