quinta-feira, 31 de maio de 2012

Guerra Colonial - Guerra de África

Foi por aqui que nós andamos
Uma parte do nosso esforço que por lá deixamos,
 está a ser roubado hoje às nossas pensões de reforma.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

RETALHOS da nossa vida em Zau Évua

Com as novas tecnologias que introduziram na maquinaria um sem número de novas funções, quase que hoje não se é obrigado a carregar no botão para colocar um engenho doméstico em funcionamento.
Isto a propósito das máquinas de lavar roupa - cada vez mais modernas e sofisticadas.
Mas que tem a ver esta conversa com Zau Évua ou com o Bcac2877?
Tem a ver e muito.
Então passemos a contar o que se passava com a lavagem da minha roupa durante os dois anos de campanha.
Fui sempre eu que tratei da minha roupa meu companheiro de quarto, o Adelino,  rádio montador de profissão na Guerra, arranjámos uma máquina de lavar que  era composta pelos seguintes elementos: uma celha de madeira, feita dum antigo barril de vinho cortado a mais ou menos 3/4, um sistema de colocação de detergente manual ( colocava-se o detergente à mão dentro da celha e mexia-se durante algum tempo para dissolver o detergente),  a roupa metida de seguida na celha e mexia-se bem com um centrifugador composto pelas nossas mãos e deixa-se em repouso  até ao dia seguinte, normalmente pela hora do almoço.
Nessa altura, colocava-se a celha no centrifugador,  debaixo do chuveiro, passava-se a roupa por água limpa  e punha-se a secar, junto ao arame farpado.
Havia dias em que o calor era tanto que ao fim da segunda ou terceira ida ao arame farpado, já trazíamos a primeira peça de roupa por se encontrar seca.
E assim era  a nossa máquina de lavar roupa no Zau Évua

terça-feira, 22 de maio de 2012

Caixa de música

Naquele tempo já havia a loja do chinês em Luanda e era aí que se
compravam algumas "prendas" quando do regresso ao "puto". Aqui lhes
deixamos foto de um exemplar de "caixa de música" que se usava na
altura para a guarda de jóis e outros pequenos utensílios

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Hospital Militar

Acabaram os diversos Hospitais Militares, pois já não era sem tempo.
Os milhões de Euros que se foram por ali gastando em tempos de paz.

para quem passou pela Guerra de África, como ex-combatente e com maselas fisicas ou psicológicas será que a partir de agora pode ser consultado num dos 2 hospitais?
Leia mais aqui

Ilha do Mussulo - Artesanato

Peça de artesanato adquirida em Julho de 1971 na Ilha do Mussulo - Angola

domingo, 20 de maio de 2012

Angola - Tomboco - Artesanato - 1969-1971

Aqui vos deixamos mais uma peça de artesanato angolano da zona do Tomboconos anos 69/71 - normalmente trazida por Viegas um assalariado do aquartelamento de Zau Évua

Zau Évua



Para alêm do "aquartelamento" estes eram os simbolos de Zau Évua

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Pensamentos e realidades

Por vezes e são muitas as vezes, muitos dias,que não colocamos, fotos ou escrevemos uma pequena mensagem que seja, aqui neste meio de comunicação global e universal.
Por estranho que pareça, e isto aconteça connosco, em cada momento que abrimos a porta do blog, para colocar uma foto ou escrever meia dúzia de palavras, como agora estamos a fazer, sempre nos assalta o pensamento umas tantas recordações de algo que tem a ver com Angola ou com a Guerra.
Não conseguimos  por enquanto, recolher informação da razão de tais acontecimentos.
Não existe sensação de tristeza, de alegria  ou de ressentimento pelos anos que por lá andamos.
Que os pensamentos se cruzam, isso sim, os de lá, com os de cá, sem razão aparente.
Vamos continuar a busca da razão de tais acontecimentos.  Esperemos que não haja nunca razão sobeja para procurar acompanhamento médico para tal situação, se ela se agravar.
Apesar de tudo, deixamos aqui ficar esta nossa experiência, que não sendo diária, persiste em nos acompanhar em muitos momentos do dia a dia.

Tomboco - artesanato


Peça de artesanato dos anos 69 a 1971 adquirido no Tomboco, quando da nossa estadia no Norte de Angola

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Jose Niza

Última carta a José Niza

Meu Caro Zé:

Sei que a minha carta anterior ainda chegou a tempo mas que já não houve tempo para mais nada. Partiste hoje, em paz com mundo que amaste, com os poetas que viveste, com os músicos que tocaste, com os teus poemas e músicas, connosco, afinal, no coração. Hoje, agora, Depois do teu Adeus, deixo-te outra vez um abraço, pois sei que a Morte não existe. Um abraço de lágrimas, é certo, que é com mágoa profunda que sei da tua partida, quando tanta falta fazias a este país e a Santarém. A tua partida é o mais rude golpe que a crise provocou na cidade do teu coração.E sei que conforme sabe da trágica notícia, a tua cidade chora por ti. Mas alegra-te, homem, que é um choro de aplauso, de gratidão, de reconhecimento, de admiração, de afecto por um dos seus melhores filhos. E não te perturbem estas palavras molhadas com que te digo Adeus até Depois do Adeus. São escritas por lágrimas ditadas pela coração. Adeus, meu querido amigo. Até depois Adeus.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Luanda

                                                                                               Recordar . . .

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Luanda

    Foi aqui neste cais, que desembarcamos em Julho de 1969 e neste mesmo local fizemos o regresso em Agosto de 1971