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terça-feira, 17 de abril de 2018

ALCANENA - Comemora o 25 de Abril homenageando ex-combatentes

De 21 a 25 de Abril, o Município de Alcanena vai apresentar uma programação especial dedicada as comemorações do 44º aniversário do 25 de Abril.
 Este programa vai ter início no dia 21 de Abril com o Concerto “Músicas de Zeca Afonso”, às 21:30h, no Cineteatro São Pedro, pelo Real Companhia com Ana Lains. Este espectáculo é de entrada livre.
 Já as comemorações do 25 de Abril vão começar às 10:00 nos Paços do Concelho (Praça 8 de Maio), com o Içar Solene da Bandeira, Guarda de Honra pelos Bombeiros Municipais de Alcanena, Solta de Pombos e distribuição de cravos.
 Às 10:30, haverá uma Sessão Solene Pública Comemorativa do 44º Aniversário do 25 de Abril no Salão Nobre da Câmara Municipal de Alcanena. Esta sessão vai contar com as intervenções da Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, do Presidente da Assembleia Municipal de Alcanena, Silvestre Pereira, assim como dos representantes dos grupos políticos com assento na Assembleia Municipal. A sessão solene contará, ainda, com Poesia e Música de Abril.
 À tarde, das 14:00 às 18:00, na Praça 8 de Maio, haverá animação para os mais novos, com várias atividades de animação, nomeadamente: arborismo, manobras com cordas, insufláveis, tiro com arco e zarabatana, bicicletas e quadriciclos, futebol de rua, ateliês de pintura e construção e jogos tradicionais.
Às 17:00, haverá uma Homenagem aos combatentes da Guerra do Ultramar, 1961 a 1975, no Jardim dos Combatentes, em Bugalhos.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Apoio ex-combatentes

Comissão de Defesa do parlamento ouviu dois projetos para apoiar ex-combatentes no Ultramar


“É como se o pai se esquecesse do filho.” Foi com esta comparação que o major-general Cristóvão Avelar de Sousa, de 74 anos, caracterizou o que se está a passar com os ex-combatentes da Guerra do Ultramar.
A Associação do Movimento Cívico dos Antigos Combatentes e a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra (APVG) foram ontem ouvidas na comissão da Defesa Nacional, no âmbito da apresentação de dois projetos de apoio aos ex-combatentes.
“Estas pessoas estão a passar momentos difíceis no campo das psicoses porque passaram momentos dolorosos, porque viram companheiros mortos, feridos gravemente, e muitas vezes tiveram de os transportar para as unidades militares”, conta Augusto Freitas, de 66 anos, presidente nacional da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra.
Por isso, as duas associações apresentaram projetos diferentes aos deputados que compõem a comissão de Defesa. Joaquim Coelho, de 78 anos, presidente da Associação do Movimento Cívico de Antigos Combatentes, trouxe ao parlamento um projeto autossustentável que aumenta o rendimento dos ex-combatentes que recebem menos de 300 euros por mês, o que abrange mais de 110 mil pessoas.
“Aqueles que ganham agora 174 euros – que é o mínimo – até aos 300 e tal iriam receber, se for aprovado este projeto, de 74 euros até 109 euros por mês de acréscimo”, explica o presidente, acrescentando que estão também incluídos no projeto “assistência médica mais adequada, liberalizar as isenções em todas as baixas de medicação, exames médicos, análises e também consultas médicas.”
Joaquim Coelho explica ainda que este projeto não está dependente do Orçamento do Estado. À semelhança do fundo dos combatentes que existia antes do 25 de Abril, defende que o orçamento deverá provir do imposto de selo nacional, com uma taxa de 6%, juntamente com “uma migalha” dos “jogos da Santa Casa”, bem como uma pequena percentagem de 0,5% das comissões bancárias e dos seguros. “Um bocadinho de cada lado dá para juntar mais de 400 milhões de euros”, acrescenta Joaquim Coelho, o dobro do necessário por ano para sustentar o projeto.
Por outro lado, o projeto apresentado pela APVG, além das questões de saúde dos ex-combatentes, foca-se também na vertente social. “Pedimos que os nossos governantes entendam o sentido dessas pessoas, que deem outras condições sociais para que eles possam viver”, explica Augusto Freitas, acrescentando exemplos: “Que haja o cartão do combatente, o dia nacional do combatente, porque estas pessoas deram mesmo tudo pela pátria.”
Para o major-general Avelar de Sousa, mais do que o dinheiro, o importante nesta situação é o gesto. “Este mundo está como está, a perigosidade aumenta, e qualquer dia, infelizmente, podemos ter de novo de chamar a juventude ao cumprimento das suas obrigações de defesa da liberdade”, disse, para acrescentar: “Seria muito saudável que eles soubessem que a montante, em situações idênticas, houve por parte das entidades governamentais um determinado carinho relativamente a indivíduos nas mesmas circunstâncias.”


quinta-feira, 12 de abril de 2018

Poema - Militares da Guerra de África

Eram jovens e audazes,
Poucos mais do que rapazes,
Quando deixaram a terra!
Depois de curta instrução,
Passam a prontos e são,
Enviados para a guerra!

Embarcados num navio,
Num porão onde o bafio,
Era um cheiro constante!
Muitos dias sobre as águas,
Entre saudades e mágoas,
Entram num mundo distante!

E na terra do calor,
Encharcados em suor,
Em camiões transportados!
Por dentro de matas densas,
Percorrem léguas imensas,
Até ser aquartelados!

Quantas vezes na picada,
Uma mina rebentada,
Com uma carga bem forte!
Faz na coluna destroços
E alguns soldados moços,
Ali encontram a morte!

Colocados no quartel,
Não encontram pão com mel,
Mas uma fonte de perigos!
Quando a noite era chegada,
Ao hino da morteirada,
Iam dormir nos abrigos!

Nas patrulhas que faziam,
Alguns dos que nela iam,
Pelo seu pé não regressavam!
Traiçoeiras emboscadas,
Com minas e com rajadas,
Muitas das vidas ceifavam!

Para matar o jejum,
Esparguete com atum,
É rancho que mais se come!
Nesta vida de perigos,
Tinham mais dois inimigos,
Chamados, de sede e fome!

Dois anos de solidão,
Acabada a comissão,
À metrópole regressados!
E dos jovens inocentes,
Chegaram homens diferentes,
Com fama de “cacimbados”!

Passados cinquenta anos,
Estes milhares de Lusitanos,
Que um dia foram à guerra!
Hoje estão velhos e cansados,
Pelos governos desprezados,
Combatentes desta terra!

A. Bastos (Júnior)

terça-feira, 10 de abril de 2018

Zau Évua - construção da capela

Mensagem recebida através do blog do BCAC2877 que agradecemos.

Fica para a história de Zau Evua, saber-se da data da construção da capela que servia igualmente de torre de vigia durante o dia.

 

“Estive em Zau Évua na primeira parte da comissão de 68 a 70 depois formos para Malanje.

A capela foi construída nessa data pela Cª  caçadores 2307 do Batalhão 2832 onde passarmos bons e maus momentos.

Ficam as recordações”

 

Abraço a todos quantos por lá passaram.

 

Cumprimentos,

Manuel Marques Baltasar | manuelmarquesbaltasar@gmail.com

 

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Escolta do MVL - Salvador do Congo - Ambrizete em 1973

 

 

Em 31 de Janeiro de 1973, parte do relatório do CMDT da escolta do MVL entre S. Salvador e Ambrizete.

Eram cerca de 9 novas de escolta

Nesta data a escolta era feita de modo diferente dos tempos do BCAC2877.

Os grupos de combate que compunham a escolta eram os mesmos desde o inicio ao fim da escolta.

Seria que ficavam em Ambrizete para a nova escolta do MVL a Salvador?

Não seria nada mal.

terça-feira, 27 de março de 2018

Quiximba

QUIXIMBA

Aqui este sediada  CCAC251/BCAC2877 entre 1969 e 1971


Depois de um ano no relativo conforto de Santa Isabel, onde os riscos de guerra eram iminentes mas as acomodações e abastecimentos bastante seguros e confortáveis, no segundo ano de comissão fomos transferidos para o Zaire, com características geográficas e demográficas completamente diferentes. De comum, apenas a hostilidade mais ou menos disfarçada da população local, distribuída de forma diferente. No Uíge, pese embora a dispersão das populações provocada pela guerra, encontrávamos pequenos povoados dispersos, alguns sem qualquer presença militar ou autoridade civil visível, para além das autoridades tribais. No Zaire isso não acontecia, e os pouco povoados que vimos colavam-se a unidades militares estrategicamente distribuídas.

​Ambrizete parecia um paraíso, onde o refrigério do mar beijava uma larga e livre praia, tornando duro o virar de costas e rumar ao mato, mais do que uma centena de quilómetros inóspitos, apenas interrompidos por um "acidente" chamado Tomboco, onde se instalou a segunda companhia. Começava-se com alcatrão mas rapidamente ele cedia lugar à picada, valha a verdade que cuidadosamente mantida pela JAEA, e permitindo durante todo o ano o trânsito de todo o género de viaturas.
Quarenta quilómetros depois do Tomboco, no topo de uma colina, a estrada entalava-se entre um quartel e uma pista de aviação, e estávamos chegados a Quiximba.
A povoação seguia-se ao quartel, alongando-se pelos 600 metros da pista em descida suave, e um pouco mais longe, subindo a pequena encosta seguinte.
Havia uma simples lógica urbana na povoação: encostados ao quartel o posto do administrador local e a cantina do comerciante branco. Depois descendo a ligeira inclinação algumas filas de cubatas paralelas à estrada, voltando a subir ligeiramente na escosta seguinte cujo topo era ocupado por uma capela regularmente fechada.


Numa terra onde o único acontecimento digno de relevo era o milagre da sobrevivência diária, a nossa chegada alvoroçou tudo, e fomos surpreendidos por uma legião de mulheres à porta de armas, que se agitavam em algazarra e corriam gesticulando por fora do arame, enquanto as viaturas entravam no perímetro que lhes estava vedado, estabelecendo à distância contacto visual com os militares que desciam das viaturas, e se dirigiam aos camaradas instalados, que se preparavam para sair.
Dos primeiros contactos entre militares nasceu a explicação da agitação civil: as mulheres eram as lavadeiras que, na rendição da tropa, procuravam novos patrões.
A organização sócio-económica daquela comunidade era um caso sui-generis resultante da combinação dos poderes arbitrários duma administração autoritária com a adaptabilidade imposta pelo instinto de sobrevivência.



Tal como nos foi contada, a história de Quiximba começou alguns anos antes no Quanza-Sul, quando uma violenta sublevação dos nativos levou as autoridades a tentar cortar o apoio de retaguarda aos revoltosos, limitando-lhes o acesso às famílias,
Mulheres e crianças foram carregadas em vários camiões, e transferidas para mais de 300 km de distância, para uma terra de ninguém, suficientemente isolada para ser fácil o seu controlo.
Assim nasceu Quiximba, que, quando lá chegámos, registava uma população de cerca de mil mulheres, outras tantas crianças, e cinco ou seis dezenas de homens, maioritariamente velhos.​
Estava naturalmente instalada uma economia de sobrevivência, onde as mulheres retiravam das lavras os géneros de que subsistiam.
Dinheiro só entrava de duas maneiras: o pagamento da lavagem de roupa pela tropa, e a venda de farinha de mandioca ao comerciante branco, que em troca lhes fornecia as outras poucas outras coisas de que dependiam. Cada quilo de farinha era vendido a um escudo e, para a maioria, era o resultado do dia de trabalho que restava depois das lavras e dos filhos

Cada militar pagava mensalmente umas dezenas de escudos pela lavagem da pouca roupa que mudava regularmente, e sendo um trabalho leve, principescamente pago pelos padrões locais, a disputa de clientes era feroz.​ Um milhar de mulheres disputava uma centena de homens...
​​Gerou-se e sedimentou-se uma ética do negócio, que obrigava cada lavadeira a trabalhar apenas para um cliente. Para valorizar a qualidade do serviço oferecido (e, talvez, compensar a falta de homens na povoação, cujos contactos com o exterior eram muito limitados), convencionou-se que a lavadeira seria também propriedade sexual do patrão, o que, na gíria local era definido como um serviço abrangente, eufemísticamente designado "lavar a roupa e o quico".
Por isso as mulheres, tão produzidas quanto a sua miséria lhes permitia, se mostravam aos recém-chegados, na esperança de que a perspectiva da lavagem do quico se sobrepuzesse à questão da roupa, e lhes garantisse serem escolhidas.
Claro que, as mais velhas nem tentaram misturar-se nessa competição perdida à nascença, ficando à distância a ver o combate, algumas meditando por detrás do seu cachimbo, talvez pensando nas consequências duma rotineira relação entre as mulheres locais e os passantes militares.


Foi um ano sereno, com ambas s partes (militares e nativos) a respeitar as regras do jogo, mas, quando abandonámos o local, já depois do 25 de Abril. e com a descolonização a dar os primeiros passos e a instalar as primeiras confusões entre angolanos, era para nós um dado adquirido que, passado o tempo da ocupação branca, a população desviada seria devolvida às origens, reconstituindo na medida do possível as famílias desfeitas, e retomando o curso da vida normal.
Quiximba deveria ser hoje uma memória varrida do mapa, um espaço devolvido à natureza pela população realojada.
Não é exactamente assim:
Qualquer pesquisa pelo nome de Quiximba remete-nos para evocações militares, parecendo confirmar o desaparecimento da povoação com o fim da intervenção portuguesa, mas a verdade é que a povoação está lá, embora escondida pela substituição de nomes e grafias levada a efeito pelas autoridades angolanas.
Surgem algumas menções a Kicimba, que parecem referir-se ao mesmo local, e, mais recentemente, a Kinximba, no município do Tomboco, que não pode deixar de ser a "nossa" Quiximba.
Notícias da Angop em 2007 descrevem Kinximba e Kinzau como zonas do Tomboco ainda fortemente minadas, provocando mortes na população, e isso ajuda a perceber porque é que, ao contrário de outros sítios (Santa Isabel, ao que parece) a intervenção dos portugueses na área não foi liminarmente apagada, apenas rebaptizada.
A saída dos portugueses não foi seguida por um período calmo, onde se pudesse pensar e rectificar os desequilíbrios gerados. Pelo contrário, o período subsequente foi convulsivo, descambando numa longa guerra civil que destroçou ainda mais as precárias vias de comunicação e agudizou as divisões internas. Movimentos maciços eram impensáveis, continuando as populações confinadas e ainda mais limitadas.
Tentando adivinhar, a pista aérea é hoje terreiro de cubatas, a pele do comerciante e do administrador mudou de cor, o quartel foi arrasado ou usado para instalar as novas autoridades ou escolas, mas Quiximba continua lá, respondendo hoje pelo nome de Kinximba, e porque foi há pouco festejado o alcatroamento de N'Zeto a Mbanza Kongo, isso significa que os turistas saudosos podem fazer os 217 quilómetros de Ambrizete a São Salvador do Zaire, atravessando Tomboco, Quiximba, Zau Évua e Quiende, sem receio das minas que ainda por lá dormem.
Pelo caminho, podem aproveitar o bónus turístico de saber o que são Quiza, Cana, Finda, Baca, Cumbi, Lemo ou Quindeso, nomes que aparecem no percurso, mas nada dizem à maioria de nós


domingo, 25 de março de 2018

ZAU ÉVUA






    ZAU ÉVUA

Chama-se Zau Évua
O sítio onde
Na ponta de um pau
Existe um pano
Verde e encarnado

Era daqui
O menino negro que mataram
E não cresceu na terra que era sua
Ninguém o chorou 

Porque ninguém ficou para chorar

Neste chão
Regado pelo sangue do menino
Um pau ficou espetado
Tendo na ponta um pano
Verde e encarnado

Poema de José Niza
10 de Agosto de 1969

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Ex-camaradas do BCAC2877 falecidos

Em actualização


Por acidente ou por doença temos conhecimento que faleceram os seguintes ex-camaradas do BCAC2877

Arnaldo Carvalho Paula Santos 
CMDT
*
José Gualberto Nascimento Matias 
 Of Operações
*
João Damas Vidente 
 2º CMDT e CMDT
*
José Salvado M Dias Silva 
 Furriel do PELREC
*
Júlio Viegas Correia 
2º Sarg Op e Inf
*



José Niza
Médico
*


Alvarim Colaço Pimenta
Sapador
Ao nosso amigo e companheiro de sempre: Alvarim Colaço Pimenta
O sentimento da perda da vida, trespassa, desde que nos passamos a conhecer, milhões de vezes pelo nosso pensamento.
Quem parte para a guerra, leva consigo a esperança e a certeza. A esperança de voltar, a certeza de que tem muitas hipóteses de tal não acontecer.
Como dizia José Niza, no seu livro, " Poemas da Guerra", na dedicatória ao BCAC2877, " naquela guerra . . .onde ficámos amigos para sempre".
Na guerra isso acontece.
Criam-se amizades para sempre, algumas delas com laços mais fortes que as familiares.
Quando se perde um desses amigos, perde-se um pedaço de nós próprios.
Uma parte da nossa vida, a nossa vida, talvez nuns instantes, numas horas, nuns anos, está nas nossas mãos.
Ninguem sabe qual é esse momento.
A vida ao que se saiba, não é eterna.
Algum dia essa chama que a vem alimentando, aquecendo e iluminando, apaga-se.
A maneira abrupta, persistente, perseguidora ou violenta do acabar da vida, causa-nos estranheza, consternação, raiva, dor.
O momento em que a vida deixou de estar nas nossas mãos, foi a morte !
*

Guilherme Conceição Gouveia
  Op Cripto
(O terceiro da esquerda para a direita)
No meio


Olhando para esta foto tenho que relembrar as muitas horas de "trabalho" e de convívio que tive com o Guilhermer Gouveia, já falecido, nesta foto, está no meio. Foram muitos dias, muitos meses a conviver lado a lado, porta com porta entre o Centro Cripto e a Sala das Operações e Informações. Sabemos bem que a vida não para, mas olhando para estas fotos, não podemos nunca deixar de pensar, quão jovenms nós eramos e todo o tempo inglório que das nossas vidas por lá deixamos disperso nas matas de Angola, apenas serviu para nos tornar a vida mais dificil, complicada e atrasando o nosso futro de então.  Gouveia, era meu conterrâneo da Cova da Piedade e faleceu ainda muito jovem. Cantava o fado e sempre teve este ar de muito jovem, tinha um andar e um modo de falar muito próprio, era simpático e gaguejava um pouco. Creio que foi por sua culpa que não mais pude cheirar sequer uma bebida horrorosa a que chamam Martini - no dia do seu aniversário, fizemos uma pequena festa acompanhada de 7UP e Martini e nesse dia, bebi mais Martini que 7UP. No dia seguinte, fiquei com a boca a "saber a papéis de música" e com a certeza de que não beberia mais aquele produto quimico. E assim foi até hoje. São recordações em manhã de Domingo, chuvoso, triste, como muitos daqueles que por lá tivemos que passar. 

Estou a aguardar que chegue o MVL a caminho de SSalvador, porque hoje  é  Domingo.  
Um abraço aos que nos visitarem
*

Manuel Bastos Rico
Oper Mensagens
*


Carlos Alberto Oliveira Camilo
Transmissões
*
Fernando Garcia  
Radio Montador
*
José Albano Coletra
*

José Costa
*

José Pereira Ribeiro
Escriturario
*

Manuel Pereira Gomes
Capelão
*


José Albano Coletra

*
Adelino Almeida Figueiredo

*

António Pimentel Fontes
Sacristão
*



João Luís Rosa Valadas
2018


Joaquim Raposeiro Azevedo - faleceu

Luto

Joaquim Raposeiro Azevedo faleceu vitima de doença prolongada


 Aqui o vemos entre a esposa, que faleceu igualmente com doença prolongada o seu  camarada da CCAC2543 - Fernandes.
Para quem o conheceu e com ele lidou,  na CCAC2543 e posteriormente, sabe da amizade que granjeou entre todos os que com ele comparticiparam momentos de vida em conjunto.
Um ex-camarada e um fiel e inveterado amigo nos deixou, com ele a saudade de muitos de nós



Antigos combatentes - guia prático


Para ler aqui:  Guia Prático

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Padre Manuel Pereira Gomes - que foi capelão do BCAC2877 faleceu





Fotos da confraternização de 2011

Morreu na  passada  terça feira 19 de Setembro de 2017,  o padre Manuel Pereira Gomes que foi o Capelão do BCAC2877 - Angola 1969-1971. O sacerdote da Companhia de Jesus estava há vários anos a residir na Póvoa de Varzim na Basílica do Sagrado Coração de Jesus. Recentemente completou 50 anos de sacerdócio na terra que o acolheu nos últimos tempos. Curiosamente, o jesuíta tinha partida prevista para outra localidade no próximo domingo, altura em que a paróquia da Matriz passará a liderar os destinos da Basílica. A morte acabou por chegar aos 79 anos, depois de uma vida dedicada à pedagogia e à educação. Era reconhecido pelos próximos como uma pessoa afectiva, entusiasta e acolhedora. O velório realizou-se a partir das 17h30 e o funeral foi no dia seguinte,  com missa de corpo presente na Basílica às 15h.

Notícia em "Jesuitas em Portugal"

"Faleceu no dia 19 de setembro o padre Manuel Pereira Gomes. O sacerdote jesuíta estava na comunidade da Póvoa do Varzim sofreu um problema cardíaco, tendo morrido de forma repentina e inesperada. Tinha 79 anos, 63 de Companhia e tinha celebrado este ano 50 anos de sacedócio.
 Manuel Pereira Gomes nasceu em 1938 na Mata do Fárrio, Freixianda, Ourém. Fez o curso da Escola Apostólica de Macieira de Cambra, entre 1949 e 1954.
Entrou na Companhia de Jesus a 7 de setembro de 1954, para o noviciado de Soutelo, em Braga. Dois anos depois fez o juniorado também em Soutelo, durante três anos, iniciando posteriormente os estudos em Filosofia em Braga, entre 1959 e 1962. O período de magistério foi passado em Cernache.
 Os estudos de Teologia foram feitos em Espanha, em Granada, durante quatro anos, tendo terminado em 1968. Ainda antes de os finalizar, recebeu a ordenação sacerdotal em Fátima, no dia 15 de julho de 1967.
 A sua atividade apostólica pós-ordenação aconteceu em terras africanas, em Angola, onde foi capelão militar de 1968 até 1971. Aí retornou à Província e foi destinado ao Instituto Nun'Álvres, nas Caldas da Saúde, como professor e espiritual dos alunos do 3º ciclo. Durante este período foi também diretor do curso complementar. Em 1979, assumiu o cargo de diretor pedagógico do Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache
Em 1987 foi para a residência de São Francisco Xavier, em Lisboa, como delegado da Educação para os Colégios e foi também vice-presidente da Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.
 Em 1990 voltou para o Instituto Nun'Alvres, em Santo Tirso, onde assumiu o cargo de Diretor Pedagógico, mas continuando como delegado de educação para os colégios.
Quinze anos depois, voltou à Faculdade de Filosofia, em Braga, para exercer o cargo de professor. Até 1999 colaborou com o grupo de reflexão e análise dos colégios. A partir do ano seguinte, 2000, ficou somente como professor de diversas disciplinas na Faculdade de Filosofia.

 Em 2009 foi enviado para a comunidade da Póvoa do Varzim, onde colaborou nos ministérios apostólicos da comunidade e da Basílica do Sagrado Coração de Jesus. Aqui acabou por morrer, de forma repentina, no final do verão, numa altura em que a Companhia tinha decidido deixar esta missão da Póvoa, entregando a basílica à Arquidiocese de Braga. O Padre Manuel Pereira Gomes não chegou, por isso, a ser enviado para a Paróquia de São Pedro, na Covilhã, onde estava destinado."