Militares

Certamente que custa muito prsenciar toda esta campanha dos "profissionais da Guerra ou da Paz", conforme lhes queiramos chamar.

Hoje, todos, sem excepção, desde o soldado mais simples e generoso ao mais ilustre e condecorado general ou almirante, são profissionais.

Melhor, uns sempre tomaram como forma de vida, a militar.

Outros, passaram desde há uns tempos para cá, a enveredar pelo mesmo caminho.

Na sua maioria, nem com um pé estiveram na Guerra de África.

Aqueles que por lá passaram, e nesse caso, foram "voluntários forçados" continuam um pouco ao sabor das esmolas dos diversos governos perante sucessivas e mais que justas reenvidicações.

Num momento em que o país e o mundo estão em grave crise, não se pode aceitar, na maior parte das suas reenvidicações a sua postura.

Primeiro, contra o estado e contra a grande maioria dos cidadãos que, com os seus impostos, fruto do seu trabalho, contribuem e garantem directamente para, a manutenção "eterna" dos seus postos de "trabalho", coisa a que a maior parte do mais comum dos mortais destes país não tem – trabalho e salário, por volta do dia 20 de cada mês.

Podem ter muitas razões materiais.

Mas acima de tudo, devem considerar a justeza moral dos seus procedimentos.

A este propósito, recorda-se a diferença entre uma perna partida entre um militar e um civil. Será que é para isso que servem "tantos" hospitais militares ?

Lisboa, três hospitais – exército, marinha e força aérea. Constipações, gastritres, úlceras ou cancro no pulmão, são tratados de modo diferente em cada uma destas unidades?

E os familiares? Estão contaminados pelos mesmos tipos de doenças, únicas para serem tratadas só naqueles hospitais ?

Per capita, não serão os militares e seus familiares que gastam mais dinheiro aos contribuintes nesse tipo de assistência ?

Atenção que o Zé Povinho, em cada dia que passa fica a saber quanto custo, manter em "estado de alerta" toda esta "gentinha"

Tantos anos depois, recordamos a existência de 12 Generais na GNR.

Como era, ou é isto possível ?

Por alturas da guerra de África, não creio que existissem tantos generais ao serviço em Angola ou Moçambique.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Angola . . . para sempre


<7HEAD>




Com muito atraso, aqui deixamos a troca de correspondência com o autor do livro ZAU ÉVUA, terra de ninguêm, sítio de vivências e, tambem autor de um novo livro.




From: josemartins51@hotmail.com
To: zauevua@hotmail.com
Subject:
Date: Fri, 15 Aug 2008 07:53:32 +0000

Voltei, mais uma vez, com grande prazer ao Vosso Blog porque o José Lessa, nosso contemporâneo na «região» de Zau-Évua, nos ter chamado a atenção para um pequeno comentário que publicou ao meu livro Zau-Évua, terra de ninguém, sítio de vivências.

Fiquei ainda mais orgulhoso do vosso trabalho de divulgação das experiências comuns e de documentos interessantíssimos para a sua compreensão.

Está vivo o vosso convívio, o que me deixa particularmente feliz. Não se trata de saudosismo tristonho mas de «troca de emoções fortes», daquelas que unem os homens para sempre.

Bem-haja aos que lideram e participam neste trabalho, que os nossos filhos apreciam e os nossos netos não deixarão de valorizar.

Espero que tenhais um encontro anual muito feliz e que a felicidade de vos reverdes seja, mais uma vez, um estímulo para prosseguir nesta caminhada de camaradagem.

Desejo a todos um dia 6 de Setembro 2008 muito Feliz.

Com amizade

José Manuel Martins


PS. 1.Apreciei a ideia de Josué Lima sobre a possibilidade de, no futuro, o vosso encontro poder ficar a berto à participação de todos os que estiveram em Zau-Évua, em momentos diferentes. Juntar experiências pode ser muito positivo. Eu vou abordar os amigos da CCAÇ 105/73, RI 20 com vista à reflexão sobre esse assunto.


2.Aproveito para dizer que o meu livro Zau-Évua está tecnicamente esgotado, restando apenas alguns exemplares para atender pedidos que me sejam dirigidos. Se porventura houver ainda algum camarada ou amigo interessado, satisfarei com gosto o pedido até ao limite dessa reserva.



Olá amigo Brás Gonçalves.

Saúde.

Com amizade.

José manuel martins







From: zauevua@hotmail.com
To: josemartins51@hotmail.com
Subject: RE:
Date: Wed, 20 Aug 2008 18:23:33 +0000

Jose martins

Um abraço. Gostei de saber notícias suas. Pensava eu que com esta idade teria muito mais tempo para fazer algo de diferente do que até então tinha vindo a fazer. Pura mentira. A vida tem-me trazido grandes dissabores e preocupações nestes últimos tempos. Acontece que não tenho conseguido disponibilizar tempo, vontade e paciência para 'gastar' com algumas brincadeiras. Uma delas seria o Blog do BCAC2877. Tenho apanhado algumas desiluzões com o 'trabalho' que tenho feito. Por compensação, algumas alegrias tambem, felizmente, vão aparecendo no dia a dia. É espantoso o0 contacto com muitos companheiros nossos que por lá passaram e nos tem telefonado e remetido email´s.
Por mais que não queiramos, Africa deixa sempre no nosso intimo, um sulco bem profundo de nostalgia, de saudade. Teremos que esquecer os muitos maus momentos que por lá tivemos que passar.
Não se se se recorda, mas comprei o seu livro, já lá vão 2 ou 3 anos.
Por fazes, já fiz a sua leitura de trás para a frente e naturalmente no inverso. Tenho uma série de anotações que gostaria de comentar, aliás o Jose Lessa já o fez de certa forma no seu blog.
Talvez com calma, durante os tempos mais próximos o consiga fazer. Da mesma forma, tenho encaixotada toda a correspondência que então troquei com a minha, já na altura, mulher. Dessa correspondência, queria repescar algumas passagens que de certo avivarão a minha memória.
Bom, por hoje fico por aqui. vou publicar o szeu Email no nosso blog e no dia do almoço logo informarei tambem os nossos companheiros da existência do seu livro, agora com capa nova.
Um abraço



Bras Gonçalves