sexta-feira, 28 de março de 2008

Poemas da Guerra - Angola 1969 a 1971 - BAC2877








Aqui fica uma referência ao Dr José Niza, médico do BCAC2877.
Para além de médico, tocador de viola poeta e conversador nato, era também, não fosse ele ribatejano de gema, caçador.
(documento recolhido, por casualidade, em Vila Franca de Xira)

O MIRANTE
oferece livro com Poemas de José Niza no 25 de Abril
“Um soldado perdeu uma bala /e que nem um tiro/o cabo disparou/a levar a notícia ao furriel”.
Estes são os versos que abrem o poema “Uma bala perdida”, um dos muitos incluídos no livro “Poemas de Guerra” de José Niza, que será distribuído com a edição de O MIRANTE que sai na semana em que se comemora mais um aniversário do 25 de Abril.
Trata-se de uma colectânea de poemas escritos pelo conhecido músico, médico, poeta e político escalabitano, em Angola, na altura em que ali cumpriu o serviço militar, entre 1969 e 1971. O lançamento do livro está previsto para a véspera do 25 de Abril.
A sessão será integrada na homenagem ao autor, que a câmara de Santarém está a preparar.
O livro Poemas de Guerra está polvilhado de um humor amargo que espelha o ambiente que se vivia entre a juventude portuguesa obrigada a lutar numa guerra sem sentido, como são todas as guerras.

terça-feira, 25 de março de 2008

Zau Evua - Angola - Bcac 2877 - O mato




Uma imagem recebida do nosso antigo companheiro Silva.
Com muito gosto, vamos sempre que tal nos é possível, mantendo um contacto via Net .
Aqui fica o seu contributo, com uma bela foto, demonstrativa do esforço que a NT desenvolviam nas acções apeadas nos densos terrenos repletos de altíssimo capim ou dentro das proprias matas
"O último sou eu JSilva.Andem lá companheiros façam um comentário, não custa nada Vejo blogues doutros batalhões toda gente participa, aqui está tudo esquecido um abraço para todos. "

quinta-feira, 20 de março de 2008

Os professores

Aqui fica a opinião de Joao Rego
Meu caro amigo,

Ainda que com algum atraso, gostaria de te mandar esta reacção ao artigo de um companheiro que se dedicou a desancar nos professores e recordou as Escola Regimental.

Abriu a "Caça aos Professores" e com isso muita gente saíu a terreiro para criticar e condenar a maioria dos professores e as suas actuações. Lidos alguns textos e ouvidos alguns comentários chego à conclusão que quem agora usa o direito/dever de intervenção social o faz com acentuada falta de informação, visto que algumas das grandes condenações e críticas se baseiam em factos e situações que já não ocorrem. Destes factos o mais confusamente apontado é a avaliação dos professores. Intencionalmente ou não, acabou por se passar para a opinião pública que os professores não querem ser avaliados. A verdade, porém, é que os professores tem sido sempre avaliados e muito estranho é que poucas pessoas se tenham importado, durante anos, com o sistema de avaliação que ainda vigora e que é, presentemente, objecto de tentativa de alteração por parte da tutela governamental. É por isso que falo em "caça". Bastou que alguém desse início aos "ataques". Muito curioso é que o sistema de avaliação ainda em vigor (ou em fase de alteração) foi utilizado para se criar uma categoria de professores que terão a seu cargo a avaliação da outra categoria de professores.
É uma pena que durante estes muitos anos não tenha havido uma crítica mais constante à organização do sistema educativo e à actuação dos seus agentes. É por isso que, por exemplo, poucos ou nenhuns professores foram alvo de inquérito, de processo, de castigo, pelo facto de terem sobre-avaliado os alunos? Muito poucos foram os que obtiveram uma avaliação não satisfatória pelo simples facto de que muito poucas foram as denúncias. É que somos muito dados a esperar que alguém, acima de nós, tome a atitude "desconfortável" de denunciar. Sempre houve um serviço de inspecção... que só actuou em função de denúncias/queixas.
Qualquer dia abrirá outra "caça" e lá vamos nós dedicar-nos ao exercício da criticar fora de tempo, enquanto grandes questões da nossa vida vão ser deixadas sem nenhuma crítica ligeira ou profunda que tanta falta faria.
E quanto às aulas regimentais... que bom seria que nas escolas de hoje se pudesse instalar um clima de disciplina que só uma organização militar necessariamente tem que manter.



João Rego (Lufico)

sexta-feira, 14 de março de 2008

BCAC2877 - Angola 1969 a 1971 - Maria Turra

MARIA TURRA

Uma referência neste blog que recortámos.

http://www.ccdr.pt/content/view/165/68/

“Como ex-combatente que sou, fiz parte da guarnição das melhores armas de combate, levadas para Angola pelo nosso batalhão BLV 1927. Os famosos e lendários carros de combate de lagartas que andaram na guerra do Hitler, e depois vindos da sucata. Estes, restaurados e reprovados pela minha companhia. Estas foram as primeiras armas deste tipo e as únicas a entrarem nos campos de batalha nas terras de África.Quando pela primeira vez entramos nas picadas a caminho de Numbuangongo, Maria Turra, locutora duma rádio ligada ao inimigo, baptizou estes carros de elefantes dum dum. “
?


?
Hoje como não irei ter tempo para muito mais, aqui fica a interrogação.
Adivinhem porquê ?
Afinal, sempre rebusquei algo sobre a guerra de África.

terça-feira, 11 de março de 2008

BCAC2877 - Angola 1969 a 1971


Esta foto com a viola, é mesmo só para brincar,.
Vou explica, porquê.
A viola é verdadeira, tinha cordas e estava afinada por um lamiré, que ainda hoje existe.
Estava afinada, porque a acompanhar a viola, o "tocador" usava um livro de ensinança do dito instrumento.
Bem a viola ainda hoje faz parte dum espólio que vou guardando religiosamente.
O problema é que o tocador, nunca teve nem tem nenhum jeito para a musica.
Tocar, tocar, só nas campainhas das portas . . .
Aqui fica esta pequena recordação

domingo, 9 de março de 2008

BCAC2877 - Angola 1969 a 1971 - Futebol


Aqui fica mais uma recordação.
Uma das várias equipas de futebol.
Sempre dava para distrair o espirito e cansar o corpo

sábado, 8 de março de 2008

Confraternização de 2008 - Maio ( ? )

(Confraternização de 2007)


Aceitamos sugestões para o dia do almoço de confraternização de 2008.


Local: Periferia de Lisboa


Mês: Maio


Sábado: Dia ? - próximo do fim do mês ?

terça-feira, 4 de março de 2008

As aulas regimentais

A grande maioria dos senhores professores que agora passam a vida em manifestações, apenas na defesa dos seus interesses mais imediaotos - manutenção da situação, tal como está, para tudo continuar mais na mesma e tudo continuar assim.
Não se ouve falar nem na escola, nem nos alunos.
Só falam, nas avaliações e no modelo de gestão das escolas.
Claro, seria optimo que tudo ficasse como está.
Assim mesmo, férias pelo Natal, carnaval, Páscoa, bem como todos os feriados nacionais e municipais como todos os vulgares cidaddãos deste país, não é ?
A partir de meados de Junho até meados de Setembro, dificilmente se pode passar perto de uma qualquer escola, pois o odor a suor, sente-se a uma distãncia razoável, mesmo contra o vento. Resultao do diverso trabalho que por lá se vai fazendo.
Seria optimo que tudo ficasse como está, isto é, a gestão da escola estar entregue a uma qualquer comissão, composta por vários professores, que para não fazerem muito. nada fazem e pouco ou nada decidem. Tudo na mesma, será muito melhor.
Avaliar a sua actividade e conhecimentos pedagógicos, etc. Para quê ? Tudo na mesma está bem. Sempre a subir e quanto mais velhos forem nas carreiras, menos aulas semanais tem para dar. A grande maioria dos portugueses desconhece que os hórários semanais vão encurtando com a progressão na carreira e com a antiguidade na função.
E aqueles milhares de "professores", digo, "sindicalistas", que com os seus vencimentos pagos pelo Zé Povinho, nada mais faziam que exercer a suas funções sindicais ? Foram milhares, durante anos. Agora, crei que são centenas.
Nas entrevistas que tem aparecido, por aí ao magotes, quais são os senhores professores que estão preocupados com os alunos ou com as escolas.
Contam-se pelos dedos.
A profissão de professor a seguir ao 25 de Abril e até há bem pouco tempo, era definida assim - tirava-se uma licenciatura qualquer, que podia para não se ter qualquer profissão, mas tinha que dar para professor.
Ainda se lembram da bagunça anual das colocações ? E as maningâncias que os senhores professores faziam, para mudarem de escola ? Todos os anos, até que agora acabou. Vai haver mudanças, mas já não são de ano para ano.
Todos os professores afinal sempre vão dizendo que, estão de cordo, mas..., não podem fazer as mudanças assim, tem que ser de maneira diferente, mais dispersas pelo tempo, mais isto, amis aquilo. Isto é, as alterações podem ser feitas desde que não colidam com os interesses individuais de cada um. Será isto mentira ?
Recordo aqui dois casos passados com professores.
Um antigo, dos meus tempos de estudante, em que um professor de Matemática Pratica, lhe foi posta a alcunha de Shanandoa ( um herói dos anos 60 na TV, que tinha perdido a memória, sofria de amnésia)- esse professor tinha-se esquecido de aprender matemática. Numa frequência com 4 problemas para resolver em 50 minutos, ele levava no minimo 3 aulas para os resolver.
Este outro caso passado na semana passada, com um neto meu. Os alunos do 8 ano disseram à professora que estava a ensinar mal um problema. Não queria acreditar que estava errada. Chamou uma colega para derimir a "contenda" e, passou pela vergonha de dar o braço a torcer.
Destas situações há infelizmente muitas por todas as escolas do país.
Que conclusão tirar ?

Com o devido respeito, por alguns que ainda serão serios e honestos nas sus relações com as escolas e com os alunos, que me perdoem, mas a maioria, se tivesse dado umas aulas regimentais pelos quarteis de África, no tempo da guerra, talvez hoje, fossem um pouco mais conscientes e não olhassem apenas para o seu próprio umbigo.
(É a primeira vez que tomo a liberdade de escrever um tema deste cariz. Que me perdoem os antigos compnheiros, mas, ao lembrar-me dos professores,lembrei-me das aulas regimentais e, a partis daí . . ., foi toda este arrazoado, que não tendo muito a ver com o BCAC2877, tem a ver com alguns dos nossos filhos e netos)

sábado, 1 de março de 2008

Em Angola tambem havia calendários

Para quem está longe dos seus, da sua terra, dos seus usos e costumes, para quem é um "emigrante" forçado, de camuflado e de G3 em punho, a passagem de mais uma folha do calendário, é sempre um bom motivo para sentir alegria e começar a pensar na emoção a sentir quando do regresso.
As folhas viradas dos calendários, assinaladas com uns rabiscos em forma de cruz ou de bola, apareciam em todos os medidores do tempo,colados ou pregados em local bem visivel, para não furtar ao esquecimento que mais um dia, uma semana ou um mês, já tinham entrado na contabilidade da nossa passagem por Angola.
Recordo este tema, pel razão simples de que hoje se iniciou mais um mês.
Recordo que, nos meus tempos de miúdo, porque os meus pais eram agricultores, dizerem que o mês de Março era o mês dos Burros.
Nunca percebi porquê, mas na verdade, mesmo no momento actual, porque o tempo não pára, a passagem de cada dia, vai-nos levando cada vez mais à nossa velhice. Que fazer? Nada. Apenas desejar e contribuir para que estes ultimos tempos da nossa exist~encia terrena seja o mais feliz, descontraída e passada com saúde e alegria de continuar a viver.
Até apetece dizer...té sempre ... pessoal.
Bem, para muitos de nós, até ao próximo almoço de confraternização.